f - A [E] pe E | Hi Ê , | E, ao À : — dl É , | | Hj FE E, , J | ) | | F É F, j F É a | . ] F, L ' * hz o E j ] a] ] ” “ E E 1 ” n = ] ! al = E [] | : - E E E E el ” ni É * r = E ' O n à = ] = - Ed A = [! e N E E r | a - = «A ” a = o | = 1 a o À E O á É , E A | À Ê t E E Bal E - e Co ” p " ”, » a al ad me E e " = E e 4 al - ii | ! = ! Fr | Mi ” - [1 ANARQUISTAS 65 7 O BOLCHEVISMO E OS ANARQUISTAS A tradição libertária do comunismo - o anarquismo - tem sido duramente hostil à tradição marxista desde Bakunin, ou o que vem a ser o mesmo, desde Proudhon. O marxismo, e mais ainda o leninismo, têm sido igualmente hostis ao anarquismo como teoria e programa e o menosprezam como movimento político. Contudo, se investigamos a história do movimento comunista internacional no período da Revo- lução Russa e da Internacional Comunista, encontramos uma assime- tria singular. Enquanto os principais porta-vozes do anarquismo man- tiveram viva sua hostilidade ao bolchevismo com, na melhor das hipó- teses, vacilações momentâneas durante o próprio movimento revolu- cionário ou no momento em que lhes chegaram as notícias de Ou- tubro, a atitude dos bolchevistas dentro e fora da Rússia foi, por al- gum tempo, consideravelmente mais benevolente com respeito aos anarquistas. Este é o tema do presente ensaio. À postura teórica com a qual o bolchevismo abordou os movi- mentos anarquistas e anarco-sindicalistas depois de 1917 foi perfeita- mente clara. Marx, Engels e Lenin haviam escrito sobre o tema e em geral não parecia haver qualquer ambigilidade ou incoerência funda- mental entre seus pontos de vista, que podem ser resumidos da seguin- te forma: (a) não existe qualquer diferença entre os objetivos finais dos marxistas € anarquistas, isto é, um comunismo libertário no qual a ex- ploração, as classes e o Estado terão deixado de existir; (Db) os marxistas acreditam que, entre este estágio final e a deposi- ção do poder burguês pela revolução proletária, haverá uma etapa mais ou menos prolongada, definida como “ditadura do proletariado” e outros expedientes de transição nos quais o poder do Estado teria 67 ainda alguma participação. Havia certa margem para discussões sobre o significado preciso dos textos marxistas clássicos sobre tais proble- mas de transição, mas não havia qualquer ambiguidade quanto à con- cepçdo marxista de que da revolução proletária não surgiria imediala- mente O comunismo e que o Estado não poderia ser abolido, mas “se extunguiria”. Neste ponto, o conflito com a doutrina anarquista era to- tal é claramente definido; (c) além da peculiar predisposição marxista de Imaginar a utiliza- ção do poder de um Estado revolucionário para fins revolucionários, o marxismo está ativamente comprometido com a firme crença na supe- roridade da centralização sobre a descentralização ou lederalismo e (especialmente em sua versão leninista) comprometido com 1 convic- ção de que liderança, organização e disciplina são indispensáveis, sen- do inadequado qualquer movimento apoiado em mera “espontaneida- de”: (d) onde seja possível a participação nos processos formais da vida política, os marxistas admitem o engajamento dos movimentos socialistas c comunistas, assim como em qualquer outra atividade que possa contribuir para fazer avançar a derrubada do capitalismo: (c) embora alguns marxistas desenvolvessem críticas às potenciais ou eletivas tendências autoritárias e/ou burocráticas de partidos orpa- nizados segundo a tradição marxista clássica, nenhum deles, enquanto se consideraram marxistas, jamais abandonou sua aversão tipica aos movimentos anarquistas, A história das relações políticas entre os movimentos marxistas é Os anarquistas ou anarco-sindicalistas mostrava, em 1917, a mesma lalta de ambiguidade. Na verdade, essas relações foram mais ásperas à cpoca de Marx, Engels e da Segunda Internacional do que durante O periodo do Comintern. O próprio Marx criticara e combatera Proudhon « Bakunin, assim conio esses Marx..Os principais partidos sOcial-democratas haviam se esforçado ao máximo para excluir os anarquistas de suas fileiras ou se viram obrigados u fazê-lo. A Segunda Internacional, ao contrário da Primeira, não os incluía mais, pelo me- nos a parur do Congresso de Londres de 1896, Onde quer que os mo- vimentos marxistas e anarquistas coexislissem eram como rivais, se- não como inimigos. Entretanto, embora fossem intensamente provo- cudos pelos anarquistas, na prática os marxistas revolucionários, que compartilhavam com eles uma crescente hostilidade ao reformismo da Segunda Internacional, se inclinavam à considerá-los também como revolucionários, ainda que equivocados. Tal postura estava em conso- nância com à concepção teórica resumida acim: (letra A). Pelo menos, o anarquismo co sindicalismo revolucionário podem ser considerados como uma reação compreensível contra o reformismo e O oportunis- mo. Na verdade, pode ser argumentado - e de fato foi - que o relor- mismo e O anarco-sindicalismo eram partes de um mesmo fenômeno: sem um, O outro não teria avançado tanto. Poder-se-ia quro o itúr, SE- 68 gundo este raciocínio, que o colapso do reformismo também enfraque- ceria automalicamente O anarco-sindicalismo. Não está claro até que ponto estas concepções dos ideólogos € líderes políticos eram compartilhadas pelos militantes de base e pelos simpatizantes dos movimentos marxistas. Podemos supor que as dife- renças neste nível fossem freqientemente percebidas com muito me- nos clareza. E fato bem conhecido que distinções doutrinárias, ideoló- gicas e programáticas, que são de grande importância em um nível, são insignificantes em outro, como foi o caso, por exemplo, dos traba- lhadores “social-democratas” de muitas cidades russas, que em 1917 mal conheciam (quando conheciam) as diferenças entre bolchevistas € menchevistas. O historiador dos movimentos operários e de suas dou- trinas corre o risco de graves erros se se esquecer de tais fatos. Este quadro geral deve ser completado com um exame das dife- rentes situações em diversas partes do mundo, na medida em que afe- taram as relações entre comunistas e anarquistas ou anárco- sindicalistas. Não é possível traçar aqui um quadro completo, mas pelo menos três tipos de países devem ser distinguidos: (a) regiões onde o anarquismo jamais foi uma força significativa no movimento operário, como, por exemplo, a maior parte do noroes- te da Europa (com exceção da Holanda) e várias áreas coloniais em que Os movimentos operários e socialistas mal haviam se desenvolvido antes de 1917; (b) regiões onde a influência anarquista fora significativa mas ha- via diminuído visivelmente e, talvez, mesmo decisivamente, no perio- do de 1914-36. Incluem-se aqui partes do mundo latino, como por exemplo França, Itália e alguns países latino-americanos, e também a China, o Japão e - por diferentes razões - a Rússia; (c) regiões onde a influência anarquista manteve-se importante, senão dominante, até fins da década de 30, sendo a Espanha o caso mais óbvio. Nas regiões do primeiro tipo, as relações com movimentos auto- definidos como anarquistas ou anarco-sindicalistas não tinham qual- quer relevância para os movimentos comunistas. A existência de pe- quenos grupos de anarquistas, principalmente artistas e intelectuais, não representava qualquer problema político, assim como tampouco representava qualquer problema a presença de refugiados politicos anarquistas, de comunidades imigrantes em que O anarquismo pudesse ter alguma influência, ou mesmo quaisquer outros fenômenos margi- nais para O movimento operário nativo. Este parece ter sido o caso, por exemplo, da Inglaterra e da Alemanha depois das décadas de 70 e 80 do século XIX, quando tendências anarquistas tiveram um papel, sobretudo destrutivo, nas circunstâncias especiais dos movimentos su- cialistus extremamente pequenos ou temporariamente reduzidos a semi-ilegalidade, como na época da lei anti-socialista de Bismarh. As 09 disputas entre centralização e descentralização, tendências burocráti- cas e antiburocráticas, movimentos “espontâneos” e “disciplinados” eram realizadas sem qualquer referência especial aos anarquistas (ex- ceto pelos escritores acadêmicos ou pelos poucos marxistas muito eru- ditos). Isto foi o que ocorreu na Inglaterra no periodo correspondente ao sindicalismo revolucionário do continente, O grau em que os partidos comunistas se mostraram atentos ao anarquismo como problema polí- tico em seus paises está ainda pendente de estudo através de ums aná- lise sistemática de suas publicações polêmicas (na medida em que elas não faziam apenas eco às preocupações da Internacional), de suas tra- duções e/ou reedições dos clássicos marxistas sobre o anarquismo, etc. Todavia, podemos afirmar com certa margem de segurança que o anarquismo era para eles um problema insignificante, comparado ao reformismo, aos cismas doutrinários no interior do movimento comu- nista ou a certos tipos de tendências ideológicas pequeno-burguesas. como o pacifismo na Inglaterra. Era perfeitamente possível estar-se in- teiramente envolvido no movimento comunista da Alemanha em principios da década de 30, ou da Inglaterra em fins da mesma década, sem que fosse necessário dedicar ao anarquismo uma atenção mais do que superficial ou acadêmica e, inclusive, sem ter nunca que discutir a questão. As regiões do segundo tipo são, em alguns aspectos, as de maior interesse do ponto de vista do presente ensaio. Trata-se, neste caso, de países ou áreas em que O anarquismo teve uma importante e, em al- guns momentos e setores, dominante influência sobre os sindicatos ou movimentos políticos de extrema-esquerda. O fato histórico básico em tais casos é o declínio dramático da in- fluência anarquista (ou anarco-sindicalista) na década posterior a 1914. Nos países beligerantes da Europa, este foi um aspecto negligen- ciado do colapso geral que sofreu a esquerda do pré-guerra. Ele é, em geral, apresentado principalmente como uma crise da social- democracia, o que muito se justifica. Ao mesmo tempo, foi também uma dupla crise dos movimentos libertários ou antiburocráticos. Pri- meiro, muitos deles (por exemplo, os “sindicalistas revolucionários”) se uniram, pelo menos por algum tempo, à massa dos social-democratas marxistas na corrida às bandeiras patrióticas. Segundo, aqueles que assim não o fizeram se mostraram, em geral, totalmente ineficientes em sua oposição à guerra e, inclusive, mais ineficientes ainda ao final da guerra em seus esforços para oferecer uma alternativa revolucioná- ria libertária à dos bolchevistas. Para citar apenas um exemplo decisi- vo: na França (conforme a professora Kriegel demonstrou), o ““Carnet B' estabelecido pelo Ministério do Interior para incluir todos aqueles “considérés comme dangereux pour ordre social” *, isto é, “les revo- “Considerados pela ordem social como perigosos” (N. dos T.) 70 lutionnaires, les sindicalistes et les anarchistes” **, de fato reprimia principalmente os anarquistas, ou melhor, “la faction des anarchistes qui milite dans le mouvement syndical” ***, Em |? de agosto de 1914, o Ministro do Interior, Malvy, decidiu não tomar em consideração o “Carnet B”, ou seja, resolveu deixar em liberdade os mesmos homens que, no entender do governo, haviam demonstrado de forma convin- cente sua intenção de se opor à guerra por todos os meios e que, presu- mivelmente, poderiam converter-se nos quadros de um movimento antibelicista da classe operária. Na verdade, poucos deles haviam fei- to qualquer preparativo concreto para resistência ou sabotagem e ne- nhum deles fizera qualquer preparativo capaz de preocupar as autori- dades. Numa palavra, Malvy decidiu que a totalidade dos homens considerados como os mais perigosos revolucionários era Insignifican- te, Estava evidentemente certo. O fracasso dos revolucionários sindicalistas e libertários, confir- mado em 1918-20, contrastava notoriamente com a vitória dos bolche- vistas russos. Na verdade, selava pelo menos nos próximos cinquenta anos o destino do anarquismo como uma importante força indepen- dente de esquerda, salvo no caso de alguns poucos países excepcionais. Tornou-se difícil lembrar que em 1905-14 a esquerda marxista havia se mantido, na maioria dos países, à margem do movimento revolucioná- rio, é que a massa principal de marxistas fora identificada com uma social-democracia de facto não-revolucionária, enquanto que o grosso da esquerda revolucionária era anarco-sindicalista ou, pelo menos, muito mais próximo das idéias e do espírito do anarco-sindicalismo do que do marxismo clássico. A partir de então, o marxismo foi identifi- cado com movimentos revolucionários atuantes e com os partidos e grupos comunistas, ou com os partidos social-democratas que, como o austríaco, orgulhavam-se de ser marcantemente de esquerda. O anar- quismo e o anarco-sindicalismo entraram em dramático e ininterrupto declínio. Na Itália, esse declínio foi acelerado pelo triunfo do fascis- mo, porém, onde, na França de 1924, para não dizer na de 1929 ou de 1934, estava o movimento anarquista que havia constituído a forma mais característica da esquerda revolucionária de 1914? A questão não é meramente retórica. A resposta é e deve ser: em grande parte estava nos movimentos comunistas ou naqueles liderados pelos comunistas. Na ausência de pesquisas adequadas, tal resposta não pode ser ainda suficientemente documentada, mas os fatos em seus traços gerais parecem claros. Mesmo algumas das figuras mais destacadas ou ativistas célebres dos partidos comunistas “bolcheviza- dos” provinham dos antigos movimentos libertários ou dos movimen- tos sindicalistas militantes de inspiração libertária: na França, Mon- ** “Os revolucionários, os sindicalistas e os anarquistas” (N, dos T.) mes “A facção unarquista que milita no movimento sindical” (N. dos T.) 71 mousseau e provavelmente Duclos. Isto é muito surpreendente, uma vez que era bastante improvável que membros expressivos de partidos marxistas fossem recrutados entre antigos anarco-sindicalistas e, me- nos ainda, que figuras importantes do movimento libertário optassem pelo leninismo. * E de fato muito provável que (conforme Observa De Groot, líder do PC holandês, talvez não sem algum parti pris) aqueles operários que haviam sido libertários se adaptassem melhor à vid: nos novos PCs do que Os Intelectuais ou pequeno-burgueses ex-libertários. Alinal, dao nível do militante da classe operária, as diferenças doutriná- nas ou programáticas que dividem tão nitidamente os Ideólogos dos lideres políticos são geralmente muito irreais e podem ter pouca im- portância, à menos que, q este nível — isto é, no sindicato ou localidade específicos do operário -, as diferentes organizações e líderes tenham há muito estabelecido padrões de rivalidade. Portanto, o mais provável é que os trabalhadores que pertence- ram anteriormente ao sindicato mais militante ou revolucionário de sua localidade ou profissão passassem sem dificuldades, ao desapare- cer este, para O sindicato comunista que agora representava a atitude revolucionária ou o espírito de militância. Quando antigos movimen- los desaparecem, tais transferências são comuns. O antigo movimento pode conservar sua influência sobre as massas de um lugar determina- do e os líderes e militantes identificados com ele podem fazer o possi- vel para continuar unidos, ainda que em grupo cada vez menor e na medida em que não se retirem de jure ou de facto para uma inatividade resignada. Alguns militantes de base podem também desistir, mas é de se esperar que grande parte adote a alternativa mais conveniente se esta existir. Tais transferências não têm sido investigadas a sério, de forma que do ocorrido aos antigos anarco-sindicalistas (e os que se- guiam sua orientação) não sabemos mais do que se sabe dos antigos membros ou simpatizantes do Partido Trabalhista Independente da Inglaterra posterior à década de 30, ou dos antigos comunistas da Ale- manha Ocidental posterior a 1945, Se uma grande parte das bases militantes dos novos partidos co- munistas, e mais especialmente dos novos sindicatos revolucionários, fossem compostas de antigos libertários, seria natural esperar que isto tivesse tido algum efeito sobre eles. No conjunto, há poucos indícios de que isto tenha ocorrido no interior dos partidos comunistas. Para citar tão-somente um exemplo representativo: as discussões sobre a “bolchevização da Internacional Comunista” no Pleno Ampliado da Executiva daquela organização, em março-abril de 1925, que trataram especificamente do problema das influências não-comunistas no movi- | De uma pequena amostragem aleatória de parlamentares comunistas franceses en- tre as guerras, O Dictionnaire des Parlementaires F rançais 1889-1940 dá as seguintes indi- cações sobre sua militância anterior: socialistas 5; “Sillon”, então socialista, |; atividade sindical (tendência desconhecida) 3; libertários 1; sem militância anterior |. 72 mento comunista. Há, neste informe, pouco mais-do que meia dúzia de referências sobre a influência sindicalista e nenhuma sobre a anar- quista.” As discussões se limitam inteiramente aos casos da França, ltália e Estados Unidos. Com relação à França, assinala-se a perda “da maior parte dos antigos funcionários dirigentes [ de origem social- democrata na Alemanha], e de origem sindicalista pequeno-burguesa na França” (p.38). Treint informou que “nosso Partido eliminou to- dos os erros do trotskismo: todos os erros individualistas quasc- anarquistas, Os erros de crença na legitimidade da coexistência das d' versas facções do Partido. Também aprendeu a reconhecer os erros lu- xemburguistas” (p.99). A resolução do Comitê Executivo da IC reco- mendava, como um dos dez pontos relativos ao partido francês, “a despeito de todas as antigas tradições francesas, o estabelecimento de um Partido Comunista de Massas bem organizado” (p.160). Relativa- mente à Itália, o documento assinala “as origens numerosas e diversas dos desvios surgidos na Itália”, mas não faz referência a qualquer ten- dência libertária. A semelhança de Bordiga com o ''sindicalismo italia- no” é mencionada, embora o documento não afirme que ele ''se identi- fique completamente” com esta ou outras concepções análogas. À fac- ção Marxista-Sindicalista (grupo Avanguardia) é mencionada como uma das reações contra o oportunismo da Segunda Internacional, as- sim como o é sua dissolução “em sindicalismo corporativo”* depois de deixar o partido (p.192-3). Menciona-se também o recrutamento que o PC dos Estados Unidos faz a partir de duas fontes — o Partido Socialista e as organizações sindicalistas — (p.45). Se comparamos es- tas referências esporádicas com a preocupação da Internacional, neste mesmo documento, com uma grande variedade de outros desvios ideológicos e com outros problemas, fica evidente o impacto relativa- mente pequeno das tradições libertárias-sindicalistas no seio do comu- nismo, ou pelo menos de seus principais partidos comunistas em mea- dos da década de 20. Isto pode parecer, até certo ponto, uma ilusão, porque está claro que, por trás das várias tendências que preocuparam rrais urgente- mente a Internacional, tais tradições podem ser percebidas. A insistên- cia nos perigos do “luxemburguismo”, com sua ênfase na espontanei- dade e sua hostilidade ao nacionalismo e outras idéias semelhantes, pode perfeitamente ter sido dirigida contra as atitudes dos militantes formados na escola libertária-sindicalista, como também pode ser o caso da hostilidade - nessa época não mais objeto de muita inquieta- ção - ao abstencionismo eleitoral. Por trás do “bordiguismo” pode-se, certamente, distinguir uma preocupação com tais tendências. Em vá- rios partidos ocidentais, o trotskismo e outros desvios marxistas pro- 2 Boulshevising the Comununist International, Londres, 1925. * Trade syndicalism, no original. (N. dos T.) 13