coIocqoo «m fooo Psicologia positiva Jos6 H. Barros de Ollvelra r i i v l'l" vi? Amor • Fellcldade • Alşgrla • Optimismo • Esperanpa • Perdăo • Sabedoria • Beleza • Sentldo da Vida E S A > Psicologia positiva COLECCÂO EM FOCO DE ESCOLA - Administraţăo participada e inovadora projectoeducaiivuu AbelPaivadaRocha avauacâo de escolas AbelPaivadaRocha EDUCAR para A CIDADANIA JSSSJmMttJA-BSOOLA E DESENVOLVIMENTO DA CRIANQA Anne Mărie Fontaine FOLfnCAS EDUCATIVAS E AUTONOMIA DAS ESCOLAS Joâo Formosinho, Femando flfdio Ferreira, Joaqulm Machado O PROFESSOR COMO FESSOA - A dimensâo pessoal na formaţâo de professores Jesus Maria Sousa O LIVRO DAS VIRTUDES DE SEMPRE - £tica para Professores Ramiro Marques O TEMPO E A APRENDIZAGEM - Subsfdios para uma nova organizaţâo do tempo escolar Jos6 Manuel Sousa Pinto A ESCOLA E A CRIANQA EM RISCO - Intervir para prevenir Beatriz Pereira e Adelina Paula Pinto O CONSTRUTIVISMO NA SALA DE AULA - Novas perspectivas para a acqâo pedagogica C. Coli, E. Martin, T. Mauri, M. Miras, J. Ourubia, I. Sol6, A. Zabalaza SOUD0ES E SOUDARIEDADES NOS QUOTIDIANOS DOS PROFESSORES Josă Alberto Correia e Manuel Matos CONFLITO E NEGOCIACĂO Pedro Cunha O FIM DO CICLO? - A Educaţăo em Portugal no inîcio do seculo XXI Joaquim Azevedo A ALEGRIA DE ENSINAR Rubem Alves PAIS E PROFESSORES: um desafio â cooperagâo Jorge Avila de Lima A ESCOLA E A APRENDIZAGEM DA DEMOCRACIA Phillippe Perrenoud POR UMA POLfnCA DE [DEIAS EM EDUCACĂO Augusto Santos Silva ESTORIAS MARAVILHOSAS DE QUEM GOSTA DE ENSINAR Rubem Alves ESCOLA CURRICULARMENTE INTELIGENTE CONVERSAS COM QUEM GOSTA DE ENSINAR ^ iT a s D^ QUAUDADE °AS cultura de mudanca Maria^^riaTrian^NC1A ~ PREVENCĂO E TRATAMENTO seta NO ALVO MiguelA.SantosGuerra Rubem Alves € d° V°° ou a Busca da Alegria de Aprender PS1COLOG1A POSITIVA Jos6 H' Barr<* de Oliveira coleccao em foco Psicologia positiva Jose H. Barros de Oliveira * D I p 6 E S ASA Tîtuk) psicologia posrrrvA or _ FcUcidadc Amor - perdâo - Sabec Autor Josi H. Barros de Ollveira Direcţ*» josă Matlas Alvcs © Edlţocs ASA Capa Xavier Ncvcs Exeoiţâo grafiasa Dcpdsito n? Legal 2002 39/03 Marţo dc 2004 / 1" Ediţâo ASA Edttores, S.A. Scdc Av. da Boavista, 3265, sala 4.1 Apaitado 1035 • 4101-001 Porto • Portugal Tdcf.: 226166030 • Fax: 226155346 E-mail: cdlcocsOasa.pt • Internet: www.asa.pt Delegaţio em Llsboa Horta dos Bacelos, Lotc 1 Tdcf.: 2195338/09/90/99 • Fax. 219568051 2695-390 Santa lria dc Az6la • Portugal SUMÂRIO Pr61ogo..................................................................................7 1. Amor ...............................................................................15 Importância e (in)definigăo do amor.........................................16 O amor na Biblia..................................................................20 Tipologias do amor...............................................................22 Componentes do amor..........................................................25 O amor no casai....................................................................27 Amor e aitnrismo...................................................................31 2. Felicidade.........................................................................33 Definigăo de felicidade..........................................................36 Interpretagăo neurolâgica da felicidade....................................41 Caracteristicas e indicadores da felicidade................................45 Teorias e modelos de felicidade ..............................................53 Factores de felicidade............................................................59 Interpretagăo hollstica e dinamica da felicidade.......................68 Avaliagăo da felicidade .........................................................76 Apendice - Escala sobre a felicidade........................................82 3. Alegria - (Sor)Riso - Sentido de Humor.............................83 Alegria...............................................................................83 Riso...................................................................................86 (Sentido de) humor.......................................................... 90 4. Optimismo ........................................................................95 Importância e educagăo para o optimismo ................................98 Definigăo de optimismo........................................................100 Classes de optimismo...........................................................103 Estudos correlacionais.........................................................105 Avaliagăo do optimismo......................................................108 Apendice - Escala sobre o optimismo .....................................110 5 PSICOLOGIA POSOTVA 5. Esporanţa ...............................................................................JJJ Perspectiva ....................................................................... 1^ Importância da esperanga.................................................................115 Definigâo e distingoes de esperanga.........................................119 Factores de esperanga...........................................................122 Avaliagăo da esperanga.........................................................124 Apendice - Escala sobre a esperanga ......................................126 6. Perdâo..............................................................................127 Perspectiva hist6rica do perdâo................................................128 Definigâo do perdâo................................................................130 Razoes e modos de perdoar....................................................132 Factores de perdâo..............................................................133 Estudos correlacionais e diferenciais.......................................135 Pedagogia do perdâo..............................................................137 Avaliagăo do perdâo............................................................138 Apendice - Escala sobre o perdâo ...........................................140 7. Sabedoria.........................................................................141 Natureza da sabedoria...........................................................142 Avaliagâo e necessidade da sabedoria......................................145 8. Beleza ..............................................................................147 Interpretagâo psicologica da beleza.........................................148 Perspectiva histârica da beleza................................................150 A Beleza, o Bem e a Verdade...................................................155 Educagâo filocâlica................................................................157 9. Sentido da (para a) Vida....................................................159 Vontade de significado.................................. 160 Neurose noogânea ................................ 162 Re-humanizar a psicologia.................. 164 Bibliografia 167 6 Prologo - Pensar e viver positivamente No passado, os psic61ogos interessaram-se muito mais pelo funcionamento negativo da personalidade ou pelas emogoes negativas (depressâo, desânimo, ansiedade, soli- dăo, agressividade, ira, culpa, timidez) do que pelas emo- goes posltivas (bem-estar, satisfagăo com a vida, felicidade, alegria, optimismo, esperanga, sabedoria, amor, perdâo). Lourengo (2000) constata a tendencia negativa dos temas psicol6gicos, tomando-se necessario inverter tal tendencia, prestando maior atengăo aos aspectos positivos do compor- tamento humano. Segundo Myers (2000, p. 56), numa busca electronica no Psychological Abstracts desde 1887 ate 1999, foram en- contrados 8072 artigos sobre a ira, 57 800 sobre a ansie dade, 70 856 sobre a depressăo e apenas 851 sobre alegria, 2958 sobre felicidade e 5701 sobre satisfagâo. Isto demons tra o peso excessivo do estudo das emogoes negativas sobre as positivas (na ordem de 14 para 1). Jâ vem desde os primordios da humanidade um certo pessimismo, expresso mesmo na Biblia (por exemplo, no livro do Eclesiastes), seguindo-se os clâssicos gregos, como Sofo- cles que no Edipo confessa que afinai era melhor năo se ter nascido. Escritores como Albert Camus ou Paul Sartre, insis- tem no absurdo e na nâusea da vida. Questionârios realiza- dos sobretudo nos Estados Unidos sobre se o povo e feliz năo se mostram conclusivos pois quando a resposta e generica afirmam a infelicidade da maior parte das pessoas, mas quando questionados sobre a propria felicidade, afirmam-se 7 PSICOLOOIA POSmVA felizes, talvez devido â desejabilidade social ou ao vies auto- defensivo. Em todo o caso, hoje a depressâo e o desânimo instaiaram-se no coragâo de muitas pessoas e mesmo nas so- ciedades, com as guerras, guemlhas e terrorismo a afugentar mais a confianga e a bondade entre os homens. Os portugue- ses, em particular, sempre tenderam para o triste (fado), mas hoje hâ ainda um maior d6fice de confianga e entusiasmo. Nâo obstante, recentemente os psic61ogos comegaram a dar mais importância ao funcionamento positivo da per- sonalidade, havendo actualmente muitos estudos sobre as emogoes positivas. Basta olhar â quantidade de artigos pu- blicados, por exemplo, sobre a felicidade ou o bem-estar subjectivo, mesmo em revistas prestigiadas, como e o caso de Journal of Personality and Social Psychology. A revista American Psychologist dedicou o 1° numero do ano 2000 â "felicidade, excelância e funcionamento hu- mano optimal”. Seligman e Csikszentmihalyi (2000) introdu- zem este numero especial afiimando que no proximo seculo (em que jâ nos encontramos) certamente vai predominar a psicologia positiva sobre a negativa que dominou ate ao pre- sente. Ate agora os psicologos concentraram-se mais na re- mediagâo ou na reparagăo dos danos psiquicos sofridos pelo sujeito, pouco preocupados em ajuda-lo a viver feliz. No fu- turo necessitam de “investigagăo massiva” sobre a fortaleza e as virtudes humanas, precisam mais de aumentar as resis- tâncias do que reparar as fraquezas, procurando uma “nova ^ ™ ,df f°«aleza e da resiliância” (p. 8). SeUgman e Csiks- ata m ^ reconhecem, mais a ftente, que "a pslcolo- nâociflmJ8 năo(<6 uma i(^eia nova” e por isso estes autores dade a bu sc^ originalidade” (P-13), pois năo e de todo novi- 3 e a Promo?âo da positividade ou da excelencia, prOlooo mas certamente hoje deve tomar novo alento e novo desen- volvimento, mesmo por razoes historicas, pois a humamdade enfrenta novos riscos e desafios e, apesar dos grandes pro- gressos cientîfico-tecnologicos, tambem novas e graves amea- gas (degradagâo ecologica, doengas graves como a Sida ou o cancro, terrorismo, guerras, etc.) a assaltam. Assim sendo, nâo â de estranhar o pessimismo que invade muitos sectores da sociedade e muitas pessoas, a comegar pelos jovens. Por isso e que no fim deşte numero da revista vem um artigo de Larson (2000) intitulado: "para urna psicologia do desenvolvi- mento positivo da juventude” propondo que se promova nos jovens uma maior capacidade de iniciativas, atraves duma nova linguagem, em ordem a um desenvolvimento mais po sitivo, capaz de enfrentar novos desafios. A mesma revista American Psychoîogist, passado um ano (Mar50 2001), voltou novamente â Psicologia Positiva, sendo o numero introduzido por Sheldon e King que intitu lam o seu breve artigo: “Porque e que a psicologia positiva e necessâria”. Definem psicologia positiva como "estudo cientifico das forgas e virtudes humanas ordinârias” (p. 216). Nâo se trata por isso de pessoas extraordinârias, mas da media da gente que, apesar das dificuldades da vida, mantem uma vida digna e de cabega levantada. De facto, a maior parte das pessoas considera-se feliz e satisfeita com a vida (Myers, 2000). Infelizmente os psicologos conhecem ainda pouco das razoes do sucesso humano e da coragem em lidar com a vida. Este numero do American Psychoîogist traz arţăgos sobre o papei das emogoes positivas, a felicidade e o bem-estar, o optimismo, a resiliencia. Um dos artigos mais interessantes e o de Fredrickson (2001) sobre "o papei das emogoes positivas 9
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