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Pragmática menor em Gilles Deleuze PDF

170 Pages·2011·0.799 MB·Portuguese
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Segundo Deleuze, toda filosofia é “menor” ou Estudar e comentar o pensamento de Gilles Deleuze H Estudar e comentar um pensamento como o de “minoritária”, desde que ela se desvincule das grandes é Gilles Deleuze envolve uma tarefa básica que o próprio envolve uma tarefa básica que ele mesmo nos legou com l linhas de senso comum, consideradas majoritárias, que io filósofo francês nos legou com seus trabalhos dedica- nutrem uma opinião em torno de certa centralidade seus trabalhos dedicados a vários pensadores, filósofos ou R dos a vários pensadores. Essa tarefa foi resumida por reconhecida como evidente, para uma maioria ou e ele por meio da imagem do arremesso do dardo: um não. Tal tarefa foi resumida por ele por meio da imagem b mesmo para uma minoria. A pragmática desempenha e pensador lança um dardo até nós, até nosso tempo; se certo papel, no interior do pensamento contemporâneo, do arremesso do dardo: um pensador lança um dardo até llo quisermos fazer jus ao esforço do lançador, nossa tarefa relacionado ao destaque conferido à problematização nós, até nosso tempo: se quisermos fazer jus ao esforço do C é tomar o dardo para lançá-lo ainda mais longe, onde filosófica da linguagem e da comunicação, pelo qual esta a outro lançador o encontrará e dará prosseguimento à lançador, nossa tarefa é tomar o dardo para para lançá-lo r participaria de um tom maior ou de uma maioridade filo- d tarefa de arremesso. Foi exatamente esse esforço olím- o sófica com seus subsistemas minoritários de toda ordem. ainda mais longe, onde outro lançador dará prosseguimento s pico que Deleuze dedicou às ideias dos pensadores o Em contrapartida, a pragmática menor chama para si que mais admirou. O suposto lançador que encontra toda uma progressão ontológica que a filosofia contem- à tarefa de arremessá-lo novamente. Jr o dardo de Deleuze fica, de certa forma, inspirado por . porânea não pode acolher, sob pena de ver a linguagem Foi exatamente esse esforço olímpico que Deleuze dedi- essa façanha e se indaga: serei eu capaz de relançar o ou a comunicação destituída de seu trono ou púlpito. dardo arremessado por Deleuze? cou às ideias dos pensadores que mais admirou. O suposto Nesse sentido, o pensamento de Deleuze abre uma Nessa questão não reside nenhuma ambição oportunidade para pensar as bases filosóficas da prag- lançador que encontra o dardo de Deleuze fica, de certa desmesurada. É uma tarefa essencial, visto que o sim- mática, em certo encontro entre “imanência absoluta” e ples comentário de um trecho de Deleuze, a mera forma, inspirado por essa façanha e se indaga: serei eu capaz “empirismo radical”, de forma que se renova o estatuto definição de um conceito por ele estabelecido, enfim, a do empirismo que, barrado pela condição transcenden- de relançar o dardo arremessado por Deleuze? compreensão de seu pensamento já exige e, de certo tal, permanecia inoperante. Tem-se então um empirismo modo, inclui o esforço de ir um pouco mais longe. Há, guiado por princípios imanentes (não transcendentais), nesse intento, uma potência do encontro que força a P Hélio Rebello Cardoso Jr. ambiência natural para uma pragmática menor. r pensar e que, ao mesmo tempo, descaracteriza todas a A partir dessa perspectiva, Hélio Cardoso Jr. pro- g as pretensões personalistas. Analisar um conceito cria- m curará percorrer um plano conceitual que circunscreva, do por Deleuze em seus componentes já é alterar sua á por meio de noções e conceitos apropriados, o que t consistência, ação esta que nos põe inesperadamente i efetivaria essa pragmática segundo as coordenadas filo- c no meio do plano deleuzeano de pensamento, no qual a sóficas do pensamento de Gilles Deleuze. A vinculação, m ficamos sem direção, tal sua amplitude. Na verdade, nesses termos, entre filosofia da imanência e empirismo e esta vastidão desencoraja o novo lançador. n é a aposta ontológica maior. o Há, no entanto, uma espécie de treinamento ou r macete para a prática do arremesso de conceitos e m deleuzeanos, indicado pelo próprio filósofo, que é Pragmática aumentar as distinções que o pensador prévio, a quem G nos dedicamos, desenvolveu em seus pensamentos. i l le menor em Aumentar as distinções é vencer o pensador e seu pen- s samento por uma espécie de esgotamento, de acelera- D ção. Vencer no sentido de que, após esse esforço olím- e Gilles Deleuze Hélio Rebello Cardoso Jr. possui mestrado (1991) e doutorado le pico, o pensador em foco acabará abrindo seu plano de (1995) em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas u pensamento, nem que seja uma ínfima fresta, para que (Unicamp), duas livre-docências em Filosofia (1999 e 2006) e pós- z -doutorado no Peirce Edition Project, nos Estados Unidos (prêmio e dele retiremos algo de novo. Surgirá, por exemplo, um Fulbright), e na Universidade de Paris. Atualmente é professor de ISBN 978-85-393-0211-6 problema filosófico presente em um pensamento, mas Filosofia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” que não havia sido formulado explicitamente. Esse é o (Unesp). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em caso da pragmática no pensamento de Deleuze. E por Ontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: multiplici- dades, continuidade e teoria das coleções e multidões. 9788539 302116 que pragmática menor? P ragmática menor em g D illes eleuze FUNDAÇÃO EDITORA DA UNESP Presidente do Conselho Curador Herman Jacobus Cornelis Voorwald Diretor-Presidente José Castilho Marques Neto Editor Executivo Jézio Hernani Bomfim Gutierre Conselho Editorial Acadêmico Alberto Tsuyoshi Ikeda Áureo Busetto Célia Aparecida Ferreira Tolentino Eda Maria Góes Elisabetge Maniglia Elisabeth Criscuolo Urbinati Ildeberto Muniz de Almeida Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan Nilson Ghirardello Vicente Pleitez Editores Assistentes Anderson Nobara Fabiana Mioto Jorge Pereira Filho HÉLIO REBELLO CARDOSO JR. P ragmática menor em g D illes eleuze © 2011 Editora UNESP Direitos de publicação reservados à: Fundação Editora da UNESP (FEU) Praça da Sé, 108 01001-900 – São Paulo – SP Tel.: (0xx11) 3242-7171 Fax: (0xx11) 3242-7172 www.editoraunesp.com.br [email protected] CIP – Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ C262e Cardoso Junior, Hélio Rebello Pragmática menor em Gilles Deleuze / Hélio Rebello Cardoso Jr. São Paulo: Editora Unesp, 2011. Inclui bibliografia ISBN 978-85-393-0211-6 1. Deleuze, Gilles, 1925-1995. 2. Linguagem e línguas – Filo- sofia. 3. Pragmática. 4. Ontologia. I. Título. 11-8114 CDD: 401 CDU: 81:1 Este livro é publicado pelo projeto Edição de Textos de Docentes e Pós-Graduados da UNESP – Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNESP (PROPG) / Fundação Editora da UNESP (FEU) Editora afiliada: Você ainda não definiu um animal enquanto não tiver feito as lista de seus afectos. Nesse sentido, há mais diferença entre um cavalo de corrida e um cavalo de trabalho do que entre um cavalo de trabalho e um boi. Gilles Deleuze e Claire Parnet, Dialogues, 1977 S umário Lista de abreviaturas 9 Introdução: menoridade da Pragmática 11 1 Pragmática menor e questão pragmática na ontologia de Espinosa 17 2 Pragmática menor e empirismo: Hume, o problema filosófico das relações e o juízo sintético a posteriori 71 3 Pragmática menor e linguagem: Hjelmslev e a matéria linguística; Whitehead e a linguagem siderada 103 Considerações finais 153 Referências bibliográficas 161 L iSta de abreviaturaS Abreviaturas utilizadas para os livros de Gilles Deleuze como autor ou coautor. Privilegiou-se a data da primeira edição de cada obra e não a da edição efetivamente consultada com o fito de obter o destaque cronológico. (ES, 1953) DELEUZE, G. Empirisme et Subjectivité (3e. éd.). Paris: PUF, 1980. (NPh, 1962) . Nietzsche et la Philosophie (5e. éd.). Paris: PUF, 1977. (PhCK, 1963) . La Philosophie Critique de Kant (5e. éd.). Paris: PUF, 1983. (PS, 1964) . Proust et les Signes (4e. éd. remaniée). Paris: PUF, 1976. (N, 1965) . Nietzsche (6e. éd.). Paris: PUF, 1983. (B, 1966) . Le Bergsonisme (2e. éd.). Paris, PUF, 1968. (ASM, 1967) . Apresentação de Sacher-Masoch. Rio de Janeiro: Taurus, 1983. (SPE, 1968a) . Spinoza et le Problème de l’Expression. Paris: Minuit, 1968. (DR, 1968b) . Différence et Répétition (2e. éd.). Paris: PUF, 1972. (LS, 1969) . Logique du Sens. Paris: Minuit, 1969.

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