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Rafael da Cunha Duarte Francisco Nós somos os mortos PDF

162 Pages·2014·1.37 MB·Portuguese
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Rafael da Cunha Duarte Francisco Nós somos os mortos: A estética do prognóstico na literatura realista distópica de Aldous Huxley, George Orwell e Yevgeny Zamyatin Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós- Graduação em História Social da Cultura da PUC- Rio. Orientador: Prof. Henrique Estrada Rodrigues Rio de Janeiro Junho de 2014 Rafael da Cunha Duarte Francisco Nós somos os mortos: A estética do prognóstico na literatura realista distópica de Aldous Huxley, George Orwell e Yevgeny Zamyatin Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura do Departamento de História do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada. Prof. Henrique Estrada Rodrigues Orientador Departamento de História PUC-Rio Prof. Felipe Charbel Teixeira Departamento de História IH/UFRJ Prof. Marcelo Gantus Jasmin Departamento de História PUC-Rio Profa. Mônica Herz Vice-Decana de Pós-Graduação do Centro de Ciências Sociais PUC-Rio Rio de Janeiro, 09 de Junho de 2014 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e do orientador. Rafael da Cunha Duarte Francisco Graduou-se em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2012. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Literária, atuando nos seguintes temas: literatura inglesa, literatura distópica, filosofia da história e teoria da história. Ficha Catalográfica Francisco, Rafael da Cunha Duarte Nós somos os mortos : a estética do prognóstico na literatura realista distópica de Aldous Huxley, George Orwell e Yevgeny Zamyatin / Rafael da Cunha Duarte Francisco ; orientador: Henrique Estrada Rodrigues. – 2014. 162 f. ; 30 cm Dissertação (mestrado)–Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de História, 2014. Inclui bibliografia 1. História – Teses. 2. História social da cultura. 3. Aldous Huxley. 4. George Orwell. 5. Yevgeny Zamyatin. 6. Realismo distópico. 7. Estética do prognóstico. I. Rodrigues, Henrique Estrada. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de História. III. Título. CDD: 900 Para Kamila, que torna minha vida utopia realizada todos os dias. Agradecimentos Como o faz D-503 a certa altura da escrita de seu diário em We, me pergunto: fui eu quem escrevi todas essas páginas? A resposta óbvia para essa pergunta seria sim, mas a verdadeira, em muitos sentidos que extrapolam o da escrita propriamente dita, é certamente o seu oposto. Seria impossível contabilizar todos os braços que colaboraram direta e indiretamente com a produção desse trabalho e desde já peço desculpas para aqueles que, por ventura, não aparecerem aqui. Essa dissertação tem um pouco de cada um de vocês. Primeiramente, gostaria de agradecer ao meu orientador, o professor Henrique Estrada Rodrigues, não apenas pelas muitas horas de conversa - decisivas para a tomada de forma desse trabalho - mas também por todo o apoio e suporte, aceitando orientar um trabalho sem muita forma às vesperas da qualificação. Obrigado pelo apoio e por acreditar no meu trabalho até mesmo nos momentos mais difíceis de minha trajetória no mestrado. Gostaria de agradecer também aos funcionários ligados ao departamento de História, especialmente à Edna Timbó por sua solicitude mesmo na resposta das dúvidas mais básicas sobre o funcionamento do Programa. Aproveito também a oportunidade para agradecer aos professores do Programa de Pós-graduação em História Social da Cultura da PUC-Rio, principalmente aos professores Luiz Costa Lima, por ter me orientado no meu primeiro ano de pesquisa, e ao professor Marcelo Jasmin pela cuidadosa leitura do projeto que, a época do exame de qualificação, originou o presente trabalho. Aproveito também para agradecê-lo pela participação na banca de defesa e pela leitura do trabalho completo. Ao professor Felipe Charbel, agradeço pelos conselhos fundamentais que marcaram decisivamente os rumos desse trabalho na época do exame de qualificação. Agradeço também por ter aceitado discutir o trabalho, mesmo tendo acabado de chegar do Pós-doc, pois sei que suas considerações sobre os resultados do trabalho serão muito importantes para a continuidade da pesquisa. Agradeço igualmente à professora Luiza Larangeira pela discussão realizada no âmbito da jornada de trabalhos do PPGHIS em 2013 e também pelas longas discussões realizadas no âmbito do laboratório de estudos sobre História Literária, especialmente sobre o Mimesis de Erich Auerbach, fundamentais para o desenvolvimento das partes finais desse trabalho. Sou grato também às professoras Maria Aparecida Mota, não apenas pelas matérias sempre estimulantes que desenvolvem sempre a capacidade de leitura dos textos em suas múltiplas dimensões, mas principalmente pelo compromisso ético com que ela se dedica à profissão do magistério, e à professora Naiara Damas que, através das suas matérias ainda nos tempos de graduação, me mostrou que havia uma crise da cultura e que Huxley, Orwell e Zamyatin talvez pudessem estar inseridos ali no meio. Expresso minha gratidão aos colegas de laboratório (tanto na PUC como na UFRJ), especialmente à Patricia Reis, Clara Carvalho e Daniel Gonçalves com quem dividi um pouco as angústias e euforias ligadas à atividade da História Literária. E também aos amigos de longa data do IFCS (Ana Paula, Carol Consolini e Mariane Peixoto) À Vitor Martins agradeço pelos anos de amizade de alma - termo cunhado por Garcia Marquez e que melhor expressa o que desejo dizer - desde o primeiro dia de graduação até o momento em que me encontro aqui sentado escrevendo essas palavras. Sem nossas discussões sobre a atividade de pesquisa e também sobre a vida tudo isso teria sido muito mais difícil e, especialmente, muito mais sem graça. Obrigado por encorajar tudo o que se encontra escrito aqui! Agradeço também aos amigos de sempre, Pedro Carneiro e Thiago Wrencher, pela amizade já quase secular e aos amigos da Taunta pela compreensão com minhas falhas e faltas no jogo. Agradeço igualmente aos meus alunos do PVS por reforçarem, quase todo o sábado, que o caminho escolhido é o correto. Ao billy, pelas incontáveis horas de apoio, pelos cochilos de final de tarde quando a escrita não queria andar, por fazer xixí nos meus livros mais caros e por tudo o mais... À minha irmã, Carla Duarte, pelo apoio e suporte mesmo nos momentos mais difíceis dessa dissertação. Aos meus primos, Bernardo e Alessandro pela irmandade de sempre. Aos meus pais, Elizabeth e Carlos Alberto, pelo suporte e pela compreensão e às minhas duas avós, Maria Rosa e Rosalina, pelo exemplo de perseverança dado desde quando ainda não me entendia por gente. À CAPES e à PUC-Rio, pelos auxílios concedidos, sem os quais este trabalho não poderia ter sido realizado. E finalmente, à Kamila Oliveira, por compreender todas as minhas faltas, todas as mudanças de humor, todas as ligações perdidas e, por último e não menos importante, por ser o porto seguro que tornou esse trabalho possível. Te amo. Resumo Francisco, Rafael da Cunha Duarte; Rodrigues, Henrique Estrada. Nós somos os mortos: a estética do prognóstico na literatura realista distópica de Aldous Huxley, George Orwell e Yevgeny Zamyatin. Rio de Janeiro, 2014. 162 p. Dissertação de Mestrado - Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Este trabalho tem como objetivo central analisar comparativamente três dos principais romances distópicos escritos na primeira metade do século XX: We (1924) de Yevgeny Zamyatin, Brave New World (1932) escrito por Aldous Huxley e 1984 (1949) escrito pelo romancista e jornalista inglês George Orwell. Não se trata aqui de pensar apenas em como essas obras foram moldadas por um ou outro conjunto de pressões históricas, mas sim procurar refletir especialmente se e como essas obras também podem possuir uma dimensão propositiva comum a todas elas. Elabora-se, a partir desse esforço, a categoria de estética do prognóstico, no interior do próprio pensamento crítico e ensaístico de Aldous Huxley. Partindo da obra de Huxley e posterioremente testando a força dessa categoria de estética do prognóstico frente aos dois outros romances, fomos capazes de perceber como a ficção opera a construção de uma encenação que pretende ser mais do que mera encenação. Pretende ser ela mesma uma espécie de realismo do futuro, chamado por nós de realismo distópico. Mas esse realismo não encontra o ponto máximo de sua representação da realidade na literatura ao profetizar (prognosticar) os meios pelos quais a sociedade do futuro irá se desenvolver, mas sim nas tópicas centrais à construção de seus protagonistas: o amor e a morte. Palavras-Chave Aldous Huxley; George Orwell; Yevgeny Zamyatin; realismo distópico; estética do prognóstico. Abstract Francisco, Rafael da Cunha Duarte Francisco; Rodrigues, Henrique Estrada (Advisor). We are the dead: the aesthetics of prognosis in realistic dystopian literature of Aldous Huxley, George Orwell and Yevgeny Zamyatin. Rio de Janeiro, 2014. 162 p. MSc. Dissertation - Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. This work is mainly aimed at comparing three of the main dystopian novels written in the first half of the twentieth century: We (1924) by Yevgeny Zamyatin, Brave New World (1932) written by Aldous Huxley and 1984 (1949) written by the english novelist and journalist George Orwell. We're not only interested to think of how these works were shaped by either set of historical pressures, but rather trying to reflect especially if and how these works may also have a common propositional dimension to all of them. Draws up from that effort, the category of the aesthetic of prognosis, built inside the critical and essayistic thought of Aldous Huxley himself. Starting from the work of Huxley and then testing the strength of this category of aesthetic of prognosis compared to the other two novels, we were able to understand how fiction works to build a staging that aims to be more than mere acting. Want to be itself a kind of realism of the future, called by us the dystopian realism. But this realism did not find the peak of its representation of reality in literature prophesying (predicting) the means by which the society of the future will develop, but on the construction of the central protagonists issues: love and death. Keywords Aldous Huxley; George Orwell; Yevgeny Zamyatin; dystopian realism; aesthetics of prognosis. Sumário 1. Introdução: as duas margens do rio: crítica literária e investigação histórica 12 2. O prognóstico como marca de uma nova estética literária 18 2.1. Por que perguntar-se pelo estatuto ficcional? 18 2.2 Guinada para o futuro 23 3. O amor como princípio da vida 59 4. A morte como erradicação do indivíduo 107 5. Conclusão: o imaginário distópico realizado ou a permanência do realismo distópico 151 6. Referências bibliográficas 156

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A estética do prognóstico na literatura realista distópica de Aldous História Social da Cultura da PUC-Rio, principalmente aos professores Luiz.
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