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rafael alexandre belo de albuquerque pereira PDF

215 Pages·2012·3.65 MB·Portuguese
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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO RAFAEL ALEXANDRE BELO RASTROS DOS PROCESSOS EDUCACIONAIS DO “XANGÔ” ALAGOANO: CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MACEIÓ 2012 1 RAFAEL ALEXANDRE BELO RASTROS DOS PROCESSOS EDUCACIONAIS DO “XANGÔ” ALAGOANO: CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas, sob orientação da Profª Drª Nanci Helena Rebouças Franco, como requisito parcial para a obtenção título de Mestre em Educação. MACEIÓ 2012 2 RAFAEL ALEXANDRE BELO RASTROS DOS PROCESSOS EDUCACIONAIS DO “XANGÔ” ALAGOANO: CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas como requisito parcial para a obtenção título de Mestre em Educação. _______________ em 24 de julho de 2012, pela seguinte Banca Examinadora: Prof. Dr. Marcus Vinícius Fonseca ___________________________________________ Dr. em História da Educação Universidade Federal de.Ouro Preto. Profª. Drª. Nanci Helena Rebouças Franco – Orientadora ___________________________________________ Drª. em Educação Universidade Federal de Alagoas Profª. Drª. Rachel Rocha de Almeida Barros _____________________________________________ Drª. em Antropologia Universidade Federal de Alagoas Profª. Drª. Roseane Maria de Amorim ________________________________________________ Drª. em Educação Universidade Federal de Alagoas 3 A minha querida avó Julieta de Albuquerque Pereira (in memorian). 4 AGRADECIMENTOS Ao meu pai Xangô, pela força, perseverança e proteção; Aos religiosos que contribuíram com seus depoimentos para este trabalho: à Mãe Zezé de Ogum, ao Pai Gilton de Xangô, à Mãe Gilda, ao Paulo de Ogum, à Pai Arlindo, ao Ogan Samuel Bezerra e, especialmente, à Mãe Vera que me recebeu em seu terreiro, Abaça de Angola Oya Bale; Aos professores participantes da banca avaliadora: à Profª Drª Roseane Maria de Amorim, à Profª Drª Rachel Rocha de Almeida Barros, ao Profº Drº Marcus Vinícius Fonseca e, particularmente, à Profª Drª Nanci Helena Rebouças Franco, por ter assumido a orientação deste trabalho; Especialmente à Profª Drª Maria das Graças Loiola Madeira, pela orientação nos primeiros semestres da pesquisa, possibilitando-me liberdade investigativa e pelas perspectivas de história e memória que pude conhecer; Ao Prof. Edson Moreira pela entrevista, concedida em sua residência; Ao amigo Prof. Paulo Manuel Marinho, por ter concedido seu depoimento; Aos pais e mães de santo que contribuíram indiretamente para pesquisa, através das festas e rituais que participamos: à Mãe Mirian, ao Pai Célio, à Mãe Rosa e ao Pai Elias; À minha tia, Tânia de Albuquerque Pereira, por compartilhar comigo a história da avó Julieta; À minha amada esposa Synara Holanda, por compartilhar os caminhos e descobertas dessa investigação, pela deriva no dia de Iemanjá, por ser minha companheira nas idas à campo, nas festas nos terreiros, e na realização das entrevistas, e pelas maioria das fotos que seu olhar captou; À minha mãe, Anezia Belo, pelo incentivo e torcida desde sempre; À Martin, meu filho, pela paciência e por entender, ao seu modo, a necessidade do seu pai investir um tempo precioso nesta pesquisa; À Lis, minha filha, pela benção de seu nascimento depois do ponto final desta investigação; Ao Mestre Diamante Negro, por entender meu afastamento dos treinos e rodas de capoeira durante a maior parte da escrita do texto final, sobretudo por me apoiar em meu trabalho, compreendendo que o que eu fazia não deixava de ser, também, um movimento de capoeiragem, por ter me apresentado sua madrinha, Mãe Netinha, e pelos ensinamentos que tenho aprendido no mundo da capoeira; 5 Ao compadre, vizinho e historiador, Doutorando Ademir Barros Júnior, pelas reflexões sobre história e memória, e pelas experiências compartilhadas em período muito importante no rumo de nossas vidas; À amiga, vizinha e antropóloga Profª Drª. Fernanda Rechenberg pelas preciosas indicações de leitura; Ao amigo Profº Dr. Parmênides Justino Pereira pela indicação de referencial em um momento crucial da pesquisa; Às amigas Viviane Rodrigues e Sirlene Gomes, pelas conversas sobre capoeira, cultura e religião afro-alagoana, e pelas significativas idas aos terreiros; Ao Mestre Conde por ter me recomendado o Prof. Edson Moreira para a realização de sua entrevista; À Profª. Dra. Elione Diógenes pelo incentivo; À colega Mailza Correia, sempre atenta e disposta a encontrar pistas que possam ajudar seus colegas de pesquisa; À Valéria Nunes e Mônica Luize Santos pelos livros emprestados; Aos funcionários do IHGAL (Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas) e do Arquivo Público de Alagoas; À FAPEAL (Fundação de Amparo à Pesquisa) por ter concedido bolsa de estudos para a realização da pesquisa; Ao Programa de Pós-Graduação em Educação - CEDU-UFAL, e à todos os professores com quem pude compartilhar conhecimentos; Ao Departamento de Psicologia da UFAL, pelo empréstimo da câmara filmadora na fase de realização das entrevistas; À todos que integraram o grupo de estudo Caminhos da Educação em Alagoas, que contribuíram com reflexões importantes sobre a história da educação. 6 A escrita é uma coisa, e o saber outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si. O saber é uma luz que existe no homem. A herança de tudo aquilo que nossos ancestrais vieram a conhecer e que se encontra latente em tudo que nos transmitiram, assim como o baobá já existe em potencial em sua semente. (TIERNO BOKAR) 7 RESUMO O presente trabalho parte de uma lacuna na história da educação, referente ao estudos de processos educacionais desenvolvidos historicamente pela cultura afro- brasileira. Objetiva-se estudar os terreiros de xangô em Maceió, tendo como marco simbólico o período entre 1888, data da abolição da escravatura, e 1912, data da destruição dos terreiros alagoanos, em um evento que ficou conhecido como “Operação Xangô”. Neste período, que compreende a era dos Malta (1900-1912), houve uma relativa liberdade de culto, de fundamental importância para a formação da identidade alagoana. Os terreiros, aqui são considerados espaços de educação, com dimensões formais e não-formais, que tiveram a função de guarda e renovação de um saber ancestral da cultura afro-brasileira. A pesquisa fundamenta-se na concepção expandida de educação trabalhada por Brandão (1991), além da compreensão de educação formal, não-formal e informal de Gohn (2011, 2006). As fontes orais, sobretudo, foram valorizadas na investigação, através dos depoimentos de pais e mães de santos. Considerou-se, assim, a tradição oral e a atualização da memória elementos importantes no processo de resistência e recriação cultural. Dada a ausência do tratamento da temática no âmbito da história da educação, usa- se, como fonte primária, matérias de periódicos da época, bem como a referência bibliográfica da história e das ciências sociais. Identificou-se nos documentos consultados os principais Mestres, detentores do saber da cultura afro-alagoana no período estudado. A investigação aponta que a educação nos terreiros de xangô (1888-1912) apresenta como características: a tradição oral na transmissão do conhecimento; o uso de elementos da mitologia dos Orixás (do povo iorubá); o sincretismo, das etnias africanas entre si, e destas com o cristianismo como estratégia de perpetuação do saber em condições sociais historicamente adversas; a ênfase da memória como herança cultural, através da música, da dança, dos objetos, que se relacionam com a "África perdida"; e a comunicação e troca de saberes que os terreiros tinham com a Bahia e a África. As entrevistas com os pais e mães de santo revelam que o conhecimento cultivado nos terreiros possui uma forte dimensão histórica, na medida em que se fundamenta na atualização de uma memória coletiva. A memória mostra-se relacionada com a experiência e, por isso, resiste culturamente através do tempo e das transformações sociais. O conhecimento transmitido de geração para geração ainda é a principal forma de aprendizado nos terreiros atualmente. Estes conhecimentos podem vir tanto da tradição oral como da vivência cotidiana (prática). Revelou-se, ainda, outro modo de aprendizado nos terreiros, aquele que acontece pela “via espiritual”, vindo de algum ancestral, de um preto velho, de um caboclo, ou até mesmo de um orixá. Palavras-chave: história da educação; religião afro-brasileira; terreiro de xangô; xangô alagoano; história oral. 8 RÉSUMÉ Ce document résulte d'une lacune dans l'histoire de l'éducation, en se référant à des études de processus éducatifs développés historiquement par la culture afro- brésilienne. Cette étude se concentre sur les “terreiros de xangô” à Maceió dans la période entre 1888, lorsque l'esclavage a été aboli, et 1912, la date de destruction des “terreiros” de Alagoas (Brésil) dans un événement qui est devenu connu sous le nom “Opération Xangô". Pendant cette période, comprenant “l'ère des Maltas" (1900- 1912), il y avait une relative liberté de culte, d'une importance fondamentale pour la formation de l'identité sociale en Alagoas (Brésil). Les “terreiros” sont ici considérées comme des zones de l'éducation, avec les dimensions formelles et non formelles, qui avaient la fonction de garde et de remplacement d'un savoir faire ancestral de la culture afro-brésilienne. En raison de l'absence de traitement du thème dans l'histoire de l'éducation, est utilisé, comme sources primaires, matériaux de de périodiques de l'époque, l'ajout de la référence de l'histoire et de la sociologie. Il a été identifié dans les documents consultés les principaux maîtres, gardiens du savoir de la culture africaine en Alagoas dans la période étudiée. La recherche indique que l'éducation dans les "terreiros de xangô" (1888-1912) présente les caractéristiques suivantes: la tradition orale dans la transmission des connaissances, l'utilisation d'éléments de la mythologie de la orishas (dieux yoruba), le syncrétisme de groupes ethniques africains comme une stratégie visant à perpétuer connaissances dans l'histoire des conditions sociales défavorables, l'accent de la mémoire en tant que patrimoine culturel à travers la musique, la danse, les objets qui se rapportent à la "l’Afrique a perdu" et de la communication et l'échange de connaissances avec la Bahia et l'Afrique. La recherche est basée sur le concept élargi de l'éducation élaboré par Brandão (1991), au-delà de la compréhension de "l'éducation formelle" , "non- formelle" et "informelle", élaboré par Gohn (2011, 2006). Les sources orales ont également été évalués dans la recherche, à travers le témoignage des parents de saints. Ainsi, nous avons considéré la tradition orale et les éléments de mise à niveau de mémoire importantes dans le processus de recréation de résistance et culturelle. Mots-clés: histoire de l'éducation, la religion afro-brésilienne; "terreiros de xangô", xangô d’Alagoas, histoire orale. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Imagem 1 Objetos religiosos da avó Julieta I 16 Imagem 2 Governador Euclides Vieira Malta 24 Imagem 3 Detalhe da conservação dos jornais I 46 Imagem 4 Detalhe da conservação dos jornais II 46 Imagem 5 Detalhe da conservação dos jornais III 46 Imagem 6 Detalhe da conservação dos jornais IV 46 Imagem 7 Detalhe da barca para Iemanjá I 52 Imagem 8 Homenagem à Oxum no dia de Nossa Senhora da Conceição 53 Imagem 9 Ritual de oferenda à Iemanjá no dia de Nossa Senhora da Conceição 53 Imagem 10 Oferenda à Iemanjá I 54 Imagem 11 Oferenda à Iemanjá II 54 Imagem 12 Roda de xangô na Pajuçara 54 Imagem 13 Matéria sobre a “Operação Xangô 64 Imagem 14 Sessão Boatos e boatinhos do Correio de Maceió 64 Imagem 15 Vendedor de mel 82 Imagem 16 Porto da Levada 94 Imagem 17 Canal do Trapiche 95 Imagem 18 Aviso da exposição dos objetos apreendidos da “Operação Xangô” 103 Imagem 19 Mesa de xangô-de-caboclo 105 Imagem 20 Outros participantes do xangô-de-caboclo 105 Imagem 21 Cartaz do 1º Congresso afro-brasileiro – Autoria de Cícero Dias 106 Imagem 22 Litografia de um escravo liberto 111 Imagem 23 Pulseira – Vodum-Danh-Gbi (Coleção Perseverança) 132 Imagem 24 Símbolo da fusão jeje-nagô (Coleção Perseverança) 132 Imagem 25 Fachada da casa de umbanda Grupo União Espírita Santa Bárbara 136 Imagem 26 Detalhe da imagem de Santa Bárbara 136 Imagem 27 Abebê de latão com a cruz de cristo (Coleção Perseverança) 137

Description:
Pulseira – Vodum-Danh-Gbi (Coleção Perseverança). 132 provinciaes e municipaes todos os cidadãos brazileiros, no gozo de seus direitos.
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