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Redenção Particular PDF

19 Pages·2017·0.95 MB·Portuguese
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Redenção Particular C. H. Spurgeon Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org Traduzido do original em Inglês Particular Redemption (Limited Atonement) — Sermon Nº 181 New Park Street Pulpit — Volume 4 By C. H. Spurgeon Via: SpurgeonGems.org Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software. Tradução por Camila Rebeca Teixeira Revisão e Capa por William Teixeira 1ª Edição: Janeiro de 2017 Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permissão de Emmett O’Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative Commons Attribution- NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais. OEstandarteDeCristo.com 2 Issuu.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org Redenção Particular (Sermão Nº 181) Um sermão pregado na manhã de Sabath, 28 de fevereiro de 1858. Por C. H. Spurgeon, no Music Hall, Royal Surrey Gardens. “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mateus 20:28) Quando pela primeira vez foi meu dever ocupar este púlpito e pregar neste salão, minha congregação assumiu a aparência de uma massa irregular de pessoas vindas de todas as ruas desta cidade para ouvir a Palavra. Eu era, na ocasião, simplesmente um evangelista pregando a muitos que não tinham ouvido o Evangelho antes. Pela graça de Deus, uma mudança mui abençoada ocorreu e agora em vez de ter um grupo irregular reunido, minha congregação é tão constante quanto a de qualquer ministro em toda a cidade de Londres! Posso, a partir deste púlpito, observar os rostos dos meus amigos que ocuparam os mesmos lugares, tanto quanto possível, nestes muitos meses. E eu tenho o privilégio e o prazer de saber que uma proporção muito grande, certamente, três quartos das pessoas que se reúnem aqui não são pessoas que se veem aqui devido à curiosidade, mas são meus ouvintes regulares e constantes. E observo que as minhas características também mudaram! Antes eu era um evangelista, mas o meu ofício agora é ser o vosso pastor. Vocês uma vez foram um grupo heterogêneo reunido para me ouvir, mas agora somos unidos pelos laços do amor. Pela associação, temos crescido em amor e respeito uns para com os outros e agora vocês se tornaram as ovelhas do meu pasto e os membros do meu rebanho. E eu tenho agora o privilégio de assumir a posição de um pastor neste lugar, bem como na capela onde eu trabalho à noite. Eu penso que é razoável para o julgamento de todas as pessoas que, assim como a congregação e o ministro passaram por mudanças, o próprio ensino deve, em alguma medida, ter sofrido alguma diferença. Tem sido o meu desejo falar-lhes das verdades simples do Evangelho. Muito raramente, neste lugar, eu tenho tentado adentrar às coisas profundas de Deus. Um texto que eu pensei ser adequado para minha congregação para a noite, eu não faria disso assunto de discussão neste lugar na parte da manhã. Há muitas doutrinas altas e misteriosas, com que muitas vezes tenho tido a oportunidade de lidar em particular, as quais eu não tomei a liberdade de falar com vocês como uma reunião de pessoas que casualmente se reuniam para ouvir a Palavra. Mas agora, uma vez que as circunstâncias foram mudaram, o ensino também será mudado. Não vou agora simplesmente limitar-me à doutrina da fé ou ao ensino do Batismo de crentes. Eu não me deterei sobre questões superficiais, mas devo ousar, à medida que OEstandarteDeCristo.com 3 Issuu.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org Deus me guiar, a introduzir aquilo que está na base da religião, que nós afirmamos com tanto amor. Não me envergonharei de pregar diante de vocês a doutrina da soberania Divina. Eu não titubearei em pregar a doutrina da eleição da maneira mais irrestrita e aberta. Não terei medo de anunciar a grande verdade da perseverança final dos santos. Eu não reterei aquela verdade inquestionável das Escrituras, a saber, o chamado eficaz dos eleitos de Deus. Tentarei, conforme Deus me ajudar, não omitir nada de vocês que se tornaram o meu rebanho. Visto que muitos de vocês agora “provaram que o Senhor é bom”, vamos nos esforçar para expor todo o sistema das Doutrinas da Graça, para que os santos sejam edificados e cresçam em sua santíssima fé! Começo esta manhã com a doutrina da redenção. “Veio... para dar a sua vida em resgate de muitos”. A doutrina da redenção é uma das doutrinas mais importantes do sistema da fé. Um erro nesse ponto conduzirá inevitavelmente a um erro por todo o sistema de nossa crença! Agora, você está ciente de que existem diferentes teorias da redenção. Todos os Cristãos sustentam que Cristo morreu para redimir, mas nem todos os Cristãos ensinam a mesma redenção! Somos diferentes quanto à natureza da expiação e quanto à concepção da redenção. Por exemplo, o Arminiano afirma que Cristo, quando morreu, não morreu com a intenção de salvar qualquer pessoa em particular. Os Arminianos ensinam também que a morte de Cristo não significa, por si só, a garantia inquestionável da salvação de qualquer homem vivo. Eles acreditam que Cristo morreu para tornar possível a salvação de todos os homens, ou que, por fazer alguma coisa, qualquer homem que quiser pode alcançar a vida eterna! Consequentemente, eles são obrigados a afirmar que se a vontade do homem não ceder e voluntariamente entregar-se à graça Divina, então a expiação de Cristo seria inútil! Eles afirmam que não havia nenhuma particularidade e especialidade na morte de Cristo. Segundo eles, Cristo morreu tanto por Judas no Inferno quanto para Pedro que subiu ao Céu! Eles acreditam que para aqueles que são lançados ao fogo eterno, houve tão verdadeira e real redenção consumada, quanto para aqueles que agora estão diante do trono do Altíssimo! Ora, nós não cremos em tal coisa! Nós afirmamos que Cristo, quando morreu, tinha um objetivo em vista e que esse objetivo será cumprido mui seguramente e sem sombra de dúvida! Medimos o desígnio da morte de Cristo pelo efeito da mesma. Se alguém nos perguntar: “O que Cristo designou fazer por meio de Sua morte?”, nós respondemos fazendo- lhe outra pergunta: “O que Cristo fez, ou o que Cristo fará por meio de Sua morte?”. Nós declaramos que a medida do efeito do amor de Cristo é a medida do Seu propósito! Não podemos assim contrariar a nossa razão ao pensar que a intenção do Deus Todo-Poderoso poderia ser frustrada ou que o propósito de algo tão grande quanto a expiação poderia, de algum modo, falhar. Nós afirmamos — não temos medo de dizer no que cremos — que Cristo veio a este mundo com a intenção de salvar “uma multidão, a qual ninguém podia contar” OEstandarteDeCristo.com 4 Issuu.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org [Apocalipse 7:9]. E acreditamos que, como resultado disso, que cada pessoa por quem Ele morreu deve, sem sombra de dúvida, ser purificada do pecado e permanecer lavado em Seu sangue diante do trono do Pai. Nós não cremos que Cristo fez qualquer expiação eficaz por aqueles que estão condenados para sempre! Não nos atrevemos a pensar que o sangue de Cristo foi derramado com a intenção de salvar aqueles a quem Deus previu que nunca seriam salvos, e alguns dos quais já estavam no Inferno quando Cristo, segundo o relato de alguns homens, morreu para salvá-los! Tenho, portanto, apenas declarado a nossa teoria da redenção e pontuado as diferenças que existem entre duas grandes partes na Igreja professa. Agora, o meu esforço será mostrar a grandeza da redenção de Cristo Jesus. E ao fazê-lo, espero ser habilitado pelo Espírito de Deus para anunciar todo o grande sistema da redenção, de modo que seja compreendido por todos nós, mesmo se todos nós não pudermos aceitá-lo. Vocês devem ter isso em mente, que alguns de vocês, talvez, podem estar prontos para disputar sobre as coisas que eu afirmo. Mas vocês serão lembrados que isso não é nada para mim. Em todos os momentos ensinarei as coisas que eu afirmo serem verdadeiras, sem considerar quaisquer oposições das reações humanas! Vocês têm a liberdade de fazer o mesmo em seus próprios lugares e pregar aquilo que creem em suas próprias assembleias, como eu reivindico o direito de pregar na minha, plenamente e sem hesitação! Cristo Jesus “deu a sua vida em resgate de muitos”. E por esse resgate Ele operou para nós uma grande redenção. Eu devo me esforçar para mostrar a grandeza desta redenção, medindo-a em cinco maneiras. Observaremos a sua grandeza, em primeiro lugar, a partir da hediondez da nossa própria culpa, da qual Ele nos libertou. Em segundo lugar, medirei a Sua redenção pela severidade da justiça Divina. Em terceiro lugar, devo mensurá-la pelo preço que Ele pagou: as dores que Ele sofreu. Depois, vamos procurar ampliar isto, observando a libertação que Ele realmente consumou. E vamos concluir observando o grande número daqueles por quem esta redenção foi feita, que em nosso texto são descritos como “muitos”. I. Primeiro, então, veremos que a redenção de Cristo não foi pouca coisa, se nós apenas a medirmos, em primeiro lugar, pelos nossos próprios pecados. Meus irmãos e irmãs, olhem por momento para a caverna do poço de onde foram cortados e para a rocha de onde foram tirados. Vocês que foram lavados, purificados e santificados, façam uma pausa por um momento e olhem para trás, para o antigo estado da sua ignorância. Pense nos pecados que cometiam, nos crimes para os quais vocês se apressavam, na rebelião contínua contra Deus, na qual era o seu hábito de vida. Um pecado pode arruinar uma alma para sempre. Não está no poder da mente humana compreender o infinito do mal que dorme no coração de um OEstandarteDeCristo.com 5 Issuu.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org único pecado! Há uma infinidade de culpa oculta na transgressão contra a majestade do Céu. Se, então, vocês e eu tivéssemos pecado apenas uma vez, nada além de uma infinitamente valiosa expiação poderia ter lavado o pecado e feito satisfação por ele! Mas, vocês e eu pecamos uma vez? Não, meus irmãos e irmãs, as nossas iniquidades são mais numerosas do que os cabelos da nossa cabeça! Elas têm poderosamente prevalecido contra nós! Nós também podemos tentar contar as areias da praia, ou contar as gotas que formam o oceano, tanto quanto contar as transgressões que marcaram as nossas vidas! Voltemos à nossa infância. Quão cedo começamos a pecar! Como nós desobedecemos nossos pais e mesmo assim aprendemos a fazer da nossa boca a casa das mentiras! Na nossa infância, quão cheios de lascívia e desobediência estávamos! Obstinada e insensatamente preferíamos o nosso próprio caminho e nos irritávamos contra todas as restrições que os nossos pais piedosos nos impunham. Nem a nossa juventude nos tornou sóbrios. Descontroladamente muitos de nós mergulhamos na dança do pecado! Nós nos tornamos mestres na iniquidade. Nós não só pecamos, mas nós ensinamos os outros a pecar. E quanto à sua maturidade, vocês que entraram no auge da vida, podem ser mais sóbrios exteriormente, podem estar um pouco livres da dissipação de sua juventude, mas quão pouco os homens têm se tornado melhores! A menos que a soberana graça de Deus tenha nos regenerado, não estamos melhores agora do que estávamos quando começamos. E mesmo que ela tenha operado, ainda assim, temos pecados dos quais nos arrepender, pois todos nós colocamos nossas bocas no pó, lançamos cinzas sobre a nossa cabeça e clamamos: “imundo! imundo!”. E oh, vocês que estão cansados, que têm se inclinado sobre os seus bordões e suportado a idade avançada; os pecados não continuam apegados às suas vestes? As suas vidas estão tão alvas quanto os cabelos brancos que coroam suas cabeças? Vocês não sentem ainda que a transgressão suja as orlas de seus mantos e estraga a sua pureza? Quantas vezes agora vocês se jogam na lama, de modo que mesmo as suas roupas vos abominam! Voltem os seus olhos para os sessenta, setenta, oitentas anos durante os quais Deus tem poupado suas vidas, vocês por um momento podem pensar que é possível que possam numerar as suas incontáveis transgressões ou calcular o peso dos crimes que vocês cometeram? Oh, estrelas do céu! O astrônomo pode medir a sua distância e dizer sua altura; mas oh, vós, pecados da humanidade, vós superais todos os pensamentos! Oh, vós, altas montanhas! A casa da tormenta, o berço da tempestade! O homem pode subir os seus cumes e ficar admirado com a sua neve; mas vós, montes do pecado, vossa altura é mais alta do que os nossos pensamentos podem alcançar! Vós, abismos de transgressões, vós sois mais profundos do que nossa imaginação se atreve a adentrar. Vocês me acusam de difamar a natureza humana? É porque vocês não a conhecem! Se Deus já houvesse desvelado os seus corações para vocês, seriam testemunhas de que tão longe de exagerar, minhas pobres palavras não conseguem descrever a desesperança de nosso mal! Oh, se pudéssemos, cada um de nós, olhar para os nossos corações hoje, se nossos olhos fossem transformados OEstandarteDeCristo.com 6 Issuu.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org de modo a ver a iniquidade, que está gravada como com ponta de diamante em nossos corações de pedra; estariam, então, dizendo ao ministro que embora ele possa representar a desesperança da culpa, ainda assim ele não consegue por qualquer meio superá-la! Quão grande, então, amados, devia ser o resgate de Cristo quando Ele nos salvou de todos esses pecados? Os homens por quem Jesus morreu, por maior que sejam seus pecados, quando eles creem, são santificados de todas as suas transgressões! Embora eles possam ter cometido todos os vícios e toda concupiscência que Satanás poderia sugerir e que a natureza humana poderia realizar, ainda assim, uma vez que creem, pela graça de Deus, toda a sua culpa é lavada! Anos após anos podem tê-los revestido com as trevas, até que o seu pecado ter se tornado duplamente maligno, mas no momento em que ele crê, um momento triunfante da confiança em Cristo, a grande redenção tira a culpa de muitos anos! Não, mais! Se fosse possível que todos os pecados que os homens cometeram em pensamento, palavra ou ação desde que os mundos foram criados ou o tempo começou estivessem sobre uma miserável cabeça, a grande redenção é toda-suficiente para remover todos esses pecados e lavar o pecador de modo que se torne mais alvo que a neve! Oh, quem medirá as alturas da toda-suficiência do Salvador? Em primeiro lugar, diga quão grande é o pecado e, em seguida, lembre-se que, como o dilúvio de Noé prevaleceu sobre os cumes dos montes da terra, assim o fluxo da redenção de Cristo prevalece sobre os topos das montanhas de nossos pecados! Nos tribunais do Céu há homens hoje que antes eram assassinos, ladrões, bêbados, adúlteros, blasfemos e perseguidores! Mas eles foram lavados, eles foram santificados! Pergunte-lhes de onde o brilho de suas vestes veio e de onde obtiveram a sua pureza e eles, em uma só voz, dirão a você que eles lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro! Oh, vocês, consciências pesadas! Ó queridos cansados e sobrecarregados! Ó vocês que estão gemendo por causa do pecado! A grande redenção agora proclamada a vocês é toda-suficiente para as suas necessidades! E apesar de seus numerosos pecados excederem as estrelas do céu, aqui há uma expiação por todos eles, um rio que pode transbordar todos eles e levá-los para longe de você para sempre! Esta, então, é a primeira mensuração da expiação: a grandeza de nossa culpa. II. Agora, em segundo lugar, temos que medir a grande redenção pela severidade da justiça Divina. “Deus é Amor”, sempre amoroso, mas a minha próxima proposição, afinal, não interfere nesta afirmação: Deus é severamente justo, inflexivelmente severo em Seus lidares com a humanidade! O Deus da Bíblia não é o Deus da imaginação de alguns homens que dão tão pouco peso à malignidade do pecado como se Deus lidasse com o pecado sem OEstandarteDeCristo.com 7 Issuu.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org exigir qualquer punição por ele. Deus não é o que os homens imaginam, como se as nossas transgressões fossem coisas tão pequenas, tais meros pecadinhos que o Deus do Céu é leniente para com eles que os deixa impunes! Não. Senhor, o Deus de Israel declarou sobre isso: “O Senhor vosso Deus é um Deus zeloso”. É a Sua própria declaração: “Eu não terei culpado por inocento” [Êxodo 34:7]. “A alma que pecar, essa morrerá” [Ezequiel 18:4]. Aprendam, meus amigos, a olhar para Deus como sendo tão severo em Sua justiça, como se Ele não fosse amoroso, e ainda assim, tão amoroso como se Ele não fosse severo! Seu amor não diminui Sua justiça, nem a Sua justiça, mesmo em mínimo grau, contradiz o Seu amor. As duas coisas estão docemente unidas na expiação de Cristo. Entretanto, observem, nunca podemos compreender a plenitude da expiação até que tenhamos primeiro nos apegado à verdade bíblica da imensa justiça de Deus. Nunca houve uma palavra mal falada, nem um pensamento mal concebido, nem uma má ação feita, pelo qual Deus não punirá uma ou outra pessoa. Ele terá a satisfação de você ou então de Cristo! Se você não tem nenhuma expiação para apresentar, por meio de Cristo, você deve para sempre pagar a dívida que você nunca poderá pagar, em miséria eterna; pois, tão certo quanto Deus é Deus, Ele antes perderá a Sua Divindade a permitir que um pecado fique impune, ou uma partícula de rebelião não seja vindicada! Você pode dizer que este caráter de Deus é frio, rígido e severo. Eu não posso ajudar quanto ao que você diz sobre isso. No entanto, é verdade. Tal é o Deus da Bíblia! E embora nós repetimos, é verdade que Ele é amor, não é mais verdade que Ele é amor do que Ele é cheio de justiça, pois, cada coisa boa reúne-se em Deus e é levada à perfeição; enquanto o amor chega a consumar a beleza, a justiça chega à severidade da inflexibilidade nEle. Ele não tem nenhuma tortuosidade, nada a consertar em seu caráter. Nenhum atributo de algum modo predomina de forma a lançar sombra sobre o outro. O amor tem o seu pleno domínio e a justiça não tem limite mais estreito do que o Seu amor. Oh, então, amados, quão grande deve ter sido a substituição de Cristo quando Ele satisfez a Deus por todos os pecados de Seu povo! Deus exige a punição eterna pelo pecado do homem. E Deus preparou um Inferno no qual Ele lança os que morrem impenitentes. Oh, meus irmãos e irmãs, vocês podem pensar qual deve ter sido a grandeza da expiação que foi a substituição para toda essa agonia que Deus teria lançado sobre nós se Ele não a tivesse derramado sobre Cristo? Vejam! Vejam! Olhem com solenidade para das sombras que nos separam do mundo dos espíritos e vejam aquela casa de miséria que os homens chamam de Inferno! Vocês não podem suportar o espetáculo! Lembrem-se que naquele lugar há espíritos pagando para sempre a sua dívida para com a justiça Divina, mas que alguns deles estão lá há seis mil anos sufocados nas chamas, eles não estão mais perto de quitar a sua dívida do que quando começaram! E quando dez mil vezes dez mil anos tiverem passado, eles não terão feito mais satisfação a Deus por sua culpa do que fizeram até agora! OEstandarteDeCristo.com 8 Issuu.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/oEstandarteDeCristo | Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org E agora, vocês podem compreender o pensamento da grandeza da mediação do seu Salvador quando Ele pagou a sua dívida e a pagou toda de uma única vez, de modo que agora não há um centavo de dívida do povo de Cristo para com o seu Deus, a não ser uma dívida de amor? Para a justiça o crente não deve nada! Embora ele devia originalmente tanto que a eternidade não seria suficiente para quitar o pagamento da mesma, ainda assim, em um momento Cristo pagou tudo! O homem que crê é inteiramente santificado de toda culpa e liberto de toda punição através do que Jesus fez! Pensem, então, em quão grande é a Sua expiação, posto que Ele fez tudo isso! Devo apenas fazer uma pausa aqui e proferir outra frase. Há momentos em que Deus o Espírito Santo mostra aos homens a severidade da justiça em sua própria consciência. Há um homem aqui hoje que acaba de ter seu coração partido com um senso de pecado. Uma vez era um homem livre, um libertino, escravo de ninguém. Mas agora a seta do Senhor penetra firmemente em seu coração e ele veio sob uma escravidão pior do que a do Egito! Eu o vejo hoje, ele me diz que a sua culpa o persegue em toda parte. O escravo, guiado pela estrela polar, pode escapar das crueldades de seu mestre e chegar a outra terra onde ele pode ser livre, mas este homem sente que se ele vagasse pelo mundo inteiro, ele não conseguiria escapar da culpa. Ele que tem estado preso por muitas correntes e não consegue encontrar uma chave que possa desprendê-lo e libertá-lo! Este homem diz que ele tentou orações, lágrimas e boas obras, mas não é possível tirar as algemas dos pulsos. Ele ainda se sente como um pecador perdido, e a alforria parece-lhe impossível, não importando o que ele venha a fazer! O preso na masmorra é, às vezes, livre em pensamento, embora não no corpo. Através das paredes da masmorra, seu espírito salta e voa para as estrelas, livre como a águia que de ninguém é escrava. Mas este homem é um escravo em seus pensamentos, ele não consegue ter um pensamento luminoso, feliz! Sua alma está abatida dentro dele. Seu espírito está acorrentado e ele está extremamente aflito. O preso, às vezes, se esquece de sua prisão durante o sono, mas esse homem não consegue dormir. À noite ele sonha com o Inferno; durante o dia, ele parece senti-lo. Ele carrega uma fornalha ardente dentro de seu coração e faça o que quiser, ele não consegue apagá-la. Ele foi confirmado, ele foi batizado, ele toma o sacramento, frequenta uma igreja ou uma capela. Ele considera todas as leituras e obedece a toda regra, mas o fogo ainda queima. Ele dá dinheiro aos pobres; ele está pronto para entregar o seu corpo para ser queimado. Ele alimenta o faminto, ele visita os doentes, ele veste o despido, mas o fogo ainda queima; faça o que quiser, ele não consegue apagá-lo! Ó, você filho do cansaço e lamento! Isso que você sente é a justiça de Deus severamente perseguindo-te; e feliz será você quem sente isso; por agora é a você que eu prego este Evangelho da glória do Deus bendito! Você é o homem por quem Jesus Cristo morreu! Para você Ele satisfez a inflexível justiça. E agora tudo o que você tem que fazer para obter a paz e a consciência é apenas OEstandarteDeCristo.com 9 Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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[Apocalipse 7:9]. E acreditamos que, como resultado In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah. Spurgeon. ▫ Incomparável Excelência e
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