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Sartre: Psicologia e fenomenologia PDF

90 Pages·1995·37.283 MB·Portuguese
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PSICOLOGIA E FENOMENOLOGIA PT(pod: SARTRE PSICOLOGIAE FENOMENOLOGIA OFICINA ve FILOSOFIA DIREÇÃO: MARILENACHAUI Luiz Damon SANTOS MouTINHO SARTRE PSICOLOGIA E FENOMENOLOGIA PREFÁCIO DE BENTO PRADO JÚNIOR TOMBO. 186472 SBD-FELCH-USP BIBLIOTECA DE FILOSOFIA ECIÊNCIASSOCIAIS Fapesp brasiliense CoppyryirchgihtOby Luiz Damon Santos Moutinho, 1995 reNpaerrnmoahgzuueamnanaapddaaarteeemsdiepissttaempausbleilceatçrdôonpiocodsefsoetrocgorpaivaadd.a, Oficina de Filosofia uziÀdeampaoraumteoiroiosszamçeãmeecocââpnnriiéicvcooisaoduaeoudtirtoo.rSsa,quaiiiss4qquuer MARILENA CHAUI Coordenaçãoeditorial:FlorianoJonas € EditaEpeçapãaoeraeplçreãotojreô€tnoircegavr:iásfGãiuoc:io:lJhoCesarérmlTeoesiRxodeadisrriaNgeNuveeesstNoet tantNoOaSproúdlutçiãmoosdedectêrnabiaolsh,oscreemsfcielroasmofinaoqBuraanstiol Produção: discursoeditorial ú o interesse — profissional ou não — dos leitores de DEDALUS-Ace filosofia. Certamente, do lado acadêmico, o desen NO volvimento dos cursos de pós-graduação estimu M lou pesquisas originais e rigorosas nos mais varia dos camposfilosóficos, fazendosurgir um público leitor exigente, cuja carência de bons textos não tem sido atendida,pois, quase sempre, a produção - filosófica permanece sob a formade teses deposi tadas em bibliotecas universitárias, sobretudo as DadosIn(teCrânmaacrioanaBirsadseiClatOalo,gLaivçrãoo,nSaP,PuBrbalsiicla)ção(CIP) dos maisjovens, ainda pouco armados para entren dSMeaonuFttoiisnhoMSoas,rtLo)rue:iizpsiDCcaoolmlooogEniaaSua€lnoft:oesnB,roams1ei9nl6io4el-nosge,iia19/9L5.ui—z(DOfaimcionna tscaiirmm,aesnbotinmospedoesbipeçloõousectsorsfae.biatDlaohsuopsterflaiocpmaaemrrtrcee,asdtdoroietdloiastdooaroidacolos.nAhlesei ISBN85-11-12069-6 tores não especialistas, a demanda porfilosofia pos sivelmente exprime o mal-estar do fim do século, 1.Filosofia 2,Filosofia-Brasil1.Título.II.Série a crise das utopias e projetoslibertários, da racio nalidade, dos valores éticos e políticos, que repoem 95-1932 CDD-100 o interesse e a necessidade dareflexãofilosófica, Índicespa1,raFiclaotsáolfoigao1s0i0stemático: , OficPianraadreesFpiolonsdoefriaa, ecsusjaodiunptluiatosiétupauçbãloi,canras(ceedià O tando e divulgando) os resultados de pesquisas de jovens estudiosos de filosofia. Mas nãosó, ixis tem trabalhos que são, para os privilegiados que à eles têm acesso, clássicos da produçãofilosófica brasileira, nuncaeditados. É nossa intençãopublicá los também, estimulandonovas pesquisas emfilo Fundaç.dioodedeÀA0m5p4a6Fr8oo-Rn9ueà0a1P(F0Pe—1iAs1o!SqP)ãuXEIo8i,S3sP7Pa1a-5ud00l3o0o11E—stSaPdode“SãoSãPaulo Fisoinflfiooasroemfaigçaaãrpoaunbetliiàcnafdrroáu,aioçaãslotnedãoreenssaspdaesacmoiebanrltaiess,.ttaÀrsaObofaidlcihrioensiatdoodesà mais jovens e dos mais velhos, buscando expor, EDITORABRASILIENSES.A para usarmos a expressão de Antonio Candido, a Av.01M1a3r9q-u9ê0s3deSSããooPVaicuenlteo,S1P771 existência de um“sistema de obras” que, dolado FonFieli(a0dHa)ÂA86B1D-3R366 acadêmico, suscite debates e permita tornarmo-nos referência bibliográfica e de pesquisa uns para 08 = 5 » LUIZDAMONSANTOSMOUTINHO Sumaái IO ; |: boruatsriolse,irian;ste,itduoinldoa,doasnsãiom,acuamdêamtircaod,içcãuomfpirlaosoófpiac-a PARGERFAÁDCEICOIMENTOS Ep» I pel de alimentar areflexão e de criarnovas perple- INTRODUÇÃO = xidades ao propor respostas às existentes. | : Há deparecer estranho o título “Oficina deFi- CONSCIÊNCIA E EGO Cenirica , losofia”, escolhido para esta coleção. Afinal, não [= REVISÃO DAPSICOLOGIA:A PERSPECTIVA CRÍTIC; , diferenciara Pitágoras os filósofos dos demais, EA FENOMENOLOCEVNSERLIANO º Ocloímmppaircaonsd,o-alogsunasospaqruaevcenodmeprareeccoimapmraaro,soJuotgrooss IUEIV-— AOOBBCJJOEENÇÇSTOÕIEETSSUAAIOOÇEEÃUOUMDFAOOTREEGRIOArLsss ma (eqto) , paracompetire, os superiores, dedicados apenas a -V —* OTRANSCENDENTALEOPSÍQUICO. | contemplar?Platão eAristóteles nãoprosseguiam 2 | namesmatrilha, afirmando o laço necessário entre A CONTINGÊNCIA ni theorta e scholé, contemplação e ócio? [= OTEMADACONTINGÊNCIA....mm ro |f| rtioaddaNioisnsveienmstutalinagtdaoa,çãasoedfiqiflueoisrsóeéfnisçcsaae,tmseoemsrpioiargapnleo,rrdatriedmqaauoeeufofabizjceea--- NV=-- AÀAINEREXRPCUEERPSIÇSÊÃINODCDAIDAAE.NDEAXEIRSAOTRÊQTNUCEEINAsT,I,mN,.s LoadN )É it|y mos filosofia num mundo em que, pelo menos na vI- OCORPOPARASm s o | aparência, foi abolida à instituição da escravidão vo ABRIMADODAEXISTÊNCIA é,portanto, tambémahierarquiaentreescravosque (5) trabalham livres quefruem. Mundo capitalista e FENÔMENO E SICSNIFICADO | hegemonicamente da ética protestante, ainda que | NIODAPSICOLOGIA o | mqeuranotsiotsa,teivoasmecanttóeliocsosnãroomcarniossteãoxsissetjaammemmaimsainour- mn-r OOMDOEDELLOOHCAURMTIESAINAONO... a7 número do que os reformados. Pertencemos auma a OPSÍQUICOENQUANTOWENÔMENO s = | culturaeaumasociedadequecrênovalordasobras vI= OTEMADATEMPORALIDADEINALISMO top (para a salvação eterna ou para o prazer da vida VIL- RELAÇÕESINTERNASERACIONA Lt presente), que fala em trabalho intelectual eo 4 : | profissionaliza dentro e fora da academia, e que PASSAGEM À FENOMENOLOGIA e faz do ócio “oficina do diabo”. Tanto do ponto de [= A“CIÊNCIAFUNDANTE”ss ' ” qviusatnatodadsacpoenrdsipçeõcetisvamaitdeeroilaóigsicdaeqnueofssaazsdoociterdaabda-e IH[VI= OAOHTPYERLLMOEEABLDDAEAMIRAMEADDGAUJEEÇHMMYÃLMOEE.MF.NE.EN.IT.NAOL,MEN|OLÓGImCemA (DO llhhoamu.mPvoarloI.rssmoo,raclo,ntorsarqÀiuaendfoazneomssfoislosaonfcieasttrraaib.sa,- VViVIILVl=-= OOOOSBSSEJEERRERT-ÇTNRÕOARE-NASMSNAUFOSNEDFNNOEA.ODN.NAOHMEEINDAEiGLG.ERsIANO AaIflror. teiiemade Fi|losofia IXç ANADIFTIICCAAÇCÃÃOEOPRROJETO SER : CONCLUSÃO. sete hpso CRONOLOGIA 19] BIBLIOGRAFIA 51 INDICEONOMÁSTICO INDICEREMISSIVO e DEIXO AQUI REGISTRADOS MEUS MAIS sinceros agradecimentos ao Prof. Dr. CarlosAlbertoRibeirodeMoura, que, gentilmente, orientouestetrabalho;a Floriano Jonas Cesar, que tornou possível sua publicação; e a Vilma Aguiar, a quem o dedico, as o Vo 4 rabo 5 ate cede cria po HRRE Vo Ri; t io dh sd Uma Introdução a Osereonada uni BENTO PRADO JÚNIO) UniversidadePodoraldosão me “sdar rattinao Pet Lual o otra NOSSA relação com os textos filosóficos parece ser goveriddao por uma complicadadialética de proximidade e distância. NãosãoNy mesmas as dificuldades que se opõem à compreensão dafilosofiaariti ga e da filosofia contemporânea. E não é a proximidade da obra temporânea que nos assegura um acesso privilegiado a seu sentido mai ili o, como sugéb rem Husserl e Heidegger. É o que explica, involuntariamente, o prós prio Sartre, na homenagem póstuma que consagrou a Merleau-Ponty! na revistaLes TempsModernes. Trata-se, àprimeira vista, deumparh- doxo, já que não poderíamos imaginar (pensando nos escritos di Merleau-Ponty e de seu amigo) duas empresas filosóficas mais próxi= mas. Uma mesma formação escolar, uma inegável simpatia intelectual: mútua, o uso dos mesmos instrumentos conceituais (colhidos, na corn tingência da contemporaneidade, como os moyens du bord imediatas mente disponíveis, a fenomenologia, a Gestaltpsychologie, o marxis- mo etc... — toda uma série de produtos culturais de recente importação na França). E, no entanto, o próprio Sartre confessa, no texto referido, que nada compreendia do que Merleau-Ponty sugeria em suas últimas — dÀadpieslsaerFtaapçeãsopdeempeelsotrCadNoPq|ue deu oriigem a este trabalho foi financia- reflexões consagradas àNatureza, um pouco inspiradas pela metafisi- caou pela cosmologia de Whitehead, Sartre diz que, na ocasião, não podia entender por “Natureza” coisa diferente do objeto das ciências = lá LUIéZDAMONSANTOSMOUTINHO PREPÁCIO naturais (sempre desconfiadodo“objetivismo”quecomprometera, entre dade,tais fenômenos esperassema publicaçãodesselivropara revelái outras coisas, a idéia de uma “Dialética da Natureza”). enfim sua secreta verdade. O que queremos sugerir é que o entusiasmoporuma obra, a cer- Tratava-se da invenção de umalinguageme de umestilo ihven teza de sua significatividade filosófica, essaespécie de adesãoimedia- ção fortemente motivada, é claro, dentro, mas sobretudofora do Cimpo ta à seu poder de revelação ou de verdade, não significa necessaria- da filosofia universitária. A atraçãoirradiada por O ser e o nada tinha mente compreensãode seu sentido. A simpatia, decididamente, não é muito a ver, também, com o drama da Segunda Guerra e da Ocupação condição suficiente de compreensão. E sentir opoderveritativode um da França. Comose os escritos de Sartre oferecessema linguapein ne discurso não significa necessariamente compreender o seu funciona- cessária para a intelligentzia resistente nessa trágica cireunstáneta, = mentológico ou transcendental. Poética de que ela carecia. Após 52 anos desde a publicação de O ser e o nada, é possível Passados 52 anos da publicação, é possível reler a obraide tim perceber a necessidade desse distanciamento. Comose esse grande Ji- perspectiva diferente da de seus contemporâneos, adeptos entusiastas vro só pudesse revelar tardiamente o que importa (as regras de sua ouinimigos mortais (pois ninguém ignoraaextraordinária vaga de ódio construção) depois do declínio do fascínio que exerceu sobreseus lei- queesselivro tambémprovocou). Não queodistanciamento 0'6eclipse tores, quandodesua publicação. Pois é bem em termos de fascinação tanto dafascinação quanto do ódio — diminuade alguma maneitno sei que devemos descrever sua acolhida pelos leitores dos anos40 São peso. Certamente ninguém mais lê a obra de Sartre, hoje, como “atilo inúmeros os testemunhos (lembro aqui o de MichelTournier. entre mil sofia inultrapassável de nosso tempo”, comoele próprio caracterizar outros) desse acontecimento filosófico: todos falam, mais ou menos mais tarde não o seu “existencialismo”, mas o marxismo, Mas ndo o nos mesmos termos, da vertigem de algo semelhante aumadescoberta por isso que O ser e o nada se transformou em apenas um livro etitre absoluta (um pouco como o próprio Sartre descreve sua descoberta outros, na imensa e homogênea praia onde se justapõemas mil 6 uma enquanto estudante secundário, dos Dados imediatos da consciênci obrasda tradição da filosofia. Tudo se passa comose essa obra tivesse de Bergson: “Bergsonfazia a verdade cair do céu”). . de morrer (ou libertar-se de seu esplendor ideológico), para poder re | Enfim, uma linguagem “viva” ou “totalizante”, que permite via- nascer como obrapropriamente filosófica. Era preciso quese apajiasse ja das noções mais abstratas da filosofia às mais concretas da vida aprecipitada evidência de sua verdade, para que viesseà luzà arquito cotidiana, pública ou privada.Essanovalinguagemdescompartimentada tura de seu sentido. dá coesãoa linguagensantes dispersas, quandodesligadas daexperiên- Não quero sugerir, aqui — o que provocariaojusto horror de Sartro cia única do sujeito: discurso científico, literário, erótico ou amoroso -, a idéia de umaveritasphilosophicaperennis, que retiraria sua stbs qéue político e mesmoosurdo discurso do sonho reagrupam-se harmonio- tância e sua subsistência do desvanecimentohistóricoda obra e de seu quente, tornando finalmente visível o sentido (ou não sentido) do * autor. Comose aphilosophiaperennis(essa espécie de vampirotri cendental) se alimentasse da morte das filosofias e dos filósofos singgu Mas é claro (sobretudo retrospectivamente) que essa descoberta lares, ou seja, da filosofia real. Mesmo porque afilosofia de Sartre é era tambémoefeito de umainvenção ou de uma construção. Lembre- essencialmenteatualista:umaverdade.eterna é uma verdade.moarta, 6-6 mos aqui as belas páginas que Yvon Belaval consagrou aos Filósofos e importaotempoe ohomempresente. suas linguagens, logo após a Guerra, Lá ele diz mais ou menos o se- Na verdade, o que querosugeriré que até mesmoa relação vivi guinte: fica difícil, depois de ler O sere o nada, descrever qual ver da da obra comsuacircunstância temporal (examinada atualmente por tenômeno(sobretudo os que implicamo olhar) semrecorrer ao estilo Cristina Diniz Mendonça, emtrabalho ainda emcurso, que visa O ser inventado por Sartre e às suas metáforas, Comose, desdetoda à eterni- e o nada comofilosofia que exprimetambéma experiência da Ocupa LUIZDAMONSANTC5MOUTINHO PRITÁCIO gae) soMSe toin,a pl€e ha|mentCc» coClONpicecnsstVel n1o te2mpo passado. À co Comefeito, Luiz Damontornavisível ofio conceitual (comsua tensão, suas torçõese distorções) quelevados primeiros textos de Sartré Iv ao limiar de O sere o nada. Temos diante de nós umasofisticada intro dução a O sere o nada. Comose passadapsicologia à fenomenologia? Íe|Fnm9IrAú5eenUavnoteSrpoto»NdDcosPcoeOotoovprromaIosnouiHt|amsdoÉógasàdsrd)eoMheade4f1ios5nQsohucO2t5di2otosebritaa3»oiennnaraorahooigcvcrtotssoreesga>a.rrf—mtadiLUofLaeeiiacamvnuecreftmaosifolitlldpqhaooooascusldórneóófaft;igtasociaeaacpi::qcounau.btoreleaAircbmccmteaeeearrrrdçgictiãzsaáoOoaorrn,qniiidiuaoeeaesn9entton0oerutersaeleanoirouvodísrtoaoricDd-ahdsohOaeaSonmmadLaaseudadcdilioioz., Oppaaosraqpueruidsiandisisaqraõcueeifcescpoe,elnnsibfcouneiecmanmieseatsnlusudommiaaleavlonpapmtgssreeiini,dactmeoeaeàl?SoiioaTgrnnraitattiaurosirelpçesouãsnãgropaoiaoabsad?áetlésagcQdi.uacaumNdaeafaãdseotadnrdeosaacmens3oesn0tpnftreooaeirtlrnganmoguoagêdnçinetiõcaaneuisístamcreiadaposneocsdssvrcaseeôeamnnndisdcesceoe4iantr0atrsdaEie%laxisw;s leitor não tem nas suas mãos, agora, uma obra de doxografia. A6 és |onNmrodseeoatpcoiamonauoSrnrecetapa$neigrMçrEaonuaõaxláneopárPdsslvil*ouvseaaiebceiSaqiojdcnsarjasàueaatsec(sentasrHiptsmimeogsiodiirvo,Jruovmomarim-a:miporlotddqdnenénaaaunordhtodaadaitsiqau:aaeeiéosla:sstbfqtfottcrhiiuinoibolaoulrvevorro.iomamrrFaaissscpaç,saooofrnfEfdfieiiiaooa(mmarmfrlee-“1iimiidadfvanreriiirÍioqnnrediuBtíseceiesaçaÍtsrsâãedeiokdoxet,meapo:odleaqeerrleyuIeiihu,aamêitmlisnlrrtitcaqaaedoiun-braaidessaid)npreateetadiuarodasiqreuabçroen,sãemltsooceoetoolrsóbúnuegiarnsturltiealpticehudtlaaAdaiíuet,eciiDiuorlrDoameaioae”apgnsaua“qgirsomnerat)aroi€-mlr pglmnaoeoe.cnsmeSdseecdsroOemimàdupsaammrdíqceeunoheeinoenssrmdtoicoeõziesroêqesnnuantcateeisicaopdipdlromoeuoaddçsbeãeselsomenesmouqeáhmsuotegerirrdiclaaizhozdnoVeeadnbsreste,oeélmfiLeeqvucrruioedoe.mzceoeseDsasOaatssemsoealarpinpovoerrdriooieaassansc,carodqnelauvãh,eeoeoeaplubeomesdmoiee,nrsrjttaniaó si”,Nedshosoooadsm|a€audrnnniúiLTenusncOccicicmSacozeceetoneçszassnsãnsçs:ssoDtetãaaetaioDri:rdtmeisiusodeaoasiinimurImbmrmeermpn;panneáaãáatpdtdttãoeeeoieeincnetfxctaaxaepaar”fps/srea”razea;rmíír,caaiicdinêonaêéeénanmppcmcdueiiaarlaula,amgeaquaxrumpgceaoruieimnisnseãatsnouãtniéoaeçtãidmionivesooafcurátuidrvrgaaeisÉ.nliaovlbNa,er.ãdam,oqTEbuaeaocsCmsoeppmsirorooiuapcsjaaoeeodoemel:enmae- Brhfsraiii,alapsomehiserolonb,fuQtóiveluaaei,aoecn,beoodscrsmsaaoaqasiduiSaseeãacorpSostaalpurrrhaatetirripdaepcaa.auuslsaPmsasoaarordgfmuaiieeoánmmpltodeopesalg,rtoorohdáivcBe-sorotlcatóomsoer,iouilor,asc,ibaracrbeeaodecmsameissnijlt1tcuee9usi.ia6têrr0in,o,çcsamiaaeqasllusiéemhámsuoc,mqudaniouandseaaisvems.afpeumrQimdetuanoees CMSmFsuommeuiaNoolAmrinrtteiOm|aaãClOornaSaiacuaapvlúBpus,QOçÍO'uieoanãurppr|deOocCorl)tqsàoneareeul*hNnrm6Nanmdeá"aCececeéarardIx€onjiieaadpu!etr-aaeislsadV)etsiôutraapEcca“emróueMaajadrixrlrmanecsaopednéáooásaoemomaSllavnqpianapimtipliusrersleaseleetmsqtarnsaer'tteidmtrurerecnenteuerqunãtaetàultoomdueÊaeosrrnd.homaadt|loáeççeerhAeãxãenecsniopiptitetegnpeaereêetlmcernntunmmeóórtsiocgiimuaoçiigaciimnsãmmuaciutucoeaeso|lcteptot-aónqrdoeocartilreuaxsdxrmOpoi)eptppoegs.!s|saeet)Slnurel),rranotmóÉua,iriãepesgêêJoo“náciiinninjáiosetnácccnbtsaioqitvsejot:uaeieesiqvirveetmvuqeoxdoapesuo|pa”roserdt3aef(iimoeniJocnmtdolmootóaeópadu,cvsrsniipoiéotsçrÍonffameecãjosocs.noueusededsresideade(ãantasommtoa,..o,- anHdiqtnédOeinuaepoapotaoneEIrnoClrcrsnsearoausittlsaíd.eqsr.aeteuuodinubLçnedNcroçeãeouaaolaoCmççdpoqadbõeãddeuraereuoeoedS,snol.(rlsoSd,eadiaaasPvaerznioaarotãoãioudcrcpoonilfeadrodaoosdaeenalni.iips,séaãFaepetaOolnepeingpé,arcaçrrtrsmanradionGovaiaeceuédeadnisrule,moadvamsçaaoCtfraãeor)ea,rdocHipuddtcGeaitLelaaonreutoermrarSptcbaialeeaadorqqisrlrleeuuusteBreGremenda,oreol,eemraeerdaunondedvmoníhtodierdeeuviBpseemetaicocegn,pomorrndicoruansiésa,aqvshatdmuociuermeeeuudoiema,qntmã,nmdituoatamaneoepoansnoqaali.osrbsusosremaoBnaIiaelrpgstnponhaaaiofáeFasrldcegieidrerrlierreliíein,anertsmzanxiaoeceomsptcndntoreeeodahdtlnniaroaaeà sagraria outras páginas aofilósofo, R a s O Ly LUIZDAMONSANTOSMOUTINHO Nãoterãosidoapenasesses ossinais doefeito dopensamento de dartre entre nós, nemtalvez os mais importantes — são apenas aqueles que a minha memória desarmada registra no momento. Porque o que INTRODUÇÃO importa sobretudovincaré a mudança dos tempos.Trinta e cinco anos depois da passagemde SartrepeloBrasil, éumoutro autorque aparece para nós mais distante, é claro, mas também,talvez, mais próximo. Mais distante, porque hoje é mais difícil sersartriano, ou utilizardire- ta 6 ingenuamente os instrumentos depensamento queeleforjou. Mais próximo, sobretudo, porquehojeémenos difícil compreendersuaobra, O porque podemos começara compreendê-lacomo obraclássica—como uma obra que nãocarece de verdadeliteral ou imediata para impor-se à quempretende pensar a filosofia, a cultura e à sociedade. Mas é apenas graças a trabalhos como o de Luiz Damon, que contribui fortemente para a análise daorigem e da gênese daontologia fenomenológica (lançando luzsobreessaexpressão aparentementepa- radoxal), que a obra de Sartre começa novamente, mesmo se à dis- tincia, a aproximar-se de seus leitores atuais, deste como de outros ESTE texto é fruto de uma pesquiisa, em níível de messttrréado. erea1liaza O países, da no Departamento de Filosofiia da FFLCH da Universiddaaddoeddee5: Paulo. Sua ambiiççããoo éé modesta:: nele, procuramos acoommppaanhnehrar adà!roeaa cessivas fases do pensamento de Jean-Paul Sartre, desde euapr A obra fiilloossóófiica, Ensai|o sobre a transceniddêê5nncci;a do egop, a€ té»” as1e7r0) d, í nada. Não. certamente, descrever a segiiência de temas e pr l € maes — nosso objjeetitvoivo éé antes focaliizar uma questããoo em especaial: a leitunmdo sartriana da fenomenologia. Procuramos mostrar como essa leit a se alterando ao longo do tempo, sofrendo revisões e comp emen o º e, simultaneamente, constitui]ndoelapróópprriiaaaobra seartriaannaa. qdedbaittee rmanente com Edmund Husserl de início e depois com o HHeeiidegger deveráá por sii sósó darfeiiççãão ao conjjuunnttco dotrabalhode Sartre; até esse período. | co cãodo É certo que nesse debate Sartre adota por vezes a posção 7 di1scípulo.. Ele será “husserliano”RaAtéÉ 1938, Edeeppnoociiossa,r quaé ndlohe ipveei esgotado” Husserl, sofrerá a “influência” de Heidegger, o que lhe | mitirá superar o antigo mestre (Sartre 39, pp. 224-230). Assim,nnoonpeé íodo husserliano, limita-se a desenvolver umapsicologia que e ddaa“ciência fundante”, a fenomenologija puraa dede Hussseserrll,. 1]Eassa fEigur|a de “discípulo” não parece contudo combininaarr ccomom aa iimmaaggeemmccloássica de Saarrttrer.e E, de fato, ele tampoucoéé um diissccÍípulo nos moldes'sttrraadicionaii's +3D5 o€ inte.ri=4or mesm,odapsicologi“a procurar«áÉ reedaorade"naarr c4ontoyOs.rrool ganizá-los, conforme seu objetivo; mas reivindicará a influénci: : e

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