Prefácio i Remuneração e Recompensas Preencha a ficha de cadastro no final deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e as promoções da Elsevier. Consulte também nosso catálogo completo e últimos lançamentos em www.elsevier.com.br (Rosto provisório) Remuneração e Recompensas © 2012, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, me- cânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Copidesque: Patricia Logullo (Palavra impressa Editora) Revisão: Maya Indra Souarthes Oliveira Editoração Eletrônica: Triall Composição Editorial Ltda. Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 – 16o andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Rua Quintana, 753 – 8o andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Serviço de Atendimento ao Cliente 0800-0265340 [email protected] ISBN 978-85-352-5965-0 Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hi- póteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens originados do uso desta publicação. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ H558r Hipólito, José Antonio M Remuneração e recompensas / José Antonio M. Hipólito, Joel S. Dutra. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2012. (FIA) (cid:44)(cid:81)(cid:70)(cid:79)(cid:88)(cid:76)(cid:3)(cid:69)(cid:76)(cid:69)(cid:79)(cid:76)(cid:82)(cid:74)(cid:85)(cid:68)(cid:191)(cid:68) ISBN 978-85-352-5965-0 1. Sistemas de remunerações salariais. 2. Salários - Administração I. Dutra, Joel S. II. Título. III. Série. 12-4254.. CDD: 658.32 CDU: 055.955 Apresentação v Apresentação Os processos de abertura e maior estabilidade econômica iniciados respecti- vamente em 1990 e 1995 alteraram radicalmente o ambiente de negócios no Brasil. A busca por mais competitividade envolveu ajustes tecnológicos e orga- nizacionais em praticamente todos os setores produtivos do país, com impactos significativos nos sistemas de gestão, inclusive de gestão de recursos humanos. O enfrentamento desses desafios passou obrigatoriamente por uma crescen- te demanda por conhecimento atualizado por parte dos executivos de todos os campos de atuação. Pensar e agir estrategicamente tornou-se parte integrante do cotidiano, exigindo a compreensão e aplicação de conceitos antes mais res- tritos ao universo acadêmico, como cultura, comprometimento, participação, envolvimento, performance e competências. Desde cedo se revelou que a busca de conhecimento sobre novas máquinas, equipamentos, materiais e mercados era de pouca valia se não acompanhada de pessoas capacitadas, motivadas e estrategicamente orientadas. A participação e o envolvimento com os objetivos da organização mais uma vez apareciam como condição incontornável para o sucesso das empresas. Atenta a esse movimento, em 1996, a Fundação Instituto de Administração (FIA) abriu sua primeira turma do curso de pós-graduação MBA RH. Hoje com mais de 30 turmas organizadas e centenas de alunos formados, o MBA RH da FIA notabiliza-se por oferecer um curso de longa duração que capacita vi Remuneração e recompensas e atualiza, em nível avançado, executivos e profissionais que tenham interesse em refletir aprofundadamente sobre o papel das pessoas na organização. Criado em 1998, por professores originários da Faculdade de Economia, Contabilidade e Administração da Universidade de São Paulo (FEA USP), o Programa de Estudos em Gestão de Pessoas (PROGEP) passou a coordenar o MBA RH e a desenvolver atividades educacionais, publicações e pesquisas em gestão de pessoas. Ao longo de sua existência, o PROGEP cultivou e renovou a imagem de excelência de suas instituições de origem, movido pela crença de que, somente com pessoas qualificadas e organizações humanizadas, o país po- derá encontrar o caminho do seu desenvolvimento empresarial, institucional, econômico e social. A Coleção MBA RH – Elsevier é mais um passo nesta longa trajetória de produção de conhecimento e de reflexão crítica sobre a gestão de pessoas no Brasil. Seu principal objetivo é compor uma base bibliográfica consistente e atualizada sobre as disciplinas inerentes ao tema, tornando-se uma referência para cursos executivos de pós-graduação, como MBAs e cursos de especializa- ção profissional. Sob a coordenação dos professores André Luiz Fischer, Joel Souza Dutra e Wilson Aparecido Costa de Amorim, os livros terão a autoria de docentes e pes- quisadores que conciliam a experiência prática com o rigor metodológico e con- ceitual — uma característica que destaca o PROGEP e seu corpo de associados. O livro Remuneração e recompensas de autoria dos professores Joel Souza Dutra e José Antonio Monteiro Hipólito, inaugura a Coleção MBA RH – Elsevier. Os coordenadores desejam a todos uma excelente leitura e esperam que a Coleção MBA RH – Elsevier seja mais uma contribuição para que empresas, as pessoas e os executivos façam uso do conhecimento para produzir uma so- ciedade cada vez melhor. André Fischer Joel S. Dutra Wilson Amorim Prefácio vii Prefácio A gestão de pessoas no Brasil vem ganhando, nos últimos anos, contornos cada vez mais exigentes. Vivemos em um ambiente de demanda por pessoas maior do que a oferta. Esse quadro deve ser agravado ao longo da década de 2010, exigindo das organizações a competitividade para atrair e reter as pessoas ne- cessárias aos seus intentos estratégicos, bem como os processos e instrumentos que contribuam para canalizar os esforços dessas pessoas na direção dos obje- tivos organizacionais. A valorização das pessoas e, em particular, a remuneração, é uma preocupa- ção central nesse contexto e, por essa razão, tornou-se o foco deste primeiro li- vro da coleção. A forma de pensar a remuneração em um ambiente de disputas acirradas por pessoas é muito delicada, havendo uma forte tentação de eleva- ção inconsequente da remuneração sem que haja antes uma reflexão estratégi- ca das formas de recompensar as pessoas. Ao se estabelecer uma reflexão mais atenta sobre formas de valorizar os profissionais, verifica-se a efetividade de diferentes combinações nas políticas e práticas de gestão de pessoas na atração, retenção e mobilização de pessoas, como, por exemplo: velocidade na carreira e desenvolvimento versus remuneração; remuneração não financeira versus re- muneração financeira ou remuneração variável versus remuneração fixa. Essa reflexão mais atenta possibilita que a organização tire partido do ambiente mais competitivo para racionalizar sua massa salarial. Essas questões e outras refle- xões sobre a estratégia de remuneração são o objeto dos capítulos deste livro. viii Remuneração e recompensas Gostaríamos de aproveitar para agradecer aos Professores André Fischer e Wilson Amorim pela iniciativa de produzir esta coleção e pela oportunidade oferecida a nós de abrirmos a coleção. Os textos, embora produzidos por nós, são resultado de longas discussões com colegas, dentre os quais gostaríamos de destacar o Professor Cassiano Silva. Gostaríamos de agradecer as contribui- ções de Isabela Minassian, que colaborou na preparação das figuras apresen- tadas no livro, e de Carina Labbate, que fez uma revisão crítica do nosso texto. Temos uma dívida de gratidão à compreensão e paciência de nossas esposas e filhos: Cristina, Felipe e Carolina Hipólito; Lair, Tatiana, Gabriela e Patrícia Dutra. José Antonio M. Hipólito e Joel S. Dutra Introdução ix Introdução Neste livro vamos tratar da forma como as pessoas são valorizadas pelas orga- nizações e como o processo de valorização pode interferir na gestão de pessoas como um todo na organização contemporânea. Vamos, inicialmente, definir o que é processo. Processo é um termo emprestado da Biologia e pode significar a transição ou uma série de transições de uma condição para outra; quando adap- tado para a Sociologia, agrega a ideia de interação entre elementos diferentes, e associa-se à ideia de movimento, mudança e fluxo. Esses processos podem repetir-se dentro de padrões, sendo passíveis de interferência para induzi-los, aprimorá-los, inibi-los etc. Processos de gestão são interações entre partes com um objetivo e dentro de parâmetros previamente definidos. Quanto aos objetivos e parâmetros dos processos de gestão de pessoas, po- demos classificá-los, em função de sua natureza, em: (cid:135)(cid:3) movimentação; (cid:135)(cid:3) desenvolvimento; (cid:135)(cid:3) valorização. Os processos classificados na categoria de movimentação têm como objetivos básicos oferecer suporte a toda ação de movimento da pessoa que possui uma re- lação de trabalho com a organização, independentemente de seu vínculo empre- gatício. Essa categoria compreende práticas tais como: captação, internalização, transferências, promoções, expatriação, recolocação, entre outras. x Remuneração e recompensas Desenvolvimento é uma categoria que congrega processos cujo objetivo é o de estimular e criar condições para o desenvolvimento das pessoas e da orga- nização. As práticas agrupadas podem ser de capacitação, desenvolvimento da carreira, entre outras. Na categoria de valorização, estão os processos que têm como objetivo esta- belecer parâmetros e procedimentos para distinção e valorização das pessoas que estabelecem alguma relação com a organização. São compreendidas nessa cate- goria práticas como remuneração, premiação, serviços e facilidades, entre outras. O processo de valorização é concretizado através da aplicação de “um con- junto de retribuições ou retornos que a pessoa obtém em troca de sua contribuição” (Bloom e Milkovich, 1996:26). Essas recompensas podem ser entendidas como o aten- dimento das expectativas e necessidades das pessoas, de diferentes naturezas, como econômicas, de crescimento pessoal e profissional, segurança, projeção social, reconhecimento, possibilidade de expressar-se através de seu trabalho etc. Vão, portanto, muito além de um foco exclusivamente monetário, envol- vendo uma variedade de benefícios de natureza socioemocional. A questão fundamental na recompensa é como diferenciar as pessoas, ou seja, como a recompensa deve ser distribuída para os trabalhadores. Temos que estabelecer, portanto, os critérios a serem utilizados pela organização para dife- renciar, através das recompensas, as pessoas com as quais ela mantém relações de trabalho. Os critérios utilizados têm como referência o mercado de trabalho e padrões internos de equidade. As referências do mercado de trabalho são obtidas através de informações oriundas de pesquisas específicas ou de conta- tos com o mercado, por exemplo, práticas de captação de pessoas no mercado de trabalho, perda de pessoas para o mercado, contratação de serviços etc. As informações do mercado ajudam a organização a se posicionar de forma que mantenha uma relação competitiva, ou seja, aplicar critérios de recompensa que permitam atrair e reter pessoas. Entretanto, o mercado é instável, pode oscilar ao sabor das relações de oferta e demanda, e o posicionamento da orga- nização a partir unicamente do mercado é insuficiente. Os padrões internos de equidade tornam-se, portanto, fundamentais para estabelecer critérios de recompensa mais duradouros e que criem para as pes- soas um ambiente de segurança e justiça. A utilização de padrões de diferencia- ção considerados justos e a consistência desses padrões com a realidade vivida pela organização e pelas pessoas é fundamental para sustentar uma relação de compromisso com a empresa e com o trabalho a ser executado. Verificamos que a sensação de injustiça é mais danosa do que a inadequação da recompensa em relação ao mercado. Embora os estudos de remuneração sempre tenham se focado muito na aná- lise de fatores internos, como o desenho da estrutura de pagamentos, a ava- liação de cargos, o acompanhamento do nível de satisfação com sistemas de pagamento, entre outros, estes têm se demonstrado falhos na análise do mer- cado de trabalho, da economia, do ambiente e outros fatores que influenciam a