ebook img

Segunda Viagem a São Paulo e Quadro Histórico da Provínica de São Paulo PDF

233 Pages·2002·1.306 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Segunda Viagem a São Paulo e Quadro Histórico da Provínica de São Paulo

GarimpoemMinasGerais,, 1956deCândidoPortinari.Óleosobretela,1,48x1,95m. ReproduçãofotográficadeSandraBethlem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . S V S P EGUNDA IAGEM A ÃO AULO E Q H P UADRO ISTÓRICO DA ROVÍNCIA S P DE ÃO AULO Mesa Di re to ra Biê nio 2001/2002 Se na dor Ra mez Te bet Pre si den te Se na dor Edi son Lobão Se na dor Antonio Car los Va la da res 1º Vi ce-Presidente 2º Vice-Pre si den te Senador Car los Wilson Se na dor Ante ro Paes de Bar ros 1º Se cre tá rio 2º Se cre tá rio Se na dor Ro nal do Cu nha Lima Se na dor Mo za ril do Cavalcanti 3º Se cre tá rio 4º Se cre tá rio Su plen tes de Se cre tá rio Se na dor Alber to Sil va Se na do ra Ma ria do Car mo Alves Se na do ra Mar lu ce Pin to Se na dor Nilo Te i xe i ra Cam pos Con se lho Edi to ri al Se na dor Lú cio Alcân ta ra Jo a quim Cam pe lo Mar ques Pre si den te Vi ce-Presidente Con se lhe i ros Car los Hen ri que Car dim Carl yle Cou ti nho Ma dru ga Ra i mun do Pon tes Cu nha Neto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Co le ção O Bra sil Vis to por Estran ge i ros S V EGUNDA IAGEM A S P Q ÃO AULO E UADRO H P ISTÓRICO DA ROVÍNCIA S P DE ÃO AULO Au guste de Sa int-Hi la i re Tra du ção e in tro du ção de Afon so de E. Ta u nay Bra sí lia – 2002 O BRASIL VISTO POR ESTRANGEIROS O Conse lho Edi to ri al do Se na do Fe de ral, cri a do pela Mesa Di re to ra em 31 de ja ne i ro de 1997, bus ca rá edi tar, sem pre, obras de va lor his tó ri co e cul tu ral e de im por tân cia re le vant e para a com pre en são da his tó ria po lí ti ca, eco nô mi ca e so ci al do Bra sil e re fle xão so bre os des ti nos do país. CO LE ÇÃO O BRA SIL VIS TO POR ESTRANGEIROS O Rio de Ja ne i ro como é (1824-1826), de C. Schlich thorst Sua Ma jes ta de o Pre si den te do Bra sil, de Ernest Ham bloch Vi a gem ao Bra sil, de Luís Agas siz e Eli za beth Cary Agas siz Re mi nis cên ci as de Vi a gens e Per ma nên cia no Bra sil, de Da ni el P. Kid der Vi a gem do Rio de Ja ne i ro a Mor ro Ve lho, de Ri chard Bur ton Bra sil: Ama zo nas–Xin gu, do Prín ci pe Adal ber to da Prús sia Dez Anos no Bra sil, de Carl Se id ler Vi a gem na Amé ri ca Me ri di o nal, de Ch.-M. de La Con da mi ne Bra sil: Ter ra e Gen te (1871), de Oscar Cans tatt Vi a gem ao Bra sil nos anos de 1815 a 1817, de Ma xi mi li a no, Prín ci pe de Wied-Ne u wi ed Se gun da Vi a gem a São Pa u lo e Qu a dro His tó ri co da Pro vín cia de São Pa u lo, de Au gus te de Sa int-Hi la i re Vi a gem ao Rio Gran de do Sul, de Agus te de Sa int-Hi la i re Vi a gem ao Nor te do Bra sil, de Ivo D’Évreux Pro je to Grá fi co: Achil les Mi lan Neto (cid:211) Se na do Fe de ral, 2002 Con gres so Na ci o nal Pra ça dos Três Po de res s/nº – CEP. 70168-970 – Bra sí lia – DF CEDIT@ce graf.se na do.gov.br Http://www.se na do.gov.br/web/con se lho.htm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sa int-Hi la i re, Au gus te de, 1779-1853. Se gun da vi a gem a São Pa u lo e qua dro his tó ri co da Pro vín cia de São Pa u lo / Au gus te de Sa int-Hi la i re ; tra du ção e in tro du ção de Afon so de E. Ta u nay. -- Bra sí lia : Se na do Fe de ral, Con se lho Edi to ri al, 2002. 238 p. : il.-- (Co le ção O Bra sil vis to por es tran ge i ros) 1. São Pa u lo (es ta do), des cri ção. 2. São Pa u lo (es ta do), his tó ria. 3. Vi a gem, São Pa u lo (es ta do). I. Tí tu lo. II. Sé rie. CDD 918.161 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Su má rio INTRODUÇÃO pág. 9 CAPÍTULO I pág. 11 CAPÍTULO II pág. 37 CAPÍTULO III pág. 59 CAPÍTULO IV pág. 73 CAPÍTULO V pág. 89 CAPÍTULO VI pág. 103 DESPESAS DA VIAGEM DO RIO DE JANEIRO A SÃO PAULO, PASSANDO POR MINAS pág. 131 QUADRO HISTÓRICO DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO pág. 139 ÍNDI CE ONOMÁSTICO pág. 237 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Intro du ção A pesar das duas ediç ões des tes pre ci o sos orig in ai s, con tinua ge ral men te mu i to pou co co nhe ci da a nar ra ti va des ta par te das gran des jor na das do ilus tre bo tâ ni co franc ês, a quem o Bra sil tan to deve, efe tu a das em nos so país. Veio a lume, aliás, em pu bli ca ção pós tu ma div ul gad a trin ta e quatro anos após o pas sa men to do au tor pelo Sr. R. de Dre uzy. Nada po de mos di zer so bre as re la ções dest e edi tor com o ás bio ilus tre, a quem se de vem as tão cé le bres nar ra ti vas de vi a gens re a li za das em nos sa ter ra de 1816 a 1822 e li vros ab so lu ta men te no tá ve is pela va lia ci en tí fi ca e a pro bi da de dos in for mes, como não há quem o ig no re. Fa le cen do em 1853 de i xou Sa int-Hi lai r e vo lum os o ma nus cri to inéd it o; a Vi ag em ao Rio Gran de do Sul, li vro mu i to mais raro que as suas de ma is obras. Ne go cia-se hoje por pre ços in comp ar a vel ment e mais al tos do que os das ou tras Vi a gens. Co i sa que ge ral men te cha ma a aten ção dos le i to res é a fi de li - da de com que o gran de bo tâ ni co sou be gra var as pa la vras por tu gue sas, pro va de quan to che gou a co nhe cer bem a nos sa líng ua. A Vi a gem ao Rio Gran de do Sul e a Se gun da Vi a gem a São Pa u lo, po rém, tra zem os no mes pró pri os e os to pô ni mos ex tra or di - na ri a men te es tro pi a dos. Isto nos faz crer que o au tor ti ves se má le tra e seu re vi sor, o Sr. de Dre uzy, ou alg uém por ele, nada ent end es se de por tu guês. 10 Au guste de Sa int-Hilaire Assim não é crí vel que Sa int-Hi lai re haja esc rit o ca xu ro por ca chor ro, cor go fon do, Pi nha mon ga ba, Ja cu rahy, Nos sa Se nho ra da Appa ran da! (Apa re ci da), e uma in fi ni da de de ou tras co i sas, como aind a, São João de Man que em lu gar de São João Mar cos, etc., etc. O se nhor de Dre uzy de di cou a pu bli ca ção ao Con de d’Eu pelo fato de ser este prín ci pe o esp os o da her de i ra do tro no bras il ei r o, de cla ra-o no pre fá cio. Do Rio Gran de do Sul re gress ou Sa int-Hi la i re, por mar, ao Rio de Ja ne i ro, em fins de agost o de 1821. No tou en tão que as suas co le ções se acha vam em gran de par te est ra ga das pe las tra ças; so bre tud o o her bá rio. Os tra ba lhos de ta xi derm ia fi ze ram-lhe mu i to mal à sa ú de e o cli ma ca ri o ca o dep ri miu mu it o, afir ma-o. Assim, para fa zer no vas co le ções, e re co lher o ma ter i al de i xa do em São Pa u lo, ao se guir para San ta Ca ta ri na e Rio Gran de o Sul, en ten deu par tir para a ca pi tal pa u lis ta, sai n do do Rio, a 29 de ja ne i ro de 1822, com os dois cri a dos, seus ve lhos com pan he i ros, Fir mi a no e La ru ot te, dois ín di os mon ta dos e um tro pei r o. Na pri me i ra vi a gem a São Pa u lo, vi e ra de Go iás de poi s de atra ves sar o Triân gu lo Mi ne i ro. Na se gund a re sol veu ir do Rio de Ja ne i ro a Mi nas, pas san do pelo reg ist ro do Rio Pre to, Bar bac en a, São João d’El-Rei, Ai u ru o ca, Ba e pen di e Pous o Alto, para de po is, des cen do a Mant i que i ra, che gar a Ca cho e i ra e Gua r at ing uet á. Daí to ma ria o rumo de Ta u ba té, Ja ca reí, Mogi das Cru zes e, afi nal, São Pa u lo. Na vi a gem de vol ta foi-lhe este o iti ne rá rio: Mogi das Cru zes, Nos sa Se nho ra da Esca da, Ja ca reí, Tau b a té. Des ta úl ti ma lo ca li da de ru mou em di re ção à ca pi tal bra si le i ra, por Apar e cid a, Gua r at ing uet á, Are i as, Ba nan al, São João Mar cos, Itag uaí e San ta Cruz. É mu i to in te res san te a sé rie des tes de po i ment os sem pre tão in te li gen tes e so bre tu do sin ce ros... Tra zem va li o so cont ing ent e de in for mes so bre a mais imp or tan te re gião bra si le i ra a que se es ten de en tre as duas ma i o res ci da des do país. Esta mos cer tos de que o noss o púb lic o aman te dos as sun tos na ci o na is apre ci a rá re al ment e este re la to pro bo e elev ad o, saí d o da pena do gran de vi a jan te a cuja me mó ria de vem os bras i le i ros mui t os mo ti vos de ver da de i ra gra ti dão. AFONSO DE E. TAUNAY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ca pí tu lo I O RIO DE JANEIRO – CUIDADOS DISPENSADOS ÀS COLEÇÕES – PREPARATIVOS DE PARTIDA – ARREDORES DO RIO DE JANEIRO – FREGUESIA DE INHAÚMA – SANTO ANTÔNIO DA JACUTINGA – RAIZ DA SERRA – SENHOR DE ENGENHO – ENGENHOS – CAFÉ – CAMINHO NOVO DO COMÉRCIO – FALTA DE PERSEVERANÇA NAS EMPRESAS BRASILEIRAS – VARGEM – O PARAÍBA – REGISTRO DA ESTRADA DO COMÉRCIO – ENGENHOCA – ALDEIA DAS COBRAS – O DESEMBARGADOR LOUREIRO – MÁ DISTRIBUIÇÃO DAS TERRAS CONCEDIDAS – O RIO PRETO – LIMITES DA CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO – REGISTRO DO RIO PRETO – A SERRA NEGRA – SÃO GABRIEL – POLIDEZ DO POVO – FAZENDA DE S. JOÃO – OS PEQUENOS GUARANIS DIOGO E PEDRO – UM CIRURGIÃO – O RIO DE PEIXE – RANCHO DE MANUEL VIEIRA – OS CAMPOS DA RANCHARIA – BRUMADO – RANCHO DE ANTÔINO PEREIRA – FAZENDA DO TANQUE. 1 DIÁRIO DA VIAGEM DO RIO DE JANEIRO A VILA RICA E DE VILA RICA A SÃO PAULO F re gues ia de Inha ú ma, a 2 lé guas do Rio de Ja ne i ro, 29 de ja ne i ro de 1822 – De vol ta do Rio Gran de do Sul co me cei a exa mi nar as co le ções que no Rio de Ja ne i ro de i xa ra e as que co mi go trou xe ra, acon di ci o nan do-as de 1 Au gus te de Sa int-Hilaire, che gan do ao Rio Gran de do Sul, ali se de mo rou al gum tem po; em bar cou no va men te, desem bar can do no Rio de Ja ne i ro de po is de fe liz tra ves sia de 10 dias (car ta do Rio de Ja ne i ro a 4 de se tembro de 1821). Foi em se gui da bus car em S. Paulo as co le ções ali de i xa das por mo ti vo de for ça ma i or em de zem bro de 1819. Foi esta a sua úl ti ma vi a gem no Con ti nen te ame ri ca no. De vol ta ao Rio de Ja ne i ro não tar dou em embar car para a Fran ça, re gres san do ao país na tal em prin cí pi os de agos to de 1822. 12 Au guste de Sa int-Hilaire modo que pu des sem par tir para a Fran ça ape nas vol tas se eu da vi a gem ago ra en ce ta da. Encont rei, no me lhor es ta do pos sí vel, os pas sa ri nhos e in se tos; mas duas ma las de plan tas se acha vam in te i ra men te des tru í das pe las lar vas das tra ças. Eram as que re co lhe ra nas Mi nas No vas, nas mar gens do rio de S. Fran cis co, en tre o rio de Ja ne i ro e o rio Doce, nas mon ta nhas de Ta pa nho a can ga e ar re do res de Ubá. O cli ma do rio de Ja ne i ro a que não es ta va ha bi tu a do, o che i ro de cân fo ra, en xo fre, e es sên cia de te re bin ti na, con ti nu a men te res pi ra do, e devo con fes sá-lo, o des gos to ex pe ri men ta do ven do as per das do meu her bá rio, to das es tas ca u sas me al te ra ram sen si vel men te a sa ú de, ti ran do-me qua se in te i ra men te o alen to. O fas ti di o so tra ba lho a que me en tre ga ra com isto so fria, prolon gan do-me os abor re ci men tos. Vá ri os me ses pas sa ram, du ran te os qua is nada mais fiz se não en ro lar pas sa ri nhos no al go dão, la var in se tos com éter, sal pi car plan tas com cân fo ra e pro cu rar res tos de flo res numa po e i ra mais fina que a do rapé. A ex tre ma ler de za dos ope rá ri os do Rio de Ja ne i ro con tri bu iu tam bém para que per dess e mu i to tem po. Enfim, só ao cabo de 3 dias con se gui des co brir o tro pe i ro que hoje me acom pa nha. Con ser vei no Rio de Ja ne i ro a casa que alu ga ra à che ga da, e o bom Sr. Ovi de2 ace i tou nela mo rar em mi nha au sên cia. Aí de i xei quin ze ca i xas che i as de plan tas e per fe i ta men te acon di ci o na das, e vin te e qua tro ou tras che i as de pás sa ros, ma mí fe ros e in se tos, das qua is 20 ar ru ma das de modo a po de rem ser em bar ca das quan do eu qui ser. Parti a 29 de ja ne i ro de 1822 acom pa nha do de meu novo arre e i ro, de La ru ot te, e dois gua ra nis mon ta dos. Fir mi a no vai a pé. Como par ti mos mu i to tar de, não pu de mos fa zer se não 2 lé guas. O ca mi nho que se gui foi o mes mo que com os Srs. de Lang sdorff, Antô nio Ilde fon so Go mes e o po bre Pré gen te, tri lha ria quan do che io de en tu si as mo, hoje ex tin to e es pe ran ças de que per ce bi a ina ni da de, en ce tei mi nhas lon gas e pe no sas vi a gens. 2 Pro va vel men te Fran cis co Ovi de, en ge nhe i ro-mecânico emi gra do para o Bra sil com a Mis são Artís ti ca de 1816 (A. de E. T.)

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.