Em meados de 2013, o jornal britânico The Guardian publicou uma série de matérias que desvendavam a vigilância ilimitada praticada pela NSA, a Agência de Segurança Nacional norte-americana. As reportagens, assinadas pelo ex-advogado e jornalista Glenn Greenwald, revelaram ao mundo que a inteligência do país estava espionando em larga escala não só as comunicações domésticas, mas também as de outros países, inclusive os aliados.
As denúncias suscitaram um longo debate global, ainda em curso, sobre o direito à privacidade e o alcance da vigilância governamental. Neste livro, Greenwald conta, desde o início, como foi escolhido por Edward Snowden para ser o receptor dos dados confidenciais que formaram o escopo de seu trabalho jornalístico.
Além de falar sobre o período que passou com Snowden, ex-prestador de serviços da NSA que se tornou um dos delatores mais célebres da história moderna, o autor reflete sobre o papel que a mídia desempenha no jornalismo atual, alinhando-se aos interesses dos governos em detrimento dos cidadãos. Trata também das consequências, para a democracia, de um programa de supervisão ininterrupta e irrestrita de pessoas, empresas e governos.
Greenwald ainda revela novas informações sobre o abuso de poder da NSA e propõe medidas para conter o alcance aparentemente inflexível dos aparatos de vigilância norte-americanos.