MESTRADO EM ESTUDOS LITERÁRIOS, CULTURAIS E INTERARTES RAMO DOS ESTUDOS COMPARATISTAS E RELAÇÕES INTERCULTURAIS Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional – palavra e movimento numa peça de Vera Mantero Inês Medeiros Ferreira Veiga Mendes M 2017 71 Inês Medeiros Ferreira Veiga Mendes Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional – palavra e movimento numa peça de Vera Mantero Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes, Ramo de Estudos Comparatistas e Relações Interculturais, orientada pelo Professor Doutor Pedro Jorge Santos da Costa Eiras. Faculdade de Letras da Universidade do Porto dezembro de 2017 Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional – palavra e movimento numa peça de Vera Mantero Inês Medeiros Ferreira Veiga Mendes Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes, Ramo de Estudos Comparatistas e Relações Interculturais, orientada pelo Professor Doutor Pedro Jorge Santos da Costa Eiras. Membros do Júri Professora Doutora Ana Paula Coutinho Mendes Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professor Doutor Pedro Jorge Santos da Costa Eiras Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professora Doutora Zulmira da Conceição Trigo Gomes Marques Coelho Santos Faculdade de Letras – Universidade do Porto Classificação obtida: 19 valores 71 Aos meus avós, serrenhos que em meninos se viram entregues à cidade. 5 Índice I – Introdução 7 II – Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional 13 1. Génese 14 DeVIR | Cartografia de uma solidão 15 Labor | A arte como indagação 18 (In)classificável | Conferência-performance 21 2. Matéria 24 Matéria musical 25 Michel Giacometti | Cantares de trabalho 26 Canto para os descorticadores 32 O toque do ferrinho e o rugido da anta 35 Matéria filosófica 37 Viveiros de Castro | Retrato de uma alma selvagem 38 Matéria literária 44 Jacques Prévert | “Signes” 45 Antonin Artaud | “Carta a Pierre Loeb” 54 Matéria acidental 60 John Cage | A invenção do silêncio 61 Matéria coreográfica 65 O girar da roda 66 A mulher-árvore 71 Improviso sobre canto 77 3. Dispositivo 80 III – Conclusão 83 IV – Bibliocoreofilmowebgrafia 86 V – Anexos 91 6 Agradecimentos Ao Professor Pedro Eiras, pela empatia e sensibilidade da sua presença, pelo entusiasmo e dedicação com que orientou este trabalho, pela leitura atenta em cada etapa de escrita. A Vera Mantero, pela cortesia do seu acolhimento, pela curiosidade e abertura com que conversou connosco e pela cedência de documentos essenciais ao desenvolvimento da pesquisa. À equipa Rumo do Fumo, em especial Hugo Coelho, Luís da Cruz e Humberto Araújo, pela cedência de registos vídeo e fotografias, e Rita Monteiro, pela comunicação e esclarecimento de dúvidas. A Maria Lino e à Associação Luzlinar, pela promoção de um encontro feliz entre nós e a peça em estudo. 7 Resumo Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional, 2012. Palavra e movimento num solo de Vera Mantero. Da inscrição da peça num território particular. Da revelação de dinâmicas da matéria – literária, coreográfica, musical, filosófica e acidental – ao advento de um dispositivo na base da composição. Da descoberta de outras vozes – Jacques Prévert, Antonin Artaud, John Cage e Eduardo Viveiros de Castro – à busca constante de uma voz própria. Palavras-chave: Palavra, Movimento, Performance, Território, Vera Mantero. 8 Abstract Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional (The Caldeirão Highlanders, Exercises in Fictional Anthropology), 2012. Word and movement in a solo performance by Vera Mantero. From setting the play in a landscape. From revelling the dynamics of subject matters - literary, choreographic, musical, philosophical and accidental - to the advent of a device at the core of the composition. From discovering other voices - Jacques Prévert, Antonin Artaud, John Cage and Eduardo Viveiros de Castro - to the continuous search for a voice of her own. Keywords: Word, Movement, Performance, Land, Vera Mantero. 9 I – Introdução All I know about method is that when I am not working I sometimes think I know something, but when I am working it is quite clear that I know nothing. John Cage 10
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