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Perturbando o Universo PDF

258 Pages·1981·1.24 MB·Portuguese
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Freeman Dyson Perturbando o Universo Coleção Itinerários Editora Universidade de Brasília Este livro ou parte dele não pode ser reproduzido sob nenhuma forma, por mimeógrafo ou outro meio qualquer, sem autorização por escrito do Editor. Impresso no Brasil Editora Universidade de Brasília Campus Universitário - Asa Norte 70910 Brasília - Distrito Federal Disturbing the Universe Copyright 1979 by Freeman J. Dyson First published in book form by Harper & Row, Publishers, Inc. Direitos exclusivos para edição em língua portuguesa: Editora Universidade de Brasília Tradução: Manuel Innocêncio de Lacerda Santos Jr. Revisão gráfica: Carlyle Cominho Madruga D998d Dyson, Freeman J. Perturbando o universo. Trad. de Manuel Innocêncio de L. Santos Jr. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1981. 250 p. Título original: Disturbing the universe. 1. Dyson, Freeman J. 2. Físicos - biografia I. Título. CDU 929 929:53 I. INGLATERRA 1. A cidade mágica 2. A redenção de Fausto 3. A cruzada das crianças 4. O sangue de um poeta II. AMÉRICA 5. Um aprendizado científico 6. Uma ida a Albuquerque 7. A escalada do F6 8. Prelúdio em mi bemol menor 9. A escolinha 10. Saturno em 1970 11. Pioneiros, Santos e Astronautas 12. Fazendo as pazes 13. A ética da defesa 14. O assassínio de Dover Sharp 15. A ilha do Doutor Moreau 16. Areopagitica III. ASSUNTOS ALÉM 17. Um espelho distante 18. Experimentos de ensaio 19. Extraterrenos 20. Ciados e clones 21. O esverdeamento da galáxia 22. De volta à Terra 23. O argumento do desígnio 24. Sonhos da Terra e do Céu NOTAS BIBLIOGRÁFICAS O físico Leo Szilard certa vez declarou a seu amigo Hans Bethe que estava pensando em manter um diário: - Não pretendo publicá-lo; vou apenas manter um registro dos fatos para que Deus possa manter-se informado. - Você não acha que Deus já conhece os fatos? - perguntou Bethe. - Sim, - respondeu Szilard -. - Ele já conhece os fatos, mas Ele não conhece esta versão dos fatos. Reuni neste livro memórias que se estendem por mais de cinquenta anos. Tenho plena consciência de que a memória não é confiável. Ela não apenas seleciona e reajusta os fatos de nossas vidas, mas também enfeita e inventa. Procurei comparar a minha versão dos fatos, sempre que possível, com as memórias de outras pessoas e com documentos escritos. Durante trinta anos escrevi regularmente para meus pais, e eles guardaram a maior parte das cartas. Estas cartas são a fonte de muitos detalhes que a memória sozinha não teria sido capaz de preservar. Sou grato à Fundação Alfred P. Sloan por ter criado o Programa do Livro Científico, sob cujos auspícios este livro está sendo editado. Sou grato a Stephen White, Vice-Presidente da Fundação Sloan, e aos membros de seu conselho consultivo, por terem-me convidado a escrever este livro, e por sua orientação editorial. Por sua ajuda e crítica, considero-me em débito com muitos amigos. Entre eles estão Eileen Bernal, Jeremy Bernstein, Simon Michael Bessie, Hal Feiveson, Muguette Josefsen Matthew Meselson, Mike O’Loughlin, Peter Partner, Leonard Rodberg, Barbara Scott, Martin Sherwin, Massoud Simnad, Daniel e Maxine Singer, Ted Taylor, Janet Whitcut e minha famaília. E, sobretudo, sou grato a minha secretária, Paula Bozzay, por ter batido e rebatido o manuscrito. Partes dos capítulos 10, 11, 12, 13 e 18 já foram publicadas antes. Maiores referências poderão ser encontradas nas notas bibliográficas no final do livro. Freeman J. Dyson Oh, Inglaterra! Oh, meu gracioso país incerto!... Em abril, a serenidade da aragem – Negligentemente de borboletas coberto, Ladysmock, Botões-de-Ouro, prímulas e maçã selvagem! Frank Thompson, 1943 E há aqui uma lei detestável - foi feita por engano, mas existe - a de que se alguém pede uma máquina tem que mantê-la, e em constante funcionamento. E. Nesbit, 1910 Parte I INGLATERRA CAPÍTULO 1 - A CIDADE MÁGICA Um menino com um livro, no alto de uma árvore. Quando eu tinha oito anos de idade alguém me deu o livro A Cidade Mágica, de Edith Nesbit. Nesbit escreveu uma quantidade de livros que são mais famosos e melhor escritos, mas foi desse que eu gostei e nunca esqueci. Muito embora aos oito anos de idade eu não pudesse penetrar profundamente no seu sentido subjetivo, sabia que ele tinha algo de especial. A história tem um plano coerente, enfeitado por um glacê de lógica maluca. O Mágico de Oz era outro livro que eu costumava ler várias vezes. Um menino de oito anos já tem sensibilidade para essas coisas, mesmo que ele passe a maior parte de seu tempo acordado subindo em árvores. A “Cidade Mágica” não é apenas a história de uns meninos malucos. É a história de um universo maluco. O que eu entendo agora, e não entendia aos oitos anos de idade, é que o universo maluco de Nesbit tem uma forte semelhança com o universo em que vivemos. Edith Nesbit foi uma mulher notável sob todos os aspectos. Nascida em 1858, ela foi íntima da família de Karl Marx e se tornou uma socialista revolucionária muito antes disso virar moda. Vivia de seus livros e teve vários filhos de pais diferentes. Ela descobriu logo que sua sobrevivência dependia de sua habilidade em escrever maravilhosas histórias burguesas para filhos de pais ricos. Seus livros venderam bem e ela sobreviveu. Assumiu alguns compromissos com a respeitabilidade vitoriana, mas não perdeu o seu fogo interno. Escreveu a “Cidade Mágica” em 1910, aos cinquenta e dois anos de idade. Nessa época, os seus conflitos pessoais já tinham acabado e ela pôde ver o mundo com uma certa calma filosófica. Existem três temas na Cidade Mágica. O primeiro é o tema principal. O herói é um órfão chamado Philip, que é deixado sozinho numa casa grande, e constrói uma cidade de brinquedo com quinquilharias vitorianas. Uma noite, ele descobre de repente que a sua cidade tinha crescido e estava habitada por pessoas e animais místicos, e que ele era obrigado a morar nela. Depois de escapar da cidade, ele vagueia pelos campos vizinhos, onde toda casa ou castelo de brinquedo que ele construiu está devidamente aumentada e preservada. O livro conta as suas aventuras e os seus tropeços nesse mundo de agigantados produtos de sua própria imaginação. O segundo tema diz respeito exclusivamente à tecnologia. Uma regra de vida na cidade mágica era o fato de que podia-se ter qualquer coisa que se

Description:
Livro narra a carreira do físico teórico Freeman Dyson. Referindo-se a este livro, Bruce Sterling, um dos máximos autores na área de ficção científica, diz "A especulação cósmica que se encontra aqui não é superada em lugar nenhum". Freeman Dyson é um dos grandes físicos teóricos do p
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