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Raymond, uma prova da sobrevivencia da alma PDF

222 Pages·2012·0.63 MB·Portuguese
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Oliver Lodge Raymond uma prova da sobrevivência da alma Gráfica e Editora EDIGRAF S.A. Oliver Lodge – Raymond 2 Raymond uma prova da sobrevivência da alma Sir Oliver Joseph Lodge Título do original inglês Raymond or Life and Death Tradução de Monteiro Lobato Prefácio de J. Herculano Pires Departamento do Livro Espírita da Gráfica e Editora EDIGRAF S.A. Praça Pádua Dias, 143 São Paulo – Brasil Oliver Lodge – Raymond 3 Sir Joseph Oliver Lodge Cientista inglês nascido em Penkhull, Staffordshire em 12/06/1851 e desencarnado em Amesbury em 22/08/1940. Profes- sor de Física do Colégio Universitário de Liverpool no período de 1881-1900; diretor da Universidade de Birmingham em 1900 e lente em Oxford em 1903. Trouxe importantes contribuições às teorias da eletricidade de contato e eletrólise, da descarga oscilatória nas garrafas de Leyde, da produção de ondas eletromagnéticas no ar e introduziu melho- ramentos no telégrafo sem fio. Realizou experiência sobre diminuição de neblina por meio de dispersão elétrica. Autor de vários tratados científicos e obras, entre as quais des- tacamos: Manual de Mecânica Elementar, 1877; Pioneiros da Ciência, 1893; Vida e Matéria, 1905; Elétrons ou a natureza e propriedades da eletricidade negativa, 1907, Ciência e Mortalida- de, 1908; O éter no Espaço, 1909; Além da Física ou a idealização do mecanismo, 1930. Foi também co-editor do importante periódico Philosophical Magazine. O nome de Sir Oliver Lodge constitui um dos mais altos orna- mentos das ciências físicas modernas. Daí a importância que o mundo deu à sua penetração pelo campo do espiritualismo, e às experiências, rigorosamente controladas, com que estudou o caso post-mortem do seu filho Raymond, morto numa trincheira de Flandres, logo nos primeiros meses da Grande Guerra. Oliver Lodge – Raymond 4 (Contracapa) Há espíritos? Está provada a sobrevivência? Eis aqui duas perguntas que têm desafiado a paciência de aba- lizados investigadores. Para atendê-las, desde meados do século passado entregam-se a trabalhos ingentes sábios de renome univer- sal, como William Crookes, Flammarion, Myers, Wallace, Lodge e Richet. Frente à Metapsíquica, a tese da sobrevivência constitui o se- gredo de toda indagação em torno dos fenômenos supranormais, pois outra não é a finalidade da jovem ciência senão apurar, medi- ante controle e observância de métodos positivos, a existência dos fatos, inabituais, para esclarecer as hipóteses explicativas de sua causa e a extensão de seus efeitos. A humanidade sempre se agitou ansiosa por uma palavra defi- nitiva acerca das possibilidades de um sentido espiritual, imanente no homem. Daí o surto das religiões primitivas no seio dos povos através das idades, culminando no mais pernicioso religiosismo que tanto logrou amesquinhar a inteligência das criaturas e levá-las a fanatismos e fetichismos bizarros, deprimentes. Tudo isso, no entanto, que sempre foi um mal, não deixou de despertar a intuição do princípio da sobrevivência, e conseqüente- mente da existência do espírito fora das contingências da vida transitória do corpo físico. A ciência moderna encaminhou suas atividades para o campo dos fatos metapsíquicos a fim de conhecer sua gênese e etiologia, natureza íntima e meios de manifestação, à luz dos processos da experimentação e observação. Suas conclusões não podiam fugir ao imperativo da prova con- creta. A maioria absoluta dos investigadores, os sábios de honesti- Oliver Lodge – Raymond 5 dade comprovada e coragem científica, lavraram a sua sentença e a resposta foi pela afirmativa. Há espíritos. A sobrevivência é uma realidade. O mesmo assevera Sir Oliver Lodge em seu livro encantador e comovente, Raymond. O fundador da Metapsíquica, o grande Char- les Richet, nos últimos meses de sua vida, declarou-se convicto da sobrevivência. Essa confissão foi feita pelo prof. Richet em carta ao prof. Ernesto Bozzano publicada no Psychic News, de Londres, em 30 de maio de 1936. As afirmações desses corifeus da ciência contemporânea ale- gram sobremodo aqueles que nunca duvidaram da ressurreição de Jesus Cristo, ponto de partida e chave histórica do problema da sobrevivência da alma humana. * * * Oliver Lodge – Raymond 6 Índice Lodge e os seus críticos................................................................8 Introdução..................................................................................14 Primeira Parte – O Normal.......................................................17 I – In memoriam...............................................................18 II – Raymond no Front......................................................25 III – Cartas de amigos.........................................................47 Segunda Parte – O Supranormal..............................................50 IV – Sobre as comunicações supranormais.........................51 V – Explanação elementar.................................................57 VI – A mensagem do “Fauno”............................................61 VII – Continuação da mensagem do “Fauno”......................66 VIII – O grupo fotográfico....................................................75 IX – Amostra das primeiras sessões....................................83 X – À procura de maior evidência.....................................95 XI – Primeira sessão de Alec............................................103 XII – Primeira sessão de Lionel.........................................108 XIII – Conversas não evidenciais........................................116 XIV – Primeira sessão de Alec com Mrs. Leonard..............125 XV – Sessões em Mariemont.............................................132 XVI – Mais matéria inverificável........................................137 XVII – Duas sessões algo evidenciais...................................144 XVIII – O caso “Honolulu”....................................................159 XIX – Seleção das mais recentes ocorrências......................164 XX – Explanações e respostas............................................190 XXI – Significação da palavra morte...................................198 XXII – O problema da existência..........................................203 XXIII – Ação recíproca entre a mente e a matéria..................207 Oliver Lodge – Raymond 7 XXIV – ”Ressurreição do corpo”...........................................211 XXV – A atitude sábia e prudente.........................................214 XXVI – Visão do Universo....................................................219 Oliver Lodge – Raymond 8 Lodge e os seus críticos Este livro é um testemunho de fé. Mas daquela fá consciente, racional e até mesmo exigente, ensinada por Kardec. Não a fé cega, proveniente da submissão medrosa e incondicional a princípios dogmáticos, mas a fé que serve, ao mesmo tempo, de fundamento à Religião e à Ciência. Esse tipo superior de fé exclui a crendice. Não é uma graça que vem do Alto, mas a conquista do homem através da evolução. Por isso mesmo não é apenas divina, mas tem duas faces: é humana e divina ao mesmo tempo. Os homens cultos, em geral, e particularmente os homens de ciência, fogem à fé reli- giosa, mas não podem escapar às garras lógicas da fé científica. Sir Oliver Lodge nos oferece um exemplo decisivo da conjugação desses dois aspectos da Fé, que assim, com inicial maiúscula, é uma só, como um rosto se compõe de duas faces. O homem de ciência, como acentua Whitehead, não pode pres- cindir da fé na Ordem Universal. Esta ordem é a sua divindade, ante a qual ele se curva tão reverente como o devoto diante do santo. Porque, segundo observa o filósofo citado, a Ordem Univer- sal não pode ser provada cientificamente, dentro das exigências metodológicas do processo científico em desenvolvimento. Ela exorbita de toda possibilidade de pesquisa para a comprovação empírica. Mas o cientista, se não admiti-la, se não depositar nela a sua fé, terá de considerar a Ciência como impossível, pois impossí- vel se torna o conhecimento. Sir Oliver Lodge compreendeu isso com uma visão pitagórica. E nos oferece neste livro o exemplo concreto da fé integral. Graças a ela, conseguiu superar a um só tempo a crendice popular e o ceticismo intelectual. Mas também por isso foi atirado sem piedade à sanha das feras. E o mais impressionante é que tinha plena cons- Oliver Lodge – Raymond 9 ciência dos riscos que enfrentava. Marchou para o circo à maneira dos mártires cristãos. Mas foi sobretudo um mártir da ciência. Ele mesmo o declara na introdução: “... não ignoro que fico exposto à crueldade e ao cinismo da crítica”. Os críticos realmente não o pouparam. Até hoje ainda continuam a atacá-lo, tripudiando sobre a sua memória. Longe de prejudicar este livro, de diminuir o seu valor e o seu significado, esse fato serve para exaltá-lo. Ainda há pouco, num artigo para a enciclopédia Planète, Jacques Bergier dedicara um tópico especial ao caso Raymond sob o título de A Triste História de Sir Oliver Lodge. Depois de louvar o cientista emérito, o físico eminente, Bergier lamentava que Lodge se houvesse deixado arras- tar “ao delírio mais absoluto”. Mas em que consistiu esse delírio? O próprio Bergier o explica. Em haver insistido de maneira exage- rada nas comunicações mediúnicas com o filho morto na guerra. Em haver, também, alugado uma casa de campo para se aprofundar nas pesquisas. Como se vê, Bergier censura em Lodge aquilo que devia louvar. Como o próprio Lodge explica na introdução deste livro, o caso individual não vale apenas por si mesmo, mas porque o estabelecimento da sobrevivência de um indivíduo valeria para todos. O errôneo conceito de que a Ciência deve ser fria, isolando-se do contexto psíquico do homem, responde pelas críticas injustas a Lodge. Acusam-no de entregar-se à dor natural do pai que perdeu um filho, como acusaram William Crookes de apaixonar-se pela médium e até pelo fantasma de Katie King, e como acusaram Ri- chet de se emocionar com os resultados de suas extraordinárias experiências de ectoplasmia. Hoje acusam Rhine de não se limitar à observação e à pesquisa pura e simples, evitando o exercício do raciocínio para tirar ilações dos resultados do seu próprio trabalho. O cientista – que antes de tudo é um homem, condição indispensá- vel para ser cientista – deve abdicar dessa condição básica e trans- Oliver Lodge – Raymond 10 formar-se numa espécie de robô da Ciência. Essa crítica desumana só pode valorizar o trabalho de Lodge. Acusaram Lodge – e o próprio Bergier o faz novamente agora – de haver aceito as afirmações do espírito do filho sobre a existên- cia de bebidas, cigarros, árvores e casas na vida espiritual. Esses críticos jejunos em questões espirituais, tão inimigos de preconcei- tos e suposições, tão contrários a crendices, revelam-se portadores dos mesmos prejuízos que condenam. Alimentam preconceitos religiosos sobre a vida espiritual e apoiam-se em pressupostos arbitrários para condenar os resultados de uma séria pesquisa cien- tífica. Todos os que investigam os problemas do após morte sabem que nos planos inferiores do mundo espiritual as coisas se asseme- lham à vida terrena. Eles, porém, supondo que não seja assim, condenam Lodge e o acusam de ingenuidade. Outra acusação que formulam a Lodge é a de haver deixado, antes de morrer, em envelope lacrado, uma mensagem musical para identificação do seu espírito quando se comunicasse. Cento e trinta médiuns tentaram captar essa mensagem, mas Lodge não se comu- nicou. Isso – escreve Bergier – desencorajou muitos físicos de prosseguirem nas investigações do paranormal. Chega a ser incrí- vel que Bergier tenha escrito tal coisa. Todos os pesquisadores experientes sabem que as manifestações espirituais não podem ser predeterminadas em vida, pois a situação e as condições do espírito no outro mundo nem sempre correspondem aos seus desejos terre- nos, mormente quando se trata de espírito evoluído. Todos sabem, também, que os médiuns não podem influir sobre os espíritos para forçá-los a se comunicarem. As pesquisas parapsicológicas, ao contrário das opiniões críti- cas, fazem justiça a Lodge. A intenção do cientista era nobre e justa. Mas de que valeria um médium revelar a sua mensagem, se as pesquisas provam que através da clarividência um médium pode captar à distância qualquer mensagem escrita? Se um médium

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