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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Força, Armas, Leis e Milícia em PDF

204 Pages·2015·1.41 MB·Portuguese
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0 PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Rodrigo dos Santos Força, Armas, Leis e Milícia em I Primi Scritti Politici, de Maquiavel MESTRADO EM FILOSOFIA SÃO PAULO 2015 1 PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Rodrigo dos Santos Força, Armas, Leis e Milícia em I Primi Scritti Politici, de Maquiavel MESTRADO EM FILOSOFIA Dissertação de Mestrado com o título: Força, Armas Leis e Milícia em I Primi Scritti Politici, de Maquiavel apresentada a Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como exigência para obtenção do título de MESTRE em FILOSOFIA sob a Orientação do Prof. Dr. Antonio José Romera Valverde. SÃO PAULO 2015 2 BANCA EXAMINADORA ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ 3 DEDICATÓRIA Lembrando-me do Livro dos Provérbios, penso: "o coração prudente possuirá a ciência" (v.15). Por isso é que dedico esta Dissertação de um modo todo especial, a minha esposa, Josiane Alves Barbosa dos Santos. Agradeço-lhe pela sua companhia, pelo seu apoio, pelo incentivo me dado à volta aos estudos de uma maneira mais aprofundada em 2007 e pela compreensão que sempre demonstrou neste tempo de formação acadêmica, na pós-graduação, que não foi nada fácil. Dedico de igual modo a minha nova razão de viver - minha segunda filhinha: Camila Aparecida Alves Barbosa dos Santos, por quem, com todo afeto, me impus um ritmo para findar esta empreitada intelectual. Diante do recorte da história em que estou, penso em quem não está mais. Neste sentido, lembro-me do Prefácio da Missa pelos "Fiéis defuntos", onde se encontra um referencial que me conforta em relação aos que desta vida já partiram. No rito se lê: "Senhor, para aqueles que acreditam em vós, a vida não é tirada, mas transformada [...] e transformado nosso corpo de miséria, nos é dado, nos céus, um corpo de glória". É assim, em solene esperança do "ainda não da minha história", que dedico este trabalho e pesquisa in memoriam de algumas pessoas muito significativas na minha vida. Os meus pais – Dorival Camilo dos Santos e Benedita Santos e a minha filhinha primogênita, Ana Clara dos Santos Barbosa. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e a Natureza pela virtù! Agradeço ao CNPQ que me contemplou com Bolsa de Estudo na efetivação desta pesquisa e dissertação. Foi, de fato, uma oportunidade impar, que sem a qual a meu trabalho ficaria muito mais oneroso. Especial agradecimento ao Prof. Dr. Antonio José Romera Valverde, meu orientador. Pela partilha, pelas aulas, pelo bom humor, pela sinceridade, por seu espírito animado em ensinar, pelo seu “prazer pedagógico” em cada encontro, enfim, por ter-me aceito como seu orientando e ajudado na efetivação e realização desta pesquisa e dissertação. Agradeço ao Prof. Dr. Marcelo Perine por suas sugestões ao tempo da qualificação e pelo apoio nos estudos durante a empreitada nesta Instituição. Agradeço a exigente e pertinente reflexão que me causou o parecer do Prof. Dr. Kurt Eberhart Von Mettenheim ao tempo da qualificação. Obrigado por ter aceito participar de minha Banca, de ler meu trabalho e de me oferecer riquíssimas sugestões. Agradeço aos Professores: Dr. Anor Sganzerla (PUC-PR); Dr. Sidnei Francisco do Nascimento (UFMA) e Dr. Mario Ariel Gonzáles Porta (PUC-SP) por aceitarem fazer parte da Banca de Exame Final. Agradeço ainda aos Professores: Dr. Edelcio Gonçalves de Souza (USP), pela sua atitude de compreensão e colaboração para a especificidade de minha situação acadêmica e ao Dr. Maurílio José Camello (UFMG, UNITAU-SP), um grande amigo e incentivador ao estudo contínuo. 5 "Penso que a maior honra que podem ter os homens é aquela que voluntariamente lhes è dada por sua pátria. Acredito que o maior bem que se possa fazer, e o mais grato a Deus, seja aquele que se faz pela pátria. Além disso, nenhum homem é tão exaltado em uma ação, quanto são aqueles que, com leis e instituições, reformam as repúblicas e os reinos. Depois daqueles que foram deuses, estes são os mais louvados. E como foram poucos os que tiveram ocasião de fazê-lo, e pouquíssimos aqueles que souberam fazê-lo, são raros os que o fizeram. E essa glória tem sido tão estimada pelos homens que eles nunca visaram outra, e quando não puderam instituir uma república em ato, fizeram por escrito, como Aristóteles, Platão e muitos outros, que quiseram mostrar ao mundo que se não conseguiram fundar uma república, como Sólon e Licurgo, não foi por ignorância, mas pela impossibilidade de concretizar seus planos". Maquiavel, Política e Gestão Florentina, (2010) "A certa altura de minhas leituras, deparei-me naturalmente com as principais obras de Maquiavel. Elas provocaram em mim uma impressão profunda e douradora, acabando por abalar minha antiga crença. Delas não aprendi os ensinamentos mais óbvios, ou seja, como chegar ao poder político e conservá-lo [...] ou ainda, a que força ou astúcia devem recorrer os governantes se desejam regenerar ou proteger suas sociedades ou a si próprios ou a seus Estados de inimizade interna ou externa. Aprendi algo diverso. Mudei minha noção de virtude. Há pouco tempo pensava sobre a prudência, mas nem todos os valores supremos buscados pela humanidade agora e no passado são necessariamente compatíveis entre si. Aprendi um pouco da política e do político". Isaiah Berlin, Limites da utopia: capítulo das histórias das ideias (1991) “A grandeza de Maquiavel reside no fato de ter reconhecido, no limiar da nova sociedade, a possibilidade de uma ciência da política, equivalente nos seus princípios à física e à psicologia modernas e de ter enunciado os seus traços gerais de um modo simples e rigoroso. Não se trata aqui de analisar quão consciente Maquiavel estava desta analogia, ou quais as motivações que sofreu, vindas da leitura de obras de escritores clássicos ou investigadores seus contemporâneos: a sua intenção está à vista”. Max Horkheimer, Origens da filosofia burguesa da história (1929) “Não são textos menores. Apresentam um Maquiavel republicano, servidor público, antropófago e mestre em ilustrar o momento político, seja para a política exterior florentina republicana, seja depois de seu afastamento na procura de males menores no meio de forças monárquicas, estrangeiras e papais” Kurt Mettenheim Prefácio – Política e Gestão Florentina (2010) 6 RESUMO SANTOS, Rodrigo. Força, Armas, Leis e Milícia em I Primi Scritti Politici, de Maquiavel. Dissertação de Mestrado em Filosofia. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2015, 204f. A presente dissertação, a partir dos I Primi Scritti Politici, de Nicolau Maquiavel, apresenta a denominada "teoria da força", intitulada desta forma por Claude Lefort, fundada na qualidade de base para formação do exército florentino, tendo como instrumental, as boas armas, bem manuseadas, com homens disciplinados e patriotas. No que se refere à constituição da teoria da força, e tendo em vista todos os malefícios em que se incorre ao confiar em estruturas arcaicas, tal como o modelo medieval de Providência ou da ação política fundada no amor, Maquiavel desenvolve uma estratégia, aferida em sua prática, que desvincula a utilização de soldados mercenários ou exércitos mistos, portanto, de homens não patriotas, porque estes são por demais traidores e dados ao dinheiro. Maquiavel propõe a escolha perante o disjuntivo do – amor ou força, o pretérito do uso da força para conquista, reconquista e conservação do Estado. É por isso que a Itália de seu tempo sofria as agruras de uma nação espoliada, externamente, porque era fraca do ponto de vista de defesa e ataque. O “sonho de Maquiavel” é unificá-la, e a República de Florença há de ser a pioneira na estratégia de organizadamente – a partir da teoria da força, e de uma lógica que seja própria, partir para uma práxis de liberdade. A lógica da força é binária, pois tem uma direção teórica e estratégica, da qual Maquiavel se torna expert e outra prática, de onde a necessidade das armas, principalmente as de fogo, são indícios de fato do poder. O manuseio virtuoso das boas armas, vinculadas a boas leis, dosado de violência quando necessária, leva o Estado a manter-se no poder e defender sua condição de liberdade. A prova disso é que a história se incumbiu de demonstrar aos homens que faziam a plena harmonização do mezzo uomo e mezzo bestia, situação essencial para a fixação no poder. E tal era a situação de César Bórgia e Castruccio Castracani. Palavra Chaves – Força, Boas armas, Exército próprio, Boas leis, Violência. 7 ABSTRACT SANTOS, Rodrigo. Force, Weapons and Army on I Primi Scritti Politici, of Machiavel. Dissertation for a Master in Philosophy. Pontifical Catholic University of São Paulo, 2015, 204f. This dissertation, from I Primi Scritti Politici of Niccolo Machiavelli, presents the so-called "theory of force", called this way by Claude Lefort, founded on the basis of quality training for the Florentine army, whose instrumental force of efficient weapons, well handled, with disciplined men to form an appropriate army for the City of Florence. Regarding the establishment of the theory of force, and in view of all the harm that is incurred to rely on mercenaries in armies mixed in men unpatriotic because they are real betrayers due to the money, Machiavelli proposes the choice before the disjunctive – love or force, the use of force for conquest again and preservation of the state. That's why the Italy of his time suffered the hardships of a nation plundered externally, because it was weak in terms of defense and attack. The “dream of Machiavelli” is to regroup it and the Republic of Florence is to be a pioneer in an organized strategy – from the theory of force and a logic that is appropriate, heading to a praxis of freedom. The logic of force is binary, it has a “theoretical and strategic way from” which Machiavel is becoming clever, and another “practical” where the weapons, especially the fire ones are indications of real power. The virtuous handling of efficient weapons linked to good laws, mixed with violence when useful, it takes the state to remain in power and defend its condition of freedom. The proof in the dissertation is that the history is instructed to show men that achieve the full harmonization of “mezzo uomo e mezzo bestia”, essential situation be fixed in the power in the place. And such was the situation of Cesare Borgia and Castruccio Castracani. Word Keys - Strength, good arms, good laws own army. 8 SUMÁRIO Dedicatória ............................................................................................................................. 03 Agradecimentos ..................................................................................................................... 04 Resumo ................................................................................................................................... 06 Abstract .................................................................................................................................. 07 Relatórios dos I Primi Scritti Politici .................................................................................... 10 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11 CAPÍTULO I – A LÓGICA DA FORÇA E A CONQUISTA DA LIBERDADE EM I PRIMI SCRITTI POLITICI, DE MAQUIAVEL ................................................................ 22 1.1. O Humanismo Cívico e a ideia de vida ativa: a lógica da Força versus a lógica da Providência .............................................................................................................................. 24 1.2. “O Maquiavel antes de Maquiavel”: O Secretário observador dos I Primi Scritti Politici .................................................................................................................................................. 42 1.3. A lógica da força e seus disjuntivos em I Primi Scritti Politici ....................................... 60 1.4. A lógica da força nos escritos posteriores a 1513 ............................................................ 70 CAPÍTULO II – AS ARMAS, AS BOAS LEIS E A MILÍCIA PRÓPRIA COMO INSTRUMENTO E FORÇA DA AÇÃO POLÍTICA ..................................................... 107 2.1. A necessidade das armas, das leis e do Exército como base manutenção do poder político e da competitividade do Estado ............................................................................................ 112 2.2. As armas e o Exército próprio: Análise interna dos I Primi Scritti Politici e do Príncipe ................................................................................................................................................ 122 2.3. O povo e a sua virtú: Força e armas desembocam na manutenção do poder ................. 132 2.4. A formação do Exercito próprio de Florença: "As provisões da República de Florença o Magistrado dos Nove Oficiais da ordenança e Milícia florentina" ....................................... 142 9 2.4.1. A escolha, formação e aptidão militar ......................................................... 144 2.4.2. Os nove oficiais da ordenança: autoridade, função e administração ........... 146 2.4.3. A garantia da ordem através dos condestáveis e do modelo francês ........... 148 2.4.4. A organização interna dos homens inscritos no exército: Estruturação, Dispensa e Manutenção sob denúncia ................................................................... 151 2.4.5. Os homens e as armas: “Homens armados na confiança e na força” ........... 152 2.4.6. A relação interna e de obediência aos conscritos – “O capitão da guarda” e as primeiras conclusões da provisão, por parte de Maquiavel ................................... 153 2.4.7. Infantaria e Cavalaria para uma melhor proteção de Florença – Efetivação da Cavalaria, regulamentos e ponderações sobre a mesma ........................................ 154 2.5. A força e a formação do exército no Príncipe: como avaliar a força dos Estados ........ 157 2.5.1. Interdependência entre "Príncipe, Poder e armas" ....................................... 159 2.5.2. “O Príncipe – Cap. XIII-XIV: Forças auxiliares, mistas e próprias” .......... 161 2.5.3. César Bórgia e Carlos VII – visão de um exército próprio e o fundamento da prudência, lealdade e vitória genuína ..................................................................... 162 2.6. A prudência que fortalece a vida dos homens de virtù .................................................. 166 2.7. A palavra que governa o Estado forte ............................................................................ 178 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 183 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 189

Description:
mãos humanas e da constituição do Estado como um regulador de vida praefatio)45. Providência divina reguladora das coisas mundanas.
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