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Princípios Básicos de Análise do Comportamento PDF

219 Pages·2019·11.139 MB·Portuguese
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Avisos Todo esforço foi feito para garantir a qualidade editorial desta obra, agora em versão digital. Destacamos, contudo, que diferenças na apresentação do conteúdo podem ocorrer em função das características técnicas específicas de cada dispositivo de leitura. Este eBook é uma versão da obra impressa, podendo conter referências a este formato (p. ex., nas anotações na folha de atividades de laboratório, nas folhas de registro, etc.). Buscamos adequar todas as ocorrências para a leitura do conteúdo na versão digital, porém alterações e inserções de texto não são permitidas no eBook. Por esse motivo, recomendamos a criação de notas. Em caso de divergências, entre em contato conosco através de nosso site (clique aqui). versão impressa desta obra: 2019 2019 © Artmed Editora Ltda., 2019 Gerente editorial Letícia Bispo de Lima Colaboraram nesta edição: Coordenadora editorial Cláudia Bittencourt Capa Paola Manica Ilustrações Gilnei da Costa Cunha Preparação de originais Antonio Augusto da Roza Leitura final Aline Pereira de Barros Projeto gráfico e editoração Ledur Serviços Editoriais Ltda. Produção digital Kaéle Finalizando Ideias M838p Moreira, Márcio Borges. Princípios básicos de análise do comportamento [recurso eletrônico] / Márcio Borges Moreira, Carlos Augusto de Medeiros. – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019. e-PUB. Editado também como livro impresso em 2019. ISBN 978-85-8271-516-1 1. Análise comportamental. I. Medeiros, Carlos Augusto de. II.Título. CDU 159.9.019.4 Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147 Reservados todos os direitos de publicação à Artmed Editora Ltda., uma empresa do Grupo A Educação S.A. Av. Jerônimo de Ornelas, 670 – Santana 90040-340 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070 Unidade São Paulo Rua Doutor Cesário Mota Jr., 63 – Vila Buarque 01221-020 – São Paulo – SP Fone: (11) 3221-9033 SAC 0800 703-3444 – www.grupoa.com.br É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora. O Professor Doutor Márcio Borges Moreira é Doutor em Ciências do Comportamento pela Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Psicologia e psicólogo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Autor/organizador de artigos, livros e capítulos de livros sobre diversos temas em Análise do Comportamento, é diretor do Instituto Walden4 e professor do Programa de Mestrado em Psicologia do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Além de textos didáticos, tem se dedicado à produção de vídeos (disponíveis no YouTube), slides (disponíveis no SlideShare) e cursos didáticos sobre Análise do Comportamento (disponíveis no site do Instituto Walden4). Seus principais interesses de pesquisa e aplicados são: comportamento simbólico, aprendizagem de matemática e desenvolvimento de softwares para pesquisa e ensino. Acompanhe os trabalhos do professor Márcio pelas mídias sociais: http://lattes.cnpq.br/4094892880820475 https://www.walden4.com.br/ https://www.facebook.com/marcio.b.moreira.9 https://www.facebook.com/iwalden4/ https://www.facebook.com/marcioapplegadgets/ https://www.youtube.com/user/borgesmoreirayt https://www.youtube.com/user/instwalden4 https://pt.slideshare.net/borgesmoreira https://www.linkedin.com/in/márcio-borges-moreira-10217934/ O Professor Doutor Carlos Augusto de Medeiros é bacharel em Psicologia e psicólogo pela Universidade de Brasília (UnB). É Mestre e Doutor em Psicologia – área específica Análise do Comportamento – também pela UnB. Seu mestrado e seu doutorado envolveram a temática do comportamento verbal e das relações de equivalência. Atualmente é professor nível A8 do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), atuando, desde 2011, como docente e coordenador do Curso de Mestrado em Psicologia. Tem 19 anos de experiência na área de psicologia, com ênfase em Análise do Comportamento aplicada à clínica e em Análise Experimental do Comportamento, trabalhando principalmente com os seguintes temas: comportamento verbal (correspondência verbal e independência funcional), terapia analítico-comportamental (psicoterapia comportamental pragmática), comportamento governado por regras e controle social do comportamento. Acompanhe os trabalhos do professor Carlos Augusto pelas mídias sociais: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795832Y8 https://scholar.google.com.br/citations?user=BxDtnNoAAAAJ&hl=pt-BR https://www.researchgate.net/profile/Carlos_Medeiros14 https://www.facebook.com/profile.php?id=100011393168794 Dedicado a Nathalie de Medeiros Vanessa Faria Apresentar a nova edição de Princípios Básicos de Análise do Comportamento, de Moreira e Medeiros (ou Márcio e Guto, como os chamo em nossa longa história), é, para mim, um prazer e uma honra. Parafraseando Skinner (1991), um leitor mais desavisado poderia afirmar que, sendo behaviorista (e analista do comportamento), eu deveria dizer que é reforçador para mim. Certamente eu digo que é reforçador, mas para o meu comportamento. Claro que novos contextos, nos quais esse comportamento possa ser emitido novamente, devem ocorrer para que se possa verificar se houve alteração em sua frequência, mas isso dependerá de essa apresentação ser reforçadora para o comportamento dos leitores e futuros autores que venham a buscar descrever os princípios de aprendizagem sob o olhar da Análise do Comportamento e do Behaviorismo Radical. Com essa fala inicial, quero já mostrar a importância dos princípios e dos termos técnicos que usamos para descrevê-los, e aproveitar para indicar que, ao falar de princípios básicos, estamos nos referindo não a princípios simples, mas àqueles que são a base da compreensão do comportamento, incluindo os complexos. Certa vez, ao explicar sobre os princípios que estavam operando quando o comportamento de pressão à barra emitido por um ratinho levava à liberação de água no contexto em que a luz estava acesa, mas não quando estava apagada, um estudante relatou sua preocupação com questões, segundo ele, mais profundas: “Isso é muito simples, professor!”. De pronto concordei, mas fui adiante: “Sim, mas o que aconteceria com esse comportamento se eu trocasse a iluminação?”, perguntei. Ele e outros alunos se entreolharam e, de repente, ele respondeu: “Não sei, se fosse eu, acho que ia ficar confuso”. Aproveitei esse momento, então, para enfatizar o quão importante é poder compreender os processos básicos, a fim de gradualmente ir adquirindo compreensão do comportamento complexo, e apresentei outra situação: “Imagine, então, um adulto que foi criado por um pai altamente exigente e uma mãe permissiva. Após a separação dos pais, no entanto, o pai começa a ‘fazer todas as suas vontades’, e a mãe passa a exigir muito a presença do filho; adicionalmente, os períodos de contato com cada pai se modificam, ora está apenas com um e em alguns momentos ambos estão presentes... Que comportamentos ele apresentaria (leia-se: o que ele sentiria, pensaria, faria, falaria)?”. Como vocês podem esperar, por ser um aluno de início de curso, ele teve dificuldade em responder, mas eu o acalmei, informando que não ter a resposta naquele momento não era um problema, pois eu havia inserido diversas variáveis no exemplo, de forma a ilustrar a complexidade do controle do comportamento quando há muitas variáveis envolvidas. Salientei, também, que sem dúvida os princípios básicos estavam operando e auxiliariam a compreender a situação; conhecê-los iria permitir analisar as funções dos comportamentos e das diferentes variáveis envolvidas. Descrevi alguns dos princípios presentes na situação, mas tomo a liberdade de omiti-los aqui, deixando que vocês venham a reconhecê-los ao longo da leitura do livro. Complementarmente ao conhecimento das funções envolvidas na interação com o ambiente, entender os princípios que operam na aprendizagem de novos comportamentos ou no fortalecimento de comportamentos com baixa frequência tem importância teórico-metodológica, mas, principalmente, aplicada. Uma das grandes batalhas do behaviorismo e da análise do comportamento tem sido mostrar como, a partir dos mesmos princípios básicos gerais, nossas interações podem selecionar tanto comportamentos “adequados” como “inadequados”. Determinados eventos (em geral contingências que envolvem condições aversivas) levam a comportamentos prejudiciais para o indivíduo ou para o grupo, ou, em uma linguagem mais coloquial, levam ao “sofrimento”. Podemos intervir para reduzi-los e/ou fortalecer os comportamentos mais adequados, ou “saudáveis”, alterando ou diversificando consequências, modificando o contexto ambiental, evitando o uso de coerção, etc. Essas possibilidades de intervenção, porém, não se efetivam a partir de um conhecimento parcial ou superficial dos princípios de aprendizagem. Como professor e pesquisador interessado nos princípios básicos, um dos grandes temores é que aqueles que se proponham a intervir no comportamento em qualquer contexto, aplicando os procedimentos ou os princípios aqui descritos, considerem desnecessários os conhecimentos sobre princípios básicos. De fato, é comum vermos diferentes áreas aplicando-os a partir de um conhecimento superficial ou com o uso de técnicas específicas e pontuais sem uma preocupação (ou um entendimento) de como o comportamento sob foco de intervenção se relaciona com outras variáveis presentes. É frequente o aparecimento da melhor intervenção de todos os tempos da última semana para treinar, ensinar, “facilitar a aprendizagem”, desenvolver competências, usando conhecimentos parciais sobre aplicações de incentivos, sistemas de recompensa e até mesmo controle aversivo. Mais frequentes que o aparecimento dessas técnicas são suas falhas. Muitas opiniões usam essas falhas como pretensas ilustrações da limitação dos princípios. Já os dados indicam que as falhas derivam de erros de intervenção relacionados a aplicações nas quais não se tem um amplo conhecimento dos princípios envolvidos. Os princípios descritos no livro não foram inventados pela análise do comportamento; os termos, a linguagem que os descrevem e a forma de abordá-los, sim. Os princípios de aprendizagem respondente possibilitam o entendimento de comportamentos estabelecidos por emparelhamento de estímulos, e como essas respostas podem passar a ser controladas por condições novas presentes, seja assustar-se ao ver um raio, seja o coração bater mais forte ao ouvir novamente a música tocada em seu casamento. Os princípios de aprendizagem operante permitem a compreensão dos efeitos iniciais e fundamentais das consequências de nosso comportamento e como isso acaba fazendo com que o contexto no qual o comportamento ocorreu passe também a torná-lo mais ou menos provável. Ademais, a partir desses princípios, podemos entender como as consequências podem levar respostas com forma semelhante a ter funções diferentes. Os diferentes arranjos de consequências, ou esquemas de reforço, nos permitem entender, ainda, por que alguns indivíduos passam a responder mais frequentemente em situações que outros respondem menos frequentemente e até mesmo por que um esquema é preferido a outro em situações de escolha. A compreensão de todos esses princípios em conjunto e à luz das histórias da espécie, individual e cultural permite análises completas e possibilita intervenções mais adequadas. É nesse ponto que Princípios Básicos de Análise do Comportamento vem auxiliar de forma substancial o estudante ou interessado no comportamento humano a compreender as bases do estabelecimento, da manutenção e da alteração do comportamento. Sua linguagem mescla, de forma clara, o uso técnico dos conceitos e exemplos próprios do laboratório com contextos naturais, remetendo o leitor a situações cotidianas de fácil entendimento. Ao longo do livro, princípios importantes são descritos e retomados, buscando mostrar que, apesar da separação didática, se interrelacionam, provendo assim, ao leitor, indicativos de ferramentas de análise que podem contribuir com o avanço gradual que culmina em uma descrição de análise funcional de situações mais complexas. Com o livro completando 10 anos, esta nova edição já era aguardada há tempos. E a espera, sem dúvida, valeu a pena. Novos exemplos, revisões e esclarecimento de conceitos, procedimentos e processos comportamentais apoiarão ainda mais docentes, monitores e auxiliares na discussão dos diferentes tópicos relacionados à aprendizagem operante e respondente, bem como os estudantes na ampla compreensão dos princípios básicos e seu estudo no laboratório. Tenhamos todos uma ótima leitura! Cristiano Coelho Doutor em Psicologia pela Universidade de Brasília

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