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rev aero 256 PDF

48 Pages·2006·1.44 MB·Portuguese
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Expediente 1 Revista Editorial aaeerroonnááuuttiiccaa mai./jun. 2006 256 [email protected] Presidente: Aespecificidade do homem está no seu agir, num agir conforme a razão, Ten.-Brig.-do-Ar Ivan Moacyr da Frota núcleo central da natureza humana. Com efeito, na Grécia Antiga iniciou-se 1º Vice-Presidente: Maj.-Brig.-do-Ar R1 Márcio Callafange o processo de reflexão do homem sobre sua própria razão. Nesse ambiente, a 2º Vice-Presidente: História do pensamento encontrará terreno fértil para o seu florescimento. Nas- Cel.-Av. Ref. Antero Sergio Silva Correa ce a Filosofia propriamente dita que, por meio do amor à sabedoria, tornar-se- DEPARTAMENTOS: Jurídico: á uma poderosa força de transformação da Humanidade. Dr. Francisco Rodrigues da Fonseca Há, portanto, uma íntima relação entre pensamento e ato. Não se pode ter Social: Ten.-Cel.-Int. R1 José Pinto Cabral uma ação firme sem idéias claras sobre o que fazer. Ignoranti quem portum Cultural: Cel.-Av. R1 Araken Hipólito da Costa petat, nullus suus ventus (não há vento favorável para quem não sabe a que Administrativo: porto se dirige), afirmava Sêneca (condenado por Nero ao suicídio em 65 Cel. -Av. R1 Nylson de Queiroz Gardel Financeiro: d. C.). Enfim, é vital refletir corretamente, caso contrário ou vivemos de acordo Cel.-Int. R1 Marco Antônio Pereira Nogueira com o que pensamos, ou acabamos pensando de acordo com o nosso modo de Patrimonial: Cap.-Adm. R1 Ivan Alves Moreira viver. Por isso, os pensamentos determinam a vontade e da sua clareza depen- Aerodesportivo: Ten. -Cel.-Int. R1 José Augusto Santana de Oliveira de a firmeza das ações. Em torno da força do pensamento é que o mundo, Beneficente: efetivamente, gira. Cel.-Av. R1 Nylson de Queiroz Gardel Assessoria de Comunicação Social: Nos primórdios da História dos povos, o poder militar dominava o mundo. Cel.-Av. R1 Luís Mauro Ferreira Gomes Durante a Idade Média, o pensamento religioso exercia uma influência capaz de Assessoria de Informática: Cel.-Av. Ref. Hartman Rudi Gohn nortear os governos. No Renascimento ocorreu a ascensão da burguesia, o que SUPERINTENDÊNCIAS: gerou a idéia de que o valor econômico exprimia o domínio. Atualmente, vemos Sede Social: Brig.-do-Ar Cesar de Barros Perlingeiro o poder político como a grande expressão do poderio moderno, submetendo os Sede da Barra da Tijuca: Brig.-Eng. R1 Edison Martins poderes militar, econômico e religioso. Sede Lacustre: Como agravante, o homem moderno, de tanto se servir 1º Ten. R1 Sebastião José Ferreira Secretaria Geral: da máquina, passou a refletir o humano pelo mecânico. E, Cap.-Adm. R1 Ivan Alves Moreira assim, criou-se uma certa mentalidade mecanicista, prag- CHICAER: Ten.-Brig.-do-Ar Ivan Moacyr da Frota mática, ativista. O homem deixou-se empolgar pelo Endereço: fazer, perdendo a perspectiva do ser, do senso da Praça Marechal Âncora, 15 - Rio de Janeiro - RJ CEP 20021-200 • Tel: (21) 2210-3212 • Fax: 2220-8444 perfeição e de julgar convenientemente o que Expediente do CAER: Dias: 3ª a 6ª feira • Horário: 9h às 12h e de 13h às 17h fazer perante a realidade. Sede da Barra da Tijuca: (21) 3325-2681 Sede Lacustre: (24) 2662-1049 A verdade é que o mundo nos apresenta, hoje, Revista do Clube de Aeronáutica: uma luta de ideologias. São concepções em mo- Tel./Fax: (21) 2220-3691 vimento, são pensamentos no campo de bata- Diretor: Cel.-Av. R1 Araken Hipólito da Costa lha. A sorte da Humanidade está sendo decidida Jornalista Responsável: J. Marcos Montebello pelo debate dos pensamentos. Gerente de Produção Editorial e Design Gráfico: Rosana Guter Nogueira O Departamento Cultural procura, com a reali- Colaboração editoração eletrônica: zação do “Vôo Cultural”, promover palestras sobre Kátia Regina Fonseca Produção Gráfica: temas relevantes para nosso público, visando a uma Luiz Ludgerio Pereira da Silva compreensão mais aprofundada da nossa realidade. Revisão: Dirce Brízida Para concluir, lembramos o Padre Leonel Franca Secretária de Redação: Luciene Ribeiro (1893-1948) quando, acertadamente, escreveu: Conselho Editorial: “A espada do guerreiro brilha e cintila, Presidente 1º Vice-Presidente Mas retorna à bainha. 2º Vice-Presidente As idéias uma vez soltas Chefe do Departamento Cultural Diretor Revista aeronáutica e Jornal Arauto Não param nunca mais.”(cid:132)(cid:132)(cid:132)(cid:132)(cid:132) As opiniões emitidas em entrevistas e em matérias assinadas estarão sujeitas a cortes, no todo ou em parte, a critério do Conselho Editorial. As matérias são de Araken Hipólito da Costa inteira responsabilidade de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da revista. As matérias não serão devolvidas, mesmo que não publicadas. Cel.-Av. R1 2 E Editorial 1 Reformulação 28 Araken Hipólito da Costa - Cel.-Av. R1 A Problemática Autoritária e a Sociedade na Atualidade Brasileira C Francisco Martins de Souza - Doutorando em Filosofia, Professor do IFCS-UFRJ Aeronaves 4 I Poder Militar - Avião de Combate Aéreo 31 Balanço Histórico D Ten.-Brig.-do-Ar Ref. Marcio N. A. Moreira Corrupção Sistêmica ou Endêmica? E Outras Considerações. Jesse Ribeiro da Silva -Ten.-Cel. Dent. R1 N 8 Desenvolvimento Universidade da Força Aérea - Teologia 34 Í Programa de Pós-Graduação Jesus Existiu? Prove-o! Estêvão Bettencourt -Teólogo História Real 10 36 Tendência Encontro com Eduardo Gomes Ninguém quer a Morte, só Saúde e Sorte Cel.-Inf. Nielson Campos de Souza Rosiska Darcy de Oliveira - Escritora Saúde 38 14 Política Internacional Obesidade: Um duro desafio a O Portentoso Poder Militar e ser vencido! as Questões Sociais nos EUA Maj.-Brig.-Méd. R1 - Dr. Ricardo Luiz de G. Germano Manuel Cambeses Júnior Cel.-Av. R1 Revista 40 Homenagem aaeerroonnááuuttiiccaa Alberto Santos-Dumont – O Pai mai./jun. 2006 256 Controvérsia 16 da Aviação – 5ª Parte A Crise Brasil-Bolívia: Origens e Causas Fernando Hippólyto da Costa - Cel.-Av. Ref. [email protected] Marcos Henrique Camillo Côrtes - Embaixador de carreira Vôo Cultural 42 Palestra do Dr. Osias Wurman 18 Exegese A Redação Democracia e Regime Democrático Reis Friede - Desembargador Federal e Professor Adjunto da Faculdade de Direito/UFRJ 44 Reflexão Uma História Real de um Sonho Vivido Charles Edwin Startin - Cel.-Av. R1 Comportamento 22 A Moderna Democracia Maj.-Brig.-do-Ar Ref. Umberto de Campos Carvalho Netto Sátira 47 A Biruta Inoperante Maj.-Brig.-do-Ar Ref. Othon Chouin Monteiro 25 Reflexão Nacional 48 Charge O Real Valor das Coisas Renato Paiva Lamounier - Cel.-Av. R1 Ivo Batalha - Cel.-Av. R1 Espaçonave Soyuz TMA-7 aproximando-se da Estação Espacial Internacional Aeronaves 4 Ten.-Brig.-do-Ar Ref. AAvviiããoo ddee Marcio N. A. Moreira 1ª PARTE r a No tempo da Guerra Fria, as maiores potências os grandes querem, é o domínio final do adversário, t mundiais do Hemisfério Norte tinham um inimi- sendo esse o ponto de partida para a imposição de go comum entre si e lutavam pelo que consideravam um Estado para a subjugação de outro (s) Estado (s). i o aspecto mais importante, ou seja, o controle defi- Rememoremos uma parte importante do que lnitivo do Continente europeu, nele incluídos o Poder acontecia com o Poder Militar na Europa: a OTAN iPolítico, o Poder Econômico-Financeiro, o Poder Ide- conjugava os poderes militares da Inglaterra, da Fran- ológico e, finalmente, o Poder Militar: com esse últi- ça, da Espanha, de Portugal, da Itália e da Alemanha m mo Poder poder-se-ia subjugar o inimigo e, leviana- Ocidental, e, certamente, o dos EUA e o do Canadá, mente, também o mundo. Este era o cenário que do- para formar o grande conjunto de Exércitos desses minou a Europa durante dezenas de anos, após a países, tudo sob o comando de um quatro estrelas Segunda Guerra Mundial. do Exército Americano. O mesmo acontecia com as Durante quase quarenta e cinco anos, as potên- Marinhas de Guerra e com as Aviações Militares des- r cias usaram o Continente europeu para jogar inte- ses países, todos eles sob o respectivo comando de eresses econômico-financeiros (bem como outros, quatro estrelas da Marinha e da Força Aérea. não abertamente declarados) e utilizaram o jogo pen- O comando da OTAN estava localizado em Paris dular entre as duas grandes alianças do Atlântico e as tropas americanas na Europa Ocidental, também d Norte, a Organização do Tratado do Atlântico Norte estavam desdobradas em território francês. Contudo (OTAN, 1949) e o Pacto de Varsóvia (1950). Saber o General De Gaulle, Presidente da França, pratica- oqual seria o vencedor é trabalho que já consumiu mente, se isolou da OTAN e determinou a saída do toneladas de papel para confirmar, realmente, do que território francês das tropas americanas estaciona- se tratava: o Poder Militar. Em resumo, o que todos das, o que foi cumprido rapidamente. O comando da P 11ªª FFAASSEE OTANO eT AUNR S(1S9 (4159-4159-16996)9): Examinemos alguns aviões B52 - OITO MOTORES (USAF) TU 22 (URSS) B57 (USAF) CAMBERRA Bi8 (RAF) Aeronaves 5 CCoommbbaattee AAéérreeoo OTAN foi transferido para Bruxelas, onde está locali- cados responderiam com outras aeronaves de com- zado até aos dias atuais. bate (interceptação) para a derrubada dos bombar- Já o Pacto de Varsóvia estava sob o comando de deiros. Já a 2ª Fase (1970-1989) se caracterizou pela um Marechal do Exército da Rússia, e todos os co- entrada definitiva da Aviação de Combate a jato, não mandos subordinados estavam sob o comando de só para os aviões de interceptação e de ataque, bem russos. como pela entrada em cena dos grandes bombardei- Neste artigo, é conveniente analisarmos somen- ros a jato ou turboélices. Evidentemente, essas duas te o Poder Aéreo da OTAN e do Pacto de Varsóvia fases não podem ser delimitadas, radicalmente, por- entre 1945 e 1989, para que não o tornemos exces- quanto o desenvolvimento das aeronaves nem sem- sivamente longo com análises dos Exércitos e das pre é homogêneo e similar entre os grandes fabri- Marinhas de Guerra. Tratemos, portanto, sucintamen- cantes, variando de acordo com as necessidades te, das Aviações de Combate da OTAN e do Pacto de estratégicas dos países, impostas pelas hipóteses de Varsóvia, com suas aeronaves concebidas e produ- atuação em conflito armado. zidas nos países da OTAN e da Rússia. Além do mais, Vale ajuntar - apesar de não podermos ser rigo- é interessante dividir o período 1945-1989 em duas rosos na divisão das fases - a entrada da URSS como fases, pelo menos: a 1ª Fase, 1945-1969, é aquela a segunda potência nuclear que, antes, era privilégio oriunda da Segunda Guerra, em que os inimigos ti- dos EUA, veio facilitar essa divisão, uma vez que, nham o planejamento dos bombardeios aéreos a poucos anos depois, a Grã-Bretanha e a França se grandes altitudes, a fim de esgotar, física e moral- tornaram também potências nucleares. Vamos, en- mente, o inimigo, por meio do ataque a grandes me- tão, fixar as duas fases, quais sejam: 1945-1969 e trópoles e aos centros industriais, enquanto os ata- 1970-1989 (derrubada do Muro de Berlim). de Bombardeio que tiveram participação importante na 1ª Fase, tanto aviões da OTAN como da URSS: VICKERS VALIANT (RAF) Mirage IV (Armée de B2 VULCAN L’Air) Meados 1960 (RAF) TU 20 H. PAGE VICTOR Quatro Turbo-hélices. Esclarecimento. Supersônico em picada Ainda em operação (URSS) (RAF) Aeronaves 6 Com a velocidade de desenvolvimento e produ- aviões, como foi o caso do B52 D, transformado no ção americana de aviões, a USAF tem ainda em servi- B52 H com uso específico na primeira Guerra do Ira- ço o B52 H (entrou em serviço em 1958) com a aviô- que (1990-1991). Na realidade, com os aumentos de nica “up to date”. Os aviões das figuras acima não carga, de alcance e de precisão dos aviões de comba- estão mais em serviço operacional. Com o desenvol- te aéreo (caças), os bombardeiros foram relegados a vimento dos radares, porém, e, mesmo, dos radares segundo plano, exceto quando os B52 H foram utili- de bordo, a Doutrina de Emprego modificou-se, radi- zados para o bombardeio em tapete, a fim de desalojar calmente: o emprego em baixas altitudes começou a as tropas iraquianas entrincheiradas nas areias do ser utilizado, obrigando o reforço estrutural de alguns deserto (Kuwait e Iraque). 22ªª FFAASSEE OTAN e URSS (1970-1989) A USAF colocou em serviço o FB111 e o B1. O FB111 realizou a famosa missão de ataque a Omar TU 26 Kadafi na Líbia. O avião operava a partir de Bases Bireator Supersônico Aéreas na Inglaterra. Já o B1, supersônico de qua- (URSS) tro motores, operava a partir do Continente norte- americano. Outras máquinas de guerra entraram em serviço FB 111B (USAF) na URSS, cada aliança querendo provar que seus aviões eram superiores. Vão, o sacrifício, pois as B 1B (USAF) duas superpotências acabaram, melancolicamente, mostrando que, segundo Paul Kennedy, autor do li- vro “Ascensão e Queda das Grandes Potências”, o destino inexorável dos grandes é o declínio. 11ªª FFAASSEE (1945-1969) Daremos um passo adiante para mostrar algumas das Aeronaves de Combate Aéreo (Caça) durante a 1ª Fase: JAGUAR (RAF) LIGHTNNING C/2 MÍSSEIS MIRAGE III C FIREFLASH (Armée de L’Air) ETENDART (Armée de L’Air) F 5 A (USAF) em uso na Europa Aeronaves 7 Continuação Aeronaves de Combate Aéreo (Caça) durante a 1ª Fase (1945-1969): F 104 (USAF) F 104 em uso na Luftwaaf, Bélgica, Holanda MIG 21 e Itália. Foi Um ícone da Aviação de Caça apelidado de MIG 15 WIDOW MAKER Em largo uso nos Países do Pacto MIG 19 de Varsóvia (URSS) (URSS) 22ªª FFAASSEE 1970-1989 Com a brusca mudança da Doutrina de Emprego a aproximação a aproximação a baixa altura não im- da Aviação de Bombardeio, podemos dizer que os pediria a detecção pelos radares de terra. Além do bombardeiros foram colocados em desvantagem, mais, os mísseis de terra, como os SA6 e SA7 rus- porque a detecção com radar de terra foi aperfeiçoa- sos, apoiados por radares, com cobertura a baixa da de tal modo que qualquer alvo com mais de 3,5 m2 altura, podiam interceptar os atacantes. A tecnologia de seção cruzada seria facilmente detectado. Mesmo fez as armas dar um pulo grande à frente. Vejamos o que pode ser apresentado em termos da Aviação de Combate Aéreo (Caças): F 15 (USAF) MIG 29 (URSS) F 18 (USAF) na ala do SU 27 (URSS) SU 26 (URSS) F 16 (USAF) MIRAGE 2000 D (Armée de L’Air) SU 37 IL 78 com dois SU 27 no detalhe, tubeira deflexionada (URSS) para direita – TVC-Thrust Vectoring O que se aprendeu com Control (URSS) esse conflito que perturbou a vida na Europa, por du- rante 45 anos e obrigou, ambos os pactos e seus respectivos países, a gasto de bilhões de dólares, para manter a contenção “pacífica” entre os conten- dores? O que foi apreendido é que a diplomacia é o caminho primeiro e principal para a paz, desde que apoiada por Poder Militar respaldador(cid:132)(cid:132)(cid:132)(cid:132)(cid:132) Desenvolvimento 8 Criado no dia 11 de agosto de 2004, por meio para a realização do primeiro Curso de Doutorado, a da Portaria nº 7, do Comandante da UNIFA, o ser ministrado em 2007. Programa de Pós-Graduação tem como foco o Sobre o Centro de Estudos Estratégicos da UNIFA é desenvolvimento e a consolidação dos Cursos de de bom alvitre falar sobre a importante tarefa que ele tem Mestrado e Doutorado em Ciências Aeroespaciais, o de promover estudos e debates sobre temas de impor- desenvolvimento do Centro de Estudos Estratégicos tância crucial para o Poder Aéreo, tais como: Política de da UNIFA, o registro e a divulgação de toda a produ- Defesa Nacional, naquilo que interessa ao Poder Aeroes- AA ção científica do “campus”, além de outras importan- pacial; Relações Internacionais; História Militar; Geopolí- tes atividades. tica; Direito Internacional; Liderança; Educação etc. O Programa de Pós-Graduação da UNIFA tem os Além dessas iniciativas, várias outras estão em seguintes objetivos: andamento, principalmente aquelas voltadas para a Capacitar profissionais em áreas de interesse do intensificação do relacionamento com Universidades (cid:78) Poder Aeroespacial, com ênfase no aprofundamento Federais, na busca de ampliar as opções para a capa- dos conhecimentos dos fundamentos e das bases dou- citação de nossos oficiais em cursos “stricto sensu”. trinárias dos assuntos pertinentes. Com isso, buscar- A oportuna iniciativa da UNIFA, ao implantar e FFse-á colocar esses profissionais a par de modernos consolidar um Programa de Pós-Graduação, pode ser métodos voltados para o planejamento do preparo e do aferida pelas palavras da Professora Suzana Gueiros, emprego da Força Aérea, das novas tecnologias de da UFRJ, durante uma banca examinadora de disser- interesse do Poder Aeroespacial e de métodos de tação, em novembro de 2005: gerenciamento de processos administrativos; (...) “os profissionais da Força Aérea têm de estar Fomentar o desenvolvimento de pesquisas que, sempre na vanguarda, dominar todas as avançadas (cid:78) efetivamente, contribuam para a ampliação do conhe- tecnologias e conhecimentos, senão a Força Aérea cimento científico, militar e para o enriquecimento da não tem razão de ser, não conseguirá cumprir a sua comunidade científica e aeroespacial. missão.” (...) IIEsse Programa tem como áreas de concentração (...) “as pesquisas e os estudos sendo realizados o Planejamento Militar, a Ciência e Tecnologia, os na UNIFA mostram o acerto e a sábia decisão da Aero- Recursos Humanos e a Administração. náutica de manter-se na vanguarda.” (...) O Planejamento Militar têm como linhas de Aduzindo comentários a este pensamento, o Pro- NN pesquisa: Planejamento do preparo da Força Aérea, grama de Pós-Graduação da UNIFA vem sendo forta- Planejamento do emprego da Força Aérea, Tecnolo- lecido e prestigiado por inúmeros professores douto- gia, Estratégia, Inteligência, Comando e Controle, res, tanto da Aeronáutica como do meio acadêmico Mobilização, Logística e Doutrina de Emprego da universitário civil. Muitos são os nomes que se inse- Força Aérea. rem nesses primeiros passos históricos de um movi- A Ciência e Tecnologia têm como linhas de pesqui- mento educacional em que a Força Aérea se coloca sa: inovações tecnológicas, com enfoque no impacto com sua avançada visão de contribuir com os valores da adoção de inovações tecnológicas complexas no da nacionalidade. âmbito estratégico e operacional da Força Aérea. No dia 10 de dezembro último, encerrou-se o cur- Os Recursos Humanos têm como linhas de pes- so de Mestrado da segunda Turma (Turma de 2005), quisa: perfil e capacitação do profissional da Força na Universidade da Força Aérea, no legendário Cam- UU Aérea – formação, aperfeiçoamento, especialização e po dos Afonsos. altos estudos; efeitos da hipóxia de altitude no siste- A Formatura da Turma de 2005 foi abrilhantada ma nervoso central; e efeitos da baixa luminosidade pela presença do Comandante da Aeronáutica, Tenen- na percepção cromática no período noturno. te-Brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, e de todos A Administração têm como linhas de pesquisa: os Membros do Alto Comando da Aeronáutica, além gestão estratégica e análise organizacional. de um grande número de oficiais da Ativa e da Reser- No momento, a UNIFA está desenvolvendo as ativi- va das três Forças. dades da terceira Turma de Mestrado em Ciências Foram integrantes desta segunda Turma de Mes- Aeroespaciais, composta por oficiais da Ativa e da trado da UNIFA, os seguintes mestrandos com suas Reserva. Também estão sendo envidados esforços dissertações (box página ao lado): Desenvolvimento 9 10 2 11 1 3 9 20 16 4 17 6 12 13 19 8 21 18 14 Programa de Pós-Graduação 1-Brig.-do-Ar Paulo Roberto de Oliveira Tema: Liderança em Ambiente Aeroespa- *15-Ten.-Cel.-Av. Marco André Bravim Pereira cial: Especificidades. Tema: Doutrina de Forças de Coalizão em Tema: Curso Integrado de Altos Estudos Forças Combinadas. Militares Interforças. 9-Cel.-Av. R1 Tacarijú Thomé de Paula Filho Tema: Gerenciamento Pró-Ativo no SISMA: 16-Ten.-Cel.-Av. Carlos Eduardo Magalhães 2-Brig.-do-Ar R1 Valter Carrocino Filho uma Mudança Completa. da Silveira Pellegrino Tema: Gestão Acadêmica na ECEMAR, Con- Tema: Uma Proposta de Modelo Lógico de siderada a Necessidade de Consolidação. 10-Cel.-Av. R1 Luiz Fernando Póvoas da Sistema de Comando e Controle. Silva 3-Cel.-Av. Márcio Antônio Gonçalves Tema: Força Aérea na Amazônia Brasilei- 17-Ten.-Cel.-Av. José Vieira de Souza Neto Coelho ra, a Missão de Policiamento do Espaço Tema: Um Diagnóstico do Sistema de Tema: O Exercício da Docência na ECEMAR. Aéreo: Implicações Presentes. Inteligência da Aeronáutica considerando a Diversidade do Ambiente Global: Estudo 4-Cel.-Farm. Manoel Rodrigues Martins 11-Cel.-Av. R1 Araken Hipólito da Costa de Caso. Tema: Avaliação das Fixações nas Articu- Tema: A Teoria do Conhecimento nos Cur- lações Sacro-Ilíaca e Proposta Terapêuti- sos de Estado-Maior e de Política e Estra- 18-Ten.-Cel.-Av. Edson Paschoalino de ca para Redução da Lombalgia em Pilotos tégia Aeroespaciais: Reflexões sobre a Souza de Helicóptero. Viabilidade de Implantação. Tema: O Fator Humano na Segurança da Infor- mação Digital: Estudo de Caso no COMAER. *5-Cel.-Av. Rogério Luiz Veríssimo Cruz 12-Cel.-Av. R1 Marcelo Hecksher Tema: Offset: o Exemplo do Setor Aeroes- Tema: A Administração de Recursos Hu- 19-Ten.-Cel.-Farm. Nilceu José Oliveira pacial Brasileiro. manos na Aeronáutica: uma Visão Crítica. Tema: Atividades de Biodefesa no Serviço de Saúde da Aeronáutica: uma Abordagem 6-Cel.-Av. Jefferson Wanderlei dos 13-Cel.-Av. R1 Izaías dos Anjos Souza Necessária Frente ao Contexto Atual. Santos Tema: A Certificação Militar na Aeronáu- Tema: A Capacitação dos Oficiais Gesto- tica Brasileira nas últimas três décadas: 20-Ten.-Cel.-Int. David de Andrade Teixeira res dos Setores de Recursos Humanos das uma Abordagem dos Resultados e Neces- Tema: Aspectos do Perfil Decisor de Oficiais Organizações de Segundo Escalão da sidades. de Estado-Maior na Aeronáutica e sua Com- Aeronáutica. uma Revisão Crítica. patibilidade com a Doutrina Institucional. 14-Cel.-Av. R1 Marcio Rocha *7-Cel.-Av. Paulo Borba Tema: O Planejamento Estratégico como 21 - Profª Maria José de Almeida Tema: Mobilização do Transporte Aéreo no Instrumento de Otimização do Preparo Tema: Interação de Altos Estudos Milita- Brasil: uma Proposta de Reformulação. da Força Aérea: Adequabilidade de uma res: uma Abordagem Curricular para os Metodologia. Cursos de Política e Estratégia das Forças 8-Cel.-Av. R1 Luís Mauro Ferreira Gomes Armadas Brasileiras(cid:132)(cid:132)(cid:132)(cid:132)(cid:132) * não participaram da sessão de fotos História Real 10 Encontro com O ano de 1970 foi, para mim, um ano muito especial, Corpo de Cadetes da Aeronáutica, cuja publicação em marcado por uma série de importantes acontecimen- Boletim Interno se deu, em 4 de junho de 1970. tos que deram um novo rumo à minha vida e à minha Pelo grau de instrução militar alcançado, recebe- trajetória na Força Aérea Brasileira. mos o Certificado de Reservista como 1° Sgt.-QIG FI. Com todo o vigor que a juventude me proporcio- Ao longo daquele ano, outros colegas foram sen- nava e a vibração de ser um cadete-do-ar, eu vivi, entre do desligados de vôo, chegando ao número total de um punhado de amigos, as emoções do recebimento quarenta e um. Aqueles que já eram militares antes do do espadim, do primeiro salto de pára-quedas, do ingresso na AFA retornaram às antigas graduações e primeiro vôo solo, da conquista da NAVAMAER-68, antiguidades, dentro dos respectivos quadros e espe- de ver pela televisão o homem pisar na Lua, de assistir cialidades, como por exemplo o PAULO FLÁVIO (Son- às evoluções da Esquadrilha da Fumaça nos antigos risal) e o SAMPAIO (Cobra d’água) – que eram sargen- NA T-6. Quanto orgulho em carregar, no peito, aquele tos, e o CHAGAS (Macaco) – que era cabo. meio-brevê de piloto militar. Assim foram meus pri- O Brig.-do-Ar DÉLIO JARDIM DE MATOS, que meiros anos na Academia da Força Aérea, no Velho naquele ano comandava a Escola de Oficiais Especia- Corpo de Cadetes, no Lendário Campo dos Afonsos. listas e de Infantaria de Guarda (então EOEG, depois A exemplo do que já vinha ocorrendo com turmas EOEIG), em Curitiba (PR), ao tomar conhecimento de anteriores, ao alcançarmos o “status” de cadetes do que a Academia estava desligando cadetes do 4º ano, 4° ano, fomos deslocados do Campo dos Afonsos, sem cogitar aproveitá-los no Quadro de Intendentes, no Rio de Janeiro (RJ), para o então Destacamento como de praxe, tomou a iniciativa de propor ao Precursor da Academia da Força Aérea – DPAFA, em COMGEP (Comando-Geral do Pessoal) a matrícula Cel.-Inf. Nielson Pirassununga (SP), a fim de realizarmos o estágio avan- desses ex-cadetes no Curso de Formação de Oficiais Campos de Souza çado de pilotagem. de Infantaria daquela Escola. Para tanto, apresentou (Cadete 68-299 – Turma Contacto) A aeronave a ser voada era o T-37 CESSNA, ao COMGEP uma minuta de Portaria que dava respal- introduzida na instrução aérea, desde o ano anterior, do à sua proposta. para substituir o famoso NA T-6 na formação do Tal fato gerou grande expectativa nos ex-cadetes, oficial-aviador. que trataram de fundar uma “confraria”, tendo sido Lá, no DPAFA, estavam em construção as futuras elaborado um cadastro geral, contendo nomes, ende- instalações da Academia da Força Aérea, cuja transfe- reços, telefones e outras informações dos desligados, rência se deu no ano de 1971. para os necessários contatos e informações. Quem não O deslocamento da Turma para Pirassununga fosse da área do Rio, dava seu jeito de ficar por perto, foi realizado em aeronave C-130 HÉRCULES e, ao acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. desembarcarmos, fomos recebidos pelo Comandante Como o DURANS era do Estado do Maranhão, e do DPAFA, Coronel-Aviador OSÓRIO, e demais oficiais a AFA não permitia a hospedagem de cadetes desli- do Destacamento. Por parte dos cadetes, a expectati- gados, pedi a meus pais que o “adotassem”, até que va era grande. Sair de um monomotor leve, o Focker se resolvesse a questão da nossa matrícula ou não T-21, para um bi-reator pesado. na EOEG. Quis o destino que eu fosse desligado de vôo, em O Cachorrão, que era de Aracaju (SE) e não tinha Conselho realizado no dia 6 de maio de 1970, junta- para onde ir, morava escondido na “bequilha” de um mente com outros companheiros de turma, dentre os dos alojamentos desocupados da Academia, onde, quais, recordo-me, estavam o DURANS (65-249) e o às vezes, nós íamos visitá-lo. Como não dispusesse MENDONÇA (Cachorrão). de roupa de cama, ele se enrolava em Bandeiras do Fomos, então, encaminhados de volta ao Rio de Brasil inservíveis, guardadas num armário pelo Sr. Janeiro, para sermos submetidos aos exames de saúde Cícero, velho funcionário do Corpo de Cadetes. e psicológico para fins de exclusão e desligamento do Era o ano da Copa do Mundo, da conquista do

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Expediente do CAER: Dias: 3ª a 6ª feira 2 aeronáutica. ÍNDICE [email protected]. 256 mai./jun. 2006. Revista. Charge. Ivo Batalha - Cel.-Av. R1. 48. Sátira. A Biruta Inoperante. Maj.-Brig.-do-Ar Ref. Othon Chouin .. ele dispensou ao nosso caso e, em seguida, nos reti- ramos. Confesso que fi
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