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Posseiros, rendeiros e proprietários: estrutura fundiária e dinâmica agro-mercantil no alto sertão PDF

423 Pages·2004·2.75 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DOUTORADO EM HISTÓRIA POSSEIROS, RENDEIROS E PROPRIETÁRIOS: Estrutura Fundiária e Dinâmica Agro-Mercantil no Alto Sertão da Bahia (1750-1850) Erivaldo Fagundes Neves Recife 2003 Erivaldo Fagundes Neves POSSEIROS, RENDEIROS E PROPRIETÁRIOS: Estrutura Fundiária e Dinâmica Agro-Mercantil no Alto Sertão da Bahia (1750-1850) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História do Norte e Nordeste do Brasil da Universi- dade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em História. Orientadora: Profa. Dra. Maria do Socorro Ferraz Barbosa Recife 2003 Ficha Catalográfica – Biblioteca Central Julieta Carteado Neves, Erivaldo Fagundes N423p Posseiros, rendeiros e proprietários: estrutura fundiária e dinâmica agro-mercantil no Alto Sertão da Bahia (1750-1850) / Erivaldo Fagundes Neves. – Recife: [s.n.], 2003. 435 f. + apêndice: il. Orientadora: Maria do Socorro Ferraz Barbosa Tese ( Doutorado em História ) – Universidade Federal de Pernambuco, 2003. 1. História regional – Alto Sertão da Bahia. 2. História – Caetité, Bahia. 3. História comparada – Brasil – Portugal – Espanha – América Latina. 4. História econômica – Brasil. 5. História agrária – Bahia. 6. Direito agrário – Propriedade. 7. Direito agrário – Sesmarias – Lei das Terras. I. Barbosa, Ma- ria do Socorro Ferraz. II. Universidade Federal de Pernambu- co. III. Título. CDU: 332.3:323.45(814.2) Para Joaquim Fagundes Chaves (1907-1988), que me es- timulou a continuar suas lutas contra as secas no campo, mas, acatou a minha opção urbana; e Adelina Rodrigues Neves, que me incentivou a estudar e apoiou a minha escolha profissional. Para os descendentes, como eu, de: Estevão Pinheiro de Azevedo (e Mariana Vieira de Matos), emboaba que, após a guerra contra os paulistas no rio das Velhas (1707-1709), trocou o vale do Gorutuba pelos planaltos da serra Geral, onde estabe- leceu a fazenda Caetité, núcleo original de Caetité Velho; Fran- cisco de Brito Gondim (e Custódia Maria do Sacramento), que no início do século XVIII transferiu-se do vale do rio Pardo para as nascentes do rio São João, radicando-se na fazenda Alegre, embrião da cidade de Caetité; Antônio Xavier de Carvalho Co- trim (e Angélica Maria de Jesus, depois Joana Fagundes da Sil- va), que em 1735 deixou a boemia lisbonense que lhe custou o degredo, para regenerar-se nos sertões da Bahia, fincando raízes em Brejo dos Padres, cabeceiras do rio das Rãs; Plácido de Sou- za Fagundes (e Anna Maria do Carmo), sertanejo que, na pri- meira metade do século XIX, de Lagoa Clara, em Macaúbas, fez-se presente no Médio São Francisco, como administrador de fazendas e fazendeiro; Manoel Inácio Fernandes Chaves (e Clemência Maria de Jesus), que no início do XIX deslocou-se de Minas Gerais para tornar-se pecuarista e agricultor e Boa Vista (Cachoeira), Lagoa de Felix Pereira, Espinheiro e Caldeirão, nas nascentes do rio das Rãs; Joaquim José das Neves (e Maria Joa- na da Silva), de família rio-contense desde o início do século XVIII, que em meados do XIX mudou-se, com 10 filhos, de Ca- nabravinha (Morro do Fogo) para Gameleira (Bonito). AGRADECIMENTOS A elaboração de um trabalho dessa natureza deixa dívidas de gratidão e dúvidas sobre como exprimi-las. Impossível agradecer a todos, por mais prodigiosa que seja a memória. Esta consciência determinou que se expressasse o reconhecimento coletivo, amplo, geral e irrestrito. Entretanto, mesmo tendo que se juntar ao agradecimento, pedido de desculpas, há situações excepcionais: o Sr. Álvaro Ferrão de Castelo-Branco, 10° conde da Ponte, disponibilizou o multissecular Arquivo do Cartório da Casa dos Condes da Ponte, nas cercanias de Lisboa, documentação fundamental para esta pesquisa; Eugênio Lins foto- grafou e gravou em CD-rom as imagens dos documentos selecionados no Arquivo da Casa dos Condes da Ponte, racionalizando a pesquisa; Mércia de Souza Barbosa partici- pou da coleta e sistematização de dados, como bolsista do Programa de Iniciação Cientí- fica da Universidade Estadual de Feira de Santana – PROBIC/UEFS e depois do Pro- grama Institucional de Iniciação Científica PIBIC/-CNPq/UEFS; e Ângelo Dantas de Oliveira, como bolsista do Programa de Iniciação Científica da Universidade Estadual de Feira de Santana – PROBIC/UEFS, também participou da pesquisa, coletando dados em documentação diversa; Rejane Maria Rosa Ribeiro, Clodoaldo Morais da Silva e Isabel Cristina Nascimento Santana colaboraram com a ficha catalográfica, o abstract e a normalização da referência; Os amigos e colegas Fernando Antônio Guerreiro de Frei- tas, George Félix Cabral de Souza, Antônio Silva Magalhães Ribeiro, Antonieta Miguel, Francisco Antônio Zorzo e Florisvaldo Pereira Lessa leram e apresentaram sugestões que melhoraram o texto e seu conteúdo; os professores doutores Maria do Socorro Fer- raz Barbosa, orientadora, Marc Jay Hoffnagel e Suzana Cavani Rosas, participam do exame de qualificação, e depois da banca examinadora final com os professores douto- res Maria Yedda Leite Linhares e José Jobson de Andrade Arruda contribuindo com críticas e sugestões, que melhoraram o conteúdo e a forma final; na intimidade familiar Ivone Freire Costa, Dila Mara Freire Neves e Lucas Rego Silva Rodrigues contribuíram nas revisões e Andreh Hyor Freire Neves no apoio da informática. Também se deve agradecimento a instituições: à Universidade Estadual de Feira de Santana, que concedeu afastamento das atividades docentes para cursar o doutorado em História do Norte e Nordeste do Brasil na UEPE; à Universidade Federal de Per- nambuco, na pessoa da Profa. Dra. Maria do Socorro Ferraz Barbosa, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História, incentivadora e orientadora deste estudo, que oportunizou um ano de pesquisa vinculada ao projeto História da Cultura e Identidade Regional no Brasil e na América Hispânica, que coordena com o Prof. Dr. Julio Sán- chez Gómez, que também se disponibilizou a este estudo, na Faculdad de Geografia e Historia da Universidad de Salamanca; agradecimento extensivo à secretária do PP- GH/UFPE, Luciane Costa Borba, que sempre atendeu às demandas, até extrapolando os limites do seu mister; à biblioteca da Universidad de Salamanca, com um acervo de mais de 645 mil monografias e quase 20 mil periódicos à disposição do consulente, on- de se desenvolveu parte significativa da pesquisa bibliográfica, entre agosto de 2002 e julho de 2003; ao Centro de Estudios Brasileño da Universidad de Salamanca, nas pes- soas do seu diretor, Prof. Dr. José Manoel Santos Pérez e do seu secretário-general, o baiano-galego Vicente Justo Hermida, sempre disponíveis a todas as solicitações, mas acima de tudo, amigos; à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superi- or – CAPES, que financiou um ano de pesquisa no exterior. Finalmente expressa-se gratidão aos funcionários dos arquivos e bibliotecas con- sultados, no Brasil, em Portugal e na Espanha, dos quais sempre se recebeu profissional e atencioso atendimento, em particular no Arquivo Histórico Ultramarino, no Arquivo Público do Estado da Bahia e no Arquivo Municipal de Rio de Contas. RESUMO Discutindo aspectos do direito agrário português e do espanhol, debatendo as formas de apropriação fundiária no Novo Mundo, este estudo procura averiguar as con- figurações da propriedade, posse e exploração da terra no Brasil, durante a colonização e a consolidação do Estado Nacional, avaliando o caso particular do Alto Sertão da Ba- hia. Distingue identidades e dessemelhanças desse processo na Península Ibérica, na transição para o Antigo Regime e na dissolução deste pela Revolução Liberal do século XIX; no Novo Mundo durante a colonização e após as reformas liberais das novas na- ções latino-americanas e entre estas e suas antigas metrópoles; para delinear o apossa- mento de terras que deu origem à propriedade agrária estruturada com pequenas e mé- dias unidades, entremeadas por latifúndios, nos séculos XVIII e XIX na região estuda- da. Palavras Chaves: História Regional: Alto Sertão da Bahia; História: Caetité, Bahia; História Comparada: Brasil, Portugal, Espanha; América Latina; História Econômica: Brasil; História Agrária: Bahia; Direito Agrário: sesmarias, propriedade, Lei das Terras. ABSTRACT By discussing theorical and methodological foundations of the agrarian regional and local history in the socio-economical perspective; by focusing aspects of the Portu- guese and Spanish law; by discussing the forms of land appropriation in the New World; this study seeks to evaluate the configurations of the ownership, possession and exploration of land in Brazil during the colonization of the National State, evaluating the particular case of the High Backwoods of Bahia. It distinguishes identities and dis- similarities of this process in the Iberian Peninsula during the transition to the Old Re- gime and its dissolution by the liberal revolution of the nineteenth century; in the New World during the colonization and after the liberal reforms of the Latin American new nations and between these and their former metropoles; to delineate the appropriation of lands that originated the agrarian property structured with small and medium size uni- ties, interpersed by latifundia, during the eighteenth and nineteenth centuries in the stud- ied region. Key Words: Regional History: Alto Sertão da Bahia; History: Caetité, Bahia; Com- pared History: Brazil, Portugal, Spain, Latin America; Economical History: Brazil; Agrarian History: Bahia; Agrarian Law: sesmarias, property, Lei das Terras. LISTA DE TABELAS I. Reinos ibéricos por área, população e habitantes por km² – finais do século XV 93 II. Sesmarias distribuídas na América portuguesa, em números relativos, com áreas em léguas de sesmarias e léguas quadradas e a correspondência em hectares 126 III. Terras da Casa da Ponte, por localização, ano de arrendamento, avaliação anual, em mil réis e áreas convertidas em hectares – sertão e distrito da vila de Santo Antônio do Urubu – 1819 188 IV. Terras da Casa da Ponte, por localização, ano de arrendamento, avaliação Anual em mil réis, e áreas convertidas em hectares – Minas Novas (e extremidades dos termos de Caetité e Urubu) – 1819 192 V. Terras da Casa da Ponte, sem indicação de dimensões, por ano e valor do arrendamento, avaliação em mil réis e área presumível em hectare – Santo Antônio do Urubu – 1819 195 VI. Terras da Casa da Ponte, sem indicação de dimensões, por ano e valor do arrendamento, avaliação em mil réis e área presumível em hectare – Minas Novas (e extremidades dos termos de Caetité e Urubu) – 1819 196 VII. Terras da Casa da Ponte com indicação de dimensões, por área, em hectares e por tombamento – Santo Antônio do Urubu e Minas Novas – 1819 197 VIII. Terras da Casa da Ponte, sem indicação de dimensões, por área presumível em hectares e por tombamento – Santo Antônio do Urubu e Minas Novas – 1819 197 IX. Terras da Casa da Ponte, por área aproximada, em hectare, dimensões indicadas e presumidas – Santo Antônio do Urubu e Minas Novas – 1819 198 X. Valores dos bens familiares inventariados, em contos de réis, por períodos, em números absolutos e relativos – Alto Sertão da Bahia – 1754-1887 220 XI. Rebanhos bovinos inventariados, por número de reses, e por períodos, em números absolutos e percentuais – Alto Sertão da Bahia – 1754-1887 221 XII. Escravos por inventários e por períodos, em números absolutos e relativos – Alto Sertão da Bahia – 1754-1887 222 XIII. Condição jurídica de ocupação da terra, por períodos, com indicação de proprietários rendeiros e posseiros – Alto Sertão da Bahia – 1754-1887 223 XIV. Número de fílhos por casais inventariados e por períodos – Alto Sertão da Bahia – 1750-1800 224 XV. População por freguesias, condição jurídica e classificação étnica – Município de Caetité – 1872 230 XVI. Preços mínimos, médios e máximos, em mil reis, de uma rês aleatória, uma junta de bois e uma besta de carga – Alto Sertão da Bahia – 1754-1887 235 XVII. Valores do couro exportado do Brasil para Portugal, no final do século XVIII e início do XIX, em mil réis – 1796-1818 236 XVIII. Tropeiros por ano, localização, tamanho da tropa e peso transportável,

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236. XVIII. Tropeiros por ano, localização, tamanho da tropa e peso transportável, Os templários acumularam consideráveis fortunas na Europa,
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