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Se Faz Preciso Misturar o Agro com o Doce PDF

308 Pages·2010·4.7 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE ESTUDOS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA “SE FAZ PRECISO MISTURAR O AGRO COM O DOCE”: A ADMINISTRAÇÃO DE GOMES FREIRE DE ANDRADA, RIO DE JANEIRO E CENTRO-SUL DA AMÉRICA PORTUGUESA (1748-1763) MÔNICA DA SILVA RIBEIRO Niterói 2010 MÔNICA DA SILVA RIBEIRO “SE FAZ PRECISO MISTURAR O AGRO COM O DOCE”: A ADMINISTRAÇÃO DE GOMES FREIRE DE ANDRADA, RIO DE JANEIRO E CENTRO-SUL DA AMÉRICA PORTUGUESA (1748-1763) Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal Fluminense, como requisito à obtenção do Grau de Doutor em História. Área de concentração: História Moderna. ORIENTADOR: PROF. DR. RONALD RAMINELLI Niterói 2010 MÔNICA DA SILVA RIBEIRO “SE FAZ PRECISO MISTURAR O AGRO COM O DOCE”: A ADMINISTRAÇÃO DE GOMES FREIRE DE ANDRADA, RIO DE JANEIRO E CENTRO-SUL DA AMÉRICA PORTUGUESA (1748-1763) BANCA EXAMINADORA: ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Ronald Raminelli — Orientador Universidade Federal Fluminense ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Francisco Carlos Cardoso Cosentino Universidade Federal de Viçosa ______________________________________________________________________ Profª. Drª. Iris Kantor Universidade de São Paulo ______________________________________________________________________ Prof. Dr. João Luis Ribeiro Fragoso Universidade Federal do Rio de Janeiro ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Nuno Gonçalo Pimenta de Freitas Monteiro Universidade de Lisboa A meu pai, Roberto Ribeiro, pelo dom da vida. À amiga Fátima Gouvêa, pelo amor à História. Sem eles, eu não teria chegado até aqui. Saudade e carinho eternos. AGRADECIMENTOS Mais uma vez estou eu aqui na parte mais difícil de um trabalho acadêmico. Adiei o quanto pude para escrever esses agradecimentos, mas agora não posso mais protelar. Para mim, é complicado demais colocar em poucas linhas todo o meu carinho e todo meu agradecimento a todas as pessoas que colaboraram, de uma forma ou de outra, para que eu conseguisse concluir essa jornada longa e complexa, permeada de tantos altos e baixos. Mas eu vou tentar. Primeiramente, sempre, agradeço aos meus pais, Joseli e Roberto, por tudo, por eu ser quem sou, pelo amor, pelo carinho e pela confiança depositada em mim. Obrigada por serem os melhores pais do mundo. Amo vocês. À minha irmã Bianca, por ser a melhor irmã que alguém pode ter, por ser a pessoa mais compreensiva, inteligente e afetuosa que conheço, e por estar ao meu lado em todos os momentos da minha vida. E ao meu cunhado, Fábio, pela atenção que sempre teve comigo. A toda a minha “grande família”, avós, tios, e primos, pelo apoio em toda a minha vida. À Sonia Schneiders, pela amizade, pelo carinho incondicional, pela paciência e dedicação, por me “obrigar” a escrever quando eu não queria ou não conseguia, e também por alguns auxílios “técnicos” no decorrer da tese. A você, que acreditou em mim, e que sempre me incentivou, mesmo nos momentos mais difíceis, quero dedicar um agradecimento mais do que especial. Ao meu orientador, Ronald Raminelli, por ter aceitado o desafio de me orientar com o trabalho já em andamento, e pelas preciosas considerações, que me possibilitaram confeccionar a tese. Aos meus amigos-irmãos, que são meu alicerce, meu “porto seguro”: Rosana e Alessandra Fonseca, e André Alves. Muito obrigada por estarem ao meu lado, e minhas sinceras desculpas pelas ausências, durante esse período. Aos meus amigos da Turma da Camiseta, a galera mais animada que existe, por ordem alfabética: Alessandra Sampaio, Carina Simonini, Carla Rodrigues, Cláudia Fogaça, Jacqueline Gonçalves, Kátia Freitas, Marcelo Barboza, Maurício Goulart e Sheila Oliveira. Sem vocês, eu teria enlouquecido! Obrigada por torcerem por mim, mesmo sem fazer idéia de quem era esse tal Gomes Freire, por me “arrancarem” de casa e fazerem minha vida ser mais divertida! Aos meus amigos distantes, mas nunca ausentes: Érica DiCarlantonio, Gustavo Carmo e Raphaela Coelho. Da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, meu local de trabalho, agradeço muito particularmente e carinhosamente à Angela Bettencourt, coordenadora de Informação Bibliográfica, e Liana Amadeo, diretora do Centro de Processos Técnicos, minhas queridas chefes, que me incentivaram e colaboraram de todas as formas possíveis para que eu pudesse concluir a tese. A todos os meus amigos da BN Digital, especialmente Daniele Cabral, Mila de Paula, Paulo Miguel Fonseca, Vinícius Martins e Wilian Correia, pela força, por terem me aturado falando da tese diariamente, e pelos momentos de descontração, tão importantes quanto os de concentração. À Fátima Ferreira, por ter me iniciado nos estudos históricos, pelo exemplo profissional, por ter me “apresentado” à História, e pela amizade durante todos esses anos. À Marília Nogueira dos Santos, por ser uma brilhante interlocutora, por me ajudar na elaboração das diversas etapas do trabalho, por ter compartilhado comigo todo o período do doutorado de forma próxima e intensa. Muito obrigada pela amizade de sempre e, obrigada, especialmente, pela companhia e pelos momentos inesquecíveis que passamos juntas em Lisboa. A Francisco Cosentino, pela amizade, pela colaboração e pelo incentivo, sempre, e também pelas pesquisas e passeios que compartilhamos em Portugal. A Marcos Aurélio de Paula Pereira, por ter me disponibilizado sua tese, com a qual pude dialogar muito particularmente no meu trabalho, e por ter estabelecido sempre comigo uma importante interlocução, já que trabalhamos com cortes temporais bastante próximos. A CAPES, pela bolsa PDEE, que possibilitou meu estágio em Portugal, sem o qual seria impossível a realização dessa tese. Aos professores que participaram do exame de qualificação, João Fragoso e Nuno Monteiro, pelas observações, críticas e sugestões, que foram essenciais para o aprimoramento do estudo. Ao Prof. Nuno Monteiro, também por ter me orientado no estágio de doutoramento em Lisboa, pelas reuniões que tivemos, pelos preciosos diálogos, pelas indicações documentais nos arquivos portugueses, e pela força e auxílio, após a perda de minha então orientadora Fátima Gouvêa. Em Portugal, agradeço também as contribuições de diversos outros professores com os quais tive o privilégio de discutir meu trabalho, em especial, Pedro Cardim e Mafalda Soares da Cunha. Nas terras lusas, tenho muito a agradecer aos amigos que lá fiz, brasileiros e portugueses, todos eles pessoas fantásticas, que transformaram minha estadia em Portugal em um período maravilhoso e agradabilíssimo: Maria Manuel, minha querida amiga Miúcha; Alberto, a pessoa mais simpática e bem-humorada que já conheci; minhas companheiras de apartamento, de estudos, de farras, e de melancolia, Ana Carolina e Marina; e as amigas de coração, Ana e Lina, que me ajudaram de todas as formas possíveis, amigas extraordinárias, que moram pra sempre no meu coração. Ainda falando do Reino, agradeço aos funcionários do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e da Biblioteca Nacional de Portugal, pela presteza e colaboração. À Fernanda Bicalho, por ter sido minha professora novamente no doutorado, e pela sua importância no meu trabalho durante todo esse período, e já desde o mestrado, sempre contribuindo para que o estudo pudesse se aprimorar e amadurecer. À Fátima Gouvêa, minha eterna orientadora e amiga, por tudo. Por ter me escolhido como discípula e amiga, por ter me permitido conviver com ela, nos mais diversos momentos de sua vida. Por ter acreditado em mim até mesmo quando nem eu mais acreditava. Por ter sido – e continuar sendo – o maior e melhor exemplo de amizade, de carinho, de inteligência, de humildade, de determinação, de profissionalismo, que eu poderia ter. Obrigada por ser uma pessoa única e iluminada, e por ser a maior responsável por eu ter conseguido realizar esse sonho. Fátima, obrigada por você existir. Todos os méritos que, porventura, esse trabalho possa ter, são, primeiramente, seus. “A sutileza do pensamento consiste em descobrir a semelhança das coisas diferentes e a diferença das coisas semelhantes.” Charles de Montesquieu RESUMO As transformações político-administrativas desencadeadas no Império português no século XVIII, especialmente a partir das décadas de 1720 e 1730, trouxeram modificações importantes na prática governativa, tanto no Reino, quanto nas suas colônias e conquistas. Nesse processo, a gestão de Gomes Freire de Andrada na América lusa funciona como um importante exemplo das mudanças que vinham sendo realizadas, especialmente se considerarmos a segunda fase de sua administração – de 1748 a 1763 – quando a jurisdição do Conde de Bobadela passou a abarcar – além do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e São Paulo – toda a região centro-sul. Nesse sentido, o presente trabalho tem como intuito analisar a dinâmica administrativa de Gomes Freire, durante os quinze últimos anos de seu governo, percebendo nela a aplicação da idéia de “razão de Estado”, norteadora da política imperial naquele momento. Palavras-chave: Gomes Freire de Andrada, Administração, “Razão de Estado”. ABSTRACT The political and administrative changes triggered in the Portuguese empire in the eighteenth century, especially from the 1720s and 1730s, brought major changes in practice of government, both in the Kingdom and in its colonies and conquests. In this process, the government of Gomes Freire de Andrade in America functions as an important example of the changes that were being made, especially considering the second phase of his administration – from 1748 to 1763 – when the jurisdiction of Bobadela encompassed – beyond Rio de Janeiro, Minas Gerais and São Paulo – the entire south-central region. Given all these aspects, this study intends to analyze the administrative dynamics headed by Gomes Freire during the last fifteen years of his government, in order to perceive the applicability of the “reason of State” idea, indicative of the imperial politics at that moment. Keywords: Gomes Freire de Andrada, Administration, “Reason of State”. LISTA DE ABREVIATURAS Cód. – Códice. Cx. – Caixa. Doc. – Documento. PH – Publicações Históricas do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Vol. – Volume.

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Bobadela usa a expressão “se faz preciso misturar o agro com o doce”. Essa expressão rapidamente nos remete a um meio termo, algo nem tão forte
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