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Quando os índios eram vassalos - Colonização e relações de poder no Norte do Brasil na segunda metade do século XVIII PDF

382 Pages·2000·11.55 MB·Portuguese
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)omingues Quando os índios ', _ eram vassalos. Colonização e relações de poder ■ no Norte do Brasil na segunda metade do século XVIII * H i í -j COMISSÃO NACIONAL □ PARA AS COMEMORAÇÕES DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES - Ângela Domingues QUANDO OS ÍNDIOS ERAM VASSALOS COLONIZAÇÃO E RELAÇÕES DE PODER NO NORTE DO BRASIL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII Apresentação de Joaquim Romero Magalhães SBD-FFLCH-USP Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses LISBOA 2000 c } J ! f í )H C o l e c ç ã o O u r a s M a r g e n s Título: Quando os índios eram vassalos. Colonização e relações de poder no Norte do Brasil na segunda metade do século xvill Autor: Ângela Domingues © 2000 Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor Revisão: Fernanda Abreu Capa: Fernando Felgueiras Paginação: Américo Silva Impressão e acabamento: Gráfica Maiadouro, SA 1.* edição: Janeiro de 2000 ISBN: 972-787-003-1 Depósito legal: 146498/00 DEDALUS - Acervo - FFLCH CNCDP - Catalogação na Fonte DOMINGUES, Ângela Quando os índios eram vassalos: colonização e relações de poder no Norte do Brasil na segunda metade do século xvm / / Ângela Domingues; apresentação de Joaquim Romero Magalhães. - Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2000. - 388 p; 24 cm. - (Outras Margens). ISBN-972-787-003-1 APRESENTAÇÃO 9 Quando os índios eram vassalos é a proposta desde logo temporal de Angela Domingues. O que significa o estudo da colonização e rela­ ções de poder no Norte do Brasil na segunda metade do século xvm, segundo se especifica ainda. Insistência na determinação cronoló­ gica. Relevante. Porque a política portuguesa variou frequente­ mente, tendo grande dificuldade em fixar uma linha contínua de actuação quanto ao relacionamento dos colonos com as populações indígenas do Brasil. A proibição de escravizar os índios, que se formula e publica logo no século xvi, nunca teve a concretização que as normas escri­ tas pareciam impor. Os colonos foram sempre procurando cativar uma mão-de-obra que também sempre tentava escapar-lhes. Mesmo os jesuítas, que aparentavam uma posição sem mácula de defesa da liberdade indígena, afinal confinavam os catecúmenos às aldeias em que obrigatoriamente os faziam trabalhar. Com mão de ferro regulamentavam toda a sua vida. Sempre ad majorem Dei gloria. E, afinal, fosse qual fosse o grupo actuante, o resultado prático ia sendo o mesmo: o confinamento e a submissão de muitos grupos indígenas ou a sua retirada para paragens onde pudessem manter as suas vidas livres e as suas formas de organização social e cultural. Enquanto isso, não poucos ainda eram seduzidos pela proximidade da civilização europeia transplantada para os trópicos. Processo longo, marcado por muitos momentos conflituais e por vezes mesmo de extrema violência. Que a restruturação do Brasil em fun­ ção da realidade mineira da primeira metade do século xviii ainda tornava mais dramática. E com menos soluções. A forte presença religiosa no Maranhão, em especial dos jesuítas, desencadeia uma conflitualidade que põe em causa o próprio Estado. E as autoridades de Lisboa têm de escolher uma solução. E de nela persistir. Em meados de Setecentos os espaços administrativamente designados Estado do Maranhão e Pará — que englobava a imensi- 7 APRESENTAÇÃO dade amazônica — e bem assim o próprio Estado do Brasil prefe­ riam a aquisição de escravos africanos à escravização de índios. Mas nem todas as regiões estavam abastecidas com esse produto de importação. E nem todos os que precisavam de mão-de-obra tinham meios para a adquirir. Problema em aberto, política que era preciso redefinir. É o que vai tentar Sebastião José de Carvalho e Melo, o crescen­ temente poderoso secretário de Estado. Que inicialmente conta com a inestimável colaboração de Francisco Xavier de Mendonça Fur­ tado, irmão de coração e inspirador de política. Governador do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier observa in loco o que se passa na Amazônia. E propõe medidas que Lisboa vai acolhendo e decretando. Com resultados variáveis. Mas com uma claríssima diferenciação relativamente ao que fora. E com uma firmeza que até então faltara. É desse novo ordenamento, dos seus êxitos e fracassos que nos fala Angela Domingues. Em investigação que soube questionar a documentação de que dispôs e não poucas vezes corrigir idéias fei­ tas. E que a Comissão Nacional para as Comemorações dos Desco­ brimentos Portugueses põe à disposição dos leitores. Para nos ajudar a compreender muitos dos fenômenos que ainda hoje têm fortes incidências na reflexão dos Brasileiros sobre eles mesmos. Joaquim Romero Magalhães Comissário-Geral 8 AGRADECIMENTOS Muitas foram as pessoas e as instituições que, de alguma forma, contribuíram para a concretização deste trabalho. Importa, antes de mais, agradecer às instituições que nos finan­ ciaram e acolheram. A Fundação Calouste Gulbenkian, a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento permitiram que a investi­ gação fosse processada no Brasil e nos Estados Unidos da América. Queremos relevar as facilidades e o auxílio prestados nos vários arquivos e bibliotecas em que trabalhámos: no Arquivo Histórico Ultramarino, onde destacamos a colaboração e amizade de Fer­ nando Almeida e Jorge Nascimento; na Biblioteca Nacional; no Arquivo Público Estadual do Pará, na pessoa da Dr.a Alda Gonçal­ ves; na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, o Dr. Valdir da Cunha; no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; no Arquivo da Universidade de Coimbra, a colaboração da Dr.a Maria João Padez; no Consejo Superior de Investigaciones Científicas, o acolhi­ mento do Professor Francisco de Solano; e na John Carter Brown Library, o empenho e confiança do Dr. Norman Fiering e a amizade de Gwen Jones e Adelina Axelrod. As conversas com amigos e colegas ajudaram na construção de problemáticas e na identificação de bibliografia relevante. Correndo o risco de omissão involuntária, impõem-se os nomes de A. J. R. Russel-Wood, André Ferrand de Almeida, Eduardo Costa Dias, Ernest Pijning, João Carlos Garcia, João Pedro Marques, Jorge Couto, Luís Frederico Dias Antunes, Manuel Lucena Giraldo, Mário Ferreira, Nancy van Deusen e Wim Klooster. Um abraço amigo é devido aos Drs. Inácio Guerreiro e Antônio Melo. Deve-se um agra­ decimento especial à Professora Maria Beatriz Nizza da Silva pela sua amizade, incentivo e ajuda. Estou grata aos Professores Artur Teodoro de Matos e Jill R. Dias pela inteligência e rigor com que orientaram esta dissertação 9 AGRADECIMENTOS e pela disponibilidade, incentivo e dedicação com que sempre me têm honrado. Devo ainda agradecer à Comissão Nacional para as Comemo­ rações dos Descobrimentos Portugueses, nas pessoas do seu Comis- sário-Geral, Prof. Doutor Joaquim Romero Magalhães, e do Dr. João Paulo Salvado, pela prontidão com que acederam a publicar este livro. Um agradecimento final é devido: aos meus pais, ao João e à Inês. 10 LISTA DE ABREVIATURAS AHI — Arquivo Histórico do Itamarati AHU — Arquivo Histórico Ultramarino ANRJ — Arquivo Nacional (Rio de Janeiro) AN/TT — Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo APEP — Arquivo Público do Estado do Pará AUC — Arquivo da Universidade de Coimbra BA — Biblioteca da Ajuda BN — Biblioteca Nacional BNRJ — Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro) BPADE — Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Évora IHGB — Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro JCB — John Carter Brown Library MB — Museu Bocage AGRADECIMENTOS e pela disponibilidade, incentivo e dedicação com que sempre me têm honrado. Devo ainda agradecer à Comissão Nacional para as Comemo­ rações dos Descobrimentos Portugueses, nas pessoas do seu Comis- sário-Geral, Prof. Doutor Joaquim Romero Magalhães, e do Dr. João Paulo Salvado, pela prontidão com que acederam a publicar este livro. Um agradecimento final é devido: aos meus pais, ao João e à Inês. 10

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