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SiStemaS agrofloreStaiS PDF

266 Pages·2016·25.38 MB·Portuguese
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guia tÉCniC o Restauração ecológica com SiStemaS agrofloreStaiS Como ConCiliar C onServação C om produção opções para Cerrado e Caatinga Andrew Miccolis Fabiana Mongeli Peneireiro Henrique Rodrigues Marques Daniel Luis Mascia Vieira Marcelo Francia Arco-Verde Maurício Rigon Hoffmann Tatiana Rehder Abilio Vinicius Barbosa Pereira andrew Miccolis Fabiana Mongeli peneireiro Henrique rodrigues Marques daniel Luis Mascia Vieira Marcelo Francia arco-Verde Maurício rigon Hoffmann tatiana rehder abilio Vinicius Barbosa pereira gUia tÉCNiC o Restauração ecológica com SiStemaS agrofloreStaiS Como conciliar conservação com produção Opções para CerradO e Caatinga iCraF BrasiLia 2016 reaLizaçãO parCeria FinanCiaMentO Restauração Ecológica com Sistemas Agroflorestais: como conciliar conservação com produção. Opções para Cerrado e Caatinga / Andrew Miccolis ... [et al.]. Brasília: Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN/Centro Internacional de Pesquisa Agorflorestal – ICRAF, 2016. 266 p.: il.: color. 26,5 cm x 18,5 cm. ISBN: 978-85-63288-18-9 1. Sistemas Agroflorestais. 2. Restauração Ecológica. 3. Cerrado. 4. Caatinga. 5. Código Florestal. 6.Agricultura Familiar. I. Miccolis, Andrew. II. Peneireiro, Fabiana Mongeli. III. Marques, Henrique Rodrigues. IV. Vieira, Daniel Luis Mascia. V. Arco- Verde, Marcelo Francia. VI. Hoffmann, Maurício Rigon. VII. Rehder, Tatiana. VIII. Pereira, Abilio Vinicius Barbosa. IX. Título. esta publicação é resultado de uma parceria entre iUCN e iCraf financiada pelo Projeto KNoWfor (“melhorando como o conhecimento sobre florestas é compreendido e utilizado internacionalmente”) por meio de uma doação concedida ao iUCN. KNoWfor é financiado pela UK aid do governo do reino Unido. a realização da publicação foi coordenada pelo iCraf Brasil em parceria com a embrapa, o instituto Sociedade População e Natureza – iSPN, no âmbito do Programa de Pequenos Projetos eco-sociais – PPP eCoS/gef/PNUD e a União internacional para a Conservação da Natureza – UiCN. este projeto conta, ainda, com apoio dos doadores do Programa de florestas Árvores e agroflorestas [forests trees and agroforestry] – fta do Cgiar –http://www.cgiar.org/who-we-are/cgiar-fund/fund-donors-2/. as opiniões expressas nessa publicação são exclusivamente dos autores e não refletem necessariamente a visão do iCraf nem tampouco a das outras instituições parceiras e apoiadoras. reSUmo Este livro tem como principal objetivo orientar a adoção de sistemas agroflorestais (SAFs) na restauração e recuperação de áreas alteradas e degradadas por meio de estratégias que conciliem a conservação com benefícios sociais. Sua construção foi fruto de um processo participativo e de pesquisa envolvendo técnicos, agricultores, pes- quisadores, formuladores de políticas e praticantes nos temas da restauração e SAFs. Primeiro, foram analisadas as normas que regem o uso de SAFs em áreas de proteção ambiental (Áreas de Preservação Per- manente – APPs e Reservas Legais – RLs) a fim de esclarecer, para técnicos, agricultores e formuladores de políticas, suas implicações práticas no campo. Uma ampla revisão da literatura analisou a viabilidade de SAFs e sistemas mais adequados para cumprir com os objetivos ecológicos e sociais da restauração. Em maio de 2015, no seminário participativo “Conservação com Agroflorestas: caminhos para restauração na agricultura familiar”, 70 participantes elaboraram princípios e critérios para conciliar conservação com produção e sistematizaram 19 experiências de SAFs a fim de extrair lições para replicação de boas práticas. Foram visitadas 16 famílias de agricultores inovadores, que trouxeram exemplos de sistemas e práticas de manejo promissores, e realizadas consultas a especia- listas. Com base neste conjunto de subsídios, propomos recomendações para superar os desafios dos SAFs e regulamentar a implementação do novo código florestal, bem como metodologia de diagnóstico socioambiental e planejamento de SAFs moldados às aspirações e condições da família e do ambiente que ela ocupa. Para alguns dos contextos mais comuns, como pastagens degradadas a áreas de vegetação nativa em regeneração, apresentamos 11 opções agroflores- tais que podem ser adaptadas de acordo com as especificidades da proprieda- de. Dentre as espécies recomendadas para estas opções, 19 espécies-chave para recuperação de áreas degradadas são descritas detalhadamente e 130 espécies consideradas importantes para restauração com SAFs compõem uma tabela geral de atributos funcionais. Por fim, apresentamos orientações técnicas sobre as normas que regem APPs e RLs, destacando obrigações de conservação e recuperação e o papel de SAFs nestes contextos. Embora este livro seja focado nos biomas Cerrado e Caatinga, a metodologia de diagnóstico socioambiental, os princípios e critérios para seleção de espécies e desenho de sistemas, assim como as técnicas de im- plantação e manejo, podem ser aplicados em outras regiões. 5 reStaUração eCológiCa Com SiStemaS agrofloreStaiS Como CoNCiliar CoNSerVação Com ProDUção – Opções para Cerrado e Caatinga autOres andrew miccolis – iCraf – Centro internacional de Pesquisa agroflorestal fabiana mongeli Peneireiro – mutirão agroflorestal Henrique rodrigues marques – iSSa– instituto Salvia de Soluções Socioambientais Daniel mascia Vieira – embrapa Cenargen – empresa Brasileira de Pesquisa agropecuária - r ecursos genéticos e Biotecnologia marcelo francia arco-Verde – embrapa florestas – empresa Brasileira de Pesquisa agropecuária maurício rigon Hoffmann – inkóra florestal tatiana rehder – iCmBio – instituto Chico mendes de Conservação da Biodiversidade abilio Vinicius Barbosa Pereira – WWf Brasil COOrdenaçãO geraL andrew miccolis reVisOres alexandre Bonesso Sampaio – Centro para estudo e Conservação do Cerrado e Caatinga/instituto Chico mendes de Conservação da Biodiversidade – CeCat/iCmBio Clarissa aguiar – Serviço florestal Brasileiro – SfB eduardo malta Campos filho – instituto Socioambiental – iSa graciema rangel Pinagé – Serviço florestal Brasileiro – SfB isabel Benedetti figueiredo – instituto Sociedade População e Natureza – iSPN Janaina de almeida rocha – Serviço florestal Brasileiro – SfB José felipe ribeiro – embrapa Cerrados– empresa Brasileira de Pesquisa agropecuária lidiane moretto – Serviço florestal Brasileiro – SfB Patrícia Pereira Vaz da Silva – mutirão agroflorestal rebecca de araujo fiore – Serviço florestal Brasileiro – SfB rubens Benini – instituto de Conservação ambiental the Nature Conservancy do Brasil – tNC Brasil rubens ramos mendonça – Serviço florestal Brasileiro – SfB AgRICuLTORES E TéCNICOS VISITADOS: iara e erivaldo – Comunidade Serra dos Campos Novos – Uauá – Ba francisco antônio de Sousa (técnico/agricultor) – Viçosa do Ceará – Ce Nelson mandela (técnico), José da Silva reis, Cleber de Jesus Brito e elton Simões da Silva – efaSe. lagoa do Pimentel e lagoa da Capivara – monte Santo – Ba leôncio de andrade – Comunidade lagoa do Saco – monte Santo – Ba antônio Braga mota e Bueno do missi – irauçuba – Ce ernaldo espedito de Sá e maria marleide de Souza – Comunidade letreiro – Distrito de Juá dos Vieiras – tianguá – Ce moacir Santos (técnico)– irPaa – Juazeiro – Ba gilberto dos Santos – Comunidade Pau ferro – Curaçá – Ba antônio José Sousa de moraes – Distrito de Juá dos Vieiras – Viçosa do Ceará – Ce alberto Cardoso dos Santos – Comunidade Salgado – monte Santo – Ba Juã Pereira – Sítio Semente – Df marcelino Barberato – Sítio gerânium – Df ginercina de oliveira Silva – amera – Barro alto – go ASSISTENTES DE PESquISA PARA SISTEMATIzAçãO DE EXPERIêNCIAS: artur de Paula Sousa, Carolina guyot, ana elena muler design gráFiCO Capa e Projeto gráfico: Wagner Soares Diagramação: guilherme Werner, Wagner Soares e Wagner Ulisses CrOquis guilherme Werner iLustrações Zoltar Design e Patrícia Yamamoto agradecimentos Agradecemos todos que contribuíram para a construção dos princípios e critérios que formam os alicerces deste livro, incluindo 70 participantes do se- minário Conservação com Agro- florestas, realizado em Brasília em maio de 2015, e agricultores experimentadores que nos re- ceberam nas visitas de campo, além de técnicos e consultores. Gostaríamos de ressaltar a contribuição e obra de Ernst Götsch, cujas pesquisas e práticas inovadoras ao longo dos últimos 30 anos permitiram o desenvolvimento e a disseminação dos sistemas agroflorestais sucessionais citados aqui, influenciando gerações de técnicos e agri- cultores em diversas regiões do país. Agradecemos ao Juã Pereira e a Carolina Guyot que sistematizaram o estudo de caso do Sítio Semente, DF, que inspirou a Opção 1. Estendemos também nossa gratidão ao Miguel Calmon e Chetan Kumar da UICN pela coordenação geral do projeto KnowForFLR (Gestão de Conhecimento para a Restauração Florestal e de Paisagens), pela estreita colaboração neste projeto e importantes sugestões às primeiras ver- sões deste livro. Somos gratos ao Instituto Sociedade População e Natureza – ISPN pelo seu papel primordial como parceiro deste projeto e por trazer a este livro experiências exitosas e inovadoras a partir da sua rede de agriculto- res familiares beneficiários do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais – PPP-ECOS, que conta com apoio do GEF/PNUD. Agradecemos, ainda, os reviso- res, que leram as primeiras versões e deram valiosas contribuições para o seu aprimoramento. Agradecemos também ao Instituto Salvia – ISSA, Renata Marson Teixeira de Andrade e ao Mutirão Agroflorestal pelo seu importante apoio e parti- cipação em diferentes momentos da elaboração do livro. Por fim, gostaríamos de reconhecer o DFID – Ministério para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido pelo apoio financeiro a este projeto e ao Programa Forest Trees and Agro- forestry – FTA do CGIAR pelo apoio aos esforços do ICRAF – Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal. 7 SUmÁrio Parte 1 diagnóstico, desenho e imPlantação de safs em diferentes contextos ..................10 INTRODUçãO ................................................................................................................................12 1. CONTExTO: O CERRADO E A CAATINGA ....................................................................................16 2. SISTEMAS AGROFLORESTAIS: BENEFíCIOS E DESAFIOS SOCIOAMBIENTAIS .............................22 2.1 O que são sistemas agroflorestais (SAFs)? ..........................................................................22 2.2 O que se entende por restauração ecológica? ....................................................................25 2.3 SAFs para restauração e conservação .................................................................................27 2.4 Benefícios dos SAFs .............................................................................................................29 2.5 Desafios para o sucesso dos SAFs no Cerrado e na Caatinga ..............................................43 2.6 Aprendizados e recomendações para superar desafios dos SAFs .......................................47 2.7 Princípios e critérios para conciliar funções sociais e ecológicas nos SAFs .........................49 3. COMO FAzER SISTEMAS AGROFLORESTAIS PARA RESTAURAçãO ............................................52 3.1 Entender o contexto: diagnóstico socioambiental participativo .........................................52 3.1.1 Ferramentas para o diagnóstico participativo ..............................................................53 3.1.2 Conteúdos do diagnóstico ............................................................................................54 3.2 Tomada de decisão no nível da paisagem ...........................................................................62 4. PLANEJAMENTO E DESENhO DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS ..............................................64 4.1 Seleção e planejamento da área: localização na paisagem e elementos do desenho ........67 4.2 Seleção de espécies .............................................................................................................73 4.3 Planejamento econômico ....................................................................................................82 4.3.1 Passos no planejamento financeiro de empreendimentos agroflorestais .....................82 4.3.2 Planejamento do arranjo agroflorestal ..........................................................................86 4.3.3 Análise financeira ...........................................................................................................87 4.3.4 Análise integrada dos indicadores financeiros ...............................................................92 4.4 Implantação .........................................................................................................................96 4.4.1 Preparo: materiais, ferramentas e mão de obra ............................................................97 4.4.2 Métodos para estabelecimento de SAFs ......................................................................100 4.5 Manejo: como fazer? .........................................................................................................111 4.5.1 Técnicas de manejo ....................................................................................................111 4.5.2 Manejo de poda ..........................................................................................................113 4.5.3 Dicas para o manejo de poda .....................................................................................115 4.5.4 Tipos de podas ............................................................................................................118 4.5.5 Orientações para o manejo ........................................................................................122 5. OPçõES DE SAFs PARA DIFERENTES CONTExTOS ...................................................................124 5.1 SAFs no Cerrado e na Caatinga: aprendendo com experiências existentes ......................124 5.2 Opções de SAFs voltadas para diferentes contextos .........................................................126 OPçãO 1: Agrofloresta sucessional para o Cerrado com manejo intensivo ............................127 OPçãO 2: Agrofloresta biodiversa para restauração de APP ..................................................134 OPçãO 3: Agroflorestas em faixas intercaladas com enriquecimento do Cerrado .................139 OPçãO 4: Enriquecimento e manejo de capoeiras (regeneração natural) com Agrofloresta .143 OPçãO 5: Agroflorestas para restauração de áreas degradadas com espécies adubadeiras .147 OPçãO 6: Restauração em áreas de declive do Cerrado com Agroflorestas ..........................154 OPçãO 7: Agroflorestas para restauração de áreas de declive ou de Reserva Legal na Caatinga. ......158 OPçãO 8: SAF forrageiro para a Caatinga ...............................................................................163 OPçãO 9: Restauração de áreas degradadas na Caatinga com agroflorestas .........................170 OPçãO 10: Proteção e restauração de nascentes com Agroflorestas .....................................176 OPçãO 11: Quintais agroflorestais ..........................................................................................179 5.3 Implantação das opções: passo-a-passo em diferentes contextos ...................................182 5.4 Espécies-chave para recuperação de áreas degradadas ...................................................186 Algaroba – Prosopis juliflora .................................................................................................187 Leucena – Leucaena leucocephala .......................................................................................189 Feijão guandu – Cajanus cajan .............................................................................................191 Palma forrageira – Opuntia fícus-indica ...............................................................................193 Mandacaru – Cereus jamacaru ............................................................................................195 Sisal - Agave sisalana ...........................................................................................................197 Sabiá ou sansão do campo – Mimosa caesalpiniaefolia .......................................................198 Gliricídia – Gliricidia sepium .................................................................................................200 Umbu – Spondias tuberosa ..................................................................................................202 Cajá – Spondias mombin ......................................................................................................204 Margaridão – Tithonia diversifolia........................................................................................205 Ingá – Inga spp. ....................................................................................................................207 Mutamba – Guazuma ulmifolia ...........................................................................................209 Banana – Musa spp. ............................................................................................................211 Urucum – Bixa orellana ........................................................................................................212 Eucalipto – Eucalyptus spp. .................................................................................................214 Capim mombaça – Panicum maximum ................................................................................218 Capim andropogon – Andropogon gayanus .........................................................................219 Capim elefante – Pennisetum purpureum cv. Napier ..........................................................221 Parte 2 regras Para imPlementação do código florestal ....................................................232 6. ÁREAS DE CONSERvAçãO E SAFs NA LEGISLAçãO .................................................................234 6.1 Qual a importância da APP e RL? .......................................................................................236 6.2 O que mudou na lei para os agricultores familiares? ........................................................238 6.3 Recomendações para regulamentação da Lei Florestal no Brasil .....................................240 6.4 Quais áreas devem ser protegidas? ...................................................................................244 6.4.1 Proteção em áreas de preservação permanente – APP .................................................244 6.4.2 Proteção na Reserva Legal – RL ......................................................................................251 6.5 Quais áreas deverão ser recuperadas? ..............................................................................254 6.5.1 Restauração em áreas consolidadas nas faixas de APP ..................................................255 6.6 O que diz a lei sobre SAFs para restauração das APPs? .....................................................257 6.7 Restauração, uso e manutenção da Reserva Legal com agroflorestas ..............................259 REFERêNCIAS CITADAS - PARA SABER MAIS ................................................................................261 1 Parte DIAgNóSTICO , DESENHO E IMPLANTAçãO DE SAFS EM DIFERENTES CONTEXTOS Foto: Fabiana Peneireiro 10 1 e t r a P DIAgNóSTICO , DESENHO E IMPLANTAçãO DE SAFS EM DIFERENTES CONTEXTOS Foto: Daniel vieira 11

Description:
conta, ainda, com apoio dos doadores do Programa de florestas Árvores e agroflorestas [forests trees and agroforestry] – com diferentes fun- ções socioambientais ao longo do tempo, de forma a consolidar mais vida e recursos naquele local. Assim, a ética do cuidado doc.274Arcoverde.pdf.
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