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Perry Anderson – Considerações sobre o marxismo ocidental PDF

286 Pages·2008·0.81 MB·Portuguese
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P A ERRY NDERSON CONSIDERAÇÕES SOBRE O MARXISMO OCIDENTAL crítica e sociedade 10 AFRONTAMENTO Título: Considerações sobre o Marxismo Ocidental Autor: Perry Anderson 1976, New Left Books Edição: Edições Afrontamento – Rua de Costa Cabral, 859 – 4200 PORTO N.° de edição: 176 Tradução: Carlos Cruz Revisão: Manuel Resende Composição e impressão: Organização Gráfica Maia Lopes, Lda. Tiragem: 2.800 exemplares ÍNDICE Prefácio ......................................................... 5 1. A Tradição Clássica ................................. 9 2. O Advento do Marxismo Ocidental ......... 37 3. Modificações Formais .............................. 67 4. Inovações Temáticas ................................ 99 5. Contrastes e Conclusões ........................... 125 Posfácio ........................................................ 141 PREFÁCIO São necessárias algumas palavras para explicar a natureza deste pequeno texto e a oportunidade que lhe deu origem. Escrito nos princípios de 1974, destinava- se a servir de introdução a uma colectânea de escritos de diferentes autores sobre teóricos recentes do marxismo europeu. Acidentalmente, a casa editora que me tinha encarregado dessa «antologia» deixou de existir um mês mais tarde. O cancelamento do projecto privou o texto do seu propósito original. Estas circunstâncias explicam algumas das anomalias do presente estudo, embora as não desculpem necessariamente. Com efeito, o ensaio aqui publicado debruça-se sobre as coordenadas gerais do «marxismo ocidental» como tradição intelectual comum; não contém uma análise específica ou uma avaliação comparativa de qualquer dos sistemas teóricos que aquele engloba, pois isso caberia aos estudos a que este ensaio serviria de preâmbulo, os quais constituiriam um conjunto de exposições críticas de cada uma das escolas ou de cada um dos teóricos desta tradição – de Lukács a Gramsci, de Sartre a Althusser, de Marcuse a Della Volpe. O presente texto, centrado sobre as estruturas formais do marxismo que se desenvolveu no Ocidente após a Revolução de Outubro, abstém-se de juízos precisos sobre os méritos ou as qualidades relativas dos seus principais representantes. Com efeito, é óbvio que eles se não equivaliam nem se identificavam entre si. Um balanço histórico da unidade do marxismo ocidental não exclui a necessidade de uma estimativa discriminatória da diversidade 5 das suas realizações. Debatê-las será aqui impossível, mas essencial e proveitoso para a Esquerda. Para lá do momento particular em que foi elaborado, outras preocupações menos circunstanciais, que hoje permitem a sua publicação, motivaram este texto, que reflecte alguns problemas com que me defrontei ao longo do meu trabalho de vários anos numa revista socialista, a New Left Review. Um ensaio escrito para esta revista nos últimos anos da década de sessenta buscava delimitar e analisar um aspecto particular da cultura nacional da Inglaterra desde a Primeira Guerra Mundial (1). Um dos seus temas principais versava o facto de faltar à cultura inglesa, significativamente, toda e qualquer tradição do «marxismo ocidental» da nossa época – lacuna cujos efeitos negativos são inequívocos. Neste período, muito do trabalho da New Left Review foi consagrado à tentativa consciente de começar, em algum sentido, a suprir esta insuficiência congénita, publicando e discutindo, amiúde pela primeira vez na Grã-Bretanha, o trabalho dos teóricos mais destacados da Alemanha, França e Itália. Este programa, conduzido metodicamente, chegou ao seu termo nos primeiros anos da década de setenta e, como é lógico, tornava-se necessário fazer um balanço final do legada que a revista procurara tornar acessível, de uma forma organizada. Foi dentro desta perspectiva que originariamente se desenvolveram os 1 Components of the National Culture», New Left Review, 50, julho- Agosto de 1968. Actualmente, certos elementos incluídos neste texto deveriam ser revistos. temas aqui considerados. O ensaio que se segue, sobre a tradição europeia «continental», é assim, em parte, prolongamento do estudo anterior de um modelo «insular» na Inglaterra, resultando de uma crescente consciência de que a herança que a Inglaterra deixou escapar, com prejuízo para si mesma, estava igualmente ausente de alguns dos traços clássicos do materialismo histórico. Disto resultou, implicitamente, que tivéssemos atingido uma maior equidade de julgamento na apreciação das variantes nacionais e do destino internacional do marxismo nesta época. Como resumo que era das principais preocupações da revista, o texto foi discutido e criticado por colegas da New 6 Left Review, a partir de um grande leque de pontos de vista, pouco depois de ter sido abandonada a «antologia» para a qual ele tinha sido escrito. Ao rever o texto para publicação tentei ter em conta essas reflexões e essas críticas. Emendei-o também onde me pareceu que um ou outro melhoramento pontual poderia tornar mais clara a sua linha de raciocínio e introduzi referências para desenvolvimentos posteriores (2). O documento que aqui se apresenta foi modificado tanto quanto o permitia a sua forma intrínseca. Desde a sua composição inicial, contudo, alguns dos seus temas parecem-me agora levantar problemas que não admitem solução imediata no interior do texto. Estas dúvidas não são resolvidas por qualquer reelaboração do presente ensaio e foram, por isso, remetidas para um posfácio que levanta mais questões não resolvidas para qualquer investigação do futuro do materialismo histórico. 7 2 As notas entre parênteses rectos referem-se a texto ou a acontecimentos posteriores à redacção deste ensaio. Uma teoria revolucionária correcta só assume forma acabada em ligação estreita com a actividade prática de um movimento verdadeiramente de massas e verdadeiramente revolucionário. LENINE À turba e àqueles cujas paixões igualam a da turba, peço que não leiam o meu livro; não, preferiria até que o ignorassem completamente em vez de o interpretarem mal segundo a sua vontade. SPINOZA

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Autor: Perry Anderson. 1976, New Left Books duas grandes tragédias que de tão diferentes maneiras submergiram o movimento operário
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