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Sistema Prisional. Colapso Atual e Soluções Alternativas PDF

380 Pages·2014·17.611 MB·Portuguese
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.... ROGERIO GRECO 2"- edição, revista e atualizada Niterói, RJ 2015 .... ROGERIO GRECO 2"- edição, revista e atualizada Niterói, RJ 2015 © 2015, Editora lmpetus Ltda. I~iPhrüS Editora lmpetus Ltda. AGRADECIMENTOS Rua Alexandre Moura, 51-Gragoatá-Niterói-RJ CEP: 24210-200-Telefax: (21) 2621-7007 PROJETO GRÁFICO: EDITORA lMPETUS LTDA. Ao poderoso Deus, criador dos céus e da terra, que não permite que EDITORAÇÃO ELETRONICA: EDITORA lMPETUS LTDA. nenhuma folha caia sem o Seu consentimento. Sem a Sua ajuda, seria CAPA: EDITORA !MPETUS. impossível a realização deste trabalho. Toda tonra e toda glória sejam dadas REVISÃO DE PORTUGUES: C&:C CR!AÇÓES E TEXTOS LTDA. a Jesus Cristo, o filho do Deus vivo. IMPRESSÃO E ENCADERNAÇÃO: VOZES EDITORA E GRAFICA LTDA. À minha esposa Fernanda e aos meus filhos Rogério, João, Rafaella, Emanuella e Daniela, fontes de alegria e de prazer. Aos meus professores Ricardo Manuel Mata y Martín e Nuria Belloso Martín .que, com paciência e amizade, dedicaram seu tempo à orientação da tese que culminou neste texto, adaptado à nossa realidade. G829c Ao querido amigo Sérgio Humberto Sampaio, a quem Deus usou como Greco, Rogério. instrumento para que eu fizesse meu doutorado na Universidade de Burgos. Sistema Prisional: colapso atual e soluções alternativas I Rogério Greco. - 2• ed. rev., ampl. e atual.-Niterói, R]: lmpetus, 2015. 384 p. ; 16 x 23 em. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-7626-809-3 l. Direitos humanos. 2. Prisões - Aspectos sociais. 3. Prisão (Direito penal) 4. Pena (Direito) S. Penas alternativas. I. Título. CDD: 341.48 O autor é seu professor; respeite-o: não faça cópia ilegal. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução. salvo pequenos trechos. mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei n• 9.610/1998) é crime (art. 184 do Código Penal). Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto n11 1.825, de 20/12/1907. A Editora lmpetus informa que quaisquer vlcios do produto concernentes aos conceitos doutrinários, às concepções ideológicas, às referências, à originalidade e à atualização da obra são de total responsabilidade do autor/mualizador. www.impetus.com.br © 2015, Editora lmpetus Ltda. I~iPhrüS Editora lmpetus Ltda. AGRADECIMENTOS Rua Alexandre Moura, 51-Gragoatá-Niterói-RJ CEP: 24210-200-Telefax: (21) 2621-7007 PROJETO GRÁFICO: EDITORA lMPETUS LTDA. Ao poderoso Deus, criador dos céus e da terra, que não permite que EDITORAÇÃO ELETRONICA: EDITORA lMPETUS LTDA. nenhuma folha caia sem o Seu consentimento. Sem a Sua ajuda, seria CAPA: EDITORA !MPETUS. impossível a realização deste trabalho. Toda tonra e toda glória sejam dadas REVISÃO DE PORTUGUES: C&:C CR!AÇÓES E TEXTOS LTDA. a Jesus Cristo, o filho do Deus vivo. IMPRESSÃO E ENCADERNAÇÃO: VOZES EDITORA E GRAFICA LTDA. À minha esposa Fernanda e aos meus filhos Rogério, João, Rafaella, Emanuella e Daniela, fontes de alegria e de prazer. Aos meus professores Ricardo Manuel Mata y Martín e Nuria Belloso Martín .que, com paciência e amizade, dedicaram seu tempo à orientação da tese que culminou neste texto, adaptado à nossa realidade. G829c Ao querido amigo Sérgio Humberto Sampaio, a quem Deus usou como Greco, Rogério. instrumento para que eu fizesse meu doutorado na Universidade de Burgos. Sistema Prisional: colapso atual e soluções alternativas I Rogério Greco. - 2• ed. rev., ampl. e atual.-Niterói, R]: lmpetus, 2015. 384 p. ; 16 x 23 em. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-7626-809-3 l. Direitos humanos. 2. Prisões - Aspectos sociais. 3. Prisão (Direito penal) 4. Pena (Direito) S. Penas alternativas. I. Título. CDD: 341.48 O autor é seu professor; respeite-o: não faça cópia ilegal. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução. salvo pequenos trechos. mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei n• 9.610/1998) é crime (art. 184 do Código Penal). Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto n11 1.825, de 20/12/1907. A Editora lmpetus informa que quaisquer vlcios do produto concernentes aos conceitos doutrinários, às concepções ideológicas, às referências, à originalidade e à atualização da obra são de total responsabilidade do autor/mualizador. www.impetus.com.br O NOTA no AuToR AUTOR O Rogério Greco é Procurador de Justiça, tendo ingressado no Ministério sistema prisional está falido, e isso não é novidade. Os meios de comunicação constantemente divulgam imagens de presos, em quase todos os Público de Minas Gerais em 1989. Foi vice-presidente da Associação Mineira Estados da Federação brasileira, que sofrem com o problema da superlotação do Ministério Público (biênio 1997- 1998) e membro do conselho consultivo carcerária. Seus direitos mais comezinhos são deixados de lado. Tomar banho, daquela entidade de classe (biênio 2000-2001). É membro fundador do Instituto alimentar-se, dormir, receber visitas, enfim, tudo o que deveria ser visto com de Ciências Penais (!CP) e da Associação Brasileira dos Professores de Ciências normalidade em qualquer sistema prisional, em alguns deles, como é o caso Penais e membro eleito para o Conselho Superior do Ministério Público durante do Brasil, parece ser considerado regalia. os anos de 2003, 2006 e 2008; Professor de Direito Penal do Curso de Pós O problema, na verdade, não se resume ao sistema prisional brasileiro. -Graduação da PUC/BH; Professor qo Curso de Pós-Graduação de Direito Penal Em muitos países do mundo a situação é igual ou até pior do que aquela que da Fundação Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais; Assessor enfrentamos. Por isso, quando resolvi escrever sobre o tema, a finalidade, Especial do Procurador-Geral de Justiça junto ao Tribunal de Justiça de Minas mais do que apresentar uma tese de doutorado, que, para minha felicidade, Gerais; Mestre em Ciências Penais pela Faculdade de Direito da Universidade conquistou o grau máximo (sobresaliente, cun laude) na Universidade de Federal de Minas Gerais (UFMG): Especialista em Direito Penal (Teoria do Delito) Burgos, Espanha, foi radiografar, de forma ampla, o sistema prisional, pela Universidade de Salarnanca (Espanha); Doutor pela Universidade de Burgos trazendo à tona suas mazelas, e, por outro lado, propor algumas alternativas (Espanha); Membro Titular da Banca Examinadora de Direito Penal do XLVIII que, se adotadas, aliviarão, sobremaneira, o sofrimento existente nas prisões. Concurso para Ingresso no Ministério Público de Minas Gerais; palestrante em Depois de conhecer pessoalmente um número considerável de .penitenciárias congressos e universidades em :odo o País. É autor das seguintes obras: Direito no Brasil e, também, na Espanha, posso dizer, com segurança, que um dos Penal (Belo Horizonte: Cultur(1; Estrutura jurídica do Crime (Belo Horizonte: fatores mais importantes para a efetiva reinserção do condenado no convívio Mandamentos); Concurso de Pessoas (Belo Horizonte: Mandamentos); Direito em sociedade é, de fato, sua conversão, vale dizer, a entrega, verdadeira, de sua Penal - Lições (Rio de Janeiro: Impetus); Curso de Direito Penal - Parte geral e vida a Jesus Cristo. Parte especial (Rio de Janeiro: lrnpetus); Código Penal Comentado -Doutrina e Que me perdoem os acadêmicos, mas não estou sendo religioso, como jurisprudência (Rio de Janeiro: Impetus); Atividade Policial - Aspectos Penais, muitos podem pensar. Quem conheceu direta e pessoalmente as mazelas do Processuais Penais, Administrativos e Constitucionais (Rio de Janeiro: Impetus); cárcere, corno é o meu caso, pode falar a respeito das diferenças existentes Vade Mecum Penal e Processual Penal (coordenador); Resumos Gráficos de Direito entre os presos que se converteram ao cristianismo e aqueles outros que Penal- Parte geral e Parte especial (Rio de Janeiro: lmpetus); Direitos Humanos, ainda não tiveram esse encontro com Cristo. Sistema Prisional e Alternativas à Privação de Liberdade (São Paulo: Saraiva); O ambiente,- as fisionomias, os comportamentos, a higiene, enfim, tudo é A Retomada do Complexo do Alemão (Rio de Janeiro: Impetus); Virado do Avesso diferente nas celas dos presos convertidos. E não se pode dizer que isso é pura - Um romance histórico-teológico sobre a vida do apóstolo Paulo (Rio de Janeiro: imaginação de alguém que acredita que a Bíblia seja a Palavra de Deus. Por mais Nahgash). É embaixador de Cristo. que se queira repudiar esse pensamento, Deus tem propósitos também para os presos. Não podemos esquecer que a própria Bíblia é repleta de histórias Fale direto com o autor pelo e-mail: [email protected] com presos. Paulo foi preso inúmeras vezes, até que, em Roma, foi condenado à e pelo site: www.rogeriogreco.com.br pena de morte. Pedro foi outro "preso ilustre". O próprio Jesus, mesmo que por pouco tempo, também foi encarcerado, antes de sua crucificação. O NOTA no AuToR AUTOR O Rogério Greco é Procurador de Justiça, tendo ingressado no Ministério sistema prisional está falido, e isso não é novidade. Os meios de comunicação constantemente divulgam imagens de presos, em quase todos os Público de Minas Gerais em 1989. Foi vice-presidente da Associação Mineira Estados da Federação brasileira, que sofrem com o problema da superlotação do Ministério Público (biênio 1997- 1998) e membro do conselho consultivo carcerária. Seus direitos mais comezinhos são deixados de lado. Tomar banho, daquela entidade de classe (biênio 2000-2001). É membro fundador do Instituto alimentar-se, dormir, receber visitas, enfim, tudo o que deveria ser visto com de Ciências Penais (!CP) e da Associação Brasileira dos Professores de Ciências normalidade em qualquer sistema prisional, em alguns deles, como é o caso Penais e membro eleito para o Conselho Superior do Ministério Público durante do Brasil, parece ser considerado regalia. os anos de 2003, 2006 e 2008; Professor de Direito Penal do Curso de Pós O problema, na verdade, não se resume ao sistema prisional brasileiro. -Graduação da PUC/BH; Professor qo Curso de Pós-Graduação de Direito Penal Em muitos países do mundo a situação é igual ou até pior do que aquela que da Fundação Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais; Assessor enfrentamos. Por isso, quando resolvi escrever sobre o tema, a finalidade, Especial do Procurador-Geral de Justiça junto ao Tribunal de Justiça de Minas mais do que apresentar uma tese de doutorado, que, para minha felicidade, Gerais; Mestre em Ciências Penais pela Faculdade de Direito da Universidade conquistou o grau máximo (sobresaliente, cun laude) na Universidade de Federal de Minas Gerais (UFMG): Especialista em Direito Penal (Teoria do Delito) Burgos, Espanha, foi radiografar, de forma ampla, o sistema prisional, pela Universidade de Salarnanca (Espanha); Doutor pela Universidade de Burgos trazendo à tona suas mazelas, e, por outro lado, propor algumas alternativas (Espanha); Membro Titular da Banca Examinadora de Direito Penal do XLVIII que, se adotadas, aliviarão, sobremaneira, o sofrimento existente nas prisões. Concurso para Ingresso no Ministério Público de Minas Gerais; palestrante em Depois de conhecer pessoalmente um número considerável de .penitenciárias congressos e universidades em :odo o País. É autor das seguintes obras: Direito no Brasil e, também, na Espanha, posso dizer, com segurança, que um dos Penal (Belo Horizonte: Cultur(1; Estrutura jurídica do Crime (Belo Horizonte: fatores mais importantes para a efetiva reinserção do condenado no convívio Mandamentos); Concurso de Pessoas (Belo Horizonte: Mandamentos); Direito em sociedade é, de fato, sua conversão, vale dizer, a entrega, verdadeira, de sua Penal - Lições (Rio de Janeiro: Impetus); Curso de Direito Penal - Parte geral e vida a Jesus Cristo. Parte especial (Rio de Janeiro: lrnpetus); Código Penal Comentado -Doutrina e Que me perdoem os acadêmicos, mas não estou sendo religioso, como jurisprudência (Rio de Janeiro: Impetus); Atividade Policial - Aspectos Penais, muitos podem pensar. Quem conheceu direta e pessoalmente as mazelas do Processuais Penais, Administrativos e Constitucionais (Rio de Janeiro: Impetus); cárcere, corno é o meu caso, pode falar a respeito das diferenças existentes Vade Mecum Penal e Processual Penal (coordenador); Resumos Gráficos de Direito entre os presos que se converteram ao cristianismo e aqueles outros que Penal- Parte geral e Parte especial (Rio de Janeiro: lmpetus); Direitos Humanos, ainda não tiveram esse encontro com Cristo. Sistema Prisional e Alternativas à Privação de Liberdade (São Paulo: Saraiva); O ambiente,- as fisionomias, os comportamentos, a higiene, enfim, tudo é A Retomada do Complexo do Alemão (Rio de Janeiro: Impetus); Virado do Avesso diferente nas celas dos presos convertidos. E não se pode dizer que isso é pura - Um romance histórico-teológico sobre a vida do apóstolo Paulo (Rio de Janeiro: imaginação de alguém que acredita que a Bíblia seja a Palavra de Deus. Por mais Nahgash). É embaixador de Cristo. que se queira repudiar esse pensamento, Deus tem propósitos também para os presos. Não podemos esquecer que a própria Bíblia é repleta de histórias Fale direto com o autor pelo e-mail: [email protected] com presos. Paulo foi preso inúmeras vezes, até que, em Roma, foi condenado à e pelo site: www.rogeriogreco.com.br pena de morte. Pedro foi outro "preso ilustre". O próprio Jesus, mesmo que por pouco tempo, também foi encarcerado, antes de sua crucificação. Este livro, acima de tudo, é um grito de socorro. O sistema prisional agoniza, enquanto a sociedade, de forma geral, não se importa com isso, pois crê que aqueles que ali se encontram recolhidos merecem esse sofrimento. Esquecem-se, contudo, que aquelas pessoas, que estão sendo tratadas como seres irracionais, sairão um dia da prisão e voltarão ao convívio em sociedade. SuJ\~Rio Assim, cabe a nós decidir se voltarão melhores ou piores. Espero, sinceramente, que, após a leitura deste trabalho, fruto de intensa pesquisa, conjugada com minha experiência na área criminal, o leitor possa refletir melhor sobre o sistema prisional, enxergando no preso um ser humano que, antes de tudo, precisa ter um encontro verdadeiro com o Deus vivo, que Capítulo 1 - Fundamentos e Limitações do Jus Puniendi. ................................. 1 é capaz de transformar vidas. 1.1. Jus Puniendi, Estado de Direito e Direitos Humanos .............................................. ! O apóstolo Paulo, quando se encontrava preso, foi ouvido perante o 1.2. A importância da Revolução Francesa e sua Declaração dos governador Festo e o rei Agripa. Durante sua defesa, Paulo expôs os motivos Direitos do Homem e do Cidadão ·································-·················································· 6 pelos quais acreditava estar preso. Afirmava que tinha sido o maior perseguidor dos cristãos. Contudo, um dia, quando estava se dirigindo para Damasco, a 1.3. A flexibilização do Conceito de Soberania .............. -.................................................. 9 fim de prend~r aqueles que eram considerados como os do "caminho", Jesus 1.4. Teorias Fundamentadoras ................................................................................................. 11 se revelou a ele, pessoalmente. A partir daquele instante, a vida de Paulo 1.5. A Evolução dos Direitos Humanos ................................................................................... 16 mudou por completo. De perseguidor, passou a ser um pregador incansável 1.5.1. Direitos humanos pré-revolucionários ············-················································ ..... 17 do Evangelho de Jesus Cristo, ou seja, que Jesus nasceu, como predisseram os 1.5.2. Direitos humanos de primeira geração (ou dimensão) .................................... 19 profetas, foi crucificado mas, ao terceiro dia, resssuscitou. E era justamente 1.5.3. Direitos human:>s de segunda geração (ou di:nensão) .................................... 22 por isso, ou seja, por afirmar que Jesus Cristo estava vivo, que Paulo estava 1.5.4. Direitos humanos de terceira e quarta geração (ou dimensão) ................... 24 sendo julgado naquele momento. 1.6. O Estado Constitucional e Democrático de Direito No livro de atos dos apóstolos está registrado esse momento incrível da defesa de Paulo. No capítulo 26, versículos 24 a 29, esse verdadeiro herói da e os Direitos Fundamentais ............................. ·-············--············································ ..... 25 fé é interrompido por Festo, um governador corrupto, que esperava receber 1. 7. Princípios do Estado Constitúcional e Denocrático de Direito ......................... 28 de Paulo alguma propina para libertá-lo. Referida passagem merece registro: 1.7.1. Princípio da legalidade ................................................................................................... 28 "Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu 1.7.1.1. Prind?io da legalidade em matéria penal... ........................................... 31 em alta voz: Estás louco, Paulo. As muitas letras o fazem 1.7.1.2. Funções do princípio da legalidade em matéria penal ..................... 32 delirar! Paulo, porém, respondeu: Não estou louco, ó 1.7.1.3. Legalidade formal e legalidade material ................................................. 36 excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo palavras de 1. 7.1.4. Princípio da legalidade no âmbito penitenciário ................................ 38 verdade e de bom senso. Porque tudo isto é do conhecimento 1.7.2. Princípio da igualdade ................................... -·······-········ .............................................. 39 do rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido 1.7.3. O acesso à justiça (princípio da justicialidade) ................................................... 43 de que nenhuma dessas coisas lhe é oculta; porquanto nada 1.7.3.1. A ideia de justiça penal ................................................................................... 47 se passou em algum lugar escondido. Acreditas, ó rei, nos 1.7.3.2. A justiça do tempo como pena ........... -........................................................ 50 profetas? Bem sei que acreditas. Então, Agripa se dirigiu a 1. 7.3.3. A vítima e o condenado: concepções antagônicas de justiça ......... 54 Paulo e disse: Por pouco não me persuades a me fazer cristão. 1.7.4. O princípio de liberdade ............................... -............................................................... 56 Paulo respondeu: Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me 1.8. A Dignidade da Pessoa como Princípio Fundamental do Direito Penal... ...... 61 ouvem se tornassem tais como eu sou, exceto estas cadeias". 1.8.1. A concepção normativa da dignidade da pessoa humana ............................... 66 Essa é a grande diferença. É isso que fará, com toda certeza, que os presos 1.8.2. A desobediência ao princípio da dignidade da pessoa humana tenham esperança no cárcere, que possam imaginar-se pessoas diferentes ao pelo próprio Estado ··············································--..................................................... 67 retornarem ao convívio em sociedade. É essa fé em Jesus Cristo que os fará 1.8.3. A relativização do princípio da dignidade da pessoa humana ...................... 70 pessoas melhores. É nisso que creio, sinceramente. Este livro, acima de tudo, é um grito de socorro. O sistema prisional agoniza, enquanto a sociedade, de forma geral, não se importa com isso, pois crê que aqueles que ali se encontram recolhidos merecem esse sofrimento. Esquecem-se, contudo, que aquelas pessoas, que estão sendo tratadas como seres irracionais, sairão um dia da prisão e voltarão ao convívio em sociedade. SuJ\~Rio Assim, cabe a nós decidir se voltarão melhores ou piores. Espero, sinceramente, que, após a leitura deste trabalho, fruto de intensa pesquisa, conjugada com minha experiência na área criminal, o leitor possa refletir melhor sobre o sistema prisional, enxergando no preso um ser humano que, antes de tudo, precisa ter um encontro verdadeiro com o Deus vivo, que Capítulo 1 - Fundamentos e Limitações do Jus Puniendi. ................................. 1 é capaz de transformar vidas. 1.1. Jus Puniendi, Estado de Direito e Direitos Humanos .............................................. ! O apóstolo Paulo, quando se encontrava preso, foi ouvido perante o 1.2. A importância da Revolução Francesa e sua Declaração dos governador Festo e o rei Agripa. Durante sua defesa, Paulo expôs os motivos Direitos do Homem e do Cidadão ·································-·················································· 6 pelos quais acreditava estar preso. Afirmava que tinha sido o maior perseguidor dos cristãos. Contudo, um dia, quando estava se dirigindo para Damasco, a 1.3. A flexibilização do Conceito de Soberania .............. -.................................................. 9 fim de prend~r aqueles que eram considerados como os do "caminho", Jesus 1.4. Teorias Fundamentadoras ................................................................................................. 11 se revelou a ele, pessoalmente. A partir daquele instante, a vida de Paulo 1.5. A Evolução dos Direitos Humanos ................................................................................... 16 mudou por completo. De perseguidor, passou a ser um pregador incansável 1.5.1. Direitos humanos pré-revolucionários ············-················································ ..... 17 do Evangelho de Jesus Cristo, ou seja, que Jesus nasceu, como predisseram os 1.5.2. Direitos humanos de primeira geração (ou dimensão) .................................... 19 profetas, foi crucificado mas, ao terceiro dia, resssuscitou. E era justamente 1.5.3. Direitos human:>s de segunda geração (ou di:nensão) .................................... 22 por isso, ou seja, por afirmar que Jesus Cristo estava vivo, que Paulo estava 1.5.4. Direitos humanos de terceira e quarta geração (ou dimensão) ................... 24 sendo julgado naquele momento. 1.6. O Estado Constitucional e Democrático de Direito No livro de atos dos apóstolos está registrado esse momento incrível da defesa de Paulo. No capítulo 26, versículos 24 a 29, esse verdadeiro herói da e os Direitos Fundamentais ............................. ·-············--············································ ..... 25 fé é interrompido por Festo, um governador corrupto, que esperava receber 1. 7. Princípios do Estado Constitúcional e Denocrático de Direito ......................... 28 de Paulo alguma propina para libertá-lo. Referida passagem merece registro: 1.7.1. Princípio da legalidade ................................................................................................... 28 "Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu 1.7.1.1. Prind?io da legalidade em matéria penal... ........................................... 31 em alta voz: Estás louco, Paulo. As muitas letras o fazem 1.7.1.2. Funções do princípio da legalidade em matéria penal ..................... 32 delirar! Paulo, porém, respondeu: Não estou louco, ó 1.7.1.3. Legalidade formal e legalidade material ................................................. 36 excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo palavras de 1. 7.1.4. Princípio da legalidade no âmbito penitenciário ................................ 38 verdade e de bom senso. Porque tudo isto é do conhecimento 1.7.2. Princípio da igualdade ................................... -·······-········ .............................................. 39 do rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido 1.7.3. O acesso à justiça (princípio da justicialidade) ................................................... 43 de que nenhuma dessas coisas lhe é oculta; porquanto nada 1.7.3.1. A ideia de justiça penal ................................................................................... 47 se passou em algum lugar escondido. Acreditas, ó rei, nos 1.7.3.2. A justiça do tempo como pena ........... -........................................................ 50 profetas? Bem sei que acreditas. Então, Agripa se dirigiu a 1. 7.3.3. A vítima e o condenado: concepções antagônicas de justiça ......... 54 Paulo e disse: Por pouco não me persuades a me fazer cristão. 1.7.4. O princípio de liberdade ............................... -............................................................... 56 Paulo respondeu: Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me 1.8. A Dignidade da Pessoa como Princípio Fundamental do Direito Penal... ...... 61 ouvem se tornassem tais como eu sou, exceto estas cadeias". 1.8.1. A concepção normativa da dignidade da pessoa humana ............................... 66 Essa é a grande diferença. É isso que fará, com toda certeza, que os presos 1.8.2. A desobediência ao princípio da dignidade da pessoa humana tenham esperança no cárcere, que possam imaginar-se pessoas diferentes ao pelo próprio Estado ··············································--..................................................... 67 retornarem ao convívio em sociedade. É essa fé em Jesus Cristo que os fará 1.8.3. A relativização do princípio da dignidade da pessoa humana ...................... 70 pessoas melhores. É nisso que creio, sinceramente. 1.8.4. A mídia como uma das responsáveis por impedir a aplicação, no 3.5. Privação da Liberdade (Internação) em Virtude de Aplicação sistema prisional, do principio da dignidade da pessoa humana .............. 72 de Medida de Segurança ....................................................................................................... 211 1.9. Limitações do Jus Puniendi .............................................................................................. 74 3.6. Absolutismo Versus Utilitarismo ..................................................................................... 216 3.7. Alguns Fatores que Exercem Influência Sobre a Crise das Prisões .................. 225 Capítulo 2 - Origem e Evolução Histórica da Pena e da Prisão ....................... 83 3.8. A Privatização das Prisões ................................................................................................. 231 2.1. Introdução ................................................................................................................................. 83 3.8.1. Introdução ........................................................................................................................... 231 2.2. As Penas Aflitivas ................................................................................................................... 88 3.8.2. A crise carcerária e a privatização das prisões .................................................... 232 2.3. A Pena de Morte ...................................................................................................................... 90 Capítulo 4-Alternativas à Privação de Liberdade .............................................. 241 2.4. Antecedentes Históricos das Prisões ............................ -............................................... 97 4.1. Necessidade de uma Atuação Complexa e Coordenada: Medidas 2.5. A Importâcia da Obra de Beccaria .................................................................................. 105 de Política Estatal, Política Criminal e Política Penitenciária ............................... 241 2.6. John Howard e a Reforma Penitenciária ..................... -............................................... 114 4.1.1. Introdução. ........................................................................................................................... 241 2.7. Jeremy Benthan e sua Influência no Sistema Penitenciário ................................ 117 4.1.2. Soluções político-criminal, político-penitenciária e político-estata1... ....... 242 2.8. Sistemas Penitenciários Clássicos ................................................................................... 121 4.2. Implementação das Finalidades Sociais do Estado como Fator Inibidor da Prática de Infrações Penais ......................................................................... 244 2.9. Vigiar e Punir: Um Grito de Alerta ........................ ,. ........................................................ 128 4.3. A Adoção do Minimalismo como Política de Correção do Sistema ................... 250 2.10. Proteção das Pessoas Privadas de Liberdacie ......... -............................................... 137 4.3.1. Teoria do bem jurídico como fundamento da intervenção mínima ............ 252 2.10.1. Normatização internacional ...................................................................................... 137 4.3.2. O critério de seleção dos bens jurídico-penais e a criação típica. ................ 255 2.10.2. Proibição de tortura e das penas ou tratamentos cruéis, desumanos 4.3.3. Da natureza subsidiária do direito penal ............................................................... 262 ou degradantes ................................................................................................................. 139 4.3.4. Esquema minimalista piramidal ................................................................................ 264 2.10.3. Do conceito internacional de tortura ..................................................................... 142 2.10.4. Das penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes ................. 147 4.4. Mediação Penal e Justiça Restaurativa .......................................................................... 268 2.10.5. Determinações internacionais aos estados para que proíbam e 4.4.1. Fases da mediação ............................................................................................................ 272 impeçam as torturas, as penas ou tratamentos cruéis, desumanos 4.4.2. Justiça restaurativa informal .................................................................. :. ................... 275 ou degradantes ................................................................................................................. 153 4.4.3. Origem da justiça restaurativa .................................................................................... 279 2.10.6. Requisitos mínimos exigidos para os locais de ;>rivação da liberdade. ...... 156 4.5. A Tecnología como Instrumento a Serviço do Sistema Penal ............................. 283 2.10.7. Registro dos presos ....................................................................................................... 162 4.5.1. Alternativas tecnológicas à privação da liberdade no sistema prisional ..... 286 4.5.1.1. Monitoramento eletrônico .................................................... :. ...................... 287 Capítulo 3 - Problemas e Orientações Atuais da Pena de Privação 4.5.1.1.1. Tecnologias de controle de primeira, segunda de Liberdade e da Prisão ....................................................................................... 165 e terceira geração ............................................................................. 294 3.1. O Século XX e o Retrocesso das Prisões ........................................................................ 165 4.5.1.1.2. Monitoramento versus direito à intimidade ........................ 296 3.1.1. O (mau) exemplo dos Estados Unidos ..................................................................... 169 4.6. O Sistema de Penas Alternativas à Prisão .................................................................... 302 3.1.2. Modelos prisionais de sucesso e de fracasso ........................................................ 172 4.6.1. Fases de aplicação de medidas alternativas à prisão ........................................ 307 3.2. Princípios Fundamentais Reguladores da Privação da Liberdade ...................... 181 4.6.2. Alternativas à pena de privação de liberdade ...................................................... 309 3.2.1. Prisão na fase investigativa (pré-processual) ....................................................... 181 4.6.2.1. Penas restritivas de direitos no Código Penal brasileiro .................. 309 3.2.2. Prisão na fase processual .............................................................................................. 187 4.6.2.1.1. Espécies de penas restritivas de direitos .............................. 309 3.2.3. Prisão na fase de execução da pena .......................................................................... 191 4.6.2.1.2. Requisitos para a substituição ................................................... 311 3.3. Privação da Liberdade das Mulheres ............................................................................. 197 4.6.2.1.3. Duração das penas restritivas de direitos ............................. 313 4.6.2.1.4. Prestação pecuniária ...................................................................... 314 3.4. Privação da Liberdade dos Jovens .................................................................................. 204 4.6.2.1.5. Violência doméstica e familiar contra a mulher ................. 316

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