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pessoa e comunicação: o primado da relação na antropologia filosófica de f. jacques PDF

132 Pages·2016·0.5 MB·Portuguese
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(cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) PESSOA E COMUNICAÇÃO: O PRIMADO DA RELAÇÃO NA ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE F. JACQUES Miguel Franquet dos Santos Silva 2006 www.lusosofia.net (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) Covilhã,2008 FICHA TÉCNICA Título: Pessoaecomunicação: Oprimadodarelação naAntropologiaFilosóficadeFrancisJacques Autor: MiguelFranqueydosSantosSilva Colecção: TesesLUSOSOFIA: PRESS Direcção: JoséRosa&ArturMourão DesigndaCapa: AntónioRodriguesTomé Composição&Paginação: M.F.dosSantosSilva&JoséRosa ISBN978-989-654-275-7[formatopdf] ISBN978-989-654-274-0[formatoencadernado] UniversidadedaBeiraInterior Covilhã,2008 (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) Índice 1 INTRODUÇÃO 8 2 DAINTERSUBJECTIVIDADEÀINTERLOCUÇÃO 13 2.1 Atransformaçãodoproblemadaalteridade . . . . . 14 2.2 AFenomenologiaeaquestãodaintersubjectividade . 17 2.2.1 HusserleaVłMeditaçãoCartesiana . . . . 17 2.2.2 Levinaseaquestãodadiferençaoriginária . 27 2.3 Oolhareapalavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 2.4 Ainterlocuçãonaraizdasignificância . . . . . . . . 47 3 PESSOAECOMUNICAÇÃO 64 3.1 Posiçãolinguísticadasubjectividadeedaalteridade . 65 3.2 AIdentidadePessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 3.3 “Acapacidadetrans-instancialdapessoa” . . . . . . 83 3.4 “Ohomemsemqualidades” . . . . . . . . . . . . . 87 3.5 OPrimadodarelação . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 3.6 ReavaliaroCogito . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 4 CONCLUSÃO 112 5 BIBLIOGRAFIA 119 (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) 6 MiguelF.dosSantosSilva “Ilm’asembléqu’ondevaitenfiniravecl’erreurde perspectivequiconduitàtraiterleMêmeàpartde l’Autre-maisaussi,cequiestbeaucoupmoinstrivial, autruicommel’AutreduMême.” F.JACQUES,DifférenceetSubjectivité: Anthropologie d’unpointdevuerelationnel,Paris,Aubier,1982,p. 11. www.lusosofia.net (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) PessoaeComunicação: Oprimadodarelação... 7 SIGLAS DOS LIVROS DE F. JACQUES www.lusosofia.net (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) 8 MiguelF.dosSantosSilva 1 INTRODUÇÃO I INTRODUÇÃO O objecto deste estudo é a articulação dos conceitos de pessoa e de comunicaçãonaantropologiafilosóficadeFrancisJacques. Emfunçãodorelativodesconhecimentodaobradoautornonos- so país, começaremos a introdução por apresentar as linhas gerais do seu pensamento e por situar o horizonte de surgimento da prob- lemática antropológica, para depois explicitarmos o objecto de estu- dopropriamentedito1. Na sua obra inaugural, intitulada Dialogiques: Recherches logi- ques sur le dialogue (1979)2, Francis Jacques procura estabelecer as condiçõesdepossibilidadedetodoodiálogocompretensãoreferen- cial. A novidade desta obra reside não só na promoção do diálogo a objecto de estudo filosófico, mas sobretudo no facto de ter aprox- imado, através da descrição da linguagem como práxis discursiva, 1Entrenósregiste-seotrabalhodeMariaLucíliaMarcosMoreiradaSilva,Lóg- icadarelaçãoecontornosdosentido:estudoapartirdapragmáticatranscenden- taldeFrancisJacques,[textopolicopiado],tesedemestradoemComunicaçãoSo- cialapresentadaàFaculdadedeCiênciasSociaiseHumanasdaUniversidadeNova deLisboa,defendidaem1992. HáreferênciasdispersasaoAutornaobradeAdri- anoDuarteRodrigues,sobretudoemAPartituraInvisível: ParaumaAbordagem InteractivadaLinguagem,Lisboa,Ed. Colibri,2001. 2F. Jacques, Dialogiques: Recherches logiques sur le dialogue, Paris, PUF, 1979. www.lusosofia.net (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) PessoaeComunicação: Oprimadodarelação... 9 tradições de pensamento tão distintas como a análise lógica de esti- loanglo-saxónico,apesquisalinguísticafrancesaeafenomenologia europeia. Diz o autor: “Estimamos que a posição do problema de outremnãopoderiaserdisjuntodaanáliselógico-linguísticaequeas duaspoderiambeneficiarcomestaabordagemcomum”3. Inspirado pelas últimas notas de trabalho de Maurice Merleau- Ponty,oautorestimaserpossíveltransformaraquestãodaalteridade - que no contexto da fenomenologia tornava problemática a consti- tuição do um mundo objectivo - a partir da linguagem, articulando o mododereferênciaaomundocomomododereferênciaàspessoas. As suas análises vão mostrar que estes dois processos se impli- cam mutuamente, o que o levará a defender a tese de que a função referencial da linguagem é dialógica, i.e., resulta da colaboração de duasinstânciasenunciativasnumasituaçãoactualdediscurso. No momento em que a enunciação actualiza a linguagem no dis- curso não é somente o locutor que ela instala no enunciado, sob a forma do pronome pessoal eu ou das outras expressões que apon- tam para o sujeito da enunciação, mas os interlocutores ou, melhor, arelaçãointerlocutivatotalmenteindeclinávelqueosligaeconstitui comoco-enunciadores. Ao mostrar que a função referencial da linguagem é intrinseca- mentedialógica,FrancisJacquespõefimàpretensãoilusóriadefaz- er do sujeito a fonte última de toda a significação. “Sou eu que falo, massomosnósquedizemos”4;amensagemépronunciadaentrenós. Ainda que a iniciativa de tomar a palavra, do ponto de vista tempo- ral,tenhadecaberaumdosinterlocutores,asignificaçãodaquiloque entre eles é dito nem sempre está dada previamente (ilusão em que assenta a Teoria Matemática da Comunicação), vindo a sê-lo através da actividade conjunta dos dois interlocutores, sem que nenhum de- 3“Onaestiméquelapositionduproblèmed’autruinepouvaitêtredisjointede l’analyse logico-linguistique, et que tout deux se trouveraient bénéficier de cette communautéd’approche.” (D,p. 6). 4FrancisJacques,“Delasignifiance”,inRevuedeMétaphysiqueetdeMorale (1987),n. 2,p. 199. www.lusosofia.net (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2) 10 MiguelF.dosSantosSilva les possa reclamar a iniciativa semântica. O sujeito não é mais o senhor da palavra, nem a comunicação é uma mera transmissão de umconteúdoformatadopelolocutor. É sobretudo em Différence et Subjectivité: Anthropologie d’un point de vue relationnelle (1982) que o filósofo francês procura de- senvolver as implicações antropológicas decorrentes da “descober- ta filosófica da comunicação”, esboçada em Dialogiques (1979) e aprofundadaemL’espacelogiquedel’interlocution(1985). Aosujeitonãoédadaapossibilidadedesecaptarimediatamente atravésdeumaintuiçãoimediataqueprescindadareferênciaaomun- do e aos outros, diagnóstico já avançado pelos filósofos ditos da suspeita, pelo que a hipótese de partirmos de um cogitofundador e auto-fundantetemdeserabandonada. Éaquiqueonossoestudoseinscreve. Tentaremoscompreendera importância que os conceitos de pessoa e de comunicação assumem numa antropologia filosófica fundada na categoria da relação e de repensar as questões do cogito, do indivíduo e da identidade pessoal emtornodanoçãode“homocommunicans”. Paradesenvolveronossotrabalhoservimo-nos,sobretudo,deDi- alogiques (1979), de Différence et Subjectivité (1982) e de Écrits Anthropologiques: Philosophie de l’esprit et cognition (2000), bem como de alguns estudos esparsos em que o autor retoma as grandes questõesqueanimamasuaobra. Este estudo divide-se em dois capítulos. O primeiro é dedicado à intersubjectividade e à interlocução e está organizado em quatro secções. O seu objectivo é compreender em que medida a transfor- mação do problema da alteridade sugerida por Merleau-Ponty ex- igeoabandonodaconcepçãofenomenológicadaintersubjectividade em prol de um novo paradigma interlocutivo (1.1.). Para isso será necessáriorecordaraimportânciadaquestãonocontextodafenome- nologia (1.2.). Em função da multiplicidade de perspectivas desen- cadeadaspelomovimentofilosóficoinauguradoporEdmundHusserl uma questão metodológica impõe-se. Ela foi tomada pelo próprio www.lusosofia.net (cid:2) (cid:2) (cid:2) (cid:2)

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mental da pessoa. O primeiro passo consiste em analisar a posição linguística da subjectividade e da alteridade (2.1.). Veremos que as condições que autorizam a da pessoa e esta na categoria da relação (2.5.). conçois en mon esprit” (R. Descartes, Méditations métaphysiques: objections
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