ebook img

Romance Moderno PDF

251 Pages·2016·10.48 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Romance Moderno

DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.site ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 PROCURANDO SUA ALMA GÊMEA CAPÍTULO 2 O PRIMEIRO CONVITE CAPÍTULO 3 RELACIONAMENTOS VIRTUAIS CAPÍTULO 4 ESCOLHA E OPÇÕES CAPÍTULO 5 PESQUISAS INTERNACIONAIS SOBRE O AMOR CAPÍTULO 6 VELHAS QUESTÕES, NOVAS FORMAS: NUDES, TRAIÇÃO, O FUÇAR OBSESSIVO E SEPARAÇÃO CAPÍTULO 7 ASSUMINDO UM COMPROMISSO CONCLUSÃO AGRADECIMENTOS NOTAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CRÉDITOS DAS IMAGENS ROMANCE MODERNO OBA! Obrigado por ter comprado meu livro. Sua grana agora é MINHA. Mas tudo bem, me dediquei bastante a ele e acho que você vai curtir. Para começar, uma palavrinha sobre este projeto. Quando a gente faz sucesso com stand-up, chovem convites para escrever livros. Sempre recusei, porque achava que o stand-up era o melhor meio de me expressar. Parecia que minhas ideias num livro nunca seriam tão divertidas quanto no palco. Então por que decidi escrever este livro sobre relacionamentos modernos? Alguns anos atrás, em Los Angeles, fiquei com uma garota que chamaremos aqui de Tanya. Nos encontramos num aniversário e, quando a festa estava acabando, ela me ofereceu uma carona. Tínhamos conversado e flertado a noite toda, então convidei Tanya para entrar na minha casa e tomar alguma coisa. Na época, eu morava em uma casa alugada bem legal em Hollywood Hills. Era tipo a casa do Robert De Niro em Fogo contra fogo, mas parecia feita para mim, e não para um criminoso com talento especial para roubar carros-fortes. Preparei uns drinques para a gente e ficamos nos revezando na escolha dos discos, batendo papo e rindo. Acabamos transando, e foi demais. Eu estava bêbado e me lembro de ter dito algo bem idiota quando ela estava de saída, como “Tanya, você é cheia de charme…”, e de ela ter respondido: “Aziz, você também é cheio de charme”. Aquilo parecia promissor: todos os presentes concordavam que éramos cheios de charme. Eu queria encontrar Tanya de novo. Então, deparei com uma questão simples que atinge todo mundo: como e quando entrar em contato? Telefono? Mando uma mensagem? Escrevo no Facebook dela? Mando um sinal de fumaça? E como produzir a fumaça? Botando fogo na minha casa? Como explicar depois ao proprietário, o ator James Earl Jones? Ih. Deixei escapar de quem era a casa incrível que eu estava alugando: do rei de Um príncipe em Nova York, da voz de Darth Vader, da lenda do cinema James Earl Jones. Acabei decidindo pela mensagem, porque ela parecia do tipo que manda milhões. Esperei uns dias, para não parecer desesperado. Tínhamos ouvido um disco da Beach House na noite que passamos juntos, e descobri que a banda ia tocar naquela semana em Los Angeles. Parecia o motivo perfeito, então escrevi a seguinte mensagem. Um convite simpático e claro, com uma piadinha interna no meio. (No aniversário, Tanya tinha cantado “The Motto”, do Drake, e fiquei impressionado que ela sabia a letra quase inteira.) Eu estava bastante confiante. Não que tivesse apaixonado por Tanya, mas ela parecia bem bacana, e aparentemente tínhamos nos dado bem. Enquanto esperava pela resposta dela, comecei a fantasiar sobre nosso relacionamento inexistente. Talvez no fim de semana pudéssemos ver um filme alternativo ao ar livre no Hollywood Forever Cemetery. Antes disso eu podia fazer um jantar para ela, talvez aquela receita de frango grelhado que eu estava louco para experimentar. Será que nós dois iríamos para Ojai no outono? Não dava para saber o que o futuro nos reservava, mas ia ser demais! Passados alguns minutos, vi que a mensagem tinha sido lida. Meu coração parou. Era a hora da verdade. Fiquei a postos, vendo aqueles pontinhos que aparecem na tela do iPhone, indicando que alguém está digitando uma resposta do outro lado — o equivalente num smartphone à lenta subida até o topo de uma montanha-russa. Alguns segundos depois, eles sumiram. E a resposta de Tanya não chegou. Hummm… O que será que aconteceu? Mais alguns minutos e… Nada. Tudo bem, ela deve estar pensando numa resposta engraçadinha. Começou a digitar, achou que não estava ficando boa e preferiu pensar melhor. Claro. Ela também não vai responder rápido demais, para não parecer desesperada. Quinze minutos… e nada. Minha confiança começa a se transformar em dúvida… Uma hora… e nada. Duas horas… e nada. Três horas... e nada. Um leve pânico se instala. Fico olhando fixamente para a minha mensagem. Agora acho defeito em tudo. Idiota! Não devia ter colocado só um “i” em “Oi”! E fiz perguntas demais. Onde é que estava com a cabeça? Ah, pronto, mais uma pergunta. QUAL É O SEU PROBLEMA, AZIZ? Eu me esforço para entender o que está acontecendo e me manter calmo ao mesmo tempo. Talvez ela esteja ocupada no trabalho. Nada demais. Ela vai responder assim que puder. Afinal, a gente se deu bem. E passa a porra de um dia inteiro. UM DIA! A esta altura, pirei. O que aconteceu??? Eu sei que ela recebeu a mensagem! Será que o telefone caiu num rio/ compactador de lixo/ vulcão? Será que a Tanya caiu num rio/ compactador de lixo/ vulcão?? Putz, a Tanya morreu, e eu estou aqui preocupado com nosso encontro. Sou uma péssima pessoa. Compartilho meu dilema com um amigo. “Ah, tá tudo bem. Ela vai responder. Deve estar ocupada”, ele respondeu, otimista. Então dou uma olhada nas redes sociais. Tanya está no bate-papo do Facebook. Mando uma mensagem? Não! Não faz isso, Aziz. Fica na sua. Fica na sua… Mais tarde, olho o Instagram, e a farrista da Tanya postou a foto de um veado. Então ela está ocupada demais para me responder, mas tem tempo para tirar foto de um bichinho fofo que viu numa trilha? Isso me incomoda, mas então tenho uma revelação que todo idiota tem numa situação dessas. ELA NÃO DEVE TER RECEBIDO A MENSAGEM! Só pode ser isso! Deu algum pau no celular dela. Claro! Considero a possibilidade de uma segunda mensagem. Hesito, porque nunca precisei disso com meus amigos. “E aí, Alan? Faz dois dias que mandei uma mensagem falando de jantar e você não respondeu. Aconteceu alguma coisa?” “Merda! Não vi a mensagem. Não chegou. Algum pau no telefone. Desculpa. Vamos amanhã.” Voltando à Tanya. A essa altura, já se passaram mais de vinte e quatro horas. É quarta-feira. Hoje é o último show. Ela não vai responder nem para recusar? Aí pelo menos eu poderia convidar outra pessoa. Por quê, Tanya, por quê? Como alguém pode ser tão mal-educado? Não sou um cara qualquer. Ela me conhece há anos. Continuei me perguntando se devia tentar outro contato, mas me pareceu uma atitude desesperada demais e admiti que ela simplesmente não estava a fim. Disse a mim mesmo que eu não queria sair com alguém que trata as pessoas daquele jeito, o que até certo ponto era verdade, mas ainda me sentia frustrado e ofendido. Então reparei numa coisa interessante. A piração que tomava conta de mim não existia vinte ou mesmo dez anos atrás. Ali estava eu, olhando para a tela do telefone que nem um maníaco, a cada poucos minutos, em um turbilhão de pânico, mágoa e raiva, só porque uma pessoa não tinha respondido uma mensagem curta num aparelhinho idiota. Aquilo me incomodara, mas será que Tanya tinha mesmo feito algo tão grosseiro e maldoso? Não, ela só queria evitar uma situação constrangedora. Eu certamente já tinha feito a mesma coisa com outra pessoa sem me dar conta do sofrimento que causei. Acabei não indo ao show naquela noite. Em vez disso, subi no palco de uma casa de stand-up para falar da frustração, da insegurança e do ódio que o silêncio provocara em mim. Consegui fazer o pessoal rir, mas foi um pouco mais que isso: era como se a plateia e eu tivéssemos nos conectado num nível mais profundo. Em algum momento da vida, todos os homens e todas as mulheres ali tinham deparado com sua própria Tanya. Todos tinham ficado sozinhos, sem conseguir parar de olhar para uma telinha preta, sentindo toda uma gama de emoções. Ao mesmo tempo, estávamos todos juntos, na mesma situação, e é reconfortante saber que ninguém tem a menor ideia do que está acontecendo. Fiquei fascinado por como e por que é tão difícil fazer algo que sempre foi feito com bastante eficiência: encontrar uma pessoa. Comecei a perguntar se alguém conhecia um livro que ajudasse a entender os muitos percalços da busca pelo amor na era virtual. Encontrei uma ou outra coisa interessante, mas não do tipo que estava procurando, uma investigação sociológica aprofundada sobre o tema. Um livro assim simplesmente não existia, então decidi eu mesmo escrevê- lo. Quando comecei, achava que as grandes mudanças nos relacionamentos eram óbvias — estavam nas novidades tecnológicas, como os smartphones, os sites e aplicativos de relacionamentos e as redes sociais. Quanto mais fundo cavava, porém, percebia que a transformação em nossa vida amorosa não podia ser explicada apenas pela tecnologia — tem muito mais coisa aí. Num período bastante curto de tempo, toda a cultura ligada a encontrar alguém mudou radicalmente. Um século atrás, as pessoas achavam uma pessoa legal que morasse por perto. As famílias se conheciam e, assim que decidissem que nenhuma das duas partes interessadas tinha cara de psicopata, os noivos se casavam e tinham um filho, tudo isso antes dos 22 anos de idade. Hoje, gastamos vários anos da vida procurando a pessoa perfeita, a alma gêmea. Os recursos que usamos nessa busca são diferentes, mas o que realmente mudou foram nossos desejos e — o que é ainda mais surpreendente — os objetivos por trás da própria busca. Quanto mais eu pensava sobre tais mudanças, mais achava que tinha que escrever este livro. Mas também sabia que eu, Aziz Ansari, um comediantezinho qualquer, não seria capaz de encarar o tema sozinho, e decidi ir atrás de pessoas inteligentes para me ajudar. Fiz então uma parceria com o sociólogo Eric Klinenberg, e juntos bolamos um extenso projeto que demandaria mais de um ano de pesquisa em cidades por todo o mundo e envolveria alguns dos principais especialistas em amor e vida amorosa. Antes, quero contar mais sobre nosso projeto, para que vocês saibam o que

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.