REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA ANO XCIV JULHO, AGOSTO e SET. de 1974-Ne? 7, 8 e 9 ~ "Js** 1 = .rr(cid:0)^ ¦ -í.. JkI. ?"* \ « FFAA ÇQAA UUMMAA AASSSSIINNAA TTUURRAA DDAA RREEVVIISSTTAA MMAARRÍITTIIMMAA BBRRAASSIILLEEIIRRAA EEMM SSUUAA SSEEQÇÃAOO DDEE VVEENNDDAASS,, JJUUNNTTOO AAOO PPÓORRTTIICCOO AALLFFAA DDOO AANNTTIIGGOO MMIINNIISSTTÉERRIIOO DDAA MMAARRIINNHHAA.. REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA S'' trimestre 1974 (cid:18)(cid:0)ci#*- i SUMÁRIO ifl^r „¦(cid:0)¦-, A Importância do Mar para o Brasil — Fábio Augusto Ferreira Studart — Capitão-de-Mar-e-Guerra .. 7 Poluição dos Mares — Luiz Oscar Moss Goulart — Capi- tão-de-Fragata (cid:0) 27 NOSSA CAPA Aviões Anti-Submarinos de Pós-Guerra — João Maurício T. Wanderlei — Capitão-de-Fragata (cid:0) 73 Aspecto do lançamento ao mar Abalroamento no Mar — Henrique Sabóia — Capitão-de-Mar- da embarcação ETP-2 Sargen- -e-Guerra (cid:0) 95 to Borges. Vide Noticiário Ma- ritimo. Aplicação de Sensores Remotos para Levantamentos de Re- cursos do Mar e Previsão Numérica do Tempo — Ema- noel Gama de Almeida — Capitão-de-Fragata .. 121 Logística na Defesa Nacional — Parte 2 Capítulo VII — A REVISTA MARÍTIMA Almirante USN Henrique E. Eccles — Tradução do BRASILEIRA Capitão-Tenente (IM) Osmar Boavista da Cunha Jú- NIOR (cid:0) 137 é uma publicação oficial do Ministério da Marinha. Os Submarinos Modernos e os Conceitos Estratégicos Atuais As opiniões emitidas em artigos (cid:178)(cid:0)Sérgio Lima Y. dos GuARANys — Capitão-de-Mar-e- são da exclusiva responsabili- -Guerra (cid:0) 149 dade de seus autores. Não re- fletem, assim, o pensamento As Marinhas na Guerra e na Paz — Terceiro Artigo — S. G. oficial da Marinha de Guerra. Gorshkov — Almirante-de-Esquadra da URSS — Com um comentário do Vice-Almirante (Ref") Edwin B. Hooper, U. S. Navy — Tradução do Contra-Almirante A REVISTA MARÍTIMA José Maria do Amaral Oliveira(cid:0) 175 BRASILEIRA As Marinhas na Guerra e na Paz — Quarto Artigo — S. G. é publicada trimestralmente Gorshkov — Almirante-de-Esquadra da URSS — Com um pelo Serviço de Documentação comentário do Almirante (Ref") B. Carney, U.S. Navy Geral da Marinha, sediado na (cid:178)(cid:0)Tradução do Contra-Almirante José Maria do Amaral Rua D. Manoel, n' 15, Praça Oliveira (cid:0) 199 XV de Novembro, Rio de Janeiro — GB — ZCOO. Revista de Revistas — Fernando Hollanda — Capitão-de- Fragata (cid:0) 221 Noticiário Marítimo (cid:0) 245 Número avulso Cr$ 4,00 Assinatura anual i Brasü Cr$ 15,00 | Exterior US$ 4.00 SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO GERAL DA MARINHA Diretor Vice-Almirante (Ref) LEVY ARAÜJO DE PAIVA MEIRA Vice-Diretor Capitão-de-Mar-e Guerra MAX JUSTO GUEDES REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA Departamento de Publicações e Divulgação: Capitão-Tenente (A-MO) JOSÉ BARBOSA DA SILVA REDAÇÃO 1" SG-MO — ANTÔNIO EVARISTO DA PAZ SÁ 2" SG-EL — MOYZES MARQUES DA SILVA 2" SG-ES — JOSUÉ PEREIRA DA COSTA 3' SG-MO — IVAN CORRÊA DA GRAÇA Funcionárias: REGINA CARDOSO DE MENEZES ELZA FERREIRA MAGALHÃES VERA MARINHO ZÉLIA DE OLIVEIRA MARQUES PINTO Funcionário: JOÃO ANTÔNIO REZENDE Eterrjna-Matic. A feita com talento. precisão Para construir um Eterna-Matic, Tudo é inteligente. Eterna-Matic é preciso ter mais que toda sabe ser discreto nos momentos a ciência nas mãos. simples e arrojado nas aventuras. É preciso ter o.talento que E insensível aos piores choques, transforma essa ciência num sob qualquer tempo, relógio perfeito como máquina e em qualquer parte do mundo. imortal como tradição. Um Eterna-Matic jamais Assim é um Eterna-Matic. se deixa destruir. Em cada detalhe você encontra O que é feito com talento alguma coisa de impressionante. é feito para sempre. is^ Jf? RRiioo ddee JJaanneeiirroo RRuuaa VViissee.. IInnhhaaúummaa,, 3388 LLoojjaa GG TTeell..4433--66881133 RREE JJ AANN NNÃAOO FFAAÇCAAMM SSUUAASS CCOOMMPPRRAASS AANNTTEESS DDEE VVEERRIIFFIICCAARR NNoossssooss PPrreeç?ooss.. (cid:0)(cid:0)(cid:0)(cid:0)(cid:0)(cid:0)(cid:0)(cid:0) A ÚLTIMA PALAVRA EM ARMA NAVAL UMA NOVA FRAGATA, UM NOVO HEUCÓPTERO 0 Lynx de 4 toneladas é o helicóptero mais avançado para operar de bordo de fratagas em missões anti-submarinas, busca e ataque embarcações de superfície e ligações. COMPACTO CONFIÁVEL E ROBUSTO MANUTENÇÃO SIMPLES ALTA PERFORMANCE (2 records mundiais de velocidade) OPERAÇÕES DIURNAS E NOTURNAS EM QUALQUER TEMPO GRANDE VERSATILIDADE OPERACIONAL —''' » ' ' (cid:65)(cid:0)*' *"** "V\ 4,. .,/(cid:127) (cid:135)(cid:0)(cid:127) - *Westland Aerospatiale GJJS# WESTLAND HELICOPTERS(cid:0)AEROSPATIALE 2 A 20 MARCEL CACHIN 19K1 YEOVIL INGLATERRA(cid:0)93 LA COURNEUVE FRANCA Queens Awjfd ^ Grupo de Companhias Westland foi cinco vezes laureado com o Prêmio Real à Indústria. lndu*try Representantes no Brasil: MESBLA S.A.- Departamento de Aviação Rua do Passeio, 42 - 6o andar Telefone: 222-7720- Ramal 808 Rio de Janeiro- GB Descubra seu tesouro do outro lado do Mundo. Foi preciso ir muito longe para chegar a um grande mercado. Mas valeu a pena. Hoje, através da Frota Oceânica Brasileira, o Extremo- -Oriente está mais perto de você. Uma frota moderna e eficiente está encurtando as distâncias. E tornando mais fácil o intercâmbio Brasil/Japão. Desde 1969 a Frota Oceânica Brasileira, com vários navios de carga geral, leva para um grande mercado os nossos produtos. Cuidando das mercadorias, obedecendo aos prazos, entregando com a máxima rapidez e eficiência, hoje a Frota Oceânica Brasileira é um nome de confiança para todos os produtores brasileiros. Ela descobriu que o Extremo-Oriente é uma fonte Jl'wXS ^ " .-¦(cid:0)HHH de riquezas. Para o Brasil. Para você. jJHHHB ttOilTVHr > : . _ (cid:65)(cid:0)\ V (cid:11)(cid:0)' t. - frota EV- fc K OCEANfCA ¦&ÉU BRASILEIRA S. A. ¦ Av. Venezuela, 110 telefone 223-8290 telex: 31635 Rio de Janeiro. A Pirelli não tem palavras dizer o para que já fezz <em 45 anos de BBrasil. Tem niúummeros. IFrellj S.A. COMPANHIA INDUSTRIAI. BRASILEIRA A IMPORTÂNCIA DO MAR PARA O BRASIL Fábio Augusto Ferreira Studart Capitão-de-Mar-e-Guerra INTRODUÇÃO de conceitos mais arraigados ainda, defendem o ponto de vista de que o respeito aos interesses só tem O homem vive de interesses — o que existência enquanto os interesses recíprocos não são conflitantes. não deixa de ser um atributo positi- Isto, olhado através da janela do vo da espécie hu- tempo, parece ter fundamento. A mana — e esta História está repleta de casos que ¦ V característica vem exemplificam as afirmações; e mui- sendo a tônica da tos dos seus capítulos estão ligados sua passagem sobre ao mar, onde foram escritos os mais a face da Terra. belos episódios. Do tempo da caverna para a O Brasil é um país-continente, época atual já se vão alguns milê- debruçado à beira-mar. Bem dotado nios de experiências, muitas vezes de recursos de toda ordem, livre dolorosas. E o homem prossegue para a meditação e o pensamento, lutando pelos valores que lhe são alimenta o desejo e age no sentido importantes, ontem defendendo o de se tornar uma grande potência. seu interesse pessoal, depois o do Mas o conceito de potência, nos seu grupo e, finalmente, o da sua dias que correm, sofreu mudanças nação, nos dias que correm. E mes- profundas em relação às concepções mo quando ele se bate por um gru- do passado, evoluiu de muito em po de nações, ainda é o interesse decorrência do progresso da huma- da sua nação que ele defende, por- nidade. quanto as nações se reúnem em O mundo de hoje é bem diferen- grupos com o fim de melhor de- te e bem menor que o enorme fenderem pontos de vista idênticos. mundo de nossos avós. As distân- Tais são os fatos. cias foram reduzidas e os homens As Nações não têm amigos, têm passaram a se comunicar instanta- interesses, afirmam aqueles de ten- neamente em quase todo o planeta. dência filosófica racional e, outros, O entendimento ficou mais facilita- 8 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA do. A sede de conhecimentos cres- O OCEANO ATLÂNTICO ceu. A luta pela sobrevivência as- sumiu proporções assustadoras. A O Atlântico Sul apresenta diver- obtenção de um lugar ao sol pas- scs eventos de grande importância sou de anseio maior, de qualquer na história da humanidade. Ele já povo, à obsessão. As filosofias de foi a metade pobre do Oceano jvei,d ap amra uduamra mp.a ísO, pqoude eráé mnãoor al sêh-olo- A-set lâenntitcreo , paeímse s vidretu dpee qudee nac oenxfpinreasr-- amanhã, de acordo com suas con- são econômica e política no pano- veniências. rama mundial. Banha nações que se encontram ainda em desenvolvi- Atualmente, nenhuma nação mento, ou, na maior parte, na fase grande potência terá vida longa do subdesenvolvimento — mas ofe- com este título, se isolada dentro rece grandes perspectivas para o dos limites do próprio território. futuro, apesar disso. Porque nenhuma nação será auto- Acresce dizer, e isto é importan- -suficiente por muito tempo, se ado- te, que dele se utilizam um grande tar política isolacionista. Sua atua- número de nações, algumas pobres, ção deve se exercer em dimensões outras poderosas e desenvolvidas, mundiais, recebendo e dando, me- todas navegando em suas águas diante um sistema permanente de com fins econômicos e/ou políticos complementação ou suplementação bem definidos. de necessidades. Ela deve ter o Não custa uma olhada na Geo- apoio de múltiplas outras nações grafia e na História, a fim de me- que compartilhem dos mesmos lhor nos situarmos. princípios, os quais, quando neces- O Atlântico Sul se confina entre sário, a ela cabe defender como a linha do Equador e três continen- possuidora de maiores recursos, de- tes. No seu lado leste encontramos vidamente ajudada pelas demais, na o Continente Africano, com uma sé- condição de parceiras. rie de países subdesenvolvidos, a Assim, a grande potência de ho- maior parte respirando o ar de uma je, no entender de muitos, deve se liberdade recém-adquirida e, por constituir numa unidade multina- isso mesmo, sujeita a influências cional e multirracial, formando um políticas e econômicas as mais di- grande bloco coeso, de formidável versas. A oeste, vamos encontrar potencial material e humano. a América do Sul, ali representada pelo Brasil, Uruguai e Argentina. Dentro deste novo conceito, vê- Ao sul, nos defrontamos com a -se pois, há muito caminho a per- Antártida, terra de ninguém e com correr para que o Brasil concretize muitos donos. E, no meio de tudo suas pretensões. isso, algumas ilhas espalhadas a Este trabalho se propõe a mos- esmo, dentre as quais salientamos trar a importância do mar para o as de Fernando de Noronha e Brasil. Ele indica as condicionan- Trindade (brasileiras), as de As- tes do Poder Marítimo, devidamen- censão, Santa Helena, Tristão da te dimensionadas, e o correto uso Cunha e Falkland (britânicas), e do mar como atributos que poderão São Tomé e Príncipe (portugue- propiciar o surgimento de uma no- sas). (cid:127) va unidade multinacional e multir- O Atlântico tem uma história racial, na área do Atlântico Sul. bonita, palco que tem sido da luta
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