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Performance como Linguagem: Criação de um Tempo-espaço de Experimentação PDF

89 Pages·2007·20.376 MB·Portuguese
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I.llJj I.. I111111' t Próximolançamento WalterBenjamin:HistóriadeumaA,"i/ad GershomScholem .J 1]1]1111 11,1,1,I,I)11 arte r nato cohen ORM A NCE INGUAGEM I ~\l/l debates : 2191 ~ ~ PERSPECTIVA ~I\\~ . , Performancecomo Linguagem I ColeçãoDebates DirigidaporI.Guinsburg renato cohen PERFORMANCE COMO LINGUAGEM CRIAÇÃO DE UM TEMPO-ESPAÇO DE EXPERIMENTAÇÃO ~\I/~ Equipe derealização- Revisão: Plinio Martins Filho; Produção:Ricardo W. Nevese Raquel Fernandes Abranches. ~ ~ PERSPECTIVA n,\\~ J , DadosInternacionaisdeCatalogaçãonaPublicação(CIP) t (CâmaraBrasileiradoLivro,SP,Brasil) Cohen,Renato .,., Performancecomolinguagem/RenatoCohen.- 2.ed. I - SãoPaulo:Perspectiva,2007.- (Debates;219/ dirigida porJ.Guinsburg) I"reimpressãoda2"reediçãode2004. ,.. Bibliografia. ISBN978-85-273-0009-4 1.Artedaperformance 2.Artedramática 3.Teatro 1. Guinsburg,J..11.Título. III.Série. " 04-6921 coo-792 lndicesparacatálogosistemático: 1.Artedramática:Teatro 792 a Ioseph Beuys artista radical e hnmanista. 2' edição- I"reimpressão Direitosreservadosà EDITORA PERSPECTIVAS.A. Av.Brigadeiro LuísAntônio,3025 01401-000- SãoPaulo- SP- Brasil Telefax:(0--11) 3885-8388 www.editoraperspectiva.com.br 2007 I :1 sUMÁRIo UMABOAPERFORMANCE-RenatoCohen......................... 13 PREFÁCIO- ArturMatuck........ 15 DOPERCURSO............................................................................ 19 INTRODUÇÃO.............................................................................. 23 DosObjetivos.......................................................................... 25 DosConceitos........................................................................ 28 DoProcessodePesquisa...................................................... 30 1. DAS RAÍZES:LlVEART- PONTE ENTRE VIDA E ARfE....................................................................................... 35 Ontologia da Performance: Aproximação entre Vida e I Arte............................................................................................ '37 DasRaízes:UmaArtedeRuptura....................................... 40 Movimentos Congêneres: Da Contracultura à Não- Arte.......................................................................................... 45 9 I 2. DAUNGUAGEM:PERFORMANCE·COUAGECOMO DoNew WaveaoPós-Moderno:Estéticada Releitura.... 147 ESTRUTURA......................................................................... 47 ,., ODarkismoPunk:CultoaThanatologia........................... 152 Da Legião Estrangeira das Artes: Criação de um Anti- Gesamtkunstwerk.................................................................. 49 6. DOS LIMITES: PERFORMANCE COMO TOPOS Da Criação: Livre-Associação e Collage como ARTÍSTICODIVERGENTE.................................................. 155 Estrutura................. ff) Live Art e Performance como Topos Artístico Da Utilização dos Elementos Cênicos: O Discurso da Divergente.............................................................................. 157 MiseenScene......................................................................... 65 DaExperiênciaBrasileira:Limites........................................... 161 Estudos de Casos: Do Ritual do Conceitual como DoFuturo:MídiasDinâmicascomoSuportedeumaArte f ExpressõesdePerfonnance................................................... 76 deResgate........ 163 Da Ideologia da Performance: Uma Reversão da Mídia....................................................................................... 'ifl BIBLIOGRAFIA........................................................................... 165 Livros....................................................................................... 165 t 3. DAATUAÇÃO: OPERFORMER,RITUALIZADOR00 Artigos.................................................................................... 167 INSTANTE-PRESENTE........................................................ 91 ADialéticadaAmbivalência................................................ 93 APÊNDICE.................................................................................... 169 Rupturacom a Representação: Valorização do Sentido MaterialFonte...................... 171 deAtuação............................................................... 96 t FontesTextuais....................................................................... 172 Verticalização do Processo de Criação: O Ator Artigos/Textos/Poesias......... 173 Encenador................................................................ 98 RoteirodePeças/PerformancesAssistidas...................... 174 Do Momento de Concepção: Criação de uma Cena Formalista...... 102 ILUSTRAÇÕES Do Momento de Atuação: Ritualização do Instante- yggyPop 2e3 Presente............. 109 Col/age- RenatoCohen...................................................... 18 DeafmanGlance(RobertWilson)........................................ 24 4. DASINTERFACES:PERFORMANCE- CRIAçÃODE Performance(YvesKlein,PiemManzoni)........................... 36 UMTOPOSDEEXPERIMENTAÇÃO............................... 113 Performance,Disappearances............................................. 48 AIdéiadeumToposCênico............................................... 115 BodyArt- GilbertandGeorge............................................. 92 DaRelaçãoBinária:EmissãoeRecepção.......................... 121 Cenas- AntoninArtaud....................................................... 114 OModelo Estético:DaRepresentaçãoàFruição............. 123 Punks-1976.......................................................................... 142 OModeloMítico:DaVivênciaàIntelecção...................... 128 Performance- ProjetoMagritte- RentoCohen -, 156 Free Teatre - Happening e Performance: Ruptura da CicloPerformances- FUNARTE- 1984............................ 170 ConvençãoTeatral................................................................ 132 Da Passagem do Happening para a Performance: AumentodeEsteticidade..................................................... 134 Das Relações de Gêneros: Proposta de um Modelo Topológico............................. 139 5. DOENVIRONMENr:ANOS 80- PASSAGEMDEEROS PARATHANATOS................................................................ 141 NiilismoeEsquizofrenia:UmRetratodeÉpoca................ 143 la 11 , i~ I I d UMABOAPERFORMANCE Performance comoLinguagem voltaàsmãosdo leitor, em reedição.Emrelaçãoao seuaparecimento inicial, o momento é outro, já de plenaabsorção dessasmanifestações expressivas, disruptoras,nosmaisdiversossegmentosquevãodaartedramática - complenodiálogonoteatrocontemporâneo- àsartesplásticas eliterárias,damodaaocotidiano,datelevisãoàpolítica. Aquestãodaperformancetorna-secentralnasuamanifestação contemporânea e o próprio campo deestudos amplia-se desde as manifestações da arte-performance, cujagenealogia e modode produçãosãoabordadosnestelivro,desdeasquestõesdaritualização, daoralidade,datecnologia,atéasdetodoocontextoeulturalenvolvido na açãoperformática e perfonnativa, estudos esses quetêmsido desenvolvidos pelaPerformance Studies - associaçãofiliada aos estudospioneirosdeRichardScheclmerdaNewYorkUniversity. 13 Poroutro lado, os modos inventivos e as ações ideológicas da arte-performance perpetrados por Joseph Beuys, pelos situacionistasemmaiode 1968epelaação antiartísticadoFluxus ou contracultural de inúmeros atuantes são, hoje, contra absorvidos ou antropofagizados pelos curiosos mecanismos da mídiaedaindústriacultural,que diluemassimsuavirulênciaanti sistema - dos ridículos reality-shows aos contorcionismos dos apresentadores "performáticos" da MTV, enforma-se toda uma produçãoassociada,decertomodo,àperformance,masdestituída de sua virulênciatransformadora. Como foco de resistência, a investigação da performance tem migrado, desde os anosde 1990,deseu pontodepartidanas I contundentes ações antropológicas e investigativas da consciênciaeda corporeidadehumana. Éo caso das realizações do LaFuradeiBaus,daperformerOrlan, deMarinaAbramovic, de Tungaeoutros,que colocamsuapsiqueecorponabusca das extensões - e, curiosamente, grande parte deles está nomeada como pesquisado"CorpoExtenso"- e,emoutrafrente,dasações eperformancescom tecnologia, desde trabalhos com mediação de corpo até inúmeras produções na Arte WEB (Internet), que democratizam a veiculação de cenas e acontecimentos e criam ambientes de produção, semelhantesàs ações dos anos de 1960. Assim,sãogeradasquerpesquisasdemutaçãoeidentidade,como as de Eduardo Kac, quer experimentação erótica e subjetiva e veiculação de "rádios livres", como a Zapatista, as resistências doKosovo, entreoutrosacontecimentosperformativosepolíticos. PREFÁCIO Em outra frente, incorporam-se inúmeros processos de subjetivação,como asrecentespesquisascênicas eperformáticas A partir dos anos 50 a atuação do artista plástico co na confluênciaentre artee loucura, a exemplo dos trabalhos da meçou a se inscrever na obra pictórica fazendo com que CiaUeinzz(SãoPaulo),sobminhadireção edeSérgioPenna. os processos de criação fossem registrados na superfície Por último, importa lembrar que Performance como da tela. Esta tendência-dese valorizar o momento da cria Linguagemtomou-seuma espécie de cultpioneiro(no caminho ção era o prenúncio de uma mutação na arte contem visionárioda EditoraPerspectiva),emlíngua portuguesa,junto porânea. com olivrodeLuizRobertoGalizia, OsProcessosCriativosde Enquanto as pinturas performáticas de Pollock e Kou RobertWilson,naapresentaçãoderepertórioseprocedimentos nellis registrando gestos expressivos ainda resultavam em da cena moderna e contemporânea, da performance em sua representações estéticas objetuais, o nascente movimento manifestação radical, corroborando, segundo depoimentos, o da body art deslocava o ponto focal do produto para o caminhodeinúmerosjovensartistasconfrontadoseautorizados processo, -da obra para o criador. A body art assumia o corpo como suporte artístico. A ação do artista sustentava por essas perspectivas vitais. se como mensagem estética por si mesma e o seu registro Renato Cohen residual ou documental representava um epifenômeno. A agosto de 2002 autoflagelação controlada, programada de Gina Pane pro- 14 15 punha ao espectador um contato direto com uma ação dra concentrando-se nos trabalhos de Guto Lacaz e de Otávio mática não representada, concebida como um elemento Donasci. estático. O livro reflete um dilema de Renato Cohen em sua A expansão das artes plásticas em direção ao territó atuação profissional - ampliar os limites do teatro, absor rio do invisível, do irrepresentável questionava a sedimen vendo a contracultura e a performance e ao mesmo tem tação do pensar artístico e reclamava novos conceitos. A po fazer teatro, estabelecendo-se como profissional neste noção de performance respondeu às novas proposições campo de atuação. estéticas e ao mesmo tempo sugeriu uma nova perspec O autor reconhece um topos específico à performance, tiva de leitura da história das artes. mas a observa da perspectiva do teatro e assim esta Roselee Goldberg identifica uma "história oculta" da belece um confronto dialético e enriquecedor para ambos performance em nosso século identificando muitas das os gêneros. teatralizações, das manifestações para-artísticas dos futu Uma conseqüência possível e desejável desta publi ristas, construtivistas, dadaístas e surrealistas como per I cação seria o incentivo à inclusão de performances em formáticas. Jorge Glusberg em seu livro A Arte da Per eventos do circuito cultural. formance (traduzido por Renato Cohen e publicado pela Perspectiva) refere-se à chamada pré-história da perfor Artur Matuck mance, identificando movimentos, artistas e eventos que levaram ao reconhecimento da especificidade desta forma ( artística. Glusberg no entanto reconhece que a origem da performance remonta à Antiguidade. Gregory.Battcock, em The Art of Performance, com plementa esta concecpção ao afirmar: { Antes do homem estar consciente da arte ele tornou-se cons ciente de si mesmo. Autoconsciência é, portanto, a primeira arte. Em performance a figura do artista é o instrumento da arte. É a , própria arte. i Atualmente a performance é um gênero plenamente estabelecido no cenário artístico internacional e no brasi leiro. A partir da década de 70 surgiram inúmeros artis tas plásticos dedicando-se exclusivamente a esta forma de atuação estética. No Brasil, no entanto, a absorção da performance re fletiu um típico processo de colonização cultural, no qual os mais recentes avanços da cultura americana ou euro péia são excessivamente valorizados pela mídia e assu midos de maneira rápida e superficial, gerando eventos, obras e publicações equivocadas, e um público despre parado. O trabalho de Renato Cohen representa um esforço de se reformar esta situação. Fundamentado numa exce lente pesquisa teórica e histórica da linguagem performâ tica Renato Cohen incorpora o Brasil em seu estudo, incluindo uma visão crítica de performances de brasileiras. 16 17 DO PERCURSO Várias motivações podem levar à escolha de um tema e à delimitação de um feixe de interesse: motivações ideo lógicas, estéticas e até afetivas. Evidentemente existe uma combinação desses fatores, mas, talvez, o mais importante seja mesmo a identificação afetiva através da empatia com a obra e o processo criativo de alguns artistas. Dois pontos se mostraram claros nesse processo por um lado uma identificação com a cultura under groundi e, ao mesmo tempo, a busca dentro do teatro, que foi a expressão pela qual eu me engajei, de um re sultado que não levasse unicamente à representação e ti vesse maior aproximação com a vida. I. Hoje, o underground já não é mais subterrâneo - essa identificação diz respeito à contracultura, ao movimento hippie, à sociedade alternativa. à arte experimental etc. 19

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