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Os sete últimos meses de Anne Frank PDF

200 Pages·2015·2.59 MB·Portuguese
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Os sete últimos meses de ANNE FRANK Universo dos Livros Editora Ltda. Rua do Bosque, 1589 – Bloco 2 – Conj. 603/606 CEP 01136-001 – Barra Funda – São Paulo/SP Telefone/Fax: (11) 3392-3336 www.universodoslivros.com.br e-mail: [email protected] Siga-nos no Twitter: @univdoslivros Willy Lindwer Os sete últimos meses de ANNE FRANK The Last Seven Months of Anne Frank Copyright © 1988 by Willy Lindwer English. Translation copyright © 1991 by Random House, Inc. Copyright © 2015 by Universo dos Livros Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Diretor editorial: Luis Matos Editora-chefe: Marcia Batista Assistentes editoriais: Aline Graça, Letícia Nakamura e Rodolfo Santana Tradução: Mauricio Tamboni Preparação: Luís Protásio Revisão: Monique D’Orazio e Geisa Oliveira Arte: Francine C. Silva e Valdinei Gomes Capa: Valdinei Gomes Foto de capa: Anne Frank Fonds Basel/contributor Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 L725w Lindwer, Willy Os sete últimos meses de Anne Frank / Willy Lindwer ; tradução de Mauricio Tamboni. – São Paulo : Universo dos Livros, 2015. 240 p. : il. ISBN: 978-85-7930-845-1 Título original: The Last Seven Months of Anne Frank 1. Frank, Anne, 1929-1945 – biografia 2. Crianças judias no Holocausto - Narrativas pessoais 3. Holocausto judeu I. Título II. Tamboni, Mauricio 15-0367 CDD 940.5318092 Minha gratidão especial às mulheres que contribuíram de forma tão notável para a criação do documentário e deste livro. À minha mãe, Rivka, que foi assassinada pelos nazistas na Polônia. Prefácio E ste livro contém as entrevistas completas conduzidas para meu documentário, The Last Seven Months of Anne Frank, televisionado pela primeira vez em maio de 1988, na Holanda. Desde então, o filme já foi exibido em vários países ao redor do mundo, inclusive nos Estados Unidos, em 1989. No curso do trabalho para a produção, descobri que somente uma pequena porção de cada entrevista podia ser usada no filme, embora todas contivessem material importante a ponto de serem preservadas em sua totalidade. Assim, este livro não apenas complementa o filme, mas é, acima de tudo, um registro histórico da admirável coragem das mulheres que aqui contam suas experiências dramáticas. O trabalho de pesquisa e preparação para o filme levou mais de dois anos e foram necessárias várias conversas preliminares antes que as entrevistas pudessem ser gravadas. Ao expor suas experiências, essas mulheres enfrentaram estresse emocional e psicológico; mesmo assim, a necessidade de contar suas histórias era mais forte. Por meio das entrevistas filmadas, há uma tentativa de reconstruir um período ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial. Todas as seis mulheres conheceram Anne Frank nos últimos sete meses de sua vida e, embora relatem as próprias experiências, muitos aspectos de suas histórias também refletem a de Anne Frank. Desenvolvi um laço especial de amizade e confiança com cada uma dessas mulheres. É difícil explicar minha admiração por sua enorme força. Por meio deste trabalho, pude entender um pouco melhor o peso que cada uma carrega e todas sobreviveram aos horrores dos campos de concentração alemães. Embora pertença à geração pós-guerra, venho de uma família judia que sofreu fortemente durante esse período. Portanto, o conteúdo desse material me era, de certa forma, familiar. Ainda assim, porém, essas entrevistas com sobreviventes de Auschwitz deixaram mais claro do que nunca, para mim, o que significa ser privado de liberdade e subjugado aos horrores dos campos de extermínio alemães. De todos aqueles que participaram deste projeto, devo agradecer em especial a A. H. Paape, diretor do Royal Institute for War Documentation, em Amsterdã, e Renée Sanders, jornalista participante deste projeto. Também gostaria de expressar minha gratidão a Bob Bremer, diretor da TROS Television, na Holanda, que me ofereceu ajuda durante a realização do projeto e sempre demonstrou apoio e interesse. Sou grato à Elfriede Frank e à Anne Frank Foundation, na Basileia, Suíça, por seu apoio solidário. E, em particular, quero agradecer minha esposa, Hanna, que me apoiou em momentos críticos e ofereceu contribuições substanciais tanto para o filme quanto para o livro. Amstelveen, 12 de julho de 1988. Willy Lindwer Introdução A nne Frank tornou-se o mais reconhecido símbolo do assassinato de judeus na Segunda Guerra Mundial. Seu diário, escrito entre 12 de junho de 1942 e 1o de agosto de 1944, enquanto viveu escondida no “Anexo”, foi publicado em mais de cinquenta países e inspirou diversas adaptações para teatro, cinema e televisão. O Anexo é agora um museu e atrai centenas de milhares de visitantes de todo o mundo. Era inevitável que a imagem nascida com o diário fosse romantizada por um grande público, em especial pela geração nascida no pós-guerra – muitos dos quais leram as aventuras que Anne Frank começou a registrar em seu diário durante um dos períodos mais trágicos de nossa história. À época, ela tinha treze anos. Anne Frank morreu aos quinze. Na terça-feira, 1o de agosto de 1944, Anne escreveu a última palavra em seu diário. Em 4 de agosto, o SD (Serviço de Segurança Alemão) atacou o Anexo, no número 263 da Prinsengracht, e todos que estavam escondidos ali foram presos. A escrita de Anne se encerra nesse momento. Prisão, deportação e aniquilação preenchem os capítulos finais, não escritos, do diário de Anne e de seis milhões de vítimas judias, das quais mais da metade era composta por mulheres e crianças. A partir do momento da prisão de Anne, sua vida na clandestinidade do Anexo, as cartas em seu diário e as noções românticas e idealizadas de uma menina abrem espaço para a realidade dura e impiedosa dos campos de concentração nazistas, onde um genocídio sem precedentes foi cometido – onde Anne, sua irmã Margot e sua mãe Edith encontraram a morte. Com o passar dos anos, uma atenção relativamente pequena vem sendo dada à vida de Anne após sua prisão e deportação. Não houve pesquisas extensas e, em alguns casos, as poucas fontes existentes contradizem umas às outras. Assim, pouco se sabia sobre os últimos e fatídicos sete meses de sua vida, ou sobre como ela enfrentou a terrível angústia em Westerbork e Auschwitz-Birkenau. Anne Frank morreu de doença, fome e exaustão em Bergen-Belsen, em março de 1945 – algumas semanas antes da libertação. Mais de quarenta anos depois, restam poucas pessoas capazes e dispostas a falar sobre esse período. As sobreviventes que entrevistei foram, no início, incapazes de expor suas experiências. Ainda hoje, muitas pessoas não conseguem falar. Pouco a pouco, algumas encontram palavras – conforme continua, para elas, o processo de assimilação do Holocausto. Algumas sentem necessidade de catarse; outras querem registrar suas histórias para a posteridade. Essas pessoas sabem que estão entre as últimas testemunhas oculares dessa época fantasmagórica e incompreensível da história humana. No documentário e também neste livro, as mulheres falam – mulheres que, como Anne, estiveram em Westerbork, Auschwitz-Birkenau e Bergen-Belsen. Elas descrevem o que aconteceu no transporte e nos campos onde Anne esteve. Essas mulheres conheceram Anne Frank e sua família. Algumas foram suas amigas ou colegas de escola. Como aqui as entrevistas são expostas em sua integridade, o livro apresenta o histórico biográfico e a origem de cada uma delas e, como consequência, coloca-as no contexto de um cenário contemporâneo muito mais amplo. Existem divergências nos relatos e nos pontos de vista sobre alguns detalhes dos sete últimos meses de vida de Anne. Talvez os fatos históricos exatos sejam menos importantes do que um registro do que Anne Frank e essas mulheres – que chegaram ao limite da resistência humana – enfrentaram. Elas relatam seu medo da morte, e como enfrentar diariamente a morte de outras pessoas as forçou, para salvar a própria vida, a pôr em cheque seus próprios sentimentos. Acima de tudo, todas contam os pequenos detalhes humanos que tiveram um enorme papel nos campos, onde não existia mais lei. Após vários meses de pesquisa, e com a ajuda do State Institute for War Documentation, conseguimos encontrar mulheres preparadas para falar diante de uma câmera e de um microfone sobre suas experiências pessoais nos campos de concentração alemães. Todas compartilharam experiências com Anne Frank e sua família após a prisão. Essas mulheres enfrentaram uma dor pessoal profunda, cada uma à sua maneira, e talvez ainda a enfrentem – uma dor da qual ninguém consegue realmente se recuperar. Seus relatos pessoais e visões do que aconteceu são uma contribuição importante para compreendermos esse período traumático da história. Anne Frank fez parte dessas experiências. As mulheres falam por ela. Esses relatos são necessários. Fascismo, neonazismo, discriminação racial e antissemitismo continuarão existindo. Até mesmo a autenticidade do diário chegou a ser questionada. Por tais motivos, a maioria das testemunhas decidiu contar sua história. Elas queriam expor abertamente as dores que lhes foram infligidas e, talvez assim, combater a injustiça onde quer que ela exista. Vale a pena notar que as vozes que ouvimos são dessas mulheres. Os horrores

Description:
O "não escrito" capítulo final do Diário de Anne Frank relata o tempo entre a prisão de Anne Frank e sua morte. A história é contada por meio dos testemunhos de seis mulheres judias que sobreviveram ao inferno do campo de concentração do qual Anne nunca mais voltou. Inicialmente, o renomado
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