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século XVI ao século XX PDF

779 Pages·2014·43.14 MB·Portuguese
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Síntese da coleççção História Geral da África Século XVI ao século XX Editor: Valter Roberto Silvério Brasília, 2013 Esclarecimento A UNESCO mantém, no cerne de suas prioridades, a promoção da igual- dade de gênero, em todas as suas atividades e ações. Devido à especificidade da língua portuguesa, adotam-se nesta publicação os termos no gênero masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos sejam grafados no masculino, eles referem-se igualmente ao gênero feminino. ni di l a Fi o Autor: Povo Bijagós l u m Título: Adorno de Costas Corubá ô R O/ Origem:Guiné-Bissau C S Técnica: madeira policromada E N Dimensão (cm): 30 x 36 x 14 U © Acervo: Museu Afro Brasil. Coleção Emanoel Araújo o: t o F Síntese da coleççção História Geral da África Século XVI ao século XX Editor: Valter Roberto Silvério Publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Esta publicação é fruto de uma parceria entre a Representação da UNESCO no Brasil, o Ministério da Educação e a Universidade Federal de São Carlos. © UNESCO 2013 Todos os direitos reservados. Coordenação editorial: Setor de Educação da Representação da UNESCO no Brasil Redação: Maria Corina Rocha e Muryatan Santana Barbosa Revisão técnica: Muryatan Santana Barbosa Revisão e atualização ortográfica: Maria Corina Rocha Projeto gráfico e diagramação: Casa de Ideias e Unidade de Comunicação Visual da Representação da UNESCO no Brasil Imagem de capa: Rômulo Fialdini Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste livro não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou limites. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silvério, Valter Roberto Síntese da coleção História Geral da África : século XVI ao século XX / coordenação de Valter Roberto Silvério e autoria de Maria Corina Rocha e Muryatan Santana Barbosa. – Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013. 784 p. ISBN: 978-85-7652-169-3 1. História 2. História Medieval 3. História Moderna 4. História Contemporânea (cid:24)(cid:17)(cid:3)(cid:43)(cid:76)(cid:86)(cid:87)(cid:82)(cid:85)(cid:76)(cid:82)(cid:74)(cid:85)(cid:68)(cid:191)(cid:68)(cid:3)(cid:25)(cid:17)(cid:3)(cid:48)(cid:112)(cid:87)(cid:82)(cid:71)(cid:82)(cid:86)(cid:3)(cid:75)(cid:76)(cid:86)(cid:87)(cid:121)(cid:85)(cid:76)(cid:70)(cid:82)(cid:86)(cid:3)(cid:26)(cid:17)(cid:3)(cid:55)(cid:85)(cid:68)(cid:71)(cid:76)(cid:111)(cid:109)(cid:82)(cid:3)(cid:82)(cid:85)(cid:68)(cid:79)(cid:3)(cid:27)(cid:17)(cid:3)(cid:43)(cid:76)(cid:86)(cid:87)(cid:121)(cid:85)(cid:76)(cid:68)(cid:3)(cid:68)(cid:73)(cid:85)(cid:76)(cid:70)(cid:68)(cid:81)(cid:68)(cid:3)(cid:28)(cid:17)(cid:3)(cid:38)(cid:88)(cid:79)(cid:87)(cid:88)(cid:85)(cid:68)(cid:86)(cid:3) africanas 10. Arqueologia 11. Línguas africanas 12. Artes africanas 13. Norte da África 14. Leste da África 15. Oeste da África 16. Sul da África 17. África Central 18. África I. Rocha, Maria Corina II. Barbosa, Muryatan Santana III. UNESCO IV. Brasil. Ministério da Educação V. Universidade Federal de São Carlos Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Representação no Brasil SAUS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar 70070-912 – Brasília – DF – Brasil Tel.: (55 61) 2106-3500 / Fax: (55 61) 3322-4261 Site: www.unesco.org/brasilia / E-mail: [email protected] Ministério da Educação (MEC) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC) Esplanada dos Ministérios, Bl. L, 2º andar 70097-900 – Brasília – DF – Brasil Tel.: (55 61) 2022-9217 / Fax: (55 61) 2022-9020 Site: http://portal.mec.gov.br/index.html Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Rodovia Washington Luis, Km 233 – SP 310 Bairro Monjolinho 13565-905 – São Carlos – SP – Brasil Tel.: (55 16) 3351-8111 (PABX) / Fax: (55 16) 3361-2081 Site: http://www2.ufscar.br/home/index.php Impresso no Brasil SUMÁRIO 5 SUMÁRIO Apresentação...............................................................................................7 Capítulo 5 África do século XVI ao XVIII............................................17 Capítulo 6 África do século XIX à década de 1880..............................181 Capítulo 7 África sob dominação colonial, 1880-1935.........................339 Capítulo 8 África desde 1935...............................................................455 Referências bibliográficas.......................................................................615 Apresentação 7 Apresentação Hoje, torna-se evidente que a herança africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, os modos de sentir, pensar, sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul dos Estados Unidos ao norte do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as contribuições culturais herdadas da África são visíveis por toda parte; em certos casos, chegam a constituir os fundamentos essen- ciais da identidade cultural de alguns dos segmentos mais importantes da população (((Amadou Mahtar M’Bow, Prefácio da primeira edição portuguesa da HGA). Assistimos, durante o século XX, à multiplicação dos estudos sobre o negro no Brasil, quase todos, porém, sem lhe acompanhar o passado africano. A África parecia mais que esquecida, ignorada. Embora durante a descolonização do continente se tenha reacendido o interesse brasileiro pela África, o descaso por sua história persistiu até ontem, ou anteontem. Ao começar a ser corrigido o pecado, não nos demoramos, no entanto, em reconhecer que muito do que se passava num lado do atlântico afetava a outra margem. E nos convencemos de que o Brasil também começa na África, e a África se prolonga no Brasil(Alberto da Costa e Silva, Introdução Raízes Africanas – Revista História Biblioteca Nacional). A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) desde sua criação, em 4 de novembro de 1946, apostou na crença de que elucidar a contribuição dos diversos povos para a construção da civiliza- 8 Síntese da HGA — Volume II ção seria um meio de favorecer a compreensão sobre a origem dos conflitos, do preconceito, da discriminação e da segregação raciais que assolavam o mundo. No caso brasileiro, o chamado projeto UNESCO, com pesquisas realizadas nos anos 1951 e 1952, marca o desvendamento, sob bases das ciências sociais, das formas como se configuravam as relações raciais no país. Ao se passarem aproximadamente 60 anos das pesquisas pioneiras do projeto UNESCO, podemos afirmar que foram inúmeras as transformações vivenciadas pela sociedade brasileira. E, principalmente, após a abertura política de meados dos anos 1980, os fatos permitem vislumbrar um processo de profunda mudança social, no qual de forma tensa, conflituosa e contingente convivem perspectivas de recriação/resgate do passado com projeção/planejamento do futuro. Entre os projetos políticos e sociais que disputam no espaço público o que deve ser o Brasil do futuro escancaram-se no presente contradições de tempos imemoriais, impedidas de se manifestarem em sua plenitude pelo manto do autoritarismo e repressões pretéritas em um país projetado, pelas elites, para ser outro, ao menos do ponto de vista de sua população. O desencontro entre a projeção das elites e o estoque populacional foi tema de vários autores desde a famosa Carta de Caminha. Esse desencontro proporcionou uma situação na qual os impactos das cultu- ras africanas, na formação social brasileira, foram, por um lado, retratados pelos viajantes tanto de forma positiva quanto negativa e de espanto, objeto de estudo por setores intelectuais ressaltando especialmente dúvidas sobre a viabilidade da constituição de uma nação e, por outro lado, aquelas culturas, desde sua chegada em nosso solo, têm sido o lugar de vivência e práticas sociais populares que marcam a própria história do Brasil, não a oficial, e desafiam as várias imagi- nações que constituem as ciências sociais dadas à plasticidade, variabilidade e capacidade de negociação com outras culturas. Nos vários patrimônios que compõem o que chamamos hoje de nação bra- sileira vamos encontrar as contribuições das culturas africanas e de outras com as quais elas negociaram em condições assimétricas. Para além dos instrumentos legais da UNESCO1, a noção de patrimônio cultural faz parte da constituição brasileira, a qual recomenda o seguinte: 1 A UNESCO trabalha impulsionada pela Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, que é hoje o instrumento internacional da UNESCO que obteve a adesão de mais Estados- -membros, e também pela Convenção para a Proteção do Patrimônio Subaquático e a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial... Apresentação 9 “O poder público, com a cooperação da comunidade, deve promover e prote- ger o patrimônio cultural brasileiro”.2 Dispõe que esse patrimônio é constituído por bens materiaise imateriais que se referem à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, quais sejam: as formas de expressão; os modos de criar, fazer, viver; as criações científicas, artísticas e tec- nológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor his- tórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Nós podemos subdividir o patrimônio cultural brasileiro em artístico, cienti- fico, tecnológico e ambiental. No entanto, o reconhecimento de nossas matrizes africanas constitui a base para a compreensão das hibridações resultantes de nossa formação social pluricultural. Como forma de reconhecer a influência dessas culturas, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos (NEAB/UFSCar), em parceria com a UNESCO e o Ministério da Educação (MEC), desenvolveu o programa Brasil-África: Histórias cruzadas. Consequência da promulgação da Lei no 10.639 de 2003, a qual orienta que os sistemas de ensino implementem a história da cultura afro-brasileira e africana na educação básica. O principal objetivo do projeto é dar visibilidade e reconhecimento à intersecção da história africana com a brasileira, transformando e valorizando positivamente as relações entre os diversos grupos étnico-raciais que convivem no país. A primeira ação desenvolvida pelo programa foi a tradução para o português daColeção História Geral da África, da UNESCO, principal obra de referência sobre a história do continente. São oito volumes, com aproximadamente 1000 páginas cada, que contam a história da África sob a perspectiva dos próprios africanos. Inicialmente publicada em francês, até meados dos anos 1980, ela levou trinta anos para ser produzida e sua concepção surgiu do desejo das recém- -independentes nações africanas de contarem sua história de forma crítica em relação à perspectiva eurocêntrica e estereotipada das obras de então. A partir dessa tradução, estamos desenvolvendo a versão brasileira do projeto intitulado Uso Pedagógico da História Geral da África3, o qual torna o conteúdo da coleção mais acessível ao transformá-lo em material pedagógico. Para tanto, estão sendo produzidos diversos produtos baseados na obra. 2 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 3 Existe um pprojjeto pppara o desenvolvimento de materiais de uso ppedaggóggico, com base na Coleção da História Geral da África da UNESCO, para os países do continente africano. 10 Síntese da HGA — Volume II A síntese, em dois volumes, que estamos disponibilizando a partir dos oito volumes da História Geral da África é parte do conjunto de materiais e tem por objetivo propiciar aos professores e alunos, e às pessoas de modo geral, um conjunto de conhecimentos e informações sobre o continente africano, os quais podem abrir novas possibilidades de tratamento de questões que atravessam seu cotidiano no interior da escola. Neste sentido, procuramos organizar os dois volumes com textos sintéticos e objetivos, para permitir uma visão tanto da riqueza das contribuições dos povos africanos para a humanidade quanto do seu impacto na constituição da sociedade brasileira e, também, em resposta às reivindicações de mudanças expressas pela lei no 10.639/2003 e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. A síntese possibilita, também, uma primeira aproximação ao conjunto de conhecimentos presentes na História Geral da África, obra de referência, a qual poderá ser consultada por aqueles que queiram se aprofundar em aspectos e temas específicos. Os critérios utilizados para a elaboração da síntese foram os seguintes: (cid:82)(cid:53) Cada volume da versão original em língua portuguesa transformou-se em um capítulo na versão sintetizada. No volume 2 da síntese, em geral, os capítulos de cada um dos volumes da versão original transformaram- -se em subcapítulos ou tópicos. Assim, a estrutura básica é: Apresentação do livro-síntese; Introdução geral de Ki-Zerbo para os dois volumes; Referências bibliográficas de cada volume da versão integral. (cid:82) Volume 1:Síntese da Coleção História Geral da África: da pré-histó- ria ao século XVI O volume 1 da síntese corresponde aos volumes de 1 a 4 da versão ori- ginal, assim: Capítulo 1: Metodologia e pré-história da África Capítulo 2: África antiga Capítulo 3: África do século VII ao XI Capítulo 4: África do século XII ao XVI (cid:82) Volume 2: Síntese da Coleção História Geral da África: do século XVI ao século XX O volume 2 da síntese corresponde aos volumes de 5 a 8 da versão ori- ginal, assim:

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século XVIII, alguns desses grupos, especialmente os shambala e os pare, eram governados por fortemente africanizado e difundido. Buscou a
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