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PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O TRATAMENTO COSMÉTICO DA ACNE VULGAR Luíza ... PDF

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PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O TRATAMENTO COSMÉTICO DA ACNE VULGAR Luíza Hochheim1 Priscila Caron Dalcin2 Fátima Cecília Poleto Piazza3 Resumo: A acne é a mais comum das doenças crônicas do folículo pilossebáceo da pele humana, causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de algumas lesões características. Podem ser apontados quatro pontos fundamentais como responsáveis para o desenvolvimento da acne: hipersecreção sebácea; hiperqueratinização folicular; colonização bacteriana e a conseqüente inflamação folicular e dérmica subjacente. Há uma variedade de tipos de acne, mas a mais comum é a acne vulgar. Do ponto de vista clínico a acne classifica-se em não- inflamatória e inflamatória, de acordo com o tipo de lesão predominante. As lesões clínicas da acne não inflamatória se subdividem em microcomedões, comedões abertos e fechados; já as lesões da acne inflamatória são as pápulas, pústulas, e as lesões mais graves são os cistos e nódulos. Classificar a acne é importante, pois determina a escolha do protocolo estético personalizado ideal que atue nas diversas formas de apresentação das lesões e em todas as fases do desenvolvimento das mesmas. Nesse sentido, este artigo científico tem por objetivo destacar os princípios básicos para o tratamento cosmético da acne vulgar numa perspectiva direcionada aos profissionais da estética facial. Caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica do tipo descritiva com caráter qualitativo, com base em referências teóricas já publicadas: artigos científicos e livros. Diante do exposto percebe-se a necessidade de identificar as lesões presentes na pele do portador da acne e a fase do desenvolvimento da mesma para, a partir dessas informações, fazer a escolha de princípios ativos mais indicados que atue controlando as alterações fisiopatológicas da acne personalizando assim o tratamento para que se alcance o resultado desejado. Palavras-chaves: Acne. Lesões de acne. Princípio Ativo. Tratamento da acne. 1 INTRODUÇÃO A acne é a mais comum das doenças crônicas do folículo pilossebáceo da pele humana, causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de vários tipos de lesões. No entanto, Ribeiro (2010) sugere que apenas 10% a 20% dos portadores de acne precisam de tratamento medicamentoso, que divide-se em interno (via oral) e externo (via tópica). 1Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 2Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] São vários os tipos de acne, entre elas destaca-se a acne da mulher adulta (tardia), acne cosmética, acne medicamentosa, mas a mais comum é a acne vulgar, que acomete jovens na fase da puberdade (BORELLI, 2004). Para Baumann (2004), a puberdade é caracterizada por ser uma fase em que ocorrem picos hormonais intensos, com isso o corpo muda significativamente, podendo surgir lesões de acne em algumas regiões do corpo, especialmente na face. Essas alterações causam impacto expressivo na qualidade de vida dos adolescentes, uma vez que afeta o bem-estar emocional e as relações sociais. O autor ainda afirma que, sua natureza altamente visível torna-se uma queixa muito comum em adolescentes, os quais estão, por definição, preocupados com a sua aparência e com a estética. Classificar a acne é importante, pois determina a escolha do protocolo estético personalizado que atue nas diversas formas de apresentação das lesões, visto que em cada lesão ou fase necessita de técnicas e/ou princípios ativos (PA) específicos. A combinação de técnica utilizadas no tratamento dependerá do quão grave se manifesta a doença e de quais as lesões mais aparentes. Vários são os PA disponíveis no mercado cosmético veiculados em formulações destinadas ao tratamento da acne, além da possibilidade do uso associado de recursos manuais como a drenagem linfática e uma gama enorme de técnicas eletroterápicas. Nesse sentido, os tratamentos estéticos indicados para a acne podem ser associados à terapêutica médica, com combinações que utilizam princípios ativos, manobras manuais, e também o uso de equipamentos eletroterápicos atuando nas diferentes lesões, contribuindo assim para uma melhora significativa do quadro. Em vista dos fatores apresentados acima, este artigo científico tem por objetivo destacar os princípios básicos para o tratamento cosmético da acne vulgar numa perspectiva direcionada aos profissionais da estética facial, facilitando desta forma a elaboração e aplicação de protocolos para o tratamento da acne. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A acne é uma dermatose crônica comum em adolescentes e de acordo com Gomes; Damazio (2009) é uma afecção crônica, universal, multifatorial, inflamatória, ou não inflamatória, que surge na puberdade. 2.1 Etiologia da acne A acne é uma afecção da pele que ocorre por um transtorno da unidade pilossebácea e dentre os fatores desencadeantes, além do fator genético, o fator hormonal contribui para que ocorra a hipersecreção sebácea que leva a obstrução do folículo piloso e conseqüente proliferação de microrganismos (GOMES; DAMAZIO, 2009). A evolução etiopatogênica é um processo definido por quatro pontos fundamentais como responsáveis para o desenvolvimento da acne: excessiva produção de sebo, hiperqueratinização folicular, presença da bactétia Propionibacterium acnes e a produção subseqüente de ácidos graxos livres no folículo que causam a inflamação (SOUZA; ANTUNES JUNIOR, 2006). A evolução do quadro da acne pode ser dividida em quatro principais fatores interligados: 1. Hipersecreção sebácea: é um fator fundamental para o desenvolvimento da acne associado à produção excessiva de queratina do folículo. As glândulas sebáceas são glândulas holócrinas, ou seja, a célula inteira morre e se destaca, participando da constituição da própria secreção da glândula, e os sebócitos são continuamente repostos pela atividade mitótica da camada basal. Quando explodem, seu conteúdo é liberado para o canal do folículo piloso. Este processo da mitose até a ruptura pode levar aproximadamente duas a três semanas, e o sebo produzido na glândula pode levar até uma semana para atingir a superfície da pele (HARRIS, 2003). As glândulas sebáceas no entendimento de Du Vivier (2004) sofrem influencia direta dos hormônios estrógenos e andrógenos que passam por desequilíbrio na fase da puberdade, tanto nos homens quanto nas mulheres. Os hormônios produzidos pelas glândulas adrenais ocasionam o mau funcionamento da glândula sebácea, que por conseqüência produz maior quantidade de sebo ocasionando a formação de comedões (GOMES; DAMAZIO, 2009). 2. Hiperqueratinização folicular: na região mais superficial do folículo ocorre uma queratinização em excesso, que obstrui o orifício folicular, dificultando a saída do sebo produzido pelas glândulas sebáceas, formando o comedão. Inicialmente este microcomedão é invisível clinicamente, constituído por corneócitos (células que produzem a queratina) acumulados nesta região superficial. O contínuo aumento da produção de queratina leva à formação do comedão fechado, ou cravo branco, com o orifício central dificilmente visível, a lesão é esbranquiçada, ou cor da pele, e similar a um milium, sendo mais bem identificada quando a pele é distendida. O aumento de corneócitos e sebo, e da colonização da Propionibacterium acnes por hipersecreção sebácea ocasionam a formação do comedão aberto, ou cravo preto, com cor escura na extremidade (PIMENTEL, 2008; UDA, WANCZINSKI, 2008). 3. Colonização bacteriana infundibular: a presença de microrganismos é um fator que contribui para a formação da acne. A Propionibacterium acnes é uma bactéria gram-positiva, anaeróbia, do gênero Corynebacterium, que faz parte da biota normal residente da pele, sendo o principal microrganismo envolvido na etiopatogenia da acne vulgar. Quando há hiperprodução sebácea pela glândula, há proliferação dessa bactéria, favorecendo o aparecimento de lesões inflamatórias (COSTA; ALCHORNE; GOLDSCHMIDT, 2008). Na concepção de Gomes; Damazio (2009) o P. acnes é a bactéria mais comum, mas podemos encontrar em menor número a P. granulosum, e mais raramente a P. parvum. Com a retenção sebácea, esse microrganismo prolifera com facilidade na presença de material oleoso (triglicerídeos), hidrolisando e liberando ácidos graxos livres, comedogênicos que são irritantes para a parede folicular e que induzem a queratinização desta. Uda; Wanczinski (2008) destacam que esta irritação leva a inflamação e ao extravasamento para a derme, desencadeando o processo inflamatório local observado clinicamente como pápulas-eritematosas. 4. Inflamação folicular e dérmica subjacente: na fase inicial da reação inflamatória Pimentel (2008) afirma que ocorre uma reação metabólica com a presença dos linfócitos T, macrófagos, neutrófilos e linfoquinas, nos quadros mais graves. A pressão do sebo acumulado pode romper o epitélio folicular e os ácidos graxos, resultando em lesões caracterizadas como pústulas. Os fatores descritos acima desencadeiam o aparecimento de lesões específicas, caracterizando desta forma clinicamente cada grau de acne. 2.2 Morfologia das lesões e classificação da acne Do ponto de vista clínico a acne classifica-se em não-inflamatória e inflamatória, de acordo com o tipo de lesão predominante. As lesões clínicas da acne se subdividem em: comedões, pápulas, pústulas, e as lesões mais graves são os cistos e nódulos. Souza (2005) afirma que o comedão é sempre a lesão básica inicial da acne não- inflamatória, que advêm da hiperqueratinização folicular e da diminuição dos grânulos que revestem a membrana. Essa queratinização folicular alterada forma o comedão, manifestação mais característica da acne. Conforme Pimentel (2008), os comedões podem ser de três tipos: microcomedão, comedão fechado e comedão aberto. O microcomedão segundo Mezzomo (2007) é o acúmulo de células de queratina na superfície do folículo, que produz uma dilatação folicular não visível, mas encontrada histologicamente. A queratose folicular, que eventualmente se observa em jovens no início da puberdade, na fronte ou dorso do nariz, pode ser considerada um fator que indica a presença do microcomedão. O comedão fechado é caracterizado por elevação cutânea de cor esbranquiçada ou amarelada, sendo mais bem identificado quando a pele é distendida. Ocorre devido ao aumento de corneócitos no infundíbulo folicular que adquire forma esférica. O orifício folicular é, eventualmente, visível no centro do comedão (CERQUEIRA; AZEVEDO, 2009). Outro tipo de comedão é o aberto, que segundo Vaz (2003) caracteriza-se por ser uma lesão plana ou ligeiramente elevada visível a superfície da pele como ponto acastanhado ou negro que pode atingir 5 mm de diâmetro. Já Cerqueira e Azevedo (2009) destacam que este é o resultado do acúmulo de células queratinizadas e sebo no infundíbulo folicular. Com a evolução do quadro da acne surgem as lesões inflamatórias como as pápulas e pústulas. A pápula ocorre quando os ácidos graxos livres difundem-se pelo folículo pilossebáceo e a inflamação gera uma pápula eritematosa que aumenta de volume, atingindo até 4 mm de tamanho, é dolorida à palpação e apresenta saliências róseas não-pustulosas. É uma lesão relativamente superficial, pois o início do processo inflamatório está próximo da superfície da pele, podendo cicatrizar em alguns dias, normalmente sem deixar marcas (SOUZA; ANTUNES JUNIOR, 2006). Quando há evolução da pápula surge a pústula. Esta lesão apresenta uma elevação cutânea com bolsões de pus, dor e coceira. São formadas mais profundamente na derme, com liberação de grande quantidade de material queratinoso para os tecidos adjacentes. A pele apresenta uma inflamação intensa, podendo manter-se por várias semanas, evoluindo para o rompimento dessas lesões, com formação de crostas e possíveis cicatrizes (CERQUEIRA; AZEVEDO, 2009). Conseqüente à grande intensidade do processo inflamatório torna-se aparente na pele os nódulos e cistos. Os nódulos são formações sólidas (composta por pus e sebo), esféricas, muito dolorosas, causadas por espessamento epidérmico, infiltração inflamatória dérmica ou do tecido subcutâneo com reação intensa, atingindo a profundidade do folículo pilossebáceo e rompendo a parede folicular, tem a cor vermelho-violácea e em geral deixam cicatrizes (BARROS, 2009). O resultado da drenagem da secreção no interior dos nódulos, composto de células epiteliais e pus, caracteriza-se como cistos, lesões ainda mais profundas que os nódulos, extremamente dolorosas, inflamadas, pustulosas e de tamanhos variados. Essas lesões se não tratadas, ou, tratadas inadequadamente podem resultar em cicatrizes (CERQUEIRA; AZEVEDO, 2009). Essas cicatrizes estão associadas a um aumento ou diminuição do colágeno, da destruição do mesmo e dos tecidos elásticos subjacentes devido à inflamação dérmica (PLEWIG; KLIGMAN, 2000). Baseado nos tipos de lesões e na quantidade das mesmas, presente na pele do portador de acne, pode-se classificar seu grau. Diversas lesões compõem o quadro clínico da acne vulgar, conforme anteriormente citado. Lacrimanti (2008) e Menezes e Bouzas (2009) defendem que a acne pode ser classificada em 4 graus: Grau I – também chamada de comedogênica não inflamatória, é a forma mais leve de acne, caracterizada pela predominância de comedões abertos e fechados. Grau II – acne pápulo-pustulosa, nesse grau identificam-se além dos comedões, lesões inflamatórias como pápulas e pústulas de conteúdo purulento. Grau III – acne inflamatória nodular e cística – quando se somam nódulos mais exuberantes, cistos, e intensa inflamação. Grau IV – acne severa ou conglobata – presença de cicatrizes profundas, severa reação inflamatória e lesões anteriormente citadas. Podem existir casos com lesões queloidianas, inestéticas e permanentes. O conhecimento dessa classificação é de extrema importância para o profissional de estética facial na definição dos princípios básicos para o tratamento cosmético da acne vulgar. Destaca-se que em casos mais graves é fundamental que o profissional indique ao cliente portador de acne um médico dermatologista. 2.3 Princípios ativos utilizados no tratamento da acne Princípios ativos são substâncias químicas ou biológicas (sintéticas ou naturais) que atuam sobre as células teciduais. Enquanto o veículo é responsável pelo transporte, pela forma cosmética e finalmente por garantir a melhor penetração na pele. O PA em uma formulação pode ter efeito cosmético e possuir propriedades antiinflamatórias, anti-sépticas, cicatrizantes, hidratantes entre outros (GOMES; GABRIEL, 2006). Os PA juntamente com as formas veiculares, segundo Borges (2006), precisam apresentar uma afinidade e uma estabilidade química, ou seja, quando um átomo consegue ter a estabilidade eletrônica de um gás nobre, que não se liga a nenhum outro elemento, pois, tem sua camada de valência completa, o que lhes garante estabilidade, para garantir a eficácia do produto e o sucesso do tratamento. Partindo da idéia de Ribeiro (2010), é aconselhável para uma pele acneica a inclusão de PA que atuem em todas as fases da formação das lesões e controlem as alterações fisiopatológicas da acne. O tratamento da acne deve ser ajustado individualmente, de acordo com as características da pele do acometido, para que se alcance o resultado desejado. 2.4 Seqüência para elaboração de protocolos de tratamento da acne O atendimento ao cliente portador de acne exige cuidados específicos e o primeiro passo, de acordo com Oliveira e Perez (2008) é preencher a ficha de avaliação, que tem por objetivos coletar informações sobre a saúde do cliente, seus hábitos de vida, bem como saber se o mesmo faz uso de cosméticos ou medicamentos, caracterizar seu biotipo cutâneo e possíveis contra-indicações ao tratamento que será proposto. A avaliação clinica deverá ser a mais completa possível, pois as informações colhidas nesta entrevista possibilitarão que o profissional da estética efetue o diagnóstico do problema a tratar, em função da alteração verificada e suas manifestações básicas, estabelecendo dessa forma um plano de tratamento personalizado a partir da seleção da terapêutica adequada (SORIANO et al, 2002). Os princípios básicos para montar um protocolo de tratamento da acne vulgar devem ser ajustados individualmente obedecendo alguns passos que serão destacadas a seguir. 2.4.1 Higienizar A seqüência dos tratamentos estéticos inicia com a aplicação do higienizante que devem atuar na superfície para eliminar os produtos por arraste, mediante soluções que solubilizam os componentes aderidos, eliminar impurezas de origem externa, sem desengordurar excessivamente e sem alterar o pH cutâneo. Utiliza-se tensoativos menos agressivos para a pele da face, evitando os sabonetes com pH muito alcalino. Quanto aos excipientes, é necessário evitar os corpos graxos comedogênicos (óleos minerais) (HERNANDEZ; MERCIER- FRESNEL, 1999). Aplica-se o higienizante com os dedos, em movimentos circulares, e retira-se com algodão embebido em água, deslizando o algodão no sentido de baixo para cima (LACRIMANTI, 2008). Para Dal Gobbo (2010) a higienização da face é realizada com toques e movimentos suaves, sem fricção para que não ocorra irritação. Os cosméticos higienizantes indicados para pele acneica devem possuir princípios ativos que atuem na hipersecreção sebácea, fator fundamental no desenvolvimento da acne, inibindo a secreção do sebo sem irritar a glândula consequentemente reduzindo a oleosidade. O valor do pH é um fator a ser analisado, pois dependendo do tipo de higienizante, como exemplo o sabonete sólido, que possui pH alcalino (9,0 -10,0) teoricamente altera-se o pH cutâneo. Já o sabonete líquido com pH ácido (4,5 - 6,5), não altera o pH cutâneo. Existe uma grande variedade de tensoativos, no quadro 1 apresentam-se alguns dos menos agressivos para a pele. Quadro 1 - Princípios ativos higienizantes CLASSE PROPRIEDADES ATIVOS COSMÉTICOS Higienizantes Devem atuar na superfície para eliminar os Anfóteros (Betaínas de coco). produtos por arraste, mediante soluções que Não- Iônicos, aquil solubilizam os componentes aderidos, eliminar poliglicosídeos, lauril impurezas de origem externa, sem desengordurar poliglicosídeos. excessivamente e sem alterar o pH cutâneo. Fonte: Adaptado pelas autoras de Rebello (2005) e Fonseca; Prista (2000) Após a higienização, é necessário esfoliar a pele para refinar a camada córnea com o objetivo de reduzir a hiperqueratinização e facilitar os procedimentos seguintes. 2.4.2 Esfoliar Os esfoliantes cosméticos podem ser classificados em químicos, físicos/mecânicos e enzimáticos. No entendimento de Ribeiro (2010) os produtos cosméticos esfoliantes atuam muito superficialmente, ou seja, na camada córnea sem atingir a epiderme e a derme. A esfoliação química consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes/queratolíticos na pele, que podem ser substâncias sintéticas ou vegetais, geralmente ácidos orgânicos. Dependendo do tipo de esfoliante químico, concentração do ativo e de seu pH, o procedimento pode deixar de ser muito superficial, que atinge apenas a camada córnea, e se tornar um peeling médio ou profundo que pode atingir até a derme reticular (GOMES; GABRIEL, 2006). Já a esfoliação física/mecânica utiliza substâncias abrasivas para o refinamento da camada córnea. Age por atrito da ação mecânica provocada pela pressão entre a pele e as mãos. Neste caso o produto pode ser veiculado em creme, gel e gel- creme. Os esfoliantes que atuam nesse mecanismo podem ser naturais de origem vegetal, mineral, marinha, derivados orgânicos sintéticos, formadores de filme e carboidratos (RIBEIRO, 2010; GOMES; GABRIEL, 2006). Há ainda a esfoliação física/mecânica realizada por meio de equipamentos eletroterápicos. Já a esfoliação enzimática é definida como uma esfoliação realizada pela ação de enzimas que hidrolisam proteínas da camada córnea da pele (queratina), facilitando assim a remoção de camadas superficiais de corneócitos. As enzimas mais utilizadas são papaínas, extraída do mamão, e a bromelina, extraída do abacaxi (RIBEIRO, 2010). Para cada grau de acne há indicações específicas de esfoliação. Souza (2004), afirma que em casos de acne moderada a grave, deve-se evitar a esfoliação física para não agravar o quadro clínico, pois no ato da esfoliação pode ocorrer ruptura das pápulas e pústulas, havendo riscos de infectar glândulas sebáceas e folículos não acometidos.

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Resumo: A acne é a mais comum das doenças crônicas do folículo pilossebáceo da pele humana, causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de algumas lesões características. Podem ser apontados quatro pontos fundamentais como responsáveis para o desenvolvimento da acne:
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