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Para ler Finnegans Wake de James Joyce seguido de Anna Livia Plurabelle PDF

169 Pages·2000·7.356 MB·Portuguese
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Para ler Finnegans �ke de J ames J oyce Dirce Waltrick do Amarante PARA LER FINNEGANS WAKE DE ]AMES JOYCE seguido de ''Anna Livia Plurabelle" ILUMJflmAs Copyright © 2009 Dirce Waltrick do Amarante Copyright © desta edição Editora Iluminuras Ltda. Capa Eder Cardoso I Iluminuras Revisão Ana Luiza Couto CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ A52p Amarante, Dirce Waltrick do Para ler o finnegans wake de James Joyce : seguido de "Anna Livia Plurabelle" I Dirce Waltrick do Amarante. - São Paulo, SP : Iluminuras, 2009. i!. Apêndice Inclui bibliografia Conteúdo: Anna Livia Plurabelle ISBN 978-85-7321-295-2 1. Joyce, James, 1882-1941- Crítica e interpretação. 2. Literatura irlandesa - História e crítica. I. Título. 09-3329. CDD: 828.99153 CDU: 821.111(415)-3 07.07.ü9 14.07.09 013724 2009 EDITORA ILUMINURAS LTDA. Rua Inácio Pereira da Rocha, 389 -05432-011 São Paulo -SP - Brasil - Tel./Fax: 55 11 3031-6161 Digitalizado para PDF por Zekitcha. Brasília, 30.5.2017. Para os meus Sérgio e Bruno Napoleão SUMÁRIO PARA LER O FINNEGANS WAKE DE ]AMES ]OYCE, 9 Finnegans \Vtkt e: sua elaboração, 9 Os incentivadores de Finnegans \Vttke, 19 Publicação e recepção de Finnegans \Vttke, 24 Finnegans \Vtkt e no Brasil: da tradução de fragmentos à obra completa, 28 Finnegans \Vttke: aspectos gerais, 30 História, mito e sonho, 35 Os habitantes do universo onírico de Finnegans \Vtkt e, 37 O(s) narrador(es) do romance, 41 O(s) enredo(s), 43 Algumas fontes do sonho joyciano, 48 A estrutura de Finnegans \Vttke, 51 Sinopse, 62 Livro 1: O livro dos pais (3-216), 63 Livro 11: O livro dos filhos (219-399), 64 Livro 111: O livro do povo (403-590), 65 Livro IV: Ricorso (593-628), 65 Finnegans \Vtkt e: protesto político e experimentação linguística, 66 A complexidade da linguagem onírica, 71 Questões de leitura, 79 Anna Livia Plurabelle: a terceira margem do Liffey, 83 "Anna Livia Plurabelle": suas fontes, 85 Da nascente à foz, 89 Os elementos temáticos de ''Anna Liffey", 92 Sinopse, 100 Capítulo VIII, 100 A tradução de ''Anna Livia Plurabelle", 103 Traduzindo Finnegans Wáke, 108 A terceira margem do liffey: ''Anna Livia Plurabelle" em português, 11O ''ANNA LIVIA PLURABELLE", 113 (Capítulo VIII de Finnegans Wáke) BIBLIOGRAFIA, 154 Posfácio ANNA LIVIA PLURABELLE: A IRLANDA DE JOYCE, 157 Dirce Wáltrick do Amarante' SOBRE A AUTORA, 165 "lt [Finnegam "!%ke] may be outside literature now, but its future is inside literature." Oames Joyce] "Perhaps it [Finnegam "\%ke] is insanity. One will be able to judge in a century." Em Fínnegam Wáke (1939) entramos no universo onírico do escritor irlandês }ames Joyce, que concebeu seu último romance como um sonho, não o dele mesmo, mas o "sonho da humanidade". O leitor, ao percorrer suas páginas "obscuras", é convidado a tomar decisões a cada passo, uma vez que deparará sempre com elementos caracterizados pela relatividade mais absoluta. De fato, nesse romance nada é o que parece ser e tudo se funde ao mesmo tempo, cabendo a cada leitor priorizar os aspectos que lhe pareçam os mais interessantes. Na realidade, num livro que discorre sobre a noite não podemos esperar "clareza", como o próprio Joyce afirmava: "é natural que as coisas não sejam tão claras durante a noite, não é mesmo?". Em razão dessa lógica onírica, o leitor, desde as primeiras linhas do romance, deveria também "sonhar", mas talvez de olhos abertos, para, assim, usufruir melhor esse imenso sonho, ou pesadelo, intitulado Fínnegam Wáke. ÇÃ FINNEGANS WAKE: SUA ELABORA O Fínnegam Wáke foi o último romance do escritor irlandês James Joyce (1882- 1941) e, desde a sua primeira publicação, tem sido considerado pela crítica como um dos livros mais intrigantes e inovadores já escritos. Aparentemente, o objetivo do livro, cuja feitura exigiu do seu autor cerca de dezessete anos de contínua dedicação, era bastante ambicioso, pois desejava contar a "história da humanidade" através de uma linguagem onírica e, por 9 essa razão, segundo Edna O'Brien, biógrafa de Joyce, "Ninguém pode acom­ panhá-lo. O que a maioria de nós faz no sono, Joyce tentava fazer nas suas horas de vigília". 1 Quando os primeiros fragmentos do romance, intitulado provisoriamente Work in Progress, apareceram em alguns periódicos e revistas literárias ( Transatlantic Review, Criterion, transition (sic), Contact Colletion ofContemporary Writers, The Calendar, This Quarter, Navire d'argent . ), a crítica reagiu de maneira hostil: o . . texto foi considerado um chiste, um imenso enigma e um ataque ao bom senso. Quando publicado na íntegra, foi recebido com indiferença pelo leitor que, nessa época, estava envolvido com os problemas políticos e sociais de uma guerra iminente. *** No tocante à formação do romance, pode-se dizer que fatos da vida privada do escritor contribuíram de forma relevante para a elaboração de seu último trabalho. Dentre esses fatos, os mais destacados seriam: a polêmica repercussão de sua obra anterior, Ulisses, a doença psíquica de sua filha Lucia, cujo diagnóstico médico foi esquizofrenia, e as inúmeras cirurgias na vista a que foi submetido Joyce, então com glaucoma. Convém recordar aqui uma tese comum entre os estudiosos da obra do escritor irlandês: "quando se escreve sobre Joyce, faz-se necessário aludir à sua biografia, porquanto é inseparável de sua obrà'. 2 Durante os longos anos de elaboração do romance, os problemas que Joyce enfrentou (hostilidade da crítica e complicações na vida particular) foram, contudo, abrandados pela ajuda dos amigos, que não só contribuíram para que sua obra fosse divulgada e aceita como também o auxiliaram de forma direta na composição do livro.3 Samuel Beckett, por exemplo, foi secretário de Joyce nesse período e passou para o papel algumas partes do romance, que eram ocasionalmente ditadas pelo escritor entre uma e outra cirurgia na vista.4 Além disso, Joyce contou com a 1 O'BRIEN, Edna. ]ames ]oyce. Marcos Santarrita (trad.). Rio de Janeiro: Objetiva, 1997, p. 147. 2 TORTOSA, Francisco Garcia. Anna Livia Plurabelle. Madri: Cátedra Letras Universales, 1992, p. 12. 3 Nada parece ter desanimado o escritor: a experiência de escrever Finnegans 1Vtzke era-lhe mais importante. No final dos anos 30, Joyce declarou: "Desde 1922 meu livro tem sido para mim uma realidade maior que a realidade. Tudo cede diante dele. Tudo fora do livro tem sido uma dificuldade insuperável, como fazer a barba de manhã, por exemplo." (ELLMANN, Richard. ]ames ]oyce. Lya Luft (trad.). São Paulo: Globo, 1989. p. 856.) 4 Na época da composição de Ulisses, Joyce havia declarado a Sylvia Beach que "Jamais!" ditava seus textos, pois "precisava ver o seu trabalho enquanto o modelava palavra por palavra". BEACH, Sylvia. Shakespeare and Company: Uma Livraria na Paris do entreguerras, Cristina Serra (trad.). Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2004, p. 60. 10

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