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Repercussões Retinianas na Doença de Alzheimer PDF

108 Pages·2017·6.44 MB·Portuguese
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Repercussões
Retinianas
na
Doença
de
Alzheimer
 
 
 
 
 
 
 
 
 João
Paulo
Pedrosa
Branco
da
Cunha
 Orientador:
António
Castanheira
Dinis,
Professor
Doutor
 Orientadora:
Carlota
Louro,
Professora
Doutora
 
 
 
 
 
 Tese
para
obtenção
do
grau
de
Doutor
em
Medicina,
 na
Especialidade
de
Oftalmologia
 na
NOVA
Medical
School
/
Faculdade
de
Ciências
Médicas
 
 
 
 2017 “Não
conheço
nenhuma
outra
razão
para
amar
senão
amar.”
 Fernando
Pessoa
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para
a
Ana,
a
Maria
e
a
Madalena
 
 
 
 
 
 
 
 
 “A
paciência
é
a
mais
nobre
e
gentil
das
virtudes.”
 William
Shakespeare PREFÁCIO
 
 É
 do
 conhecimento
 geral
 que
 o
 ser
 humano
 tem
 atualmente,
 em
 média,
 o
 dobro
 da
 longevidade
de
outros
tempos,
e
não
é
necessário
recuar
muito
na
História
da
Humanidade.
 No
início
do
século
XX,
era
incomum
as
pessoas
ultrapassarem
a
idade
de
setenta
anos.
A
 melhoria
 da
 alimentação
 e
 dos
 cuidados
 de
 higiene,
 as
 vacinas,
 os
 antibióticos
 e
 a
 acessibilidade
aos
cuidados
de
saúde,
foram
alguns
dos
fatores
que
contribuíram
para
o
 aumento
da
população
idosa
em
quase
todas
as
regiões
do
mundo.
Mas,
à
medida
que
a
 população
 idosa
 se
 tornou
 mais
 numerosa,
 passou
 a
 ser
 suscetível
 a
 doenças
 outrora
 consideradas
raras,
como
as
doenças
malignas
ou
as
doenças
degenerativas.
 Estudos
epidemiológicos
prevêem
que
as
doenças
neurodegenerativas
(demências,
doença
de
 Parkinson,
doenças
do
neurónio
motor,
entre
outras)
ultrapassem
as
doenças
malignas
como
 segunda
causa
de
morte
nos
idosos
em
2040.
 Torna‐se
 cada
 vez
 mais
 difícil,
 mas
 também
 mais
 premente
 proporcionar
 aos
 idosos
 a
 possibilidade
de
prolongar
a
sua
autonomia,
independência
e
dignidade.
A
medicina
atual
e
os
 seus
profissionais
têm
dificuldade
em
lidar
com
a
morte
ou
a
inexistência
de
cura.
 Uma
vez
diagnosticada
a
doença
de
Alzheimer
e
explicado
o
seu
prognóstico
será
necessário
 enfrentar
 com
 coragem
 o
 destino,
 mas
 existe
 ainda
 a
 possibilidade
 de,
 pelo
 menos
 em
 estádios
iniciais
desta
doença,
o
doente
ter
a
liberdade
de
ser
autor
da
sua
própria
vida,
de
 preservar
a
autonomia,
a
possibilidade
de
consentir
participar
num
estudo.
A
todos
os
que
 participaram
neste
estudo
exprimo
a
minha
gratidão
e
a
esperança
de
que
em
breve
possamos
 todos
juntos
alterar
a
abordagem
e
até
o
prognóstico
desta
doença. AGRADECIMENTOS
 
 No
ano
em
que
completo
25
anos
de
dedicação
profissional
à
Oftalmologia,
entrego
a
minha
 tese
de
doutoramento
em
Medicina
realizada
na
NOVA
Medical
School.
Abraçar
esta
tarefa
só
 foi
possível
graças
ao
entusiasmo,
colaboração
e
companheirismo
de
muitas
pessoas
com
 quem
tive
a
honra
de
privar.
 
 Ao
Professor
Doutor
António
Castanheira
Dinis,
meu
orientador,
pelo
apoio
dado
desde
o
 mestrado
 em
 Neuroftalmologia,
 pelos
 seus
 prestigiados
 conselhos
 e
 pelas
 conversas
 inacabadas
que
se
proporcionaram
ao
longo
destes
últimos
anos.
 
 À
 Professora
 Doutora
 Carlota
 Louro,
 minha
 coorientadora,
 por
 toda
 a
 sua
 dedicação,
 disponibilidade
e
valorosas
apreciações
construtivas.
 
 À
Professora
Doutora
Ana
Luísa
Papoila
pelos
ensinamentos
e
apoio
estatístico
incansáveis,
 que
muito
contribuíram
para
a
realização
deste
trabalho
e
publicação
dos
diferentes
artigos
 originais.
 
 À
Professora
Doutoura.
Joana
Ferreira
pelo
apoio
incondicional
e
pela
presença
constante
 neste
projeto,
do
princípio
ao
fim.
A
sua
dedicação
e
partilha
de
tarefas,
mas
sobretudo,
a
sua
 amizade
inabalável
tornaram
possível
a
concretização
desta
tese
dentro
dos
prazos
almejados.
 
 À
Dra.
Rita
Almeida
e
à
Dra.
Helena
Águas
pela
colaboração
imprescindível
para
a
realização
 deste
estudo,
pela
confiança
e
pelos
esclarecimentos
especializados.
 
 À
Dra.
Marta
Alves
pela
disponibilidade
e
pelo
apoio
estatístico
indispensável
para
a
obtenção
 dos
resultados
e
conclusões
deste
estudo. Institucionalmente,
agradeço
à
Faculdade
de
Ciências
Médicas
da
Universidade
Nova
de
Lisboa
 e
 aos
 Coordenadores
 do
 Doutoramento
 em
 Medicina,
 Professora
 Doutora
 Ana
 Félix
 e
 Professor
Doutor
Roberto
Palma
dos
Reis,
pelo
apoio
prestado
sempre
que
necessário.
 
 A
todos
os
profissionais
do
Serviço
de
Oftalmologia
do
Centro
Hospitalar
de
Lisboa
Central,
 incluindo
os
recentes
Diretores
Dr.
Pita
Negrão
e
Dr.
Miguel
Trigo,
Assistentes
Hospitalares,
 Internos
 do
 Internato
 de
 Formação
 Específica
 em
 Oftalmologia,
 Técnicos
 Superiores
 de
 Ortóptica,
Enfermeiros,
Assistentes
Técnicos
e
Operacionais,
pelo
apoio
que
tornou
possível
 concretizar
este
projeto.
 
 Ao
Ortoptista
Gonçalo
Agudo
e
ao
Engenheiro
Bruno
Oliveira
Santos,
pela
disponibilidade
para
 a
 execução
 de
 todos
 os
 exames
 complementares
 e
 tratamento
 de
 dados
 sempre
 que
 solicitado.
 
 Aos
amigos
e
colegas
Dr.
Arnaldo
Santos,
Dra.
Margarida
Marques,
Dra.
Rita
Proença,
Dr.
 Duarte
Amado,
Dr.
André
Vicente,
Dr.
Lívio
Costa,
Dr.
Nuno
Moura‐Coelho
e
Dra.
Diana
 Melancia
que
com
amizade
e
dedicação
colaboraram
na
realização
de
tantas
tarefas
e
outros
 tantos
momentos
de
descontração.

 
 Reforço
a
minha
gratidão
à
Dra.
Joana
Ferreira,
ao
Dr.
Arnaldo
Santos
e
à
Dra.
Rita
Proença
 pela
relação
de
fraternidade
e
pela
juventude
que
me
contagiam.
 
 Aos
pais,
irmãos,
sogros,
cunhados,
sobrinhos
e
amigos
por
acreditarem
e
pela
amizade.
 
 À
Ana,
à
Maria
e
à
Madalena,
queridas
mulher
e
filhas
pelo
amor… ÍNDICE
GERAL
 CAPÍTULO
I
–
INTRODUÇÃO.................................................................................................21
 1.
 DOENÇA
DE
ALZHEIMER..........................................................................................21
 1.1.
 Introdução..........................................................................................................21
 1.2.
 Epidemiologia
e
impacto
socioeconómico...........................................................22
 1.3.
 Diagnóstico.........................................................................................................23
 2.
 SISTEMA
VISUAL
NA
DOENÇA
DE
ALZHEIMER..........................................................26
 2.1.
 Neuropatologia
do
sistema
visual
na
doença
de
Alzheimer.................................26
 2.2.
 Semiologia
oftalmológica
na
Doença
de
Alzheimer..............................................28
 2.2.1.
 Acuidade
Visual...............................................................................................28
 2.1.2.
 Campo
Visual..................................................................................................28
 2.1.3.
 Sensibilidade
ao
Contraste..............................................................................29
 2.1.4.
 Visão
Cromática..............................................................................................29
 2.1.5.
 Alterações
na
perceção
de
profundidade
e
de
movimento..............................29
 2.1.6.
 Alterações
da
motilidade
ocular
extrínseca.....................................................30
 2.1.7.
 Alterações
da
motilidade
ocular
intrínseca......................................................30
 2.1.8.
 Testes
eletrofisiológicos..................................................................................30
 2.1.9.
 Oftalmoscopia,
retinografia
e
angiografia
fluoresceínica.................................32
 3.
 Tomografia
de
coerência
ótica.................................................................................33
 3.1.
 Tomografia
de
coerência
ótica
na
doença
de
Alzheimer......................................34
 CAPÍTULO
II
–
OBJETIVOS.....................................................................................................37
 1.
 OBJETIVO
GERAL.....................................................................................................37
 2.
 OBJETIVOS
ESPECÍFICOS..........................................................................................37
 3.
 HIPÓTESES
DE
ESTUDO............................................................................................38
 CAPÍTULO
III
–
MÉTODOS.....................................................................................................39
 1.
 LOCAL
DE
EXECUÇÃO...............................................................................................39
 2.
 AMOSTRA................................................................................................................40
 3.
 CONSENTIMENTO
INFORMADO...............................................................................41
 4.
 CRITÉRIOS
DE
INCLUSÃO
E
EXCLUSÃO......................................................................42
 5.
 DESENHO
EPIDEMIOLÓGICO
E
PLANEAMENTO........................................................43
 6.
 PROCEDIMENTOS
DO
ESTUDO.................................................................................44
 6.1.
 Avaliação
neurológica.........................................................................................44
 6.2.
 Acuidade
visual...................................................................................................45 6.3.
 Pressão
intraocular..............................................................................................45
 6.4.
 Pressão
arterial
média.........................................................................................45
 6.5.
 Tomografia
de
coerência
ótica
‐
Spectral
Domain................................................45
 6.5.1.
 Retinal
nerve
fiber
layer
peripapilar................................................................46
 6.5.2.
 Camadas
da
retina...........................................................................................47
 6.5.3.
 Espessura
da
coroideia....................................................................................49
 7.
 ANÁLISE
ESTATÍSTICA..............................................................................................50
 CAPÍTULO
IV
–
RESULTADOS................................................................................................51
 1.
 CARACTERÍSTICAS
DEMOGRÁFICAS
E
CLÍNICAS
DA
POPULAÇÃO..............................51
 2.
 CARACTERÍSTICAS
TOMOGRÁFICAS
DOS
GRUPOS...................................................52
 2.1.
 Espessura
da
retinal
nerve
fiber
layer
no
Grupo
Doença
de
Alzheimer
versus
Grupo
 Controlo..........................................................................................................................52
 2.2.
 Espessura
macular
da
retina
por
camadas
e
setores
no
grupo
doença
de
Alzheimer
 versus
grupo
de
controlo.................................................................................................57
 2.3.
 Espessura
da
coroideia........................................................................................69
 2.3.1.
 Espessura
da
coroideia:
grupo
doença
de
Alzheimer
versus
grupo
de
controlo69
 2.3.2.
 Espessura
da
coroideia
:
Grupo
Doença
de
Alzheimer
versus
Grupo
Controlo
275
 CAPÍTULO
V
–
DISCUSSÃO....................................................................................................77
 CAPÍTULO
VI
–
CONCLUSÕES................................................................................................87
 CAPÍTULO
VII
–
PERSPETIVAS
FUTURAS................................................................................89
 BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................91

Description:
No início do século XX, era incomum as pessoas ultrapassarem a idade de setenta anos. A melhoria da alimentação e dos cuidados de higiene, as vacinas, os antibióticos e a acessibilidade aos cuidados de saúde, foram alguns dos fatores que contribuíram para o aumento da população idosa em
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