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Quando os pais se separam PDF

133 Pages·1988·32.711 MB·Portuguese
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a n s e o o Q d u a n o o s p a ls s e S C P d ľ iıi I l l b co ta o r:t'qito Ln ge llin o « Z A H A R Scanned by CamScanner F ra n ço ise D o lto co m a co labo ração de In ès A n gelin o Q U A N D O O S P A IS S E S E P A R A M Tradu ção V era R ibeiro Psican aĮista « Z A H A R Scanned by CamScanner Tĺtulo original Quand les parents se séparent Tadução autorizada da prim eira ediĺ,ção fran cesa, publicada em 1988 por Éditions du Seuil, de Paris Franqça Copyright © ı988, Éditions du Seuil C opyright da edição brasileira © 1989 Jorge Zahar Editor Ltda rua M arquês de S Vicente 99 10 ı 22451 o41 Rio de Jan eiro, R} tel (2ı) 2529 475o 1 fax (21) 2529 4787 editora@ zaharcom br w w w zaharcom br Todos os direitos reservados A reprodução não au torizada desta publicação N o todo ou em parte constitui violação de direitos auto rais (Lei 9 61o/98) 2ı edição : 2o ı ı (n ovo projeto ) G rańa atualizada respeitando o n ovo A cordo O rtográfico da LIn gua Portu \ esa C apa João da França Foto da capa O rlando M ollica clp Brasn Catalogação na fonte Sindicato N acional dos Editores de Livros RJ , D oıto, Françoise, 1908 1988 D 694q Q uando os pais se separam / Françoise D olto com a colabo ração de 2 E(L Inès A ngelin o tradução Vera Ribeiro 2 Ed Rio de Janeiro Zahar , 201 ı Tradução de Q uan d les parents se séparen t A nexos ISBN 978 85 7110 069 5 ı Filhos de pais divorciados 2 D ivórcio A spectos psicológicos 3 Fam ilias de pais separados 4 pais e filhos 5 psican álise in fantil I A n gelino Inès II Titulo CD D 306 89 10 2837 CD U 316 813 5 Scanned by CamScanner S Á U M R IO ı A se para çāo do s pa is e o inco nscie nte da cria n ça 9 0 divórcio e a estru tu ra trian gu lar da crian ça · D esde a v ida fetal, a m ãe é biv o cal para o ń1ho · O espaço disso ciado e o s co n tin u a co rpo ral afetiv o e so cial , Po r qu e e co m o fa la r da separaçāo co m o s ńlho s? . O s m o tiv o s de div órcio in vo cado s pelo s pais são sem pre falso s · " N ão prev en ir a crian ça é trau m atizá la" Pa ra além das n o ções ju rídicas (in teresse o u direito s da crian ça?) , ter em m en te su a au to n om ia · A div isão do tem po · ° O s pais já n ão têm au to ridade, m as respo n sabilidades" . M an ter a referên cia ao o u tro gen ito r · O s filho s cu lpado s das m ães qu e ° sa crificam tu do po r eles" . D ever de v isita, e n ão direito de v isita · " N in \ ém po de criar obstácu lo s ao dever de algu ém " . R eações psico sso m áticas às v isitas do gen ito r desco n tin u o · Lo cais n eu tro s? . Pen são alim en ticia · C o n tra a gu arda altern ada do s ń1ho s pequ en o s 4 A re lação co m o s n ovo s pa rceiro s do s pa is 66 . " É essen cial para o desen v olv im en to da crian ça qu e u m adu lto a im peça de ter u m a in tim idade to tal co m o gen ito r em cu ja co m pan hia v ive" . " 0 'papai' n ão é n ecessariam en te o pai" . É a pala vra do gen ito r qu e to rn a seu n ovo parceiro dign o de crédito para a crian ça · Pais hom o ssex u ais Scanned by CamScanner 5 A relaçāo co m as duas lin hage ns, o u m esm o A riqu eza da m estiçagem so cialm en te aceita e defen dida · A re gressão da crian ça cujo gen ito r v o lta co m ela para a casa de seu s próprio s pais · O s dito s do s avós tem peran do as cen su ras dos n etos a seu s pais A desorientação da crian ça dian te de " do is polo s n o rte" . O s ardis edipian o s · A ceitar o lu to da prim eira in fân cia · D a respo n sabi lidade das m u lheres n o alco olism o do s m arido s e po r v ezes do s , , filho s · A v iolên cia en tre o s pais n ão é sen tida da m esm a m an eira pela crian ça an tes e depois do dipo · A cu lpa : em bolia do desen vol v im en to · A in flação do pai e seu su perin v estim en to im agin ário · O desejo n ecessário de qu erer m orar n a casa do ou tro gen itor · H on rar o s pais n āo é iden tificar se com eles m as en carregar se de si m esm o , O silên cio sobre o divórcio vergo n ho so o u prazero so . A leitu ra de tex to s literário s distan ciam en to em relação às prov açōes da v ida afetiva R espo n der sem ero tização às dem an das de am o r do s alu n o s . O ° dizer do co rpo" pro cu ra se a en ferm eira m as n ão o "psI" , n em a assisten te so cial O s m aleficios do sign ifican te "co n den ado ","po r falha","por erro" . A ju stiça n ão tem de qu erer "qu e a crian ça seja feliz m as perm itir , qu e con tin u e su a din âm ica estru tu ral" . " So m o s cidadão s aos oito an o s de idade . Favo recer a au to n o m ia m ais preco ce do s ń1ho s de divo rciado s · In fo rm ar a crian ça so bre o pro cesso · Q u e ela po ssa falar co m o ju iz · R espeitar a crian ça em su a dign idade de sujeito Scanned by CamScanner A P R E S E N TA ÇĀO E ste liv ro n ão é u m en sa io de técn ica an alitica e n ão co n tém caso s Chnico m as tu do o qu e n ele pro po n ho se fu n dam en ta en ı m in ha ex peń ên cia clin ica A lgu n s pais qu e tin ha m estra gado su a v ida co n ju gal po r v e z e div ersas v idas co n ju gais su cessiv as pu dera m an alisar co m igo o retorno de recalcam en to s de su a infncia liga do s à separa ção , de seu s próprio s pais e a o silên cio im po sto a essas ex periên cias Po r isso é qu e este liv ro fo i escrito tan to para o s pais qu an to para , ńlh seu s o s E 1e se apresen ta co m o u m a lo n ga en treiństa pa rte da qu a l co n . cer ne tan ıbém a to do s aqu eles e aqu ela s qu e - aplica n ı o s pro ce d im en to s da ju stiça ° atrav és do s diferen tes - órgão s profissionais° desse aparelho in stitu cio n al e fo ra dele D e certa fo rm a é o liTo de u m a cidadã psica n alista po r pro , . ńssão Qu e co m o é sabido in teressa se pelo qu e po de co n stitu ir a . , preven ção das dificu ldades dev idas ao s so İr im en to s in co n scien tes das crian so fiim en to s estes sem pre a rticu lado s co m o n ão dito o u co n ı u m a m en tira im plícita A in da qu e seja m m a n tido s em . ア Scanned by CamScanner ı A S E PA R A ÇĀO D O S PA IS . E O IN C O N S C IE N T E D A C R IA N ÇA IN Ès A N G ELıN o : Se rá que o esta do de de se ntendim e nto e ntre o s pa is não aba la o fiıho tāo pro fundam e nte qua nto a se pa ração o u o divõrcio? FRA N ço is E D o LTo C o m o n u m a c a sa em qu e o pa i e a m ãe v İ , v em em estado de desen ten dim en to po deria a crian ça n ão sen tir , u m a im pressāo de a m eaça para su a própria co esão para seu din a , m ism o ? M u ito s desses ń1ho s são bastan te an gu stiado s e pergu n ta m ao s pa is : " V o cês v ão se div o rcia r?" E les go staria m de saber se está cla ro qu e o s pa is irão se div o rciar o u se c o n tin u a rão a v iv er briga n do A s crian ça s ta m bém são seres lógico s Po r isso o s pa is dev eria m ex plica r lhes a diferen ça en tre o s co m pro m isso s recipro co s do m arido e da m u lher e o s do s pais fren te ao s ńlho s N o caso de u m desen ten dim en to u m a sepa ração o u u m divör , cio n ão ex iste isen ção relativ a à pa lav ra em pen hada de cria r o s , filhos O div órcio lega liza o estado de desen ten dim en to e lev a a u m a libertação da atm o sfera de discórdia e a u m a o u tra situ açāo para o s filho s Pa ra estes o div órcio é in icia lm en te m isterio so , , m as n ão dev e perm a n ecer co m o ta l ; de fato o div órcio é u m a , situ ação legal qu e tra z u m a so lu ção tam bém pa ra o s filhos É isso o qu e se po de ex plicar n o co n su ltório do psicólo go o u do m édico , qu an do o s pais chegam co m seu s filho s po r ex em plo n u n ı estado , , de desen ten dim en to co n ńrm ado e dizem " V a m o s n o s div o rcia r ' , M u itas v ezes o div órcio é prov o cado pelo en co n tro co m u m , o u tro qu e su rge co m o u m côn ju ge po ten cial, m as n em sem pre Po r v ezes esclarece u m a situ ação de discórdia qu e v ai se agrav an do , à m edida qu e o s filho s crescem en qu an to eles próprio s ten tam , 9 Scanned by CamScanner Q u a n do os pa is se sepa ra m 10 em v ão restabelecer o clim a fa m ilia r a n terio r É igu a lm en te po s siv et qu e n o m o m en to da pu berdade , o s ado le scen tes en trem em , gu erra aberta co n tra u m do s pa is, so b o pretex to de v erem qu e o o u tro n ão é feliz To m a m en tão o pa rtido de u m o u de o u tro Em to do s esses caso s, o div órcio esclare ce a situ ação pa ra o ń1ho , so b a condiçio de qu e tu do isso seja cla ra m en te dito , o ńcia lm en te, dia n te do resto da fa m ília e do s a m igo s Logo perce bem os po rta nto qu e o s filhos se situa m e m re ıa ção a a m bos , , o s pa is sim u lta n ea m e nte n u m a tria ngu la ção E e ste é o m o m e nto de , , le m bra r qu e su a clĺn ica já há qu a re n ta a n o s fu n da m e n ta se na ativi , , da de e n o sa be r próprio s do la cte nte po rqu e co m o sa be m o s ago ra , , e le não é ne m ign o ra nte n em pa ssiv o Su a clín ica e sua te o ria e nfatizam , a lém da qu ilo qu e cha m a m o s a " dĺa de m ãe be bê" a tria ngu ıa ção m ãe , pa ifilho qu e co m e ça de sde a co n ce pção da c ria n ça D a m esm a fo rm a , , vo cê insiste n o pa pe l da s re des re ıa cio n a is de qu e a cria n ça pa rticipa A " diade" m ãe bebê é u m term o do dr B erge E ssa dĺade ex iste e , aba rca a realidade da épo ca em qu e o Ia c ten te n ão po de ser sepa rado da m ãe sem o risco de u m a ru p tu ra ex isten cia l' T rata se de u m estado fu sio n al do o rga n ism o da c ria n ça co m o o rga n ism o da m ãe, u m estado cu ja ru ptu ra o u m esm o apen as u m a su spen sāo , du rado u ra , pro v o ca efe ito s qu e po dem n ão ser im pressio n a n tes a cu rto pra zo . M a s qu e são in delév eis a lo n go pra zo O s v estígio s d essas ru ptu ra s preco ces e seu s efeito s são en co n tra do s n as psi c an álises de a du lto s co m o etapa s pe rigo sĺssim a s v iv idas após o n ascim en to A diade dá co n tin u ida de, du ra n te sete, o ito , o u , n o m áx im o , n o v e m eses, à v ida fe ta l n a v ida a ére a M a s de m o do algu m ex clu i a trian gu laçāo m āe pa i bebê da qu a l a cria n ça con s , titu iu u m po lo n o m o m en to de su a co n cepção u m a trian gu lação qu e ex iste desde aqu ele in sta n te D e fa to a dĺade é sem pre u m a , trian gu lação A m āe é. para seu ńlho " biv o ca l" D esde a v ida fe tal. , Scanned by CamScanner A sepa raçiio dos pais e o in con scien te da cria n ça 11 ele percebe m elho r a v o z do pa i fa la n do co m a m ãe do qu e a v o z desta ū1tim a E a m ãe pa ra ele é u m a m ãe a in da m a is v iv a , , qu a n do o pa i co n v ersa co m ela P a ra m u ita s cria n ça s a m ãe é bicéfa la se o pa i é a m o ro so e , , está m u ito presen te em ca sa M a s a m ãe é sem pre, co m o acabo de dizer biv o ca l e isso desde a v ida fetal da crian ça pa ra e sta , há , , u m a m ãe cu ja v o z é m en o s distin ta m en te percebida, po r cau sa do s agu do s, e ex iste a v o z do ho m em , sem pre m a is bem o u v ida du ra n te a v ida fetal do qu e a da m ãe Lo go , o pa i tem sem pre u m lu ga r m a rcado pa ra o ńlho M as ta m bém é preciso qu e a m ãe the en fatize, po sterio rm en te , a im po rtân cia qu e tem pa ra ela a v o z do pa i A co n tece qu e m u i ta s m āes " se ado rn am " , se m e po sso ex pressar a ssim , co m o frlho , " en feita m se co m ele" trata se de u m ńlho só delas, e ela s n a da fa zem pa ra qu e o pa i en tre em c o n tato co m ele , em bo ra dev es sem fa la r dele co m o ńlho dizer 1he, po r ex em plo " O lhe papa i chegan do Sabe qu a n do v o cê estav a n a m in ha ba rriga , ele fa lav a , co m v o cê " E la s ra ra m en te o fa zem M u ita s m ães caem n a a rm adilha de su a po ssessiv idade fren te à cria n ça so bretu do qu an do se trata de u m m en in o N ão co n se , gu em pren der ta n to as filha s, po rqu e esta s, po r su a v ez , v o lta m se pa ra o pa i M as o m en in o deix a se em bo scar co m pleta m en te pela m ãe qu e represen ta para ele u m co m plem en to sex u al in teira , m en te in co n scien te N a presen ça do pai, o bebê m ascu lin o diz a si m esm o " M a s, a fin al, o qu e é qu e esse su jeito está fa zen do a i? Se a m am ãe n ão está co n ten te co m a presen ça dele, en tão tam bém n ão esto u " Se ela está co n ten te, é preciso se " aco stu m ar" A lém disso , a cria n ça ta m bém reco n hece a v o z do pa i So bretu do qu a n do o pa i the dirige a pa lav ra e qu a n do a m ãe fa la co m o pa i O pa i só assu m e im po rtân cia n a v ida da cria n ça pequ en a pelo fato de a m ãe the fa la r dele e pela m a n eira c o m o esta the fa la so bre ele Įá a m en in a tem po r si m esm a m esm o qu e a m ãe n āo the fa le Scanned by CamScanner Q tła n do os pa is se sepa ram 12 dele u m a reação direta dia n te do p a i, u m a altra ção direta po r etalem Ubémm a paetlroa çcãhoe iqrou ed ne ãmo apcahsos ae upno irc aalmguemn tae cpoeisaa v qouze, ma inasd pa ansãsoa co n hecem o s O pa i é o pro tótipo eletiv o do s ho m en s pa ra a m e n in a ; e to do s o s ho m en s in teressa m às m en in a s, a n ão ser qu e a m ãe realm en te se o po n ha a eles de ta l m a n eira qu e n ão c o n siga su po rtá lo s N e sse ca so , a m en in a sen te qu e h á u m perigo v ital para ela se v ier a se v o lta r pa ra o s ho m en s Essa diferen ça en tre o m en in o e a m en in a é pe rfe itam en te v i siv et n as am a m en taçōes do s prim eiro s dia s Q u a n do u m ho m em en tra n o recin to o m en in o de m o do a lgu m se v o lta p a ra ele ao , co n trário a n in ha se a fu n da a in da m a is n o c o lo m atern o , agar , , ra n do se co m as m āo s pa ra qu e a m ãe c u ide dele Já a m en in a , po r su A v ez so lta o m a m ilo e o lha qu em e stá chega n do dep o is, v o lta , para o m am ilo há u m a atração de desejo qu e a a rrebata a m en o s, ev iden tem en te qu e esteja esfa im a da A o co n trário qu an do é u m a , , m u lher qu e en tra n o apo sen to ela n ão se p ertu rba e co n tin u a a , m am ar É m u ito in teressan te o bserv ar essa diferen ça tão preco ce de co m po rtam en to u m co m po rtam en to qu e a lgu m a s v ezes n ão v o lta a , , ser o bserv a do depo is em funçio da e du ca ção in co n scien te qu e , a m ãe tiv er da do a seu bebê D e qu a lqu er m o do é a lgo qu e se , rev ela m a n ife sto , qu e está ali, in stin tiv o , prim ário , in co n scien te Jã se ria u m a dife re n ça sex u a da? Sim Po r o u tro lado , a presen ça do pa i n o n a scim en to qu a n do ele deseja v er seu ń1ho n ascer, é u m a segu ra n ça pa ra a m, ãe A n tiga m en te, era n atu ral qu e a av ó m atern a estiv e sse presen te n o pa rto H o je em dia , a pa rtu rien te pre fere ter se u côn ju ge a o la do dela , e ten ho certeza de qu e , pa ra a cria n ça é pre fe rfv el ser ac o lhida pela v o z e pela alegria de se u s do is gen it,o res M a is do qu e po r u m . Scanned by CamScanner

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