ETIEBNANLEI BAR AD ITADURA DOP RORLIAEDTOA . SÉRIPEO:L ÍTICA SOBRE AD ITADURA DPOR OLETARIADO ETIEBNANLEI BAR AD ITADURA DOP ROLETARIADO MO� editores TITULO ORIGINAL Surl aD ictatduur Per oletariat COPYRIGHT libraFirraineç Moaissp erPoa,r i1s9,7 6 TRADUÇÃO JoséS aramago COLECÇÃO Temaes Problemas SériPeo lítica CAPAE PLANOG RAFICO LuiDiu ra-nM oraeEsd itores REVISÃO MoraeEsd itores COMPOSIÇEÃ IOM PRESSÃO BeirDao uroL,d a. RuaJ oãoO rtigRãaom os1,5 -17 Lisboa 1.e•d içãAob,r idle1 9n N.od ee d.7 50,4 .0(X) exemplares Direidteor se produeç aãdoa ptadçeãsot ead ição reservadpoasr tao dooss paísdeesl lngpuoar tuguepsoar MoraeEsd itores Ruad oS écul3o4,- 2.o Lisb-oaP ortugal DISTRIBUEMI DPOORR TUGAL Expre-ssBol ocEod itodreiD ails tribuLidçaõ.e s, AveniCdaam ilCoa steBlroa nc1o2,• l otBe Bura-caD amaia DISTRIBUNIOD OBRRA SIL LivraMrairat iFnosn teLst d. RuaC onselhReaimraol h3o3,0 /340 S.P aulo Introdução Que é a «ditadura do proletariado»? No estudo que se vai ler, desejaria propor os primeiros elementos duma resposta à pergunta que a actualidade impõe à atenção dos comunistas. Espero contribuir assim para a abertura e para o pro gresso duma discussão teórica que se tornou inelutável, no partido e em torno do partido. As decisões do XXII Congresso do Partido Comunista Francês, sobre este ponto aparentemente abstracto, tiveram um resultado que pode parecer paradoxal. Em todo o caso, esse resultado surpreendeu alguns comunistas. A questão teórica da ditadura do proletariado não era mencio nada explicitamente no Documento preparatório. Surgiu no decorrer do Congresso, quando o secretário-geral do Partido, Georges Mar chais, chamou a si a sugestão de abandonar a noção de ditadura do proletariado e suprimi-la, logo que possível, dos estatutos do Partido. A partir daí, a questão dominou os debates preparatórios: a solução aparecia como desenlace necessário e expressão da linha política san cionada pelo Congresso. O relatório do comité central apresentado por Georges Marchais insistia longamente nela: para assentar a via democrática para o socialismo por que lutam os comunistas, é pre ciso fazer nova apresentação e nova apreciação da questão teórica da ditadura do proletariado. O Congresso, por unanimidade dos seus delegados, assim decidiu: abandono da perspectiva da ditadura do proletariado, ultrapassada pela história, e contraditória com o que os comunistas querem para a França. Mas, no fundo, esta decisão nada resolveu. Não se pode pensar seriamente que a questão tenha sido objecto de exame profundo 8 SOBRE A DITADURA DO PROLETARIADO durante os debates preparatórios, menos ainda durante o desenrolar 1 do próprio Congresso . Não é de espantar, nestas condições, que os comunistas se interroguem agora sobre o alcance exacto da decisão. Perguntam a si próprios até que ponto ela implica a rectificação ou ., a revisão, dos princípios do marxismo. Perguntam como permite ela analisar a experiência passada e presente do movimento comunista. Perguntam que luz lança ela sobre a situação actual do movimento comunista internacional, perante um imperialismo cuja crise em nada lhe diminui a agressividade. Perguntam o que pode ela mudar na sua prática, nas suas lutas de todos os dias. Perguntam: que é exactamente a «ditadura do proletariado»? Como se pode defini-la? E, por consequência, se se «rejeita» a dita dura do proletariado, que é que se rejeita exactamente, na teoria, na prática? Esta questão de bom-senso é muito simples, não parece difícil de resolver, é evidentemente decisiva. Salta aos olhos de quem queira reflectir que «rejeitar a ditadura do proletariado», «renunciar à ditadura do proletariado» são expressões que não têm qualquer sentido preciso enquanto não se responder à pergunta feita. Salta aos olhos que o que assim se abandona, linha política ou conceito teó rico, determina estreitamente o conteúdo e o sentido objectivo do que em contrapartida se adopta. Mas, por pouco que todos os comunistas não entendam por «dita dura do proletariado» a mesma coisa, acontece precisamente que uma discussão que parece ter-se dado, no fundo, não se deu. E por pouco que o cone.eito, ou os conceitos, da ditadura do proletariado pre sentes na discussão não correspondam ao que ela é objectivamente, por pouco que, julgando falar da ditadura do proletariado, se fale de facto doutra coisa, acontecerá que a unanimidade cobrirá, de facto, tendencialmente, interpretações e práticas divergentes. Não a unidade, mas a divisão. Acontecerá ao mesJno tempo que, jul gando-se ter consumado a ruptura com a ditadura do proletariado, a palavra e a coisa, se terá precisamente conservado e reforçado o que levara a pô-la em causa. São as ironias e as voltas da his tória real. 1 Numa conferência de imprensa que precedeu a abertura do XXII Congresso, Georges Marchais pedia aos comunistas um congresso de tipo novo, cujos debates fossem ao fundo das questões postas e das suas contradições. Não foi o que aconteceu. Porquê? O peso dos hábitos de trabalho, as antigas deformações do centralismo democrático não são explicação suficiente. Há também razões que têm que ver com o pr6prio objecto do debate: a ditadura do proletariado. Como «abrir» uma discussão pública sobre este prin cípio? É este o problema que, num primeiro tempo, não soubemos resolver. INTRODUÇÃO 9 Quer-se um indício já? Não se fez esperar muito tempo; a bur guesia imperialista francesa não perdeu a ocasião de pescar em águas turvas e explorar uma fraqueza, mesmo teórica, da nossa parte. Promovidos a doutores em marxismo, os seus ideólogos mais afa mados ( Raymond Aron), os seus chefes políticos ( Giscard d'Es taing) pretendem assegurar-se de todas as vantagens fechando agora os comunistas neste dilema: renunciar à teoria e à prática da luta das classes, ou regressar aos becos sem saída do desvio estalinista que por muito tempo enfraqueceram o Partido. A táctica deles: opor o princípio leninista da ditadura do proletariado à política de união popular, sem a qual nenhuma vitória é possível sobre o poder do grande capital. Acessoriamente, proclamam também na decisão do XXII Congresso a confissão, feita pelos próprios comunistas, de que os comunistas se teriam até agora oposto à democracia, que se teriam batido contra ela e contra a liberdade ao lutarem pela revolução socialista. Destes paradoxos, destas dificuldades reais, devem os comu nistas saber agora que não sairão sem um grande esforço prolongado de reflexão teórica, sem uma ampla discussão colectiva. Não podem recear que ela os enfraqueça. Pelo contrário, se for ao fundo das coisas, apenas pode reforçá-los, e reforçar a sua influência. Ajudar o Partido a reflectir, esse é o dever de cada comunista, na medida das suas possibilidades. E quanto à ditadura do proletariado, o Con gresso terá tido, pelo menos, uma vantagem: pode permitir libertar a reflexão teórica dos comunistas em relação a uma concepção e a um uso dogmático da teoria marxista, no qual fórmulas como «dita dura do proletariado» são extraídas do seu contexto, separadas da argumentação e das demonstrações que os subtendem, e tornam-se soluções-gazua, respostas formais sempre prontas para todas as ques tões. Esvaziadas do seu conteúdo histórico objectivo, são então ritual mente invocadas para cobrir as políticas mais diversas, mais contra ditórias entre si. Desse uso dos princípios do marxismo e do conceito da ditadura do proletariado, é mais do que útil, é com efeito urgente desembaraçar-nos. PAR(I1S9 7M6O)S-CO(V1O9 36) Para que uma discussão vá ao fundo das coisas, precisa de bases claras. Definir correctamente a ditadura do proletariado, duma ma neira marxista, é a primeira dessas bases, no terreno teórico. Isto não basta: não se resolvem problemas políticos com definições. Mas não podemos dispensá-las. Se com elas não nos preocuparmos explicita mente, corremos o risco de chamarmos a nós, não a definição mar xista da ditadura do proletariado, mas aquela que a pressão cons tante da ideologia burguesa dominante tende a impor. Foi o que aconteceu no XXII Congresso, contra sua vontade. Não vou citar nem resumir o pormenor dos debates: todos os têm na memória, recorra-se a ela. Irei por caminho mais curto, de maneira a chamar a atenção para o que me parece determinante, para a posição do problema que, com diferença de poucas gradações, subtende a ar gumentação do Congresso. Esta problemática parece a única pos sível, parece «evidente» hoje a muitos camaradas. É ela que devemos primeiramente discutir. «Ditaodudu ermao cracia» O probalpeamraie mceed iaptoasmnteoqon u taedd ruoma al ter natsiivmap «ldeist:ad dopu rroal etoaur« ivaiddaeo m»o crática paroas ocialEinstemrsoetd» eo.sit se rmtoesrd,ies a ee scolher: nenhutmear cseoilrunaçe ãnoh,uo muata rlat ernTaetnidevoma . conatsda e finiinçvõoecesas detasasc ,oé il mhpao pset«lala ó gica», maiasi nddoqa u pee lhai stNóarv iear.do asda er,g umheinstos tórsióic notse provsêtme rivoêrammp eenvnteaesse,t i ilru sutmr ar esquleómgadi ect oam la nesiirmapq luepesa riencceo ntornável. É-nboesem x plqiucaeae dsoc onlãéhoa a d eu mvai rae volucionária ed eu mav irae foréma id sedt uaav,si raesv olucuimoaen árias, outarsas ennalt uedtsaa ms a ssaae ss,c odledh oati isp doems e ios parfaa zaer re volHuámç eãiodo.els u «tdai tatemo erii«oadsie s» mocrátniãcsooã asod» a:p tàasmd eossmc aisr cundsetl âungcaira s ed et emnpãolo,e vaaomms e smroess ulAt aardgousm.e dnot ação Congrdeesdsiopc oaai-m sso es torq audrei stoismn egiudoee sm o crátdiomcseo isdo ist ateof rái-calhioas m,aa sn uidmo ta r iopploa siçcãoor rente: a)E mp rimleuigraaoo r p,o seinçtãmroee ip oosl í«tpiaccoís ficeom se»i« ovsi olUemnatv oidsae» m.o crpáatrosia oc cai alismo excplouprir ,i ncaií npsiuor,ar remiacçdoãano ot E rsat acdooi,n o meidoet omoap ro dEexrc.al g uuie crirveain lta rsce l aesa sse s suaosr ganiLzoagçooõt ,ee srb.rr oarne cxoe,rp ceilbduaor guesia, eo c ontra«tveerrrmoeerlx heorp»ce,ilp doro o letEaxrcilaau dio . reprpeoslsiãpcooi raqalru :ee v olduotçsrã aob alnhãatode onrdees ar estarsil nigbierrm daaasda elsa,r gPáa-rslaema asn.t enroe m poddeerm ocratoistrc aabmaelnhtnaeãd,doo e rveresme coaror er