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“quem acreditou no amor, no sorriso, na flor”: a confiança nas relações amorosas PDF

258 Pages·2009·1.4 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA “QUEM ACREDITOU NO AMOR, NO SORRISO, NA FLOR”: A CONFIANÇA NAS RELAÇÕES AMOROSAS MARCELA ZAMBONI LUCENA Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial à obtenção do título de Doutora em Sociologia sob a orientação do Professor Doutor Josimar Jorge Ventura de Morais. RECIFE, MAIO DE 2009. L u c ena, Marcela Zamboni “Quem acreditou no amor, no sorriso, na flor”: a confiança nas relações amorosas / Marcela Zamboni Lucena. – Recife: O Autor, 2009. 256 folhas : il., fig. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. CFCH. Sociologia, 2009. Inclui bibliografia e anexo. 1. Sociologia. 2. Confiança. 3. Relações Amorosas. I. Título. 316 CDU (2. UFPE 301 ed.) BCFCH2009/18 CDD (22. ed.) Para minha mãe, pelo exemplo de confiança e amor. Para Jairo, por ter re-significado o amor. AGRADECIMENTOS Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Sociologia, em especial ao professor Paulo Henrique, pela oportunidade em coordenar as discussões de gênero realizadas no Encontro do PET, promovido pela UFPE (2007), à professora Salete Cavalcanti, pelas contribuições em minha formação acadêmica – como orientadora de conclusão de Graduação e de Mestrado – e pelo apoio nos momentos difíceis; à professora Roberta Campos Bivar, comadre e amiga, pelas sugestões na defesa do projeto e forma carinhosa com que me acolheu e ao professor Joanildo Burity, pelo empenho e apoio no meu projeto inicial. Ao professor Frédéric Vandenberghe, pela indicação bibliográfica, colaboração intelectual e espírito “habermaussiano”. Ao professor Édison Gastaldo, pelo material bibliográfico enviado. Aos funcionários do Programa, particularmente à Zenilda, pelo cafezinho de todo dia e à Priscila, pela presteza de sempre. Aos meus colegas de turma, em especial a Rui, pelo humor, disponibilidade, amizade e pelo abstract. À Fabiana e ao Cristophe, pelo resume. Aos novos amigos e colegas da UFPB, em especial à Cristina e ao Anderson, pelas companhias nos cafés, biscoitinhos e conversas diárias, e aos “paralelos do ritmo”, pelos momentos de descontração. Aos amigos confidentes Fafá, Fernando Mota e Dirceu, pelas conversas terapêuticas e bem-humoradas sobre o amor. À Eliana, pelo cuidado, amizade e pelos livros enviados. À Bia, pela paciência e alegria nos momentos de convivência, pela demonstração de amor nos momentos de tristeza e pelos livros trazidos da Inglaterra. À Luzia, pela amizade, cumplicidade, suporte e tudo que compartilhamos desde a graduação. A irmã que eu sempre quis ter. Ao meu irmão Marquinho, pela “doação” bibliográfica, conversas sempre acompanhadas de chocolates e apoio. Ao meu irmão e meio pai, Marcinho, e à minha cunhada-irmã, Patrícia, pelos empréstimos dos livros, enorme disponibilidade, amizade e pela revisão do texto. Aos meus amados sobrinhos Daniel e Rafael. Ao primeiro, pelas descobertas inocentes do amor, traduzida na frase: “eu olhei com olhos de amor para ela” e todas as suas intrigantes conclusões acerca das relações afetivas e amorosas. Ao pequeno Rafa, pelos momentos lúdicos. À minha mãe, Ivete, pela resignação com que me criou, por tudo que fez e faz por mim e pelas renúncias diante das dificuldades da vida, além do seu apoio na revisão deste trabalho. Ao CNPq, pela bolsa de estudos que viabilizou o desenvolvimento desta tese. Ao professor, orientador, amigo e compadre, Jorge Ventura. Pela generosidade com que acolheu a idéia desta tese, pela confiança depositada, pelos conselhos e ombro amigo, pelas críticas e contribuições que viabilizaram este trabalho. Ao meu amor, Jairo – Matemático abstrato, sambista e romântico – pela revisão do texto e sugestões, pelas tarefas domésticas, pelas broncas resolvidas no computador, pelas noites e dias de amor, pela paciência diante do adiamento de nossos projetos e dos momentos de ausência e ansiedade, pela amizade, paz e sublime amor. RESUMO O objetivo deste trabalho é apresentar uma discussão do conceito de confiança nas relações amorosas, que possa ser útil às novas inquietações e indagações sobre as relações afetivas da contemporaneidade, considerando-se os atuais padrões de relacionamentos adotados. Para tanto, partiu-se de alguns autores que contribuíram na elucidação do tema no âmbito das Ciências Sociais: Georg Simmel, Michel Foucault, Niklas Luhmann, Zygmunt Bauman e Anthony Giddens. Em Georg Simmel, podem-se apontar três possibilidades para pensar o problema da confiança nas relações amorosas: 1. o surgimento de uma moral geral-particular resultaria no reconhecimento mútuo entre homens e mulheres, viabilizando a confiança entre eles, 2. as mulheres conquistariam a “liberdade social”, através da repetição da objetividade criada pelo homem. Neste caso, a confiança seria restrita ao âmbito público e 3. as mulheres seriam capazes de combinar os elementos subjetivos e objetivos, sendo a confiança no amor possível apenas entre elas. Os homens viveriam então, num estado solipsista. A confiança nas relações amorosas, em Michel Foucault, poderia ser extraída de uma determinada formação discursiva, e criada pelas subjetividades dos objetos do mundo, e, portanto, variante e envolvido tanto pelas práticas de sujeição quanto pelas de liberação. Segundo Niklas Luhmann, a confiança é importante porque reduz a complexidade social. Nas relações amorosas, esse conceito deve ser visto a partir de sua teoria dos sistemas ou perspectiva neo-funcionalista. A fragilidade das relações amorosas no mundo contemporâneo é refletida na sensação de perigo – que depende da ação de terceiros ou de fatores sociais – o que pode levar o indivíduo a correr o risco – resultado da decisão do agente – e envolver-se menos. Superando-se esta possibilidade da relação entre risco e perigo, o amor seria transformado em confiança, esvaziando-se. Para Zygmunt Bauman, o amor líquido é definido por relações de interesse e de extremo egoísmo. As relações afetivas são comparadas às bolsas de valores, e a confiança costuma ser transformada em desconfiança, em um curto período de tempo. A durabilidade e a estabilidade das relações são trocadas pela preocupação do indivíduo em conectar-se à rede narcísica do mundo contemporâneo. Com uma visão mais otimista acerca do amor, e pode-se dizer aqui, da confiança nas relações amorosas, Anthony Giddens parte da democratização da vida pessoal, enfatizando as conquistas das mulheres e a combinação entre equidade, liberdade e autonomia. Ao final da análise deste trabalho, a fidelidade evidenciou-se como um elemento central da confiança nas relações amorosas. Tentou-se, portanto, apresentar algumas categorias que pudessem refletir as motivações dos indivíduos relativas à infidelidade: 1. Desejo (necessidades biológicas e psico-sociais), subdivido em: a) Desejo sexual e b) Desejo-paixão; 2. Reconhecimento social/não reconhecimento social; 3. Manutenção da relação; 4. Combustível da relação; 5. Teste; 6. Auto-encorajamento para terminar a relação; 7. Forma de encorajar a(o) parceira(o) para terminar a relação; 8. Razão instrumental; 9. Vingança e 10. Sistema Social. Essas categorias foram criadas para iluminar o debate sobre a contraditória valorização da fidelidade e sua negativa empírica no mundo hodierno, e enfatizar a necessidade de re-pactuar o vínculo amoroso, admitindo que o amor possa ser suplantado, considerando as elevadas chances do esvaziamento do sentimento, mas preservando os sentidos de amizade e de humanidade. Palavras-chave: confiança, relações amorosas, Georg Simmel, Michel Foucault, Niklas Luhmann, Zygmunt Bauman e Anthony Giddens.

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“Quem acreditou no amor, no sorriso, na flor”: a confiança nas relações amorosas / Marcela Zamboni. Lucena. – Recife: O Autor, 2009. 256 folhas : il.
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