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Salvo pelos meus anjos da guarda PDF

196 Pages·2015·1.32 MB·Portuguese
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SALVO PELOS MEUS ANJOS DA GUARDA CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ P575s Peters, Sharon Salvo pelos meus anjos da guarda : a comovente história de um deficiente visual que sobreviveu ao Holocausto e teve sua vida transformada por três cães-guia / Sharon Peters ; tradução Mirtes Frange de Oliveira Pinheiro. — 1. ed. — São Paulo : Seoman, 2013. Tradução de: Trusting Calvin ISBN 978-85-98903-70-5 1. Edelman, Max. 2. Deficientes visuais - Biografia. 3. Cão-guia. 4. Holocausto judeu (1939- 1945). I. Título. 13-06169 CDD: 92 CDU: 929:-056.262 1ª edição digital 2014 eISBN: 978-85-98903-86-6 SHARON PETERS SALVO PELOS MEUS ANJOS DA GUARDA A comovente história de um deficiente visual que sobreviveu ao Holocausto e teve sua vida transformada por três cães-guia Tradução Mirtes Frange de Oliveira Pinheiro Título original: Trusting Calvin. Copyright © 2012 Sharon L. Peters. Publicado mediante acordo com a autora em conjunto com The Stuart Agency. Copyright da edição brasileira © 2013 Editora Pensamento-Cultrix Ltda. Texto de acordo com as novas regras ortográficas da língua portuguesa. 1ª edição 2013. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistema de armazenamento em banco de dados, sem permissão por escrito, exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou artigos de revistas. A Editora Seoman não se responsabiliza por eventuais mudanças ocorridas nos endereços convencionais ou eletrônicos citados neste livro. Editor: Adilson Silva Ramachandra Editora de textos: Denise de C. Rocha Delela Coordenação editorial: Roseli de S. Ferraz Produção editorial: Indiara Faria Kayo Assistente de produção editorial: Estela A. Minas Editoração eletrônica: Fama Editora Revisão: Liliane S. M. Cajado Produção de ebook: S2 Books Seoman é um selo editorial da Pensamento-Cultrix. Direitos de tradução para o Brasil adquiridos com exclusividade pela EDITORA PENSAMENTO- CULTRIX LTDA., que se reserva a propriedade literária desta tradução. Rua Dr. Mário Vicente, 368 — 04270-000 — São Paulo, SP Fone: (11) 2066-9000 — Fax: (11) 2066-9008 http://www.editoraseoman.com.br E-mail: [email protected] Foi feito o depósito legal. Para Caroline e Will, jovens leitores cheios de entusiasmo, espíritos extraordinários, que amam os animais e que, sem dúvida alguma, serão ótimos cidadãos do mundo. PRÓLOGO E ntão era assim que ia terminar, depois de todos aqueles meses terríveis e de todas as possibilidades sinistras prenunciadas e imaginadas. Ali, ao entardecer, sob as copas de castanheiros que ainda não estavam totalmente enfolhados, com a escuridão da noite se aproximando. O rapaz, ainda adolescente, baixo e espantosamente magro, fitava os próprios sapatos. Ele sabia que era proibido fazer contato visual. Os outros quatro homens enfileirados ao seu lado, ombro a ombro, trêmulos, também sabiam dessa regra e também mantinham os olhos fixos no chão. Talvez a morte não seja tão ruim, pensou ele, tentando acalmar-se, esconder-se no recôndito da própria mente, um lugar seguro e tranquilo onde ele poderia permanecer até o momento em que deixaria de respirar. Mas o esforço foi em vão. Ele ainda estava dolorosamente consciente. Podia ouvir o farfalhar dos uniformes engomados e o bate-papo animado de várias pessoas, dez ou quinze, reunidas perto dali. Algumas eram mulheres; uma delas usava um perfume forte que penetrava em suas narinas dependendo da direção em que a brisa soprava. Todos pareciam estar muito alegres, apreciando o cair da tarde entre as árvores, a uma curta distância do casarão onde a festa começara. De repente, uma voz ergueu-se sobre todas as outras, uma voz severa e insistente, revestida da autoconfiança e autoridade de um homem acostumado a ser obedecido. O comandante disse que estava feliz por aquele distinto grupo ter se juntado a ele. Aqueles eram tempos difíceis e de grande austeridade, e não era fácil conseguir algumas horas de diversão. Por esse motivo, ele providenciou um pouco de entretenimento, bastante especial, condizente com a ocasião auspiciosa. Alguns convidados trocaram risinhos maliciosos. Ouviam-se o leve rumor de movimento, o ruge-ruge dos vestidos de tarde, algumas palavras murmuradas ou ditas, à medida que a plateia se ajeitava, tentando encontrar um lugar melhor. O silêncio que se seguiu estava impregnado de um sentimento de expectativa. — Toten sie! — gritou finalmente o comandante, erguendo o braço e apontando para um dos cinco pobres coitados enfileirados. Esse era o comando para matar. Um enorme pastor alemão saltou na garganta do homem indicado. O rosnar do cão, os gritos do homem e o ruído de um pescoço sendo dilacerado encheram o ar. Exalou um cheiro forte, cúprico e repugnante de sangue. Aparentemente, o cão não precisava de nenhum estímulo; mesmo assim, vários convidados o atiçaram ainda mais. Essa cena, esse perverso concerto de rosnados, arquejos e gritos sufocados, pareceu interminável. — Bom cão — falou o comandante, com a voz cheia de orgulho, quando ficou claro que a diversão tinha chegado ao fim. Fez-se silêncio na clareira. Provavelmente eu serei o próximo, pensou o rapaz, o próximo a morrer dessa maneira. Uma arma na nuca, mesmo com a humilhação de ficar nu para maior divertimento dos convidados, parecia preferível. Pelo menos era mais rápido. Mas um prisioneiro nunca podia escolher a forma de morrer. Todos sabiam disso. Os segundos se arrastavam lentamente, com uma lentidão agonizante, enquanto os olhos do comandante estudavam atentamente cada um dos quatro, um por um. O rapaz podia ouvir o prisioneiro ao seu lado engolir seguidamente, decerto tentando impedir a saída do vômito ou da bile provocados pelo medo. — Vá. Leve-os de volta — vociferou finalmente o comandante para o guarda. — Marchem! — gritou o guarda para os homens ainda em formação, exceto pelo lugar vazio. Foi difícil fazer suas pernas se moverem, difícil acreditar que estava vivo. SUMÁRIO CAPA FICHA CATALOGRÁFICA FOLHA DE ROSTO CRÉDITOS DEDICATÓRIA PRÓLOGO CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4 CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6 CAPÍTULO 7 CAPÍTULO 8 CAPÍTULO 9 CAPÍTULO 10 AGRADECIMENTOS NOTA SOBRE A AUTORA CAPÍTULO 1 O telefone tem tocado durante a manhã toda, estridente e insistentemente, penetrando o torpor de agosto em Cleveland. A maioria das chamadas é de amigos — dois convidando-o para almoçar, outro pedindo uma recomendação de um bom livro. Leitor voraz, ele não tem paciência para literatura ruim, e suas indicações são muitas requisitadas. Dois dos telefonemas, porém, são de outra natureza — um professor do ensino médio quer que ele faça uma palestra na reunião de outono, e um rabino, que ele participe de um grupo de discussão. Max (nascido Moshe) Edelman não é nem um pouco famoso, mas as pessoas estão começando a procurá-lo, pois ele tem informações que poucos podem transmitir com conhecimento de causa, informações que até recentemente pouquíssimas pessoas sabiam que ele tinha. Ele guarda as datas das palestras na memória, junto com um monte de números de telefone, endereços e outras datas importantes, e se permite um sorriso de satisfação. Não por querer ficar em evidência. Na verdade, Max é um homem discreto, reservado, sobretudo por causa de um passado tão vil e torturante que há décadas ele preservou — e também a si mesmo —, evitando o melhor que podia a contaminação. Mas é importante nos manter ocupados, e também compartilhar aquilo que temos para compartilhar. E ele está contente, pois com essas apresentações dará os primeiros passos vacilantes no sentido de atender a uma solicitação que lhe fora feita décadas antes em local e circunstâncias muito diferentes. Ativo e disciplinado em tudo o que faz, Max não vai ficar à toa de uma hora para outra simplesmente porque está com a cabeça branca e deixou há pouco tempo o emprego de quase quarenta anos.

Description:
Max Edelman ainda era adolescente quando soldados nazistas o arrastaram para um campo de trabalho forçado. Lá ele testemunhou a morte de um prisioneiro atacado por um pastor alemão e passou a ter medo terrível de cães. Durante anos, ele sofreu crueldades indescritíveis e de tanto ser espancado
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