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Psicoterapia analítico-comportamental com adolescentes infratores de alto-risco: modificação de ... PDF

295 Pages·2008·2.29 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL COM ADOLESCENTES INFRATORES DE ALTO-RISCO: MODIFICAÇÃO DE PADRÕES ANTI-SOCIAIS E DIMINUIÇÃO DA REINCIDÊNCIA CRIMINAL Giovana Veloso Munhoz da Rocha São Paulo 2008 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL COM ADOLESCENTES INFRATORES DE ALTO-RISCO: MODIFICAÇÃO DE PADRÕES ANTI-SOCIAIS E DIMINUIÇÃO DA REINCIDÊNCIA CRIMINAL Giovana Veloso Munhoz da Rocha Sônia Beatriz Meyer Tese apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo como requisito para obtenção do grau de Doutoramento em Psicologia Clínica. Orientadora: Profa. Dra. Sonia Beatriz Meyer São Paulo, SP 2008 2 AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE. Catalogação na publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo Rocha, Giovana Veloso Munhoz da. Psicoterapia analítico-comportamental com adolescentes infratores de alto-risco: modificação de padrões anti-sociais e diminuição da reincidência criminal / Giovana Veloso Munhoz da Rocha; orientadora Sonia Beatriz Meyer. -- São Paulo, 2008. 300 p. Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de Concentração: Psicologia Clínica) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. 1. Terapia comportamental 2. Análise do comportamento 3. Comportamento anti-social 4. Processos terapêuticos 5. Delinqüência juvenil I. Título. RC489.B4 3 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL COM ADOLESCENTES INFRATORES DE ALTO-RISCO: MODIFICAÇÃO DE PADRÕES ANTI-SOCIAIS E DIMINUIÇÃO DA REINCIDÊNCIA CRIMINAL Candidata: Giovana Veloso Munhoz da Rocha Data da Defesa: ____/_____/_____ Resultado: ____________________ Banca Examinadora: _____________________________________________ Profa. Dra. Sonia Beatriz Meyer (USP), Orientadora. _____________________________________________ Prof. Dra. Paula Inez Cunha Gomide (FEPAR), Membro. _____________________________________________ Profa. Dra. Lucia de Albuquerque Williams (UFSCAR), Membro. _____________________________________________ Prof. Dr. Antonio de Pádua Serafim (FMUSP, IPq-HCFMUSP, Faculdade de Psicologia da Universidade Camilo Castelo Branco, International Academy of Law and Mental Health - Canadá ), Membro. _____________________________________________ Profa. Dra. Maria Marta Costa Hubner (USP), Membro. 4 “Perdoem a cara amarrada Perdoem a falta de abraço Perdoem a falta de espaço Os dias eram assim Perdoem por tantos perigos Perdoem a falta de abrigo Perdoem a falta de amigos Os dias eram assim Perdoem a falta de folhas Perdoem a falta de ar Perdoem a falta de escolha Os dias eram assim E quando passarem a limpo E quando cortarem os laços E quando soltarem os cintos Façam a festa por mim Quando lavarem a mágoa Quando lavarem a alma Quando lavarem a água Lavem os olhos por mim Quando brotarem as flores Quando crescerem as matas Quando colherem os frutos Digam o gosto pra mim” (aos nossos filhos – ivan lins e vitor martins) Aos meninos, obrigada. 5 Agradecimentos Agradeço, contudo sem encontrar palavras que possam expressar a extensão de minha gratidão, à minha orientadora Professora Doutora Sonia Beatriz Meyer, cuja sabedoria e conhecimento, generosidade e inestimável carinho e tranquilidade tornaram não só possível, mas gratificante, este longo processo de realização profissional e pessoal. “O mundo é um lugar perigoso de se viver, Não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.” (Albert Eisnten) Para Doutora Paula I. C. Gomide: Não existem palavras para lhe agradecer por ter acreditado, confiado, compartilhado e investido neste trabalho como se também fosse seu (e em parte o é, pois sem a oportunidade que me foi ofertada por você, ele não teria acontecido). É muito bom aprender com você. Sou grata também por todo incentivo, amizade e conhecimento que venho recebendo ao longo de aproximadamente dez anos, de minhas grandes e preciosas amigas, professoras e supervisoras: Roseli Hauer, Yara Kuperstein, Maria da Graça Saldanha Padilha e Denise Heller. Muito obrigada à amiga Ângela de Loyola e Silva Runnacles pelo suporte que foi determinante para meu ingresso no doutorado, e à amiga Giovana Del Prette pela preciosa companhia na etapa inicial e também mais cansativa deste processo e pela contribuição na formatação do título da tese. Agradeço aos meus amigos Carolina Sicuro e Adriano Watanabe (e especialmente a seus pais, irmãos e tia), companheiros de estrada, de kombi, de princípio de rebelião, de agonia, de dor, de tristeza, de indignação, de desabafo, e de tudo de bom que vinha depois disso. Meus agradecimentos vão também para meu alunos, estagiários e voluntários de pesquisa, sem os quais não teria sido possível completar este trabalho: Evelise Galvão de Carvalho, Mariana Moro Ramires, Inoili M. Fortunati, Ligia Gouveia, Rima Awada Zahra, Ana Carla Marcon, Liz T. Hartof, Poliana Rodrigues, Ana Paula Senna, Fernanda Silva, Juliane Muniz, Michele Gouveia, Mariana Ricetti, Luana France, Marcelo Rocha, Ana Claudia Blanchet, Aline Ribeiro Foltran, Andressa Linhares, Fabiele Mentz, Priscila Martins, Paulo Henrique Azevedo Grande e Izabel do Rocio Silva. Agradeço aos membros da banca Dra. Lucia Williams, Dra. Martha Hubner, Dra. Paula Gomide e Dr. Antonio Serafim, por aceitarem compartilhar seus conhecimentos avaliando este trabalho. mãe e pai, sempre presentes. Muito obrigada. ... agradecida, sem palavras... 6 Rocha, G. V. M. (2008) Psicoterapia analítico-comportamental com adolescentes infratores de alto-risco: modificação de padrões anti-sociais e diminuição da reincidência criminal. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica, Universidade de São Paulo. Resumo O presente estudo objetivou verificar se intervenções terapêuticas analítico- comportamentais com adolescentes infratores de alto-risco estariam relacionadas à diminuição dos comportamentos indesejáveis de hostilidade, mentir e culpar o outro e ao aumento de comportamentos adequados de auto-revelação, expressão de sentimentos positivos e expressão de arrependimento. Visou também identificar as intervenções mais utilizadas pelo psicoterapeuta e verificar se as mudanças estariam relacionadas à diminuição da reincidência criminal, permanência na escola, manutenção do trabalho e promoção de auto-sustento. Participaram deste estudo 11 adolescentes infratores internos de uma unidade do estado do Paraná, considerados infratores de alto risco por terem cometido delitos considerados graves. O Inventário de Estilos Parentais foi utilizado para caracterização dos participantes de acordo com as práticas educativas. Para análise das sessões de psicoterapia foi utilizado um instrumento baseado na observação clínica do terapeuta para avaliar mudanças comportamentais do cliente, e um instrumento formado por categorias de comportamentos do terapeuta para conhecer as intervenções do profissional. Após o desinternamento foram coletadas medidas comportamentais sobre a permanência na escola, manutenção do trabalho, manutenção da psicoterapia, promoção de auto-sustento e a não reincidência criminal. Os resultados gerais provenientes da análise de 99 dos atendimentos da mesma psicoterapeuta com 11 diferentes clientes indicaram que a média geral dos comportamentos mais utilizados pelo terapeuta ao longo das sessões foram: solicitar relato (x= 40), informação (x=24), facilitação (x= 19) e empatia (x= 17). Os menos utilizados foram reprovação (x=3), aprovação (x=4) e recomendação (x=6). Em nove dos onze casos houve aumento de comportamentos adequados e diminuição de inadequados no repertório comportamental dos adolescentes. Nos dois casos onde esta mudança não ocorreu foi diagnosticado ao longo do processo a existência de transtorno de personalidade anti-social com características psicopáticas. Considerando-se os critérios de reinserção social obtidos no acompanhamento dos casos após desinternamento tem-se que: quatro adolescentes continuaram estudando, um parou temporariamente e retomou, dois continuam estudando no internamento e três não continuaram estudando; quanto à manutenção de trabalho seis participantes estavam no mercado informal, como autônomos, três tinham emprego formal e dois não trabalhavam. Quanto ao auto-sustento foi possível verificar que cinco o tinham alcançado, quatro o tinham parcialmente e ainda necessitavam de ajuda de outros e dois não o tinham. Quanto à continuidade em psicoterapia, dadas as dificuldades de mudança de cidade apenas três delas continuaram nos moldes formais, mas dos onze adolescentes só três cessaram contato com a psicoterapeuta e dois que ainda estavam internados manifestaram desejo de continuidade após o desinternamento. Palavras-chave: Terapia comportamental, Análise do comportamento, Comportamento anti-social, Processos terapêuticos, Delinqüência juvenil 7 Rocha, G. V. M. (2008) Behavior-Analytic Psychotherapy with high-risk juvenile offenders: antisocial patterns modification and criminal recidivism decrease. Doctoral Thesis, Clinical Psychology Postgraduation Program, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil. Abstract This study aimed to verify whether behavioral analytic therapeutic intervention with high-risk juvenile offenders would be related to the decrease of undesirable behaviors such as hostility, lying, and blaming others, as well as the increase of desirable behaviors like self-disclosure, expression of positive feelings, and regrets. It also aimed to identify which interventions the psychotherapist used, and verify whether changes were related to the following measures of social reintegration: decrease in criminal recidivism, remaining at school, job maintenance, and self-sustenance. Participants were 11 adolescent offenders who were incarcerated in a state facility and considered high-risk offenders due to serious offenses. Parental Styles Inventory was used to classify participants according to parental educational practices. For analysis of psychotherapy sessions, a tool based on clinical observation by the therapist was used to evaluate clients’ behavioral changes as well as a tool consisting of therapist’s behavior categories for identifying professional interventions. After participants’ release, data were collected concerning the above indicators of social reintegration. Results showed that the most frequent behaviors of the therapist across 99 of the sessions with 11 different clients-offenders were: obtaining information (x= 40), giving information (x=24), facilitation (x= 19) and empathy (x= 17). The less used were disapproval (x=3), approval (x=4) and recommendation (x=6). In nine of the eleven cases there was an improvement of the desired behaviors and decline of the undesired in the adolescents’ behavioral repertory. In two cases in which these changes didn’t occur, the presence of antisocial personality disorder with psychopathic traces was diagnosed. Considering the community reintegration criteria obtained during follow-up, it was possible to note that: four boys continued studying, one stopped temporarily and returned later, two remained studying in the facility and three dropped out. Regarding job maintenance, six participants worked without formal registration, three were employed and two were not working at all. Five participants reached self-sustenance, four reached it partially, and still needed family help, and two were unsuccessful. Due to difficulties of geographical nature, only three participants continued formal psychotherapy. Two that were still interned expressed desire to continue after release and only three did not continue contact with the psychotherapist. Key words: Behavior analysis, antisocial behavior, treatments, juvenile delinquents. 8 SUMÁRIO Resumo VII Abstract VIII ÍNDICES Índice de Tabelas X Índice de Figuras XI Índice de Anexos XII APRESENTAÇÃO 13 INTRODUÇÃO 17 O adolescente infrator 17 Práticas educativas parentais e comportamento anti-social 24 Unidades de internação para adolescentes em conflito com a lei 38 Tratamento de comportamento anti-social e infrator 43 Psicoterapia Analítico-comportamental com Adolescentes Infratores 51 Vergonha e Culpa 69 Mentira 76 Aplicação das Práticas Educativas na Sessão Terapêutica 80 Programa para Adolescentes Infratores de Alto-risco 85 MÉTODO 97 Participantes 97 Instrumentos 99 Procedimento 111 RESULTADOS E DISCUSSÃO 117 Análise Geral do Processo 118 S1: O Bonzinho 126 S2: O Protegido 134 S3: O Malandro 145 S4: O Menino e “Snyrf”, O Rato 154 S5: O Solitário 164 S6: O Rejeitado 170 S7: O Reclamão 177 S8: O Ator 185 S9: O Gladiador 196 S10: O Rebelde 202 S11: O Líder 211 Resultados dos Indicadores Gerais de Modificação de Padrão Anti-social 235 CONSIDERAÇÕES FINAIS 240 REFERÊNCIAS 244 ANEXOS 259 9 ÍNDICES Índice de Tabelas TABELA 1. Participantes do estudo 97 TABELA 2. Interpretação dos resultados do IEP 100 TABELA 3. Dados normativos indicativos de risco de acordo com cada prática 101 educativa TABELA 4. Sistema de categorias de registro das verbalizações do terapeuta. 110 TABELA 5. Práticas Educativas dos Cuidadores de S1 avaliadas através do Inventário 133 de Estilos de Estilos Parentais TABELA 6. Práticas Educativas dos Cuidadores de S2 avaliadas através do Inventário 142 de Estilos de Estilos Parentais TABELA 7. Práticas Educativas dos Cuidadores de S3 avaliadas através do Inventário 153 de Estilos de Estilos Parentais TABELA 8. Práticas Educativas dos Cuidadores de S4 avaliadas através do Inventário 160 de Estilos de Estilos Parentais TABELA 9. Práticas Educativas dos Cuidadores de S5 avaliadas através do Inventário 169 de Estilos de Estilos Parentais TABELA 10. Práticas Educativas dos Cuidadores de S6 avaliadas através do 176 Inventário de Estilos de Estilos Parentais TABELA 11. Práticas Educativas dos Cuidadores de S7 avaliadas através do 183 Inventário de Estilos de Estilos Parentais TABELA 12. Pontuação da Escala PCL-R de S8 191 TABELA 13. Práticas Educativas dos Cuidadores de S8 avaliadas através do 194 Inventário de Estilos de Estilos Parentais TABELA 14. Práticas Educativas dos Cuidadores de S9 avaliadas através do 201 Inventário de Estilos de Estilos Parentais TABELA 15. Práticas Educativas dos Cuidadores de S10 avaliadas através do 209 Inventário de Estilos de Estilos Parentais TABELA 16. Práticas Educativas dos Cuidadores de S11 avaliadas através do 227 Inventário de Estilos de Estilos Parentais TABELA 17. Indicadores de modificação do comportamento infrator 235 10

Description:
Carla Marcon, Liz T. Hartof, Poliana Rodrigues, Ana Paula Senna, Fernanda Silva, Juliane Fergusson, Horwood e Lynskey (1994) estudaram 942.
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