JOSÉ EMÍLIO ZANZIROLANI DE OLIVEIRA PLASTICIDADE FENOTÍPICA DA MORFOLOGIA, DE MARCADORES QUÍMICOS E DA ANATOMIA DE ACESSOS DE Bidens pilosa L. CRESCIDOS EM QUATRO ALTITUDES Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento, para obtenção do título de “Doctor Scientiae”. VIÇOSA MINAS GERAIS – BRASIL 2001 Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca Central da UFV T Oliveira, José Emílio Zanzirolani de, 1965- O48p Plasticidade fenotípica da morfologia, de marcadores quí- 2001 micos e da anatomia de acessos de Bidens pilosa L. cresci- dos em quatro altitudes. / José Emílio Zanzirolani de Olivei- ra. – Viçosa : UFV, 2001. 239 p. : il. Orientador: Vicente Wagner Dias Casali. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Viçosa. 1. Picão-preto – Caracterização isozimática. 2. Picão-preto – Diversidade genética. 3. Picão-preto – Micropropagação. 4. Picão-preto – Morfometria. 5. Picão-preto – Plasticidade fenotípica – Efeito da altitude. 6. Compostos fenólicos – Cromatografia líquida de alta eficiência. 7. Picão-preto – Anatomia. 8. Plantas medicinais. I. Universidade Federal de Viçosa. II. Título. CDD. 19.ed. 633.88355 CDD. 20.ed. 633.88355 JOSÉ EMÍLIO ZANZIROLANI DE OLIVEIRA PLASTICIDADE FENOTÍPICA DA MORFOLOGIA, DE MARCADORES QUÍMICOS E DA ANATOMIA DE ACESSOS DE Bidens pilosa L. CRESCIDOS EM QUATRO ALTITUDES Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento, para obtenção do título de “Doctor Scientiae”. APROVADA: 09 de agosto de 2001. ______________________________ _______________________________ Prof. Marcos Ribeiro Furtado Profa. Maria das Graças Lins Brandão (Conselheiro) ______________________________ _________________________________ Prof. Tuneo Sediyama Profa. Maria Eliana Lopes R. de Queiroz ______________________________ Prof. Vicente Wagner Dias Casali (Orientador) AGRADECIMENTO A Deus, meu criador e de todo o universo, pela companhia. À Universidade Federal de Viçosa e ao Curso de Genética e Melhoramento, pela oportunidade de realizar o curso. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela bolsa concedida. Ao professor Vicente Wagner Dias Casali, pela orientação, pela confiança, pela flexibilidade, pela presença e pelo provar incessante de que tudo é mudança. Ao professor Marcos Ribeiro Furtado, pelo auxílio nas análises estatísticas. Aos professores Tuneo Sediyama, Maria das Graças Lins Brandão e Maria Eliana Lopes Ribeiro de Queiroz, pelas críticas e pelas valiosas sugestões. Ao professor Fernando Luiz Finger, pelos ensinamentos e pelas facilidades no laboratório durante a pesquisa. Ao professor Hélio Vieira, pelo incentivo e pelo ensinamento na confecção dos aparelhos climatológicos. Aos professores e funcionários do Laboratório de Anatomia Vegetal, em especial à professora Letícia e ao Robson, pelo precioso auxílio e pela companhia. Ao professor Luiz Cláudio de Almeida Barbosa, pelas sugestões, pelo auxílio e pelo acompanhamento nas análises químicas. ii Aos colegas do Laboratório de Análise e Síntese de Agroquímicos, alunos de iniciação científica e de pós-graduação e os funcionários, Senhor Antônio e Ricardo, pela boa convivência, pelas dicas e pelo auxílio nas análises químicas. À professora Maria das Graças Lins Brandão, da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, e sua orientada Francis, pelo ensinamento prático e direcionamento das análises químicas. Ao Ribeiro, exemplo de dedicação, pelo empenho nas análises isozimáticas. Ao Geraldo, pela presença e pelo auxílio durante a micropropagação. Ao Senhor Vicente Rosado e José Geraldo, pela cooperação no preparo do solo e na aclimatação das plantas. Ao Cláudio, Laboratorista da Física do Solo, da UFV, pela análise realizada no solo utilizado no experimento. Aos motoristas da UFV, pela disposição e pelo transporte seguro durante a condução do experimento. Ao Grupo Entre Folhas – Plantas Medicinais e seus integrantes, pela harmonia compartilhada, pelo convívio e pelo apoio logístico. Ao José Jorge e à Suzana, pela identificação ao experimento demonstrada pelo empenho, pela seriedade e pela competência. Ao Cláudio Lúcio, incansável pesquisador de definições e esquemas, pelo compartilhamento do aprendizado e pelo auxílio na micropropagação. Ao João Bosco Sant’Ana, pelo auxílio na coleta do experimento. Aos estudantes Ricardo e André Lara, pelo talento e empenho em produzir os atmômetros, os pluviômetros e os abrigos meteorológicos deste experimento. Ao André Lara, pela ajuda na montagem do experimento em campo e na coleta de dados, e pela convivência fraterna e indutora de reflexões. À Débora Castellani, por ser incentivadora e companheira neste trabalho. Ao Galvão e Bruno, pela acolhida, pela companhia e pelas preces. Ao José Célio e José Gomes, pela amizade descompromissada, pelo estímulo constante e pelo contato com os proprietários dos locais onde foram montados os experimentos. iii Ao Waldo Romeiro da Silva, ao Waldiney Romeiro da Silva, ao Braz Heleno Dias, à Maria da Conceição Lemos Dias, ao Luiz Pereira da Silva, à Eliane Vilma Rodrigues da Silva e ao Waltencir Gonçalves de Oliveira, pelo cuidado, pelo compromisso e pela dedicação de parte do seu tempo de vida em prol da condução deste experimento em campo. À Maria Imaculada, minha esposa, à Alice e ao Lucas, meus filhos, pelas preces e pelas reflexões que me proporcionaram desenvolvimento interior e paz. Aos responsáveis pela minha existência, Olímpio e Helena, que além de me fornecerem o meu código genético e me darem amor, me ensinaram ao longo dos meus dias a lutar pelos meus ideais por maiores que fossem as barreiras a serem transpostas. Às minhas irmãs, aos irmãos e aos demais entes queridos, pelas cobranças e desafios expostos. A todos os mestres, por me darem a riqueza do conhecimento. Aos colegas de Curso, principalmente àqueles de convivência diária, pela contribuição dada, cada um à sua maneira. Aos amigos conquistados em Viçosa, dos mais antigos aos mais recentes, por terem tornado a caminhada mais amena e agradável. A todos que me deram a chance de amá-los. A muitos que influenciaram neste trabalho, mas que não foram relacionados. A todos serei sempre grato. iv BIOGRAFIA JOSÉ EMÍLIO ZANZIROLANI DE OLIVEIRA, filho de Olímpio de Oliveira e Helena Zanzirolani de Oliveira, nasceu em 23 de setembro de 1965, em Leopoldina, Minas Gerais. Em 1990, graduou-se em Ciências pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases, em Cataguases, Minas Gerais. Em 1994, graduou-se em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Em 1997 defendeu a dissertação de Mestrado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais. Em 2001 defendeu a tese de Doutorado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais. Em 2001 ingressou na Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac) onde assumiu a coordenação do Curso de Biotecnologia e de Farmácia- Bioquímica, no Campus Magnus, em Campolide, distrito de Antônio Carlos, Minas Gerais. v ÍNDICE Página RESUMO ......................................................................................................... viii ABSTRACT ..................................................................................................... xi INTRODUÇÃO GERAL ................................................................................. 1 CAPÍTULO 1 - ANÁLISE ISOZIMÁTICA E DIVERSIDADE GENÉTICA DE ACESSOS DE Bidens pilosa L. COLETADOS EM NOVE ALTITUDES .......................... 2 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2 2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 3 3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 12 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 18 5. RESUMO E CONCLUSÕES ...................................................................... 46 CAPÍTULO 2 - MICROPROPAGAÇÃO E ACLIMATAÇÃO DE GENÓTIPOS DE Bidens pilosa L. ..................................... 47 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 47 2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 49 3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 53 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 57 5. RESUMO E CONCLUSÕES ...................................................................... 65 CAPÍTULO 3 - PLASTICIDADE FENOTÍPICA DA MORFOLOGIA DE SEIS GENÓTIPOS DE Bidens pilosa L. CRESCIDOS EM QUATRO ALTITUDES E COLHIDOS EM QUATRO ESTÁDIOS REPRODUTIVOS .......................................... 67 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 67 2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 69 vi 3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 74 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 88 5. RESUMO E CONCLUSÕES ...................................................................... 124 CAPÍTULO 4 - PLASTICIDADE FENOTÍPICA DO ÁCIDO CLOROGÊNICO E DO ÁCIDO CAFÉICO DE GENÓTIPOS DE Bidens pilosa L. ..................................... 127 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 127 2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 129 3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 140 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 150 5. RESUMO E CONCLUSÕES ...................................................................... 186 CAPÍTULO 5 - PLASTICIDADE FENOTÍPICA DA ANATOMIA FOLIAR DE GENÓTIPOS DE Bidens pilosa L. EM QUATRO ALTITUDES ..................................................... 188 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 188 2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 190 3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 196 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 200 5. RESUMO E CONCLUSÕES ...................................................................... 218 CONCLUSÕES GERAIS ................................................................................ 220 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 224 APÊNDICE ...................................................................................................... 235 vii RESUMO OLIVEIRA, José Emílio Zanzirolani de, D. S., Universidade Federal de Viçosa, agosto de 2001. Plasticidade fenotípica da morfologia, de marcadores químicos e da anatomia de acessos de Bidens pilosa L. crescidos em quatro altitudes. Orientador: Vicente Wagner Dias Casali. Conselheiros: Luiz Cláudio de Almeida Barbosa e Marcos Ribeiro Furtado. A caracterização de 46 indivíduos de Bidens pilosa, coletados em nove altitudes, foi realizada a partir de sete sistemas enzimáticos, utilizando-se a eletroforese em géis de amido a 12%. As enzimas fosfatase ácida, a -esterase, b - esterase, glutamato oxaloacetato transaminase, peroxidase, chiquimato desidrogenase e superóxido dismutase foram analisadas e apresentaram elevado polimorfismo. As variações ocorreram entre indivíduos de mesma ou de diferentes altitudes. Utilizando-se da matriz de dissimilaridade obtida pelo Complemento Aritmético do Índice de Similaridade de Jaccard, agruparam-se os indivíduos pelo Método de Otimização de Tocher e formaram-se dez grupos. Seis genótipos pertencentes a grupos isozimáticos distintos, representando as altitudes 210, 450, 475, 675, 950 e 1.150 m, foram propagados vegetativamente, em cultura de tecidos, obtendo-se clones. Esses foram padronizados, aclimatados e serviram ao estudo da plasticidade fenotípica da influência da altitude em plantas crescidas em vasos em quatro altitudes: 198, 479, 739 e 962 m e os resultados avaliados em quatro colheitas baseadas nos estádios reprodutivos. O início de florescimento variou entre os genótipos mantidos em uma altitude, bem como no mesmo genótipo em cada altitude. A primeira época de colheita de cada viii
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