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Rochas doleriticas pós-pérmicas de Angola Autor(es) PDF

189 Pages·2017·29.02 MB·Spanish
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Rochas doleriticas pós-pérmicas de Angola Autor(es): Andrade, Miguel Montenegro de Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico; Centro de Estudos Publicado por: Geológicos URL http://hdl.handle.net/10316.2/38043 persistente: Accessed : 25-Feb-2023 01:07:48 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. 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Em Angola, constituem testemunhos de tais manifestações os doleritos pigeoníticos intrusivos nos grés do andar da Lunda, a extensa e curiosa formação de diábases albíticas do Alto Zambeze, as rochas basálticas do litoral e sub-litoral compreendido entre o paralelo de Porto Amboim e o rio Cunene bem como os numerosos afloramentos de doleritos olivínicos espalhados por todo o território da província a sul do caminho de ferro de Luanda-Malanje. Da mesma época são, também, os sienitos e fonólitos assim como outras rochas feldspatóidicas de várias regiões de Angola, os sienitos alca­ linos do monte Chamaco, na região do Egipto (Lobito), as rochas alcalinas e calco-alcalinas do morro Vermelho, entre as quais figu­ ram dunitos e augititos olivínicos, e os kimberlitos recentemente descobertos na Lunda. Não obstante a importância destas formações, sem dúvida das mais importantes de Angola por variados motivos, não existe, infelizmente, um trabalho de conjunto e bem documentado sobre qualquer delas, cuja importância de antemão se pode avaliar pelos estudos parcelares que temos realizado sobre os sienitos alcalinos do monte Chamaco e as alcalinas feldspatóidicas, graças aos quais foi possível tirar conclusões muito interessantes da comparação destas formações com as suas congéneres do Brasil. A tal respeito, não deixará, igualmente, de ter bastante inte­ resse o estudo comparativo entre as rochas eruptivas das ilhas do 2 Atlântico sul e as de Angola a que nos acabamos de referir, pois umas e outras, embora muito afastadas no espaço não o devem estar no tempo. Porém, só depois de se possuir um conhecimento tão completo quanto possível das rochas de Angola se torna viável um trabalho desta natureza. Como nos fosse impossível no presente trabalho tratar de todas as formações eruptivas atrás referidas, com vista a satisfazer as necessidades apontadas, vamos ocupar-nos, por agora, apenas das rochas doleríticas pós-pérmicas, isto é, dos doleritos piogeníticos intrusivos nos grés do andar da Lunda, dos doleritos olivínicos e das diábases albíticas do Alto Zambeze. Sobre a primeira destas formações, da qual nos ocupámos já por diversas vezes, a síntese que daremos dos conhecimentos exis­ tentes a seu respeito tem em vista estabelecer comparação entre esta unidade petrográfica, e respectivo «ambiente» geológico, e as formações dolerito-basálticas da mesma época dos territórios gonduânicos. Como havemos de ver, as conclusões a que chegámos justificam plenamente o capítulo que consagrámos a este curioso assunto. Quanto aos doleritos olivínicos, embora sendo rochas muito fre­ quentes no território de Angola a sul do paralelo de Vila Salazar e citados nas principais obras sobre a geologia desta província portuguesa, ninguém, até hoje, se ocupou do estudo das suas carac­ terísticas químico-mineralógicas tal como devia exigir-se para uma formação tão importante. Ora, tendo o problema da sua idade preocupado mais do que as suas características químico-mineraló­ gicas a atenção de diversos autores, a verdade é que só com um conhecimento razoável destas se poderá alcançar uma solução satis­ fatória, visto não se terem descoberto, até à data, contactos dos doleritos com formações sedimentares bem datadas. Ao preten­ dermos manifestar a nossa opinião a respeito da idade destas rochas, vimo-nos obrigados não só a estudá-las convenientemente como, ainda, os basaltos do mesmo território, alguns dos quais nos pare­ cem consanguíneos com os doleritos, relativamente aos quais se acham melhor datados. Por tal motivo, precedemos o estudo dos doleritos olivínicos com um estudo dos basaltos de Angola. Evidentemente que não temos a pretensão de havermos posto ponto final no assunto, pois ainda há pouco fomos informados pelo 3 nosso amigo Doutor Gaspar Soares de Carvalho da descoberta feita por este geólogo de novos afloramentos de basaltos na região de Giraul, intrusivos, ao que parece, num conglomerado de idade relativamente recente. Finalmente, ao dedicarmos o terceiro capítulo deste trabalho às diábases albíticas do Alto Zambeze, apenas nos limitámos a deixar antever a importância de uma das mais interessantes forma­ ções eruptivas de Angola, sobre a qual existe somente pequena notícia preliminar, da nossa autoria, apresentada ao XVIII Con­ gresso Internacional de Geologia. Embora ainda desta vez tenhamos de nos contentar apenas com as descrições dos principais tipos de diábases albíticas e algumas análises químicas inéditas, esperamos, num futuro breve, tratar com mais desenvolvimento do nosso ponto de vista sobre o problema da origem destas rochas, que mal chegaremos a abordar no presente trabalho. Para tal, estamos convencidos que o estudo que temos entre mãos da formação diabásica do Buçaco onde, juntamente com diá­ bases constituídas por labradorite, augite e olivina, ocorrem varie­ dades albíticas muito frescas, como as do Alto Zambeze, há-de permitir-nos, de certo modo, suprir a falta de observações de campo sobre a formação diabásica zambeziana. (Página deixada propositadamente em branco) CAPÍTULO I Os doleritos pigeoníticos intrusivos nos grés do andar da Lunda Estes doleritos constituem uma das unidades petrográficas mais características de Angola, distinguindo-se dos demais dole­ ritos da província, mesmo à simples vista, graças às suas tonali­ dades castanho-violácea ou cinzento-violácea. Até há pouco tempo, só eram conhecidos afloramentos destas rochas na parte oriental do centro de Angola, entre os rios Cuanza e Zambeze, onde são particularmente observáveis nos vales dos rios Chiumbe, Cassai, Luena, Lucusse, Lungué-Bungo, Luconha, Cuango Muque, Cussique, Xindumba, Cangombe, Luando, Cuemba, Cuiva e Cuziri, quase sempre em relação com camadas de grés, nas quais são nitidamente intrusivos. Com excepção dos afloramentos dos rios Cussique e Cuango Muque, assinalados, respectivamente, em 1938 (F. Mouta & H. ’0 Donnell, 1938) e 1953 (F. Mouta & M. Montenegro de Andrade, 1953) todos os demais são conhecidos desde 1929 (A. Borges & F. Mouta, 1929), Recentemente, porém, descobriram-se ocorrências destas rochas (M. Montenegro de Andrade, 1953) entre Quipungo e Sá da Ban­ deira e a jusante de Capelongo (l), na margem esquerda do rio Cunene, cuja identificação com as daqueles afloramentos não deixa a menor dúvida. Fica, deste modo, comprometida a unidade geográfica que, até há pouco tempo, parecia ser uma das características desta unidade litológica, porém sem prejuízo algum para as suas incon­ fundíveis características químico-mineralógicas, mantidas invarià- velmente em todos os seus afloramentos, apesar destes se encon- (1) Ver localização aproximada na carta junta. 6 trarem, por vezes, afastados uns dos outros algumas centenas de quilómetros. Nos afloramentos situados entre os rios Cuanza e Zambeze, os doleritos pigeoníticos assentam, geralmente, sobre camadas de grés idênticos aos que, na baixa de Cassanje, repousam sobre as camadas com Estheria, sendo responsáveis por numerosas quedas de água ou rápidos dos diversos rios que atravessam, algumas das quais possuem apreciável desnível. Assim, num corte transversal do rio Cangombe, os doleritos assentam sobre os grés vermelhos com estratificação cruzada e rumo N-S; a possança da formação eruptiva é aqui, de 21 m, mos- trando-se a rocha muito alterada no contacto com os grés, dos quais apresenta fragmentos mais ou menos metamorfizados. Sobre a rocha eruptiva, repousam areias muito brancas, manchadas de vermelho e amarelo. A NE de Xindumba, na descida para o vale do rio Longa, observa-se idêntica sucessão; porém, entre as areias superficiais e os doleritos nota-se um depósito laterítico. No rio Cuemba, a possança da formação dolerítica é de 42 m na queda principal, que está instalada exclusivamente na rocha dolerítica (Foto 1). Próximo das quedas, nas trincheiras do caminho de ferro de Benguela (km 784), observam-se exemplos muito típicos da dis­ junção esferoidal destas rochas (Fotos 2 e B). Na parte superior, os doleritos revelam abundância de zeolites. Nesta mesma região, deparam-se-nos, ainda, sobre a rocha eruptiva, os mesmos depósi­ tos lateríticos sobrepostos ou não por areias brancas ou estas repousando directamente sobre os doleritos. Em pequenos cortes, é possível notar-se o contacto inferior dos doleritos com os grés, em que estes denunciam sintomas de metamorfismo. Próximo do rio Cuiva, e parecendo repousar sobre os doleritos, nota-se um conglomerado de calhaus destas rochas e de grés, com cimento pouco consistente. O degrau da queda do rio Cussique, com cerca de 27 m de altura, é todo ele de rocha dolerítica e orienta-se normalmente à direcção do curso de água, isto é N-S. Em ambas as margens, pode ver-se, sob os doleritos, o mesmo tipo de grés, avermelhado ou esbranquiçado, irregularmente estratificado. Sobre a rocha eruptiva, dispõem-se formações lateríticas e arenosas. Quanto ao grupo de afloramentos oriental, no Dala (rio Chiumbe) o salto superior da queda, com 35 m de desnível, tem lugar nos doleritos e o inferior, com 6 m, nos grés (Fotos 4, 5 e 6). O con­ tacto entre as duas rochas pode ser visto em ambas as margens,, EST. I

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rochas feldspatóidicas de várias regiões de Angola, os sienitos alca linos do 1955 — Primi Confronti tra Alcune Ofioliti Alpine et Appenniniche.
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