Copyright © 2012 Fundación Tomás de Aquino, Pamplona (Espanha), reproduzido com autorização do titular. Copyright desta edição © 2017 É Realizações Título original: Quaestiones Disputatae de Anima Existem discrepâncias acerca do critério estabelecido para a fixação do texto latino na edição Leonina de 1996. Por isto, o texto latino empregado na presente edição é o publicado no site da Fundação Tomás de Aquino (www.corpusthomisticum.org), baseado na edição Marietti de 1953, preparada por P. Bazzi O. P. e outros, transcrita por Roberto Busa S.J. e revisada pelo Dr. Enrique Alarcón. Editor Edson Manoel de Oliveira Filho Coordenação da Coleção Medievalia Sidney Silveira Edição do texto latino P. Bazzi, R. Busa, E. Alarcón e outros Produção editorial e projeto gráfico É Realizações Editora Revisão Liliana Cruz e William C. Cruz Produção de ebook S2 Books Reservados todos os direitos desta obra. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica ou mecânica, fotocópia, gravação ou qualquer outro meio de reprodução, sem permissão expressa do editor. ISBN 978-85-8033-296-4 É Realizações Editora, Livraria e Distribuidora Ltda. Rua França Pinto, 498 · São Paulo SP · 04016-002 Caixa Postal: 45321 · 04010-970 · Telefax: (5511) 5572 5363 [email protected] · www.erealizacoes.com.br S U M Á R I O Capa Créditos Folha de rosto Prólogo Nota prévia do tradutor Tabela de referências à obra de Santo Tomás de Aquino Questões Disputadas Sobre a Alma Questão I Questão II Questão III Questão IV Questão V Questão VI Questão VII Questão VIII Questão IX Questão X Questão XI Questão XII Questão XIII Questão XIV Questão XV Questão XVI Questão XVII Questão XVIII Questão XIX Questão XX Questão XXI Quaestiones disputatae de anima Quaestio I Quaestio II Quaestio III Quaestio IV Quaestio V Quaestio VI Quaestio VII Quaestio VIII Quaestio IX Quaestio X Quaestio XI Quaestio XII Quaestio XIII Quaestio XIV Quaestio XV Quaestio XVI Quaestio XVII Quaestio XVIII Quaestio XIX Quaestio XX Quaestio XXI Mídias Sociais P RÓLOGO Carlos Augusto Casanova Guerra [1] Agradeço à editora É e ao tradutor Luiz Astorga a oportunidade de cooperar com este fecundo projeto de tornar acessível ao público de língua portuguesa as considerações de Santo Tomás sobre a alma. Poucos temas se revestem de tamanha importância como os que foram elucidados nas vinte e uma questões em que o Aquinate dividiu este assunto disputado. Talvez uma das primeiras perguntas que esta obra nas mãos dos leitores possa suscitar se refira à atualidade das observações e dos argumentos que contém. Está claro que a visão tomista a respeito dos corpos celestes e do chamado “quinto elemento” foi derrotada pelo desenvolvimento da investigação física, muito acelerado desde que o Merton College e outros centros escolásticos obtiveram êxito na aplicação sistemática da álgebra aos fenômenos, e desde que Kepler se deu conta de que as hipóteses aristarco-copernicanas prometiam uma explicação causal, e não meramente fenomênica, dos movimentos celestes.[2] Por esta razão, quando o Aquinate faz referência a esses aspectos da física aristotélica ou do século XIII, é preciso adaptar essa referência ao contexto daquilo que hoje sabemos. Mas está claro igualmente que, em matéria de reflexão filosófica (metafísica) dos fenômenos biológicos, psicológicos, espirituais, e também de não poucos fenômenos físicos, não é muito o que encontramos nesta obra que nossos atuais conhecimentos nos obriguem a modificar. Muita tinta foi gasta acerca da suposta “superação” das noções de causa formal e final, que incluiriam a noção aristotélica de alma e de corpo orgânico. Expuseram-se diversos aspectos da física ou da biologia modernas que supostamente nos obrigariam a abandonar tais noções, mas todos os esforços nessa direção se mostraram infrutíferos – ao menos quando são considerados intelectivamente, por meio de um exame racional que avalie a verdade das experiências e dos argumentos. Mostraram-se, por outro lado, muito fecundos do ponto de vista da manipulação das massas, da desinformação do público. René Descartes não foi o criador da ciência “moderna”, como tampouco Galileu. Mas o italiano ao menos foi um cientista cabal e, precisamente por esta razão, teve de romper com o metafísico francês. Este, de fato, desejava submeter a realidade a um sistema preconcebido em que a Natureza fosse reduzida a um objeto de dominação por parte do homem-tecnocientífico, a uma pura massa de res extensa sem outras qualidades além da imagem ou do tamanho ou da velocidade. Por esta razão, porque eram qualidades não previstas em seu sistema, Descartes rejeitou as forças dos galileanos, e rompeu com eles. A despeito do autor francês, os autênticos cientistas ativeram-se à experiência, e não aos sonhos mecanicistas por ele delineados. Depois, outros cartesianos quiseram forçar Newton a abandonar a força à distância e a gravidade, e tiveram êxito somente em obrigá-lo a distinguir bem a “filosofia” da física. Immanuel Kant, por sua vez, na Metafísica dos Costumes, também quis corrigir Newton, porque este sustentava que as leis da mecânica haviam sido tomadas da experiência.[3] Kant pensava, ao contrário de Newton, que na experiência não se encontra nada mais que “fenômenos” ordenados pelas formas a priori da sensibilidade e pelas categorias. Mas equivocava-se o idealista transcendental, e tinha razão o cientista: é da experiência que brota a física e qualquer ciência, porque nosso intelecto depara ali com inteligibilidades reais, ou seja, com formas e propriedades, como as que se podem descrever por meio das leis da inércia ou da gravitação universal. Precisamente por este motivo
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