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setor de ciências humanas, letras e artes departamento de antropologia programa de pós ... PDF

135 Pages·2012·3.44 MB·Portuguese
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SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL PATRÍCIA VILLAR BRANCO O METAL CRISTÃO: MÚSICA, RELIGIOSIDADE E PERFORMANCE. CURITIBA 2011 PATRICIA VILLAR BRANCO O METAL CRISTÃO: MÚSICA, RELIGIOSIDADE E PERFORMANCE. Dissertação apresentada ao Departamento de Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná como requisito parcial à obtenção do grau de mestre em Antropologia Social. Orientadora: Profª. Dra. Selma Baptista. CURITIBA 2011 Catalogação na Publicação Aline Brugnari Juvenâncio – C RB 9ª/1504 Biblioteca de Ciências Humanas e Educação - UFPR Bran c o , Patricia Villar O metal cristão: música, religiosidade e performance / Patricia Villar Branco. – Curitiba, 2011. 1 3 4 f. Orientadora: Profª. Drª. Selma Baptista Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, U niversidade Federal do Paraná. 1. Música e juventude. 2. Gospel (Música). 3. Música – Aspec t os religiosos. 4. Etnologia. 5. Religião e identidade. I. Título. CDD 781.71 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Formação original da banda Black Sabbath .......................................... 10 Figura 2 - Jornal do Brasil, matéria de 1985 ..........................................................12 Figura 3: Flyer/ convite da “Capital Augusta – uma igreja sem paredes” ............ 26 Figura 4 - O gospel como produto da intersecção entre juventude e cristianismo. 29 Figura 5 – Logomarca da Igreja ............................................................................. 35 Figura 6 – Homenagem de Katia ao aniversário .................................................... 36 Figura 7 – Homenagem de Katia ao aniversário .................................................... 37 Figura 8 – Mapa estrutural da Gólgota .................................................................. 39 Figura 9 – Tópico onde Pipe defende o nome da Igreja ........................................ 45 Figura 10 – Comunidades, Sites e Blogs ............................................................... 47 Figura 11 - Motoclube Golgotanos e seu símbolo numa bandeira ........................ 49 Figura 12 - Printscreen da página de entrada do site ............................................. 49 Figura 13 - O Mosh durante o louvor ................................................................... 51 Figura 14 - O Headbanging ................................................................................... 52 Figura 15 - Karin e Susany ................................................................................... 55 Figura 16 - Susany, Karin, Karin, Pipe, Amanda, Lincoln, Daniel ....................... 56 Figura 17 - Momento em que Pipe se joga do palco para o público ..................... 58 Figura 18 – Quadro publicado pela Revista ÉPOCA ........................................... 84 Figura 19 – Modelo estabelecido por Victor Turner ........................................... 92 Figura 20 até 30 – Printscreens dos tópicos do Orkut a respeito do “Gospel” ................................................................................................. 105 até 115 SUMÁRIO NICE GIRLS DON`T LIVE HEAVY METAL.......................................................... 01 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 03 1. NICE BOYS DON`T PLAY HEAVY METAL ..................................................... 08 1.1 A EXPLOSÃO GOSPEL E A PERTINÊNCIA DE UM “METAL DO BEM” NA IGREJA EMERGENTE .......................................................................................... 16 2. O CAMPO ................................................................................................................. 31 3. A COMUNIDADE GÓLGOTA............................................................................... 35 4. A RELIGIOSIDADE DO CULTO GOLGOTANO ............................................. 55 5. RELIGIÃO E IDENTIDADE: OS GOLGOTANOS NO UNIVERSO RELIGIOSO “EMERGENTE”.................................................................................... 71 5.1 AS IGREJAS EMERGENTES .................................................................... 78 6. A EXPERIÊNCIA GOLGOTANA E O METAL CRISTÃO: RITUAL, PERFORMANCE E MIMESIS................................................................................... 87 6.1 O CULTO GOLGOTANO COMO RITUAL .............................................. 88 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 109 AGRADECIMENTOS Ruim pensar que, para alguns, o mestrado é apenas mais um título. Não sei dizer se o pior é sentir-se (como tantas vezes me senti) um peixe fora d’água, num curso de área distante à área de formação, ou passar por todo esse processo de forma indiferente e acostumada - como apenas mais um trabalho cientifico, uma estrelinha no caderno, uma pergunta respondida... Falar de experiência de mestrado é especial para mim, tem uma carga extremamente densa. “Só sabe quem passa” é pouco; eu mesma perco a noção do que significou todo esse processo na minha vida. Hoje posso dizer que esses anos de empenho resultaram não somente na conclusão de um trabalho de pesquisa (muito prazeroso, diga-se de passagem), mas na formação (e aí sim posso chamar de “grau” ou “nível”) de uma nova pessoa. Aqui só me cabe agradecer àqueles que me acompanharam, direta ou indiretamente, nessa fase da minha vida. À Deus, em primeiro lugar, que me ajudou a tirar proveito das dores para meu crescimento interno. Aos amigos de longe e de perto, curiosos, torcedores, entusiastas. À minha orientadora Selma Baptista, pela paciência e por todo conhecimento que me passou - um espelho pra mim, amiga e pessoa admirável. À companheira de mestrado Tatiane Barcelos Limont – grande amiga, uma ligação extra-antropologia. À minha família número 1: Lineu, Solange, Luciano (representando Mariane, Júlia, Matheus) muito obrigada pela força, amor, compreensão, o amparo e a assistência. À família número 2: Cleonir, Rosa, Thiago, Diogo e Karina por toda preocupação, carinho e companheirismo. Em especial, agradeço ao meu marido, amor da minha vida e melhor amigo, Thiago Branco. Agradeço também à Rochele Allgayer, que retornou ao meu ciclo próximo não por acaso, mas no momento certo, me proporcionando momentos hilários e de desabafos constantes. Agradeço também aos colegas que conheci na Comunidade Gólgota de Curitiba pela receptividade, pelos momentos de descontração, a solidariedade para comigo e a possibilidade de viver uma religiosidade que eu não conhecia. Dedico este trabalho e este título à meu pai. RESUMO A ousadia sonora e comportamental vindas com o Rock`n Roll nos anos 50 desencadeou, uma década depois, um estilo musical considerado subversivo, carregado de discursos místicos e polêmicas envolvendo seus representantes. O Heavy Metal refletiu e acompanhou um momento de grandes mudanças sociais e tomou ainda mais força na década de 70. Os jovens adeptos eram vistos como alienados, rebeldes, drogados, alguns eram mesmo considerados “satanistas” por reproduzir determinados discursos e comportamentos criados por seus ídolos. Para entendermos de onde vem a vertente “cristã” do estilo, é necessário nos determos num determinado ponto da história do campo religioso protestante que trouxe, para a atualidade, configurações religiosas das quais antigos conceitos, noções e comportamentos, no que refere ao viver e fazer a fé, são relativizados. Este trabalho realiza a etnografia de uma igreja inserida nesse campo religioso contemporâneo pós-Movimento Gospel que, tendo como forte suporte a mídia e a música, mantém suas práticas evangelizadoras baseadas na “aceitação” do universo secular, o universo não-religoso, que foi por muito tempo (e ainda permanece sendo de acordo com algumas doutrinas) o universo não permitido, das coisas mundanas e profanas. Esta etnografia privilegiou suas práticas e discursos públicos e privados (dentro e fora da igreja, inclusive no que diz respeito às suas produções midiáticas), participando da comunidade como um todo. É uma igreja conhecida por ser “underground” e abrigar um público exótico, amante do estilo Metal dentre outros que transitam neste universo da cultura musical underground jovem moderna. Pode-se dizer que boa parte do circuito nacional das bandas de Metal Cristão já passou por lá e não apenas no que diz respeito a shows e festivais, mas também aos cultos da Comunidade, que são verdadeiros happenings religiosos. A proposta das “Igrejas Emergentes”, como é designada a Comunidade Gólgota por seu líder, oferece uma liberdade de cultuar e viver a fé que podemos entender como fruto de uma forma secularizada bastante adequada aos dias atuais. Essa liberdade na criação do “culto a Deus” é o que propicia fenômenos performáticos interessantes, como é o caso do louvor golgotano e sua junção perfeitamente equilibrada entre o “sagrado” e o “profano” – um louvor brutal e agressivo adaptado a um discurso cristão, de salvação, amor e cura pela aceitação de Jesus Cristo como “Senhor”. Essa representação híbrida, dúbia, contraditória que acontece na união da estética “profana” do Heavy Metal e do discurso religioso “sagrado” é o que o trabalho pretende interpretar, tomando como base epistemológica a teoria da mimesis, da performance e do ritual. Palavras-chave: religião, música e juventude ABSTRACT Rock ‘n’ roll’s behavioral and sound boldness in the 50’s unleashed, a decade after, a musical style that was full of polemics involving it’s icons, mystical speech and it was often considered subversive. Heavy metal followed and reflected a time of great social change and became even stronger in the 70’s. The group of young enthusiasts was seen as a group of rebels, junkies, who were alienated, and even considered by some to be “Satanists” for reproducing specific behavior and speech created by their idols. To better understand the Heavy Metal’s “Christian” trend, it’s necessary that we attain ourselves to a certain period of Protestantism history that brings to current days religious configuration of which ancient behaviors, notions and concepts regarding living and faith are made relative. This ethnography privileged its own practices and private and public speeches (outside and inside the church including its mediatic production), by being part of the community as a whole. It is an ‘underground” church, known for embracing exotic, not only Metal loving followers but also others that dwell in youth’s modern underground musical culture universe. It is safe to say that the majority of the national Christian Metal bands have already been there, and regarding not only concerts and festivals, but also community meetings, which are real religious “happenings”. The “Emerging Churches”, as the leader of the “Comunidade Gólgota” likes to call it; proposal is to offer a freedom of worshiping and living the faith that could be understood as a product of a secularized way that is very much adequate for nowadays. This freedom in the “worship of God” is what brings interesting performative phenomena, as the “golgotano’ worship and its perfectly balanced combination of “sacred” and “profane” – in a brutal and aggressive worship adapted to a Christian speech of salvation, love and healing by accepting Jesus Christ as the “Lord”.

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me passou - um espelho pra mim, amiga e pessoa admirável. Tatiane Barcelos Limont – grande amiga, uma ligação extra-antropologia. dramas sociais dos Ndembu, nos anos 50, trazendo estas considerações até seus
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