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Paulo, uma teologia em construção PDF

518 Pages·2011·1.955 MB·Portuguese
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Paulo, uma teologia em construção andreas Dettwiler Jean-Daniel Kaestli Daniel marguerat (orgs.) Paulo, uma teologia em construção tradução orlando soares moreira Sumário Prefácio ................................................................................................ 9 Introdução ............................................................................................ 1 1 Daniel Marguerat (Lausanne) I Situação da pesquisa Situação da pesquisa sobre Paulo: questões em debate e pontos controversos subjacentes ............................................................ 2 7 Michel Quesnel (Lyon) II Uma escrita em movimento A retórica paulina: construção e comunicação de um pensamento ......... 5 1 Jean-Noël Aletti (Roma) As cartas de Paulo: contexto de criação e modalidade de comunicação de sua teologia ................................................................. 7 3 Giuseppe Barbaglio (Roma) III Paulo antes de Paulo 1 Tessalonicenses e a cronologia paulina ................................................. 115 Karl P. Donfried (Northampton [Massachusetts], EUA) A herança judaica de Paulo e os inícios de sua missão ............................ 145 Rainer Riesner (Dortmund) Situar Paulo à sombra do Império: prática apostólica, ideologia imperial e cerimonial imperial ............................................... 169 Neil Elliott (Minneapolis, EUA) A respeito das tradições cristossoteriológicas pré-epistolares nas cartas incontestes de Paulo............................................................... 201 Daniel Gerber (Strasbourg) O “tempo messiânico”: reflexões sobre a temporalidade em Paulo ......... 229 Elian Cuvillier (Montpellier) IV A Lei Paulo e a Torá: o papel e a função da Lei na teologia de Paulo, o apóstolo 243 James D. G. Dunn (Durham, UK) Paulo e a Lei: a reviravolta (Filipenses 3,2–4,1) ...................................... 267 Daniel Marguerat (Lausanne) Lei-Escritura, Lei-prescrição, Lei-ágape na epístola aos Gálatas ............... 293 Jean-Pierre Lémonon (Lyon) V O centro da teologia paulina A cruz como princípio de constituição da teologia paulina .................... 313 Jean Zumstein (Zurique) O presente da salvação, centro do pensamento paulino .......................... 337 Udo Schnelle (Halle) A verdade do Evangelho e a nova criação: o apóstolo Paulo como intérprete de Jesus de Nazaré ....................................................... 363 François Vouga (Bethel) VI Paulo, o apóstolo São Paulo, pastor e pensador: uma teologia implantada na vida ............... 385 Romano Penna (Roma) O conceito de imitação do apóstolo na correspondência paulina ........... 413 Philippe Nicolet (Péry-Reuchenette, Suíça) VII Paulo depois de Paulo A escola paulina: avaliação de uma hipótese ........................................... 4 39 Andreas Dettwiler (Neuchâtel) Paulo entre exegese e história da recepção ............................................. 4 63 Samuel Vollenweider (Zurique) Lista das abreviaturas ............................................................................. 4 83 Índice das passagens bíblicas e extrabíblicas ............................................ 4 87 Índice dos autores modernos ................................................................. 509 Lista dos autores .................................................................................... 517 Prefácio E sta obra é fruto de um programa de pesquisa (3o ciclo) do Novo Testamento realizado no cantão de Grisões, na Suíça, em seis sessões de trabalho, de no- vembro de 2002 a maio de 2003. Andreas Dettwiler (Neuchâtel), Jean-Daniel Kaestli (Lausanne) e Daniel Marguerat (Lausanne) assumiram a responsabilidade científica por essa formação de pós-graduação em ciências bíblicas. Dezoito pes- quisadores, de diferentes nacionalidades e formações, auxiliaram os participantes do 3o ciclo a retomar o debate sobre a teologia de uma das figuras mais marcan- tes do cristianismo primitivo, Paulo. Mais tarde, eles contribuíram muito para a realização desta publicação. É a eles que vão, em primeiro lugar, nossos calorosos agradecimentos. Várias pessoas nos ajudaram a cumprir a delicada e trabalhosa tarefa de tra- duzir as contribuições em alemão, inglês e italiano. Agradeço a Simon Butticaz, Cédric Fischer, Daniel Marguerat, Joanne Simon e Emmanuelle Steffek. Um nome deve ser especialmente considerado: o de Jean-Daniel Kaestli. Ele se dedi- cou a essa tarefa com uma solicitude e um rigor admiráveis. Mas a satisfação dos agradecimentos não para por aí! Nicolas Friedli nos ajudou a deixar o manuscrito pronto para imprimir. Com Emmanuelle Steffek, ele montou os dois índices que figuram no fim do livro. Agradeço também aos responsáveis da Comissão do 3o Ciclo em Ciências Bíblicas da Suíça romanche, bem como às faculdades de teologia de Lausanne e de Neuchâtel por terem tor- nado possível a publicação do livro sob a sua responsabilidade financeira. Para terminar, algumas indicações técnicas. Para as abreviaturas dos textos da Antiguidade nós nos baseamos nas seguintes recomendações. Os livros bíblicos 9 foram abreviados segundo a TEB. Os escritos intertestamentários e os escritos apócrifos cristãos são, em princípio, abreviados segundo as normas de La Bible. Ecrits intertestamentaires (dir. André Dupont-Sommer, Marc Philomenko [Pléiade 337]) ou Ecrits apocryphes chrétiens (dir. François Bovon, Pierre Geoltrain [Pléia- de 442]), os dois nas edições Gallimard de Paris. Os outros textos gregos e latinos da Antiguidade, bem como os textos de Qumran e a literatura rabínica, foram abreviados segundo as recomendações do Exegetisches Wörterbuch zum Neuen Testa- ment (ed. Horst Balz, Gerhard Schneider, Stuttgart, Kohlhammer, 1980-1983, 3 v.). Para a abreviatura das revistas e das séries de monografias, consultar a lista no fim do livro. Ela foi essencialmente elaborada com base na Theologische Realen- zyklopädie. Abkürzungsverzeichnis (ed. Siegried M. Schwertner, Berlin/New York, de Gruyter, 21994). Pelos editores: Andreas Dettwiler Neuchâtel, outubro de 2004 10 Paulo, uma teologia em construção Introdução Daniel Marguerat (Lausanne) A exegese de Paulo parece hoje uma cidade que um tremor de terra devastou. Agitam-se as pessoas por todas as direções, uns avaliando os estragos, outros verificando o que restou ainda de pé. Cada qual avalia as mudanças ainda por vir, mas ninguém ousa ainda recomeçar, com medo de um novo abalo… O terremoto, neste caso, foi provocado pelo aparecimento, em 1977, do livro Paulo e o judaísmo palestino, de Ed P. Sanders1. A onda de choque foi tão forte que ganhou, pouco a pouco, os campos mais remotos da exegese paulina. Não é um exagero falar de um antes e de um depois de Sanders. Em todo caso, a leitura dos trabalhos publicados sobre Paulo nos últimos 25 anos mostra que nenhum pes- quisador pode evitar esse debate. A pesquisa deve contar agora com uma emer- gente “nova perspectiva” sobre Paulo. Essa última designação (new perspective on Paul) engloba uma nebulosa de trabalhos recentes, cujo ponto comum é questio- nar o consenso na interpretação de Paulo, ao se apoiar pouco ou muito sobre o trabalho de Sanders2. Abalada, a exegese paulina é um canteiro no qual se anuncia, parece, uma mudança de paradigma. Seja como for, e veremos isto, o questionamento da rela- ção entre Paulo e a soteriologia judaica leva a redefinir a maior parte dos parâme- tros da exegese paulina. Essa é a razão pela qual, mais que se concentrar num setor 1. Ed P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism, London, SCM, 1977. 2. A expressão new perspective on Paul é uma autodenominação desse movimento. Provém de James D. G. Dunn, que deu esse título a um artigo de 1983, The New Perspective on Paul, repro- duzido em Id., Jesus and the Law: Studies in Mark and Galatians, London, SPCK, 1990, 183-214. 11

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