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semiótica aplicada PDF

288 Pages·2015·6.1 MB·French
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CADERNOS DE SEMIÓTICA APLICADA ISSN 1679-3404 Vol. 13 - N. 1 JULHO DE 2015 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Reitor JVuilcieo- Creezitaorr Daurigan MPraór-iRlzeai Vtoieriar ad eC uPnehsaq uRiusdage MDiarreiato Jro sdéa S Foaacruelsd Madened dees CGiiêanncniiansi Letras de Araraquara ACornoarlddeon Caodrotirnaa do Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa Marina Célia Mendonça CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada / Universidade Estadual Paulista. – Vol. 1 (2003) – . – Araraquara : Laboratório Editorial FCL-UNESP, 2003– Semestral ISSN eletrônico 1679-3404 Ficha catalográfica elaborada pela equipe da Biblioteca da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp – Araraquara. Url End: ehrtetpç:o/ /esleeetrr.ôfcnlaicro.u:nesp.br/casa/ Endereço para corres cpaosnad@êfnclcaira.u:nesp.br CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista Rodovia Araraquara-Jaú, Km 1 Caixa Postal 174 Araraquara – São Paulo – Brasil 14800-901 Os artigos publicados nos CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada são indexados por: DOAJ – Directory of Open Access Journals Latindex – Sistema Regional de Información para las Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal Livre! – Portal para Periódicos de Livre Acesso na Internet Apoio: CADERNOS DE SEMIÓTICA APLICADA ISSN 1679-3404 Vol. 13 - N. 1 JULHO DE 2015 Equipe Editorial Editor Responsável JAesasni sCtreinsttteu es dPiotrotreilaal (Unesp) CAisnsteias sAolrvieas tdéac nSiilcvaa (Doutoranda – Unesp) AConma Pisasuãlao dEed Mitoernieazles (Bibliotecária da FCLAr/Unesp) Arnaldo Cortina (Unesp) Ivã Carlos Lopes (USP) Jean Cristtus Portela (Unesp) Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan (Unesp) MCoanthseeulhso N Eodguiteoirriaa Slchwartzmann (Unesp) Alceu Dias Lima (Unesp) Ana Claudia Mei Alves de Oliveira (PUC-SP) Ana Cristina Fricke Matte (UFMG) Anderson Vinicius Romanini (USP) Anne Beyaert-Geslin (Université de Bordeaux III) Claude Zilberberg (Séminaire de Sémiotique de Paris) Denis Bertrand (Université Paris 8-Vincennes-Saint-Denis) Diana Luz Pessoa de Barros (USP/Mackenzie) Edna Maria F. S. Nascimento (Unesp) Elizabeth Harkot-de-La-Taille (USP) Eric Landowski (CNRS) Geraldo Vicente Martins (UFMS) Glaucia Muniz Proença Lara (UFMG) Heidi Bostic (Baylor University) Irene de Araújo Machado (USP) Jacques Fontanille (Université de Limoges) José Américo Bezerra Saraiva (UFC) José Luiz Fiorin (USP) Kati Eliana Caetano (UTP) Loredana Limoli (UEL) Lúcia Teixeira de Siqueira e Oliveira (UFF) Luiz Augusto de Moraes Tatit (USP) Luiz Carlos Migliozzi Ferreira de Mello (UEL) Luiza Helena Oliveira da Silva (UFT) Maria Giulia Dondero (Université de Liège/FNRS) Marisa Giannecchini Gonçalves de Souza (Unesp) Neiva Ferreira Pinto (UFJF) Norma Discini de Campos (USP) Óscar Quezada Machiavello (Universidad de Lima) Pierluigi Basso(Université Lumière Lyon 2) Regina Souza Gomes (UFRJ) Renata Maria Facuri Coelho Marchezan (Unesp) Sémir Badir (Université de Liège/FNRS) Thomas Broden (Perdue University) Tieko Yamaguchi Miyazaki (Unesp/UNEMAT) Vera Lúcia Rodella Abriata (Unifran) WReavldisiãr oB eei vniodrams (aUtiSzPa)ção LPEroTjReAtoR IgAráfico e capa Diego Meneghetti / Estúdio Teca SUMÁRIO 7 EDITORIAL Jean Cristtus Portela ARTIGOS / PAPERS 13 LE CERCLE SÉMIOTIQUE DE GREIMAS Eric Landowski (CNRS) 43 A SEMIÓTICA TENSIVA: UMA TEORIA IMANENTE DO AFETO Waldir Beividas (USP) 87 ESPAÇO SEMIÓTICO EM DIÁLOGOS E FRONTEIRAS Irene de Araújo Machado (USP) 121 A ESTRUTURA DA FUNÇÃO POÉTICA Marcela Ulhôa Borges Magalhães (Unesp) e João Batista Toledo Prado (Unesp) 151 O DISCURSO CITADO NO TEXTO LITERÁRIO Cleide Inês Wittke (UFPel) 189 MEMÓRIA, NOSTALGIA E PUBLICIDADE: O CASO DAS CAMISAS RETRÔ DE FUTEBOL Richarles Souza de Carvalho (Unesc) e Maria Marta Furlanetto (Unisul) 227 NATUREZA E CULTURA NA FOTOGRAFIA DE TIAGO SANTANA Tércia Montenegro Lemos (UFC) RESENHAS / REVIEWS 249 Corpo e estilo. DISCINI, Norma. São Paulo: Contexto, 2015, 383 p. Regina Souza Gomes (UFRJ) 257 Discurso e (des)igualdade social. LARA, Glaucia Proença; LIMBERTI, Rita Pacheco (Org.). São Paulo: Contexto, 2015, 206p. Ricardo Gualda (UFBA) 269 NORMAS PARA SUBMISSÃO 279 CONSIGNES AUX AUTEURS EDITORIAL Bem... eu me ocupo da linguagem de uma maneira geral, de Esenutã fou,n oc iqounea mo esnentoh, odre fsauza? significação. E éÉ pvreercdiasdoe d qeu ael gsue éam F rpaanrçaa s feo ossceu upmar Edsitsasdoo? Pagam-lhe bleimbe rpaalr eau i sessota? rEia p daersae qmuper esegravdeo?. “Cinco pequenas lições de semiótica”1 (1985), J.-C. Coquet Em “Cinco pequenas lições de semiótica” (1985), J.-C. Coquet constata que é difícil explicar às pessoas o que fazem exatamente aqueles que fazem semiótica. Fôssemos bombei- ros, militares ou romancistas (a escolha dessas atividades por Coquet como exemplos resta ainda por psicanalisar), seria mais fácil explicar o sentido do nosso trabalho. Romancista não seria mau, sonha Coquet. Linguista ou professor de lín- gua? Um novo tipo de linguista? Isso diz algo sobre o que fa- semioticista zemos, mas não tudo. E dizer, por fim, simplesmente, que se é ? A resposta é um pouco circular e, como pondera Coquet, pode ser que, depois disso, nos vejamos sem “amigos, nem auditório”. Neste ano de 2015, trinta anos depois da publicação das divertidas lições de semiótica de Coquet, o semioticista, seja ele, na sua origem, linguista, comunicólogo, filósofo ou 1 Cf. COQUET, Jean-Claude. A busca do sentido: a linguagem em questão. Trad. Dilson Ferr- reira Cruz. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013. p. 30. Grifos nossos. CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v.13, n.1, 2015, p. 7-12 | 7 EDITORIAL artista, não mais sofre de grandes dilemas vocacionais e nem a sua atividade é de todo desconhecida. Não é à toa, como te- mos observado a cada edição dos CASA, que as reflexões que têm por objeto a própria semiótica – sua história, sua eficácia, suas contradições – estão sempre presentes entre as nossas submissões. Crise da semiótica? Reflexividade própria aos es- tudos discursivos e, em última análise, às ciências humanas? Se a crise é um dos efeitos da maturidade, as reflexões me- tassemióticas ou histórico-epistemológicas, quando não teó- rico-metodológicas, atestam que a semiótica, essa dama mais que centenária, cuja idade resta a precisar e que já conheceu sucessivas idades da razão, rejeita a ideia de acabamento de- finitivo e se compraz de sua madureza instável e provisória. A contribuição de Eric Landowski, “Le cercle sémiotique de Greimas”, que inicia este número dos CASA, procura colo- car em evidência o percurso histórico e epistemológico que a semiótica discursiva perfez desde os primeiros anos de A. J. Greimas na França, defendendo a ideia de que a semiótica, assim como qualquer outra disciplina, não pode ser avaliada pela sua popularidade e que, muito embora tenha sido cha- mada de “Semiótica da Escola de Paris”, já que seu fundadores se reuniam nas proximidades do Sena, ela sempre se fez – e, sobretudo, se faz – longe do Quartier Latin, por pesquisado- res de todas as partes do mundo. Em uma época em que o sentimento de escola desaparece para uns e recrudesce para outros, o artigo de Landowski, que ele mesmo classifica como um “esboço de uma sociossemiótica da aventura ‘greimasia- na’”, é um convite à autocrítica e à abertura de espírito diante dos fatos de pensamento: mais do que hagiógrafos, a escola de semiótica dita greimasiana precisa de pesquisadores que saibam guardar a visada crítica. Adotando um ponto de vista estritamente epistemológi- 8 | CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v.13, n.1, 2015, p. 7-12 EDITORIAL co, Waldir Beividas, em “A semiótica tensiva: uma teoria ima- nente do afeto”, procura demostrar como a semiótica tensiva de Claude Zilberberg provém de uma linhagem linguística (de F. de Saussure e de L. Hjelmslev) que se assenta sobre o prin- cípio da imanência e dá lugar a uma “epistemologia discursi- va”. Na sua reflexão sobre o princípio de imanência, Beividas assumirá a posição de defesa da autonomia e da suficiência do texto como objeto e nível de análise, ao contrário do que preconizam as ideias mais recentes de J. Fontanille, com que o autor dialoga. Segundo o autor, não sendo a “realidade” pa- râmetro adequado ou bastante para se estabelecer a natureza do objeto da semiótica, a necessidade de uma teoria imanente do afeto que defina o que é próprio ao texto, no âmbito estrito do texto, se nos impõe e é a uma epistemologia discursiva de tipo tensivo que devemos nos reportar. Na esteira desses diálogos teóricos tão apaixonados quanto produtivos, temos o texto “Espaço semiótico em diá- logos e fronteiras”, de Irene Machado, cujo objetivo é pensar o espaço semiótico como concebido por Iúri Lótman à luz das reflexões de M. Bakhtin. Machado começa seu artigo com uma questão: “O que Iúri Lótman e a semiótica da cultura têm a di- zer para os Estudos discursivos?”. Para a autora, Lótman con- tribui para os estudos discursivos com um modelo dinâmico da cultura que explica a constituição do espaço semiótico e das suas fronteiras, fronteiras essas que são as zonas privile- giadas do diálogo e que nos mostram que é impossível pensar no discurso como um constructo compacto e hegemônico. O espaço, como conceito e como metáfora que ampara o concei- to, é tão mais problemático – diverso, multifacetado, heteró- clito – quando se trata da fronteira, pois se constitui como o lugar de tradução de relações entre diferentes tipos de discur- sos, textos e linguagens. CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v.13, n.1, 2015, p. 7-12 | 9 EDITORIAL Mas nem só da crítica dos seus modelos de reflexão vive o semioticista. Eis porque, a cada edição, o maior número de submissões é de análises dos mais variados objetos, segundo o ar do tempo. Os artigos “A estrutura da função poética”, de Marcela Ulhôa Borges Magalhães e João Batista Toledo Prado, e “O dis- curso citado no texto literário”, de Cleide Inês Wittke, embora tenham em comum o fato de analisarem textos literários, pro- põem tratamentos diferentes para objetos de pesquisa igual- mente distintos. O artigo de Magalhães e Prado defende, apoiando-se em um histórico do problema na tradição semiótica e na análise de canções brasileiras, um programa semiótico para o trata- mento do signo poético, que, partindo da evidência de que o signo poético na canção reclama tratamento de signo linguís- tico, não ignora o projeto último do cancionista ou poeta, a saber, impregnar semissimbolicamente o seu enunciado, no conteúdo e na expressão, da música das coisas, da “música do mundo”, que rege e desfaz, por sucessivas ilusões referenciais, o arbitrário e o “natural” do signo poético. Já o artigo de Wittke interessa-se por um fenômeno que se dá essencialmente no plano do conteúdo, mas que tam- bém se manifesta na expressão do texto em prosa: o discurso citado, marcado de modo mais ou menos explícito, a depen- Zero Hora der da distância que o enunciador dele quer tomar. Por meio da análise de três crônicas publicadas no jornal e valendo-se das ideias de M. Bakhtin e J. Authier-Revuz, a au- tora demonstra que a assimilação, por parte do narrador, da citação apropriada de modo constitutivo deixa poucas marcas no enunciado, ao passo que quanto maior é a dissociação en- tre discurso narrado e citado, mais marcas de explicitação da citação encontraremos no enunciado. 10 | CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v.13, n.1, 2015, p. 7-12

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Jacques Fontanille (Université de Limoges). José Américo Bezerra Saraiva (UFC). José Luiz sont à cent lieues d'un pareil danger. Il. [] suffit de comparer mes écrits avec ceux de Louis Hjelmslev pour sentir la différence.”. tin e na psicanálise de Lacan. Segundo Authier-Revuz (1982, p.
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