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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Melina Girardi Fachin Verso e ... PDF

199 Pages·2008·1.31 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Melina Girardi Fachin Verso e Anverso dos Fundamentos Contemporâneos dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais: da localidade do nós à universalidade do outro MESTRADO EM DIREITO SÃO PAULO 2008 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Melina Girardi Fachin Verso e Anverso dos Fundamentos Contemporâneos dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais: da localidade do nós à universalidade do outro MESTRADO EM DIREITO Dissertação apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para a obtenção do título de MESTRE em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação da Profª. Drª. Flávia Piovesan. SÃO PAULO 2008 BANCA EXAMINADORA _________________________________ _________________________________ _________________________________ A Marcos, companheiro que fez minha existência conhecer o amor maior, dedico esse escrito. Com Fernando Pessoa aprendi a felicidade está fora da felicidade; com você, aprendi que ela está ao seu lado. A você, dedico este trabalho e, junto com ele, todo meu amor. Agradeço o privilégio da orientação da Professora Flávia Piovesan, e ao fazê-lo relembro aqui o que Eduardo Galeano nos conta: "Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas. – O mundo é isso – revelou. Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam, nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo” 1. Registro minha gratidão à Professora Flávia Piovesan, que engrandece este pequeno trabalho, brilha como chama forte, incendiando aqueles a quem guia, contagiando-nos com seu brilho, brindando-nos com sua afabilidade e inspirando- nos com sua inexaurível força. 1 O Mundo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2007, p. 13. AGRADECIMENTO ESPECIAL Não poderia deixar de agradecer meus primeiros Mestres: Meu Pai e Minha Mãe – que me educaram sobre a vida e sobre o Direito. A vocês não há signo vocabular passível de enclausurar a imensa gratidão, orgulho e amor que possuo. “Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.” (Mãos Dadas. Carlos Drummond de Andrade.) RESUMO A presente dissertação tem como objetivo tratar, de modo plural e crítico, a complexa questão dos fundamentos dos direitos humanos e dos direitos fundamentais. O debate em questão não é novo, uma vez que imbricar pelas tortuosas sendas do universalismo dos direitos e do relativismo cultural remonta à própria origem – e à genealogia – desses direitos. Nada obstante, no cenário global contemporâneo, é tema que avulta com força na pauta das discussões. Isto porque a teoria dos direitos humanos e dos direitos fundamentais tem tido especial dificuldade para lidar com o mundo que emerge do choque civilizacional que marca o início do novo milênio. As estruturas e categorias, quer no plano teórico, quer no plano prático, foram concebidas à luz da dicotomia nós/eles. Neste cenário multicultural, emerge o desafio de mirar os direitos humanos e os direitos fundamentais como uma política simultaneamente global e cultural, ou seja, como artifícios teóricos de possibilidade universal que, ao revés de instrumentos hegemônicos, estejam abertos e permeados pela realidade cultural. Para cumprir tal mister, imperiosa a análise do surgimento histórico e evolução tanto da matriz universalista quanto da relativista no discurso jurídico. Ainda buscou-se, por meio da jurisprudência internacional, que tem sido arrostada por tais demandas, espelhar o presente debate. Emerge cristalino que, atualmente, há diversas respostas possíveis, embora contraditórias, à questão. O desafio que se coloca, e que o trabalho pretende explorar, é o de problematizar seus limites e suas possibilidades para além de uma resposta única. Palavras-chave: direitos humanos – direitos fundamentais – multiculturalismo – cultura – diversidade – tolerância. ABSTRACT This dissertation is intended to treat, in a plural and critical way, the complex issue of the foundations of human rights and fundamental rights. The debate is not new, since walk down the tortuous roads of the universality of rights and cultural relativism transport us back to the very origin - and genealogy – of those rights. However, in the contemporary global scenario, this subject arises with strength. This is because for the theory of human rights and fundamental rights has been particularly difficult to deal with the world that emerges from the clash of civilizations, which marks the beginning of the new millennium. The structures and categories, in theory, and in a practical level, were designed in the light of the dichotomy us/them. In this multicultural scene, raise the challenge of targeting human rights and fundamental rights as a policy both global and cultural, as theoretical artifacts of possible universality, which instead of being hegemonic instruments, are open and influenced by cultural reality. To fulfill this mission, it is important the analysis of the emergence of both the history and evolution of the universalism and relativist matrix in legal discourse. Also important is to mirror this debate by international decisions, which have been confronted by such demands. Currently, there are several possible, though contradictory, answers to the demand. The challenge, that the work will explore, is think its limits and possibilities beyond a single answer. Key – words: human rights – fundamental rights – multiculturalism – culture – diversity – tolerance. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..........................................................................................................01 PARTE I – “NÓS”: ASPECTOS DA FORMAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA CONCEPÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS ......10 Capítulo I – A Proto-História dos Direitos Humanos e Dos Direitos Fundamentais ...................................................................................................................................14 Capítulo II – O Surgimento da Modernidade, as Idéias Iluministas e a Consagração dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais ............................................... 24 Capítulo III – A Declaração de 1948 e a Concepção Contemporânea dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais........................................................................................................... 40 Capítulo IV – Cosmopolitismo e Cidadania Global: direitos humanos universais e questões contemporâneas ....................................................................................... 49 PARTE II – REFLEXÕES ACERCA DO RELATIVISMO CULTURAL E SEU IMPACTO NA TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ..................................................................................................... 60 Capítulo I – Corte Metodológico: o sentido da crítica ............................................... 63 Capítulo II – Cultura: um conceito necessário aos direitos humanos e aos direitos fundamentais..................................................................................... ....................... 72 Capítulo III – O Impacto da Idéia de Cultura na Estrutura Subjetiva: o Homem ou o homem? .................................................................................................................... 85 PARTE III: “NÓS” VERSUS “ELES”: ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA DOS FUNDAMENTOS À LUZ DE JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL .................... 93 Capítulo I - Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: caso Sandra Lovelace ................................................................................................................... 98 Capítulo II - Sistema Europeu de Proteção dos Direitos Humanos: casos Dahlab e Leyla Sahin ............................................................................................................. 107 Capítulo III - Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: casos Yakye Axa e Yatama ...............................................................................................119 PARTE IV – NÓS NELES E ELES EM NÓS: A Superação da Bipolaridade do Discurso ................................................................................................................ 138 Capítulo I – Relativismo e Universalismo: um debate a ser superado ................... 142 Capítulo II – Novas Perspectivas para Velhos Problemas ..................................... 151 Capítulo III – Um mais Um é mais que Dois: ética da (in)tolerância ...................... 165

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So how does one deal practically with the problem of being blindsided?” “O colapso do comunismo, a rápida emergência da China e da índia .. Em lugar dos antigos cultos à natureza, ou da adoração dos soberanos políticos, busca-se alcançar uma esfera transcendental ao mundo e aos homens;
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