ebook img

Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar PDF

140 Pages·2006·56.48 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar

.. POR UMA LINGUI~S TICAAPLICADA INDISCIPLINAR LUIZ PAULO DA MOITA LOPES [org.] l ,INt:LJAJGBM] 1. Português ou brasileiro? Vm convite à pesquisa Marcos Bagno, 6" ed. 2. Linguagem & comunicação social-visões da lingüística moderna Manoel Luiz Gonçalves Corrêa 3. Por uma lingüística crítica .. Kanavillil Rajagopalan, 2" ed. , 4. Educação em língua materna: a sociolingüística na sala de aula UMA Stella Maris Bortoni-Ricardo, 4' ed. LINGUISTICAAPLICADA 5. Sistema, mudança e linguagem- um percurso pela história da linr1üística moderna Dante Lucchesi DISCIPLINAR 6. "O português são dois" - novas fronteiras, velhos problemas Rosa Virgínia Mattos e Silva, 2ª ed. 7. Ensaios para uma sócio-história do português brasileiro Rosa Virgínia Mattos e Silva, 2• ed. 8. A lingüística que nosfazfalhar-lnvestigação crítica Kanavillil Rajagopalan j Fábio Lopes da Silva [orgs.] 9. Do signo ao discurso- Introdução à filosofia da linguagem Inês Lacerda Araújo 10. Ensaios dejllosofia da lingüística José Borges Neto 11. Nós cheguemu na escola, e agora? Stella Maris Bortoni-Ricardo, 2" ed. 12. Doa-se lindos filhotes de poodlc- Variação lingüística, mídia e preconceito Maria Marta Pereira Scherre 13. A geopolítica do inglês Yves Lacoste [org.] j Kanavillil Rajagopalan 14. Gêneros-teorias, métodos, debates J. L. Meurer Adair Bonini Désirée Motta-Roth [orgs.], 2ª ed. J 1 15. O tempo nos verbos do português-uma introdução a sua interpretação semântica Maria Luiza Monteiro Sales Corôa 16. Considerações sobre a fala e a escrita-fonologia em nova chave Darcilia Simões 17. Princípios de lingüística descritiva- Introdução ao pensamento gramatical M. A; Perini, 2" ed. 18. Por uma lingüística aplicada INdisciplinar Ulrlkc Meinhof Luiz Paulo da Moita Lopes (org.) 19. /11111cla111e11tos empíricos para uma teoria da mudança lingüística ll. Wcinreich W. Labov M. I. Herzog nvt1lcontl ..w . J 1 /Is orlr1m1s do português brasileiro li 1 m1 RodrlguC's Rojo /\11lho11y Julius Nélro 1 Maria Marta Pereira Scherrc 21. 11111'C11/11('1ro tl 11m11111I imlização- Pri11típio:; le1íricos f., 11p/imrrio Sl'1111slli10C'urlos L.<:on~·alvcs j Maria ('(·ll;1l .lm;1-I lcrnandes J V;i11la C'rlslh111C '11ssd) ( :11Ivno lorgs. J .!2. <l m•1111I 11 ,,,,, flOrl 11111111s /\lwrrlnw11sj i1110/o11lrns el 11hrh•l /\ 11l 111H'Nd 1• /\rui •lo J org. J .a ,\'1wl11lt1111i'lfsllr•11111111111/1111/vrt l11slm1111·11111/ 1/,o m111//s1· DIBLIO TE=C A" t li 111101 y H. C: 11y j /\1111 M. S. Y.llll'~ I 'i li 11•111/11111 f\1l 1l1ntfM:ft d•• (.1,1111 1,1•1 1 llllllO: ran UMA l IN~UI llCI\ Ai'l ICA ÔI\ INOI CIPI INN1 Compl1m1m to: Preoo: 40, 00 Eo1ToR: Marcos Marclonllo Doador: DIVERSOS CAPA E PROJETO GRAF1co: Andréia Custódio F u - 52?J1 55 CIO-o CONSELHO EDITORIAL Ana Stahl Zilles {Unisinos] Carlos Alberto Faraco {UFPRJ Egon de Oliveira Rangel [PUCSPJ Gilvan Müller de Oliveira {UFSC, lpo/J Henrique Monteagudo {Universidade de Santiago de Compostela] Kanavillil Rajagopalan {Unicamp] Marcos Bagno {UnBJ Maria Marta Pereira Scherre [UFRJ, UnBJ Rachel Gazol/a de Andrade {PUC-SP] Salmo Tannus Muchail {PUC-SPJ Para Stella Maris Bortoni-Ricardo {UnB] MARIA ANTONIETA ALBA CELANI CIP·BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES OE LIVROS, RJ Pelo trabalho inovador em lingüística aplicada quando poucos ainda pensavam esse campo no Por uma lingülsllca aplicada INdlsclplinar/ Branca Fabrfcio ... Brasil. Especialmente, pelo exemplo de let ai.); organizador Luiz Paulo da Moita Lopes.· São Paulo: Parfüola Editorial, 2006. ·(Llnguatgem]; 19) profissionalismo, pelo entusiasmo contagiante com as questões referentes à educação lingüística e pelos Inclui bibliografia ISBN978·8S·88456-49·S sonhos compartilhados para pensar e construir oucros caminhos e outros mundos. 1. Ungülstica aplicada. 2. Abordagem interdisciplinar do conhecimento 3. Linguagem e línguas. 4. Linguagem e cultura. 5. Sociolingüfstica. I. Moita Lopes, Luiz Paulo. li. Série. Cll0410 CDU811 Direitos reservados à PARÃBOLA EDITORIAL Rua Sussuarana, 216 - Alto do lpiranga 04281-070 São Paulo, SP PABX: [11) 5061-9262 \ 5061-1522 home page: www.parabolaeditorial.com.br e-mail: [email protected] Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode serreproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou me cânko, Incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão por escrito da Parábola Editorial Ltda. ISBN: 978-85-88456-49-5 (antigo 85-88456-49-4) ... 2' edlç11o: março de 2008 IO do texto: Luiz Paulo da Moita Lopes et alii IO da edlç11o: Parábola Editorial, São Paulo, julho de 2006 , Sumário AGRADECIMENTOS.................................................................................... 11 INTRODUÇÃO: UMA LINGÜÍSTICA APLICADA MESTIÇA E IDEOLÓGICA: INTERROGANDO O CAMPO COMO LINGÜISTA APLICADO Luiz Paulo da Moita Lopes ... .. .. . .. .. .. . ... .. ... . .. . .. .. . .. . .. .. .. . . .. .. .. . . .. . .. .. .. . . .. .. .. . .. .. .. . .. . 13 Como surgiu o livro................................................................................. 13 Uma primeira palavra .. .......... .. ......... .. .. .. . ...... ...... .. ...... .. ..... .. .... ...... ... .... .. 14 Para além da distinção entre aplicação de lingüística e lingüística aplicada . 17 Por que repensar outros modos de teorizar e fazer lingüística aplicada? 21 Novos tempos, novas teorizações............................................................ 22 O preço da !Ndisciplina em lingüística aplicada . . ...... ......... .. . ..... ..... .. ..... 26 Saboreando os capítulos........................................................................... 27 Referências .................... .. ...... ...... ....... ................ ...... ... ........... .... .. .. ....... .. . 42 CAPÍTULO 1: LINGÜÍSTICA APLICADA COMO ESPAÇO DE DESAPRENDIZAGEM: REDESCRIÇÔES EM CURSO Branca FalabeLla Fabrício .................................................................................. 45 Mundo em movimento .. ....... ..... ......... .. .... .. ..... .. ... .. .... ... .. .. .. . . ..... .. .. ..... .... 45 O momento contemporâneo..................................................................... 46 Epistemologias concorrentes em lingüística aplicada: mutações em curso 48 O território movente da linguagem: um olhar contemporâneo .............. 53 A desaprendizagem como possibilidade de conhecimento..................... 59 A pluralidade de nossos tempos: ética como horizonte norteador ......... 61 Referências . .......... ...... .. .... ..... ... ..... .. ...... ....... ..... ... .. ........... ..... ....... .. ... . ... .. 63 CAPÍTULO 2: ÜMA LINGÜÍSTICA APLICADA TRANSGRESSIVA Alastair Pennycook............................................ . .. . . .. . .. . .. . . .. . .. . . .. . ... . .. . .. . . .. . . .. . .. . . .. 67 Teorias transgressivas ...... .. ... ......... ......... ... .......... .... ....... ..... .. ... .. ..... ......... 72 As viradas lingüística, somática e performativa. .... ..... .. ....... ... .. ........... ... 77 A lingüística aplicada transgressiva.......................................................... 82 Referências............................................................................................... 83 CAPÍTULO 3: LINGÜÍSTICA APLICADA E VIDA CONTEMPORÂNEA: PROBLEMATIZAÇÃO DOS CONSTRUTOS QUE T~M ORIENTADO A PESQUISA Luiz Paulo da Moita Lopes ............................................................................... 85 Outras vozes e outros conhecimentos ..................................................... 85 Preparando uma agenda para a lingüística aplicada contemporânea: renarrar a viciai.social ............................... :............................................... 90 Uma lingüística aplicada contemporânea .............................................. .. 96 li li11.~ll/11im <' 11 tl1°11'1M m111 rt opi11irl11 ll'ir.t1 ......................................... 155 A imprescindibilidade de uma lingüística aplicada híbrida ou mestiça . 97 A li11J!/l/J·1itr1 1• 11 rll'.1mw m111 o socirtl.. ......... ........ ..... ...................... ...... J 56 A lingüística aplicada como uma área que explode a relação entre teoria A lingllístic:a na 1or1·e de marfim e sua relevância para a vida na terra .. 158 e prática ................................................................................................... . 100 LJma lingüística voltada para questões práticas ....................................... 159 Um outro sujeito para a lingüística aplicada: as vozes do Sul.. .............. . 101 Bons ventos .............................................................................................. 160 A lingüística aplicada como área em que ética e poder são os novos pilares 103 Lingüística de corpus........................................................................... 160 A lingüística aplicada como lugar de ensaio da esperança ...................... 104 Metacogniçáo ....................................................................................... 161 Referências .............................................................................................. . 105 Lingüística crítica e objetivo intervencionista....................................... 163 Teorias globais, práticas locais . . . . . . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . .. . . .. . . .. . .. . . .. . . . .. . . .. . .. . .. .. . 164 CAPÍTULO 4: CONTINUIDADE E MUDANÇA NAS VISÕES DE SOCIEDADE EM Considerações finais ....................................................................... ......... 165 LINGüfSTICA APLICADA Referências............................................................................................... 166 Ben Rampton ................................................................................................... . 109 Introdução ............................................................................................... . 109 CAPÍTULO 7: A QUESTÃO DA LÍNGUA LEGÍTIMA NA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA: A sociolingüística na interface tradição/modernidade ........................... . 110 UM DESAFIO PARA A LINGÜÍSTICA APLICADA CONTEMPORÁNEA A sociolingüística na interface modernidade/pós-modernidade ............ . 113 Inês Signorini ................................................................................................... 169 Alguns temas da sociolingüística pós-moderna ...................................... . 115 Introdução................................................................................................ 170 A lingüística aplicada na modernidade recente ...................................... . 119 Inverter a lógica vigente de legitimação pela norma............................... 171 A situação negligenciada ......................................................................... . 123 Rever a lógica vigente da polarização diglóssica .. ........ .... ... .. . ..... .. ... .... .. . 173 Referências .............................................................................................. . 126 Rever a partilha vigente entre afásicos e porta-vozes .. ..... .. ... . ..... .. ... .... .. . 177 Anexo ...................................................................................................... . 128 Pressupostos e desafios no campo aplicado dos estudos da linguagem .. 181 Considerações finais................................................................................ 188 CAPÍTULO 5: A LINGÜÍSTICA APLICADA NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO Referências............................................................................................... 189 B. Kumaravadivelu .......................................................................................... . 129 Introdução ............................................................................................... . 129 CAPÍTULO 8: LINGÜÍSTICA APLICADA NA ÁFRICA: DESCONSTRUINDO A NOÇÃO O conceito de globalização ..................................................................... . 130 DE LfNGUA A fase atual da globalização .................................................................... . 131 Sinfree Makoni & Ulrike Meinhof................................................................... 191 Globalização cultural ................................................................................ . 131 Introdução................................................................................................ 191 Transformação de derivante para autônoma .......................................... . 136 Pro'cessos na construção social da língua ................................................ 193 Transformação do moderno para o pós-moderno .................................. . 139 A noção de língua em lingüística aplicada e o público leigo................... 195 Transformação de colonial para pós-colonial.. ........................................ . 143 Pressuposto 1: A função primária da linguagem é u·ansmicir informação factual 198 Conclusão ................................................................................................ . 146 Línguas nativas como línguas cristãs .. . .. . .. . . .. . .. . . . .. . .. . . .. . .. .. .. . .. . . . . . .. . . .. . . .. . 199 Referências .............................................................................................. . 147 Pressuposto 2: As línguas existem ontologicamente fora de um evento comunicativo ............................................................................................ 201 CAPÍTULO 6: REPENSAR o PAPEL DA LINGÜÍSTICA APLICADA Pressuposto 3: As línguas compreendidas como constituídas de unidades Kanavillil Rajagopalan ...................................................................................... . 149 distintas e o linguacismo duplo . .. ..... ..... ........ ..................... ... .. . ...... .. .... ... 202 Introdução: um esclarecimento .............................................................. . 149 Pressuposto 4: As línguas têm nomes .. ..... .. .. ..... .. ... .. ..... .. .. ... ........... .... ... 207 Sinais positivos de mudança ................................................................... . 149 Do conhecimento local para a lingüística aplicada .. ... .... ... ......... ......... ... 208 A crise na/da lingüística .......................................................................... . 150 Conclusão . .. ...... ............... ...... ...... .. ... ........ ... ... . ... ... .. ..... .. . . .. . . . .. ... .. .. ... ... ... . 209 A promessa .......................................................................................... . 151 Referências............................................................................................... 211 Uma lingüística de resultados .............................................................. . 152 vrr.m fl cz·e• ncz·a para nz·n gue' m "b otar d0,+e;z·t o " .......................................... . 152 CAPÍTULO 9: A TEORIA QUEER EM LINGÜÍSTICA APLICADA: ENIGMAS SOBRE f)ecepçáo ............................................................................................ .. 152 "SAIR DO ARMÁ.RIO" EM SALAS DE AULA GLOBALIZADAS A lingüís1ica teórica e a fàlta de compromisso com questões de ordem prática 155 Cynthia D. Nelson .. . .. . .. . . .. . . . .. .. .. .. .. .. . .. . . .. . .. .. .. . .. .. .. . .. .. .. .. .. .. . .. . . .. .. .. . .. . .. .. . .. .. . . .. . .. 21 5 A Lingiilstita f' a neutralidade científica ............................................... . 155 Enigmas sobre "sair do armário" ........... ... ...... ...... ......... ... .. ..... ...... .. ...... .. 2 17 10 POR UMA 1I NGÜfSTICA APLICADA INDISCIPLINAR Tony: no armário?............................................................................... 217 Agradecimentos A perspectiva do professor..................................................................... 218 As perspectivas dos estudantes .. .. .... ......... .... ... ... .. . .. ........ .. . ... ... .. .... .. .. ... . 218 Pensando transculturalmente . . .. . . .. . .. . . .. . . .. . .. . .. .. .. . . .. . . .. . .. . . .. . .. . . .. . .. . . .. . . .. . . 219 Gina: 'saindo do armário'?.................................................................. 222 A perspectiva da professora . .. .. .. . . .. . .. .. .. . .. . . .. .. .. . .. . . .. .. .. . . .. . .. .. .. . .. . . .. . . .. . . .. . 222 A perspectiva de uma estudante .. .. . .. .. . .. . . .. .. .. . .. . .. . . .. . . .. . .. . .. .. . .. .. . . .. .. .. .. .. . 223 As ambigüidades da construção do significado .. .. .. . .. . .. . .. .. .. . . .. .. .. .. .. .. . .. . . 224 S ou muito grato a Alastair, Ben, Branca, Cynthia, Inês, Kumar, Roxanne: nenhuma identidade sexual? ............................................... 225 A perspectiva da professora .. . . .. . .. .. ... .. . . .. .. .. ... . . .. . .. . .. .. .. .. . .. ... ... .. .. . ... . .. . .. . 225 Marilda, Rajan, Sinfree, Ulrike e Roxane, autores dos capítulos A perspectiva de um estudante.............................................................. 226 que constituem o livro, por confiarem seus textos a mim, para Desfazendo os n6s das identidades sexuais............................................ 227 que eu pudesse organizar este volume à luz da proposta inicial Desencontros queer de significados......................................................... 229 que lhes apresencei. Também agradeço pela colaboração no longo processo Referências............................................................................................... 231 de editoração e tradução. Em especial, sou grato a Marlene Soares dos CAPÍTULO 10: UM OLHAR METATEÓRICO E METAMETODOLÓGICO EM PESQUISA Santos (UFRJ), a Branca Falabella Fabrício (UFRJ) e a Myriam Brito Corrêa EM LlNGüfSTICA APLICADA: IMPLICAÇÕES .t.TICAS E POLfTICAS Nunes (UFRJ), pelo estímulo e apoio constantes, sem os quais não seria Marilda C. Cavalcanti ...................................................................................... 233 possível pensar a lingüística aplicada. Introdução................................................................................................ 233 O contexto e a metodologia de pesquisa: no "território do Outro" onde Quero agradecer também aos colegas e alunos de várias universidades estou eu, pesquisadora, também uma outra Outra?................................ 236 brasileiras (PUC-SP, UNICAMP, UNB, UFMG, PUC-MG, UNISINOS, O arcabouço teórico - o território consmúdo na e além da lingüística aplicada 239 lJFF, UFAL e UFPA) e da Universidade Autônoma do México, onde estive Caminhos da pesquisa aplicada em situações-limite: ministrando palestras nos últimos anos; a meus orientandos e participantes o olhar demandado pelo interesse s6cio-hist6rico..... ... .. .. . .. . ... .. .. . .. . . .. . .. .. 239 das reuivões semanais de nosso projeto, notadamente, Alba Regina Loredo Foco na construção de identidades étnicas e representações sociais......... 240 (:ama Tamanini, Andersen da Silva Lopes, Andréia de Almeida Lopes, Fabiana Continuando a Leitura da teia em que me enredo - uma entrada na análise dos dados . .. . .. . . .. .. .. . . .. . . .. . .. .. .. .. .. . . .. . . .. . . . .. .. . . .. . .. .. .. .. .. . . .. . ... .. .. .. .. .. . . .. 242 1ê :ixeira Lopes, Mima Cristina de Andrade Palmeira, Rogéria de Arruda Excertos de aula de português . .. .. .. ... . . .. . .. .. . .. ... .. .. . ... .. .. .. .. . .. ........ ... .. ... .. . 242 M.lltos e Sonia Izabel Fabris Campos; e aos bolsistas de iniciação científica, Escola e identidades étnicas.................................................................. 247 'lilvia Barros da Silva Freire, Paula Pacheco Alves, Thiago de Oliveira Garcia Considerações finais - Foco em minorias: questões éticas e compromisso "i1rnões, Lêda Maria Vieira Boaventura, pelas infindáveis discussões sobre os político, implicações para o fazer pesquisa e para o fazer pesquisa "de dentro" 249 11·111as que me levaram a pensar sobre a organização deste volume. Referências............................................................................................... 251 Sou ainda grato a Isaías Alexandre Rodrigues (bolsista de apoio técnico do CAPÍTULO 11: FAZER LINGüfSTICA APLICADA EM PERSPECTfVA NPq), pela ajuda com o manuscrito; a Liliana Cabral Bastos (PUC-Rio) e SÓCIO-HISTÓRICA: PRIVAÇÃO SOFRIDA E LEVEZA DE PENSAMENTO Roxane Helena Rodrigues Rojo ........................................................................ .. 253 .1 Maria das Graças Dias Pereira (PUC-Rio), pelas idéias compartilhadas; e a lnterdisplinaridade em lingüística aplicada: condição de l 111 ia Pacheco de Oliveira (PUC-Rio) e a Antônio Flávio Barbosa Moreira possibilidade da perspectiva sociocultural ou sócio-histórica ................ . 254 (l ll"RJ), pelo apoio bibliográfico. Agradeço, especialmente, ainda ao CNPq, O que é fazer Lingüística aplicada? Um consenso atual da comunidade .. 257 < 'At>l~S, FAPERJ e Fulbrighc pelos auxílios recebidos. E, por fim, agradeço a Como fazer lingüística aplicada? Um dissenso da comunidade .............. 259 l<n~t· Zuanclti, já que "o coração tem razões que a própria razão desconhece". Uma maneira de fazer lingüística aplicada: a perspectiva sócio-histórica 261 E1n sí111csc ............................................................................................... . 273 Rdl·1C:nli.l~ .............................................................................................. . 27/i J 1 ., .., l~TRODUÇÃO Uma lingüística aplicada mestiça e ideológica INTERROGANDO O CAMPO COMO LINGÜISTA APLICADO Luiz Paulo da Moita Lopes "Os cmzamentos de disciplinas ainda estão para acontecer ... " (GRUZINSKJ, 2001: 44). "Concebemos a pós-modernidade não como uma etapa 011 tendência que mbstituiu o mundo moderno, mas como uma maneira de problematizar os vínculos equívocos que ele amarrou com as tradições que quis excluir ou mperar para constituir-se" (CANCLINI, 1997: 28). "[Precisamos fazer a nós mesmos} perguntas rigorosas de natureza política, metodológica e epistemológica sobre os interesses a que serve todo empreendimento de pesquisa" (ROMAN, 1993: 78). COMO SURGIU O LIVRO H á quatro anos venho pensando sobre as idéias que acabaram por me levar à organização deste volume. Primeiramente, comecei a expressá-las na mesa-redonda de abertura do VI Congresso Brasileiro de Lingüística Aplicada (Associação de Lingüística Aplicada do Brasil - ALAB), em 2001, na UFMG; a seguir, no simpósio que coordenei no Congresso Mundial de Lingüística Aplicada da Associação Internacional de Lingüística Aplicada (AILA, 2002), em Cingapura, e, finalmente, em uma mesa-redonda que organizei no Congres so Internacional da Associação Brasileira de Lingüística (ABRALIN), em 2003, no Rio de Janeiro. O livro é, portanto, resultado de debates em eventos no campo da lingüística aplicada dos quais participei nesse período, no Brasil e no exterior, com alguns colegas (notadamente, Inês Signorini, Kanavillil Rajagopalan e Alastair Pennycook), cujas contribuições são incluí das aqui. ~ i.ambém influenciado por minhas parlicipaçõcs cm congressos Aqui St' .lpl'l'M.'111.llll c.c11.1s 1e11d~11ci:1.s de c.:omo ver a l.A, c.1ue representam interdisciplinares em várias partes do mundo (especialmente, nos campos de d1•tl't tnin.1das escolhas tcóric.:as, visocs <lc mundo, valores etc., o que não estudos culturais, ciências sociais, estudos de gênero e sexualidade e teorias qttt·r c.li1.cr que essas sejam as únicas possíveis e nem que todos os pesqui socioculturais) que me conduziram à necessidade de pensar uma lingüística ~.1dorcs incluídos neste volume concordariam em relação à vasta gama de aplicada (1A) que dialogasse com teorias que estão atravessando o campo das lflll'\IOCS discutidas em todos os capítulos. Em outras palavras, não se pre- ciências sociais e das humanidades. Esse movimento que vou chamar de LA 11•1Hle aqui apontar que estamos diante de uma nova "escolà' de LA, com mestiça, obviamente de natureza interdisciplinar/transdisciplinar, tem sido pri11dpios explícitos, na qual aqueles que assinam os trabalhos que consti- notado no trabalho de muitos pesquisadores, que, ao tentarem criar 111cm o volume se encaixem perfeitamente em um quadro bem delineado. inteligibilidade sobre problemas sociais em que a linguagem tem um papel cen 1k ÍalO, na pesquisa como na vida social, raramente, os pesquisadores/as tral (a visão de LA com que opero hoje), têm sentido a necessidade de 1wssoas se amoldam em formas ou pensam homogeneamente. Seria incon vincular seu trabalho a uma epistemologia e a teorizações que falem ao g1 uente com a proposta abaixo de um sujeito social heterogêneo e de uma mundo atual e que questionem uma série de pressupostos que vinham 1 A continuamente auto-reflexiva (veja a posição de Pennycook, neste volume, informando uma lA modernista (veja, por exemplo, a crítica que Pennycook, \ohrc LA como prática problematizadora), argumentar diferentemente. Além 1998, faz a tal 1A). disso, Rampcon (1997) indica que a LA está se tornando "um espaço aberto" !Ili "com múltiplos centros" (Rampton, neste volume), no qual se encontram Explica-se assim a tentativa que este livro representa ao reunir pesquisa 1 oncepções similares e divergentes de LA. Note-se, porém, o lamento expres dores que têm procurado ir além da discussão, agora já envelhecida, sobre a :m por Davies (1999: 141) em relação à desistência da construção de um diferença entre aplicação de lingüística e lingüística aplicada, no interesse de projeto de uma LA unificada e coesa, que a visão de Rampton (1997), como construir novos modos de teorizar e fazer LA. Dessa forma, inicio esta intro de fato a de outros pesquisadores, neste livro, indica. dução recuperando visões anteriores de lA, na tentativa de situar como vejo os desenvolvimentos acuais para, a seguir, levantar posições contemporâneas e, Por outro lado, mesmo não compreendendo minha pos1çao como a de concluir, apresentando as várias contribuições que constituem este livro. .tlguém que possa ser colocado no rol dos pesquisadores que fazem o que Davies (1999: 145) chama de "LA 'normal"'1, acredito que todos aqueles que l ontribuem para este volume também não o possam. Isso não quer dizer que UMA PRIMEIRA PALAVRA l'SSes pesquisadores são aqui carimbados com o rótulo daqueles que fazem LA '.111ormal' (como se normalidade e anormalidade não fossem construções M>ciais, refletindo posicionamentos a respeito de que lado da fronteira se está Começar um livro cujo objetivo é apontar novos direcionamentos para localizado na produção de conhecimento), mas que compartilham alguns uma área de pesquisa em que se trabalha é um empreendimento difícil, uma princípios gerais, notadamente, a necessidade de atentar para teorizações vez que está implícita em tal proposição uma insatisfação em relação ao cxtremamente relevantes nas ciências sociais e nas humanidades que prcci modo como as coisas estão nesse campo, ainda que se fale como um pesqui sam ser incorporadas à LA. Tais teorizações, corno se verá, se prendem prin sador de dentro dessa área e se discorde dos próprios percursos anteriores de cipalrnente a compreensões referentes à natureza do sujeito social, advind." investigação. O ponto a que estou me referindo tem a ver, portanto, com de uma problematização dos ideais modernistas, que têm implicaçõo d1· o desejo de propor uma mudança possível do curso do barco em uma área natureza epistemológica. de investigação, sem pular fora dele, ao mesmo tempo em que se contempla a hipótese de que nem todos têm que tomar o mesmo barco. Está aqui, já de início, explícita a idéia de que não se almeja com este livro uma unifor 1 Davies (1999: 145), no glossário incluído ao final de seu livro, define a chamnd.1JA•11111 111111111 "uma abordagem avaliaciva da LA 'normal', desenvolvida por alguns lingüistas aplic.1dm,, 0111li1 • 111 111 1 mização para o nosso campo (ainda que tal empreitada fosse possível!), ou de que a LA não está imeressada na transformação da sociedade. LA 'normal', ele .1u11d11111111111l11l11 I 11111 seja, não se objetiva que todos tenham de optar pelas mesmas escolhas de Davies (1999), se refere à rradição de estudos que cem uma force dcpc11d~1H i,1 11.1 111111111 ih t '1 teóricas e metodológicas e seguir uma "nova verdade". rnmbém marcada por visões modernistas de produção de conhecimenio. As áreas de investigação mudam quando novos modos <le fazer pesquisa, Aiml.1 qm· .\l' po~~.1 rnmide1 ,1r que muito tk·ssL' desconforto sobre a IA seja tanto do ponto de vista teórico quanto metodológico, são percebidos como 11111.1 1L·a~.10 ao foto de da ser uma área que atrai muitos alunos no Brasil e mais relevantes para alguns pesquisadores que, ao adotar persuasões particu 1111 cx1erior e que sua afirmação e fonalecimento nos últimos quinze anos no lares, começam a ver o mundo por meio de um par diferente de óculos, por l\1.1sil provocou uma reorganização dos escudos lingüísticos em relação ao assim dizer, passando a construir (enfatizo: construir) o quê e o como se poder acadêmico e ao financiamento da pesquisa, acredito que seja necessário pesquisa de modos diferentes. O que este livro faz é apontar algumas ten onsiclerar a razão pela qual o campo da l.A causa tal dificuldade de compre- 1 dências em relação à necessidade de usar cal par de óculos de forma que seja 1011sao. Penso que este livro não vai tornar as coisas mais fáceis para a IA. Sou possível abordar o campo da l.A de um ângulo diferente. d1• opinião de que vamos continuar a ser vistos como "o outro" no vasto campo dos estudos lingüísticos, e, na verdade, cada vez mais assim, devido à natureza Após ter escrito e ministrado cursos continuamente sobre a natureza da do que fazemos e de como o fazemos, uma vez que uma das características da IA, interrompi essas atividades durante oito anos. Minha última contribuição IJ\ contemporânea é o envolvimento em uma reflexão contínua sobre si mes- (Moita Lopes, 1998) para essa questão aparece em um volume sobre 111a: um campo que se repensa insistentemente (cf. Pennycook, 2001: 171). transdisciplinaridade e pesquisa em LA, organizado por Signorini & Cavalcanti, 1'. ti característica pode ser bastante problemática para campos cristalizados, em 1998. Por um lado, isso indica que eu não tinha então mais nada a dizer wguidores de visões de conhecimento como construção de verdade. sobre o tema; e, por outro, que a necessidade política de estabelecer o campo da IA no Brasil como uma área de investigação, o que estava, de fato, por trás Essa dificuldade é principalmente maior para aqueles que atuam no de muitos textos e da discussão nos anos 1980 e 1990 (cf., por exemplo, ;1mpo dos estudos lingüísticos sem familiaridade com muito da discussão 1 Cavalcanti, 1986; Moita Lopes, 1990; Celani, 1992, Kleiman, 1992), havia nas humanidades e nas ciências sociais, onde a pesquisa em l.A está situada desaparecido. A LA é um campo agora relativamente bem estabelecido no (1.J. Cavalcanti, neste volume). Em outras palavras, isso é especialmente um Brasil, apoiado institucionalmente por muitos programas de pós-graduação e problema para aqueles que trabalham com definições muito claras pelas agências que financiam a pesquisa, assim como por uma associação cien (f undamentaliscas ou essencialistas, talvez?) do que o campo de escudos da tífica (a Associação de Lingüística Aplicada do Brasil - AIAB). O que não quer linguagem é e faz, ainda que eu seja de opinião de que cal distinção é cada dizer, porém, que muitos de fora do campo não se perguntem o que é LA. vez mais difícil de fazer, no Brasil e em outras partes do mundo, mesmo no De fato, não têm sido poucas as vezes que tenho visto, ainda nos nossos rampo do que é chamado de lingüística atualmente. Basta examinar os dias, a pesquisa em LA caracterizada como a "outra lingüísticà'. Trata-se, na prnjetos vinculados ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), na macroárea verdade, de uma área que é fonte de perplexidade para muitos colegas de de lingüística, para entender a diversidade de cal campo. Ao apontar as outros campos dos chamados escudos lingüísticos (cf. Moita Lopes, 2004). As mudanças que vejo em nossa área e, na verdade, em muitas outras áreas, e, relações com a lingüística têm sido fonte de constante indagação e confusão, .10 introduzir os capítulos que seguem, espero deixar claros os problemas uma vez que a lógica da lingüística (ainda que seja difícil estabelecer clara relacionados com as perplexidades que envolvem o campo da LA. mente isso hoje) não funciona diante dos princípios que caracterizam a inves tigação em LA (cf Signorini, 1998a). A perplexidade advém freqüentemente do empreendimento de tentar encontrar na IA o que é ou não lingüística, o p ARA ALÉM DA DISTINÇÃO ENTRE APLICAÇÃO que serviria como instrumento de validação. Ecoando Evensen (1998), pode DE LINGÜÍSTICA E LINGÜÍSTICA APLICADA se dizer que a pêra só é legitimada com base no que cem de maçã na pêra. E é claro que o próprio nome da área, lingüística aplicada, colabora na A compreensão de que a LA não é aplicação de lingüística é agora um formulação e uso dessa lógica da maçã, o que também já foi bastante discutido truísmo para aqueles que atuam no campo (cf. Widdowson, 1979; Cavalcanti, (cf Cavalcanti, 1998), embora Pennycook, neste volume, aponte que a lin 1986; Moita Lopes, 1996; Kleiman, 1998). Tendo começado sob a visão de güística, "em muitas de suas manifestações atuais'', seja de "interesse perifé rico" e "[tire] nossa atenção das questões que precisamos focalizar". que seu objetivo seria aplicar teorias lingüísticas (veja, por exemplo, o livro > ~csbrava<lor ~lc Cordcr, 1973), principal menu:, ao ensino de IC11gu,1l1 ', ,1 l.A Já f~z ª. cdnc~ a essa formulação reducionista e unidirecional de que as h.1ma(b .iplita~.w til· lingilfstica, l(llC 11;10 rnn11:111pla nem a possibilidade.: dl· a pdlica alterar a teoria (cf. Cavalcanti, 20Ü'i, para uma crítica <lo teonas lrngüímcas forneceriam a solução para os problemas relativos à lin dt·senvolvimento da LA como parte da lingüística no Brasil e sua lura para guagem com que se defrontam professores e alunos em sala de aula. O 1o nstruir seu próprio espaço). ~implismo aqui é claro. Como é possível pensar que teorias lingüísticas, tndependentemente das convicções dos teóricos, poderiam apresentar res Assim, para dar conta da complexidade dos fatos envolvidos com a postas para a problemática do ensinar/aprender línguas em sala de aula? linguagem em sala de aula, passou-se a argumentar na direção de um Uma teoria lingüística pode fornecer uma descrição mais acurada de um .ircabouço teórico interdisciplinar. Isso acarretou a compreensão de que o aspecto lingüístico do que outra, mas ser completamente ineficiente do 1i po de conhecimento teórico com o qual o lingüista aplicado precisaria se ponto de vista do processo de ensinar/aprender línguas. 1•11volver, para tentar teoricamente entender a questão de pesquisa com que 1l' defrontava, atravessava outras áreas do conhecimento, gerando "configu- . Tal processo está sob contingências outras que nenhuma teoria lingüís 1.1ções teórico-metodológicas próprias, isto é, não coincidentes e nem redutíveis uca pode contemplar: aspectos sociais e psicológicos da aprendizagem em sala de aula são somente algumas delas, estando bem distantes do escopo de ~\ contribuições das disciplinas de referência" (Signorini, 1998a: 13). Essa uma teoria lingüística (cf Moita Lopes, 1996). É possível que uma descri lógica da interdisciplinaridade possibilita então à LA escapar de visões preestabelecidas e trazer à tona o que não é facilmente compreendido ou o ção lingüística que tenha mais a ver com o modo como as pessoas (falantes, que escapa aos percursos de pesquisa já traçados, colocando o foco da pes reda~ores etc.) compreendem o uso da língua (as regras intuitivas que dizem quisa no que é marginal (Signorini, 1998a). Foi assim que o problema de segutr no uso de uma língua), ou seja, os conhecimentos que as pessoas têm pesquisa passou a ser construído interdisciplinarmente e a relevância desse de suas práticas lingüísticas, seja mais útil para o processo de ensinar/ t•nfoque na problematização de questões de uso da linguagem dentro ou fora aprender do que uma descrição informada por determinada teoria (cf. d.1 sala de aula (cf. Cavalcanti, 1986) começou a ser levantada. Widdowson, 1979: 241-242; Moita Lopes, 1996: 84). Nessa direção, Makoni (2003: 135) argumenta que, para ser adequada ao contexto africano, a LA Ao contrário do que freqüentemente acontece em outras partes do mun terá de usar "categorias analíticas tão próximas quanto possível das percep do, no Brasil, a pesquisa em LA tem se espraiado para uma série de contextos ções locais sobre a linguagem". diferentes da sala de aula de LE: da sala de aula de LM para as empresas, para Esse equívoco aplicacionista deve-se possivelmente ao entusiasmo que a .is clínicas de saúde, para a delegacia de mulheres etc., ainda que predominem ~o:~ulação, de uma área de conhecimento nova, a lingüística, despertou no .1spectos referentes à educação lingüística. E a questão da pesquisa, em uma m1c10 do seculo XX, e a compreensão apressada e pouco lúcida de que o seu variedade de contextos de usos da linguagem, passou a ser iluminada e aparato teórico poderia focalizar questões além de seu alcance (cf. a visão de lOnstruída imerdisciplinarmente. Tal perspectiva tem levado à compreensão Kleiman, 1998, em relação às vocações aplicacioniscas na área de língua da LA não como conhecimento disciplinar, mas como INdisciplinar (Moita materna - LM). Daí, então, ser possível explicar essa relação unidirecional Lopes, 1998) ou como antidisciplinar e transgressivo (Pennycook, 2001 e entre teoria lingüística e a prática de ensinar/aprender línguas, típica da neste volume)3. É assim que o lingüista aplicado pode ser compreendido como "um rei sem reino" (Fauré, 1992: 68), como indica Moita Lopes (1998). 2 No entanto, Celani (1998: 142), sabiamente pergunta: "Há lugar para reinos Em muitos. dr:ulos, a LA ainda está voltada somente para o ensino de língua estrangeira (1.E), notadamente, do mgl~s (cf. Karam.adivelu, neste volume, e Bygate, 2004), área em que começou a se no domínio do saber?". Essa indagação encerra em si um desafio para as desenvol~er e que ~tr~u e atrai muitos pesquisadores. No Brasil, o escopo da LA tem sido cada vez mais formas tradicionais de organização do conhecimento em "igrejas" na academia, amplo, nao se resmngmdo, de modo algum, ao ensino de LE, ainda que, da mesma forma que em outras por ~im dizer, nas quais não se pode entrar sem obter permissão ou visto. partes do mundo, o fo,co .preponderante ~ejam questõe~ relativas a linguagem e educação (veja, por exemplo, a mesma tendenc1a na LA da Austrália e da Nova Zelândia em Kleinsasser, 2004). Muitos autores (Brumfir, .1997 e Cook, 2003, por exemplo), porém, indicam que os interesses da LA vão além da educação lmgüística e focalizam "práticas lingüísticas''. 3 Pennycook (2001: 173), em sua caracterização de uma LA antidisciplinar, relaciona-a com "11 m modo de pensar e fazer que está sempre questionando, sempre procurando novos esquemas de poliriz~ção". >

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.