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Revista de Estudos Anglo-Portugueses PDF

401 Pages·2015·6.6 MB·English
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23 Revista de Estudos o r e m ú N Anglo-Portugueses 4 1 0 2 Número 23 2014 s e s e u g u t r o P - o l g n A s o d u t s E e d a t s i v e Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies R Revista de Estudos Anglo-Portugueses TÍTULO Revista de Estudos Anglo-Portugueses Número 23 2014 ISSN: 0871-682X DIRECTORA Gabriela Gândara Terenas SECRETÁRIA Mariana Gonçalves COMISSÃO REDACTORIAL António Lopes, Universidade do Algarve, CETAPS (Prof. Auxiliar) George Monteiro, Brown University (Professor Emeritus) João Paulo Ascenso Pereira da Silva, Universidade Nova de Lisboa, CETAPS (Prof. Auxiliar) Mariana Gonçalves, Universidade Nova de Lisboa, CETAPS (Investigadora) Maria Leonor Machado da Sousa, Universidade Nova de Lisboa, CETAPS (Prof. Emérita) Maria Zulmira Castanheira, Universidade Nova de Lisboa, CETAPS (Prof. Auxiliar) Patricia Odber de Baubeta, University of Birmingham (Full Professor) DIRECÇÃO E REDACÇÃO Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Av. de Berna, 26 - C – 1069-061 Lisboa http://www.cetaps.com EDIÇÃO Tiragem: 300 exemplares FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia CAPA Arranjo gráfico de Mário Vaz, a partir do selo existente na Ratificação do Tratado de Ricardo II, Rei de Inglaterra com D. João I – 1386 – Arq. Nacional Torre do Tombo EXECUÇÃO GRÁFICA Caleidoscópio – Edição e Artes Gráficas, S.A. Rua de Estrasburgo, 26, R/c Drt.º – 2605-756 Casal de Cambra Telef.: 21 981 79 60 – Fax: 21 981 79 55 e-mail: [email protected] DISTRIBUIÇÃO Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies Depósito Legal n.º 93441/95 Revista de Estudos Anglo-Portugueses Número 23 Fundação para a Ciência e a Tecnologia Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies Lisboa 2014 À Professora Maria Leonor Machado de Sousa S U M Á R I O EDITORIAL Editorial ................................................................................. 7 PROJECTOS Patricia Odber de Baubeta, “The Sonnets of Camões in English Translation” ............................................................................ 11 George Monteiro, “Eça de Queiroz in Vogue” ............................ 91 George Monteiro, “Florbela Espanca’s Poems in the United States” 93 ESTUDOS 1. Rogério Miguel Puga, “‘In Duty to a Father’: as Dimensões Anglo-Portuguesa e Carnavalesca da Tragédia The Maid’s Revenge (C. 1626), de James Shirley” .................................. 95 2. Maria da Conceição Emiliano Castel-Branco, “The Stormy Passage to England of ‘a Queen coming from far!’ ” ............. 129 3. Joshua Large e Juan Camilo Miranda, “British Slaves in Early Modern Portugal” ....................................................... 151 4. Matilde Sousa Franco, “William Elsden – Importância dos seus ‘Riscos das Obras da Universidade de Coimbra.’ Ele- mentos Inéditos sobre a sua Vida e Actividade” ................... 181 5. J. Pedro Duarte Tavares, “William Elsden, o Mosteiro e Alcobaça” ............................................................................ 203 6. John Clarke e José Baptista de Sousa, “Extract of a Journal of a Journey to Portugal in 1804-1805 by Lord Holland” ..... 251 7. António Lopes, “Comércio em Tempos de Guerra: a Corres- pondência de Samuel Farrer – Parte 4 (Junho de 1814-Ja- neiro de 1815) ” .................................................................. 267 8. M aria Zulmira Castanheira, “Representations of Elizabeth in the Periodical Press of Portuguese Romanticism: Flattering and Derogatory Portrayals” ................................................. 299 9. Leonor Sampaio da Silva, “Linguagens em Movimento: do Viajante como Tradutor e do Tradutor como Viajante” ......... 319 10. Teresa Pereira, “ ‘Methods of Barbarism’: a Guerra Anglo- -Bóere na Imprensa Periódica Portuguesa” ........................ 333 11. Ana Maria Freitas, “Fernando Pessoa e a Polémica Cadbury” .......................................................................... 349 12. Ana Brígida Paiva, “A Influência da Tradução na Recepção e Imagem das Obras Infantis de Roald Dahl em Portugal” .... 359 RECENSÕES CRÍTICAS João Paulo Ascenso Pereira da Silva, “Isabel Machado, Vitória de Inglaterra, a Rainha que Amou e Ameaçou Portugal. Lis- boa: A Esfera dos Livros, 2014” ......................................... 375 Gabriela Gândara Terenas, “Teresa Pinto Coelho, Eça de Quei- rós and the Victorian Press. Woodbridge: Tamesis, 2014” ... 387 Abstracts ............................................................................... 393 EDITORIAL Tendo fundado, em 1990, a Revista de Estudos Anglo- Portugueses, então sedeada no CEAP (Centro de Estudos Anglo- Portugueses), a Professora Maria Leonor Machado de Sousa, querida mestre e fundadora dos Estudos Anglo-Portugueses, pediu-me que, a partir deste número 23, passasse a coordenar a publicação. Aceitei a incumbência com a maior honra, espe- rando dar continuidade ao trabalho que tão meritoriamente tem sido desenvolvido nos últimos vinte e três anos. Neste contex- to, pude também continuar a contar com a preciosa colabora- ção dos nossos peer reviewers, a Professora Patricia Odber de Baubeta, da Universidade de Birmingham, e o Professor George Monteiro, da Universidade de Brown, que, para além do mais, enriquecem este número com três trabalhos: “The Sonnets of Camões in English Translation”, “Eça de Queiroz in Vogue” e “Florbela Espanca’s Poems in the United States”. O presente volume segue a estrutura dos mais recentes, en- contrando-se organizado em três partes: I) Projectos, II) Estudos e III) Recensões Críticas. Os textos aqui publicados revelam, desde logo, o cariz multidisciplinar e comparatista que define os Estudos Anglo-Portugueses enquanto área cuja autonomia há muito se afirmou nos meios académicos nacionais e estran- geiros. Resultantes de uma articulação entre várias disciplinas – história, sociologia, filosofia, ciência, economia, política, lite- ratura, jornalismo, tradução e artes plásticas, entre outras – num pluralismo que Paul K. Feyerabend denominou “prolifera- ção” (Realism, Rationalism and Scientific Method. Philosophical Papers) – os Estudos Anglo-Portugueses assentam numa pers- pectiva comparatista inequívoca, podendo, contudo, exigir de- senvolvimentos distintos consoante o tipo de textos escolhidos como objecto de análise. Assim, o ecletismo verificável entre os diferentes métodos e aparelhos teóricos que sustentam os di- versos artigos da Revista – Imagologia, Estudos de Tradução, Literatura de Viagens, Historiografia, Estudos de Recepção ou Media Studies – deve ser entendido como uma vantagem, um elemento enriquecedor e, sobretudo, como uma vasta 7 potencialidade de realização de múltiplos trabalhos. Não se de- fende para a Revista de Estudos Anglo-Portugueses um carác- ter disciplinarmente indefinido, mas reconhece-se antes a di- mensão plural das metodologias aplicáveis na investigação e na análise da área de estudos em causa, bem como a necessidade de encontrar uma abordagem teórica capaz de abarcar essa di- versidade e, ao mesmo tempo, não permitir aplicações práticas totalmente arbitrárias. Os artigos seleccionados para o presente número são demonstrativos destas afirmações, nomeadamente ao realçarem a interacção entre disciplinas diversas e ao pro- moverem pesquisas orientadas por novos materiais – poemas, textos dramáticos, cartas, relatos de viagem, documentos ofi- ciais, diários, artigos jornalísticos, panfletos, obras infantis –, a par de reflexões teóricas que adoptam os métodos ao objecto de análise e não o inverso. A importância de se estudarem as relações anglo-lusas resi- de, em grande medida, na (hetero- e auto-) informação suscep- tível de ser obtida sempre que um Eu escreve sobre um Outro. O debate entre o Eu e o Outro, o uno e o diverso, a unidade e a multiplicidade, constituem premissas indissociáveis dos Estudos Anglo-Portugueses e do próprio acto cultural, pois a comparação de culturas amplia decididamente a percepção da identidade, na constatação de uma dimensão simultaneamen- te humana e supranacional, vectores claramente visíveis nos estudos que constituem o presente volume. De facto, a repre- sentação do Outro veicula sempre uma determinada imagem daquele que vê, pelo que o binómio “cultura que olha” e “cultura que é olhada” adquire, neste contexto, um significado de extre- ma acuidade, tornando-se transversal aos artigos publicados. Orientando-se para o estudo do conhecimento do estrangeiro (luso ou britânico/norte-americano) e reflectindo sobre as rela- ções culturais existentes entre Portugal e a Grã-Bretanha (ou os Estados Unidos) desde o século XVII – “In duty to a Father: as Dimensões Anglo-Portuguesa e Carnavalesca da Tragédia The Maid’s Revenge (c. 1626) de James Shirley” – até aos inícios do século XXI – “A Influência da Tradução na Recepção e Imagem das Obras Infantis de Roald Dahl em Portugal” –, os trabalhos apresentados neste número mostram também que, do ponto de vista diacrónico, a Revista abarca quaisquer períodos ou épocas em que, de algum modo, houve contacto entre duas culturas: a portuguesa e a anglo-saxónica. Neste diálogo intercultural que atravessa os artigos aqui publicados, a “estética da diferença” traduz-se no interesse pelo Outro, pelo diferente, pela alterida- de, e a “estética da identidade” pela definição do Eu, com toda a carga intelectual que a sua própria cultura nele imprimiu. 8 O perfil dos autores destes trabalhos denuncia o desejo de inovar, mantendo-se embora uma certa continuidade. Assim, por um lado, encontram-se nomes que pela primeira vez pu- blicam na Revista – Matilde Sousa Franco, José Pedro Duarte Tavares, Leonor Sampaio da Silva e Ana Maria Freitas – a par de especialistas estrangeiros – Joshua Large, Juan Camilo Miranda e John Clarke – denotativos do intuito de alargar o le- que de colaboradores e simultaneamente de, cada vez mais, in- ternacionalizar este periódico. Por outro lado, encontram-se no- mes que têm vindo a colaborar de forma mais ou menos regular na Revista, como Rogério Miguel Puga, José Baptista de Sousa e António Lopes. Verifica-se também que, em vários casos, os autores são identificáveis com uma primeira geração de entu- siastas dos Estudos Anglo-Portugueses, que teve o privilégio de trabalhar de perto com a Professora Maria Leonor Machado de Sousa: Maria da Conceição Emiliano Castel-Branco, Maria Zulmira Castanheira e João Paulo Ascenso Pereira da Silva. Outros, todavia, foram (ou são ainda) alunos (de mestrado ou de doutoramento) dos membros dessa primeira geração mol- dada pela fundadora – Teresa Pereira e Ana Brígida Paiva –, o que confirma o interesse e o entusiasmo que os Estudos Anglo- Portugueses continuam a suscitar no seio das gerações mais novas que neles vão integrando (ou com eles vão articulando) outras áreas do saber. Dedico este número da Revista de Estudos Anglo-Portugueses à mentora com quem continuamos a aprender, a Professora Maria Leonor Machado de Sousa, que sempre soube motivar e congregar um vasto e dedicado grupo de investigadores que continuará, assim o espero, a divulgar o resultado das suas pesquisas e reflexões neste espaço. Lisboa, 30 de Setembro de 2014 Gabriela Gândara Terenas 9

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