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Os pacientes de Freud: destinos PDF

208 Pages·2012·21.71 MB·Portuguese
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Mikkel Borch-Jacobsen SI!!! Os P a c i e n t e s DefRÉUD R6UD DE f Destinos EDIÇÕES /•• texto fegrafia Cet ouvrage a bénéficié du soutien des Programmes daide à la publication de l’Institut français. Esta obra teve o apoio dos Programas de Apoio à Publicação do Instituto Francês Título original: Les Patients de Freud. Destins Tradução: Hélder Viçoso Revisão: Gabinete Editorial Texto & Grafia Grafismo: Cristina Leal Paginação: Vitor Pedro © Sciences Humaines Editions, 2O11 Todos os direitos desta edição reservados para Edições Texto & Grafia, Lda. Avenida Óscar Monteiro Torres, n,° 55, 2.0 Esq. 1000-217 Lisboa 66 Telefone: 21 797 70 E-mail: [email protected] http://texto-grafia.blogspot.com Impressão e acabamento: Papelmunde, SMG, Lda. i.a edição, Julho de 2012 ISBN: 978-989-8285-61-4 Depósito Legal n.° 347149/12 Esta obra está protegida pela lei. Não pode ser reproduzida no todo ou em parte, qualquer que seja o modo utilizado, sem a autorização do Editor. Qualquer transgressão à lei do Direito de Autor será passível de procedimento judicial. O texto deste livro segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Índice Preâmbulo ....................................................... 7 Bertha Pappenheim..................................... 11 Ernst Fleischl von Marxow............................ 20 Mathilde Schleicher..................................... 28 Fanny Moser.................................................. 31 Anna von Lieben............................................ 37 Pauline Silberstein......................................... 41 Elise Gomperz............................................... 44 Adele Jeiteles.................................................. 49 Ilona Weiss..................................................... 52 Aurelia Kronich...................................... . 55 Emma Eckstein............................................ 60 Olga Hönig.................................................. 67 Baronesa Marie von Ferstel............................ 71 Margit Kremzir............................................ 75 Ida Bauer.................................................... 76 Anna von Vest............................................... 83 Bruno Walter............................................... 88 Herbert Graf.................................................. 91 Ernst Lanzer.................................................. 9 6 Elfriede Hirschfeld.........................................ioo Albert Hirst..................................................105 Barão Viktor von Dirsztay............................iio Sergius Pankejejf............................................118 Bruno Veneziani............................................130 ElmaPdlos.....................................................137 Loe Kann.....................................................146 KarlMayreder..............................................152 Margarethe Csonka ......................................157 Anna Freud............................................ 163 Horace Frink...............................................172 Carl Liebman...............................................184 Fontes.................................................................191 Preâmbulo Toda a gente conhece as personagens descritas por Freud nos seus relatos de casos: «Emmy von N», «Elisabeth von R.», «Dora», o «pequeno Hans», o «Homem dos Ratos», o «Homem dos Lobos», a «Jovem Homossexual». Conhecem-se, porém, as pessoas reais que se ocultavam por trás desses pseudônimos ilustres: Fanny Moser, Ilona Weiss, Ida Bauer, Herbert Graf, Ernst Lanzer, Sergius Pankejeff, Margarethe Csonka? Conhecem- -se, mais em geral, todos os pacientes sobre os quais Freud nunca escreveu nada, pelo menos diretamente: Pauline Silberstein (que se suicidou atirando-se do alto do prédio do seu psicanalista), Olga Hönig (mãe do «pequeno Hans»), Bruno Veneziani (cunhado de ítalo Svevo), Elfriede Hirschfeld, Albert Hirst, o arquiteto KarlMayreder, o barão Viktor von Dirsztay, o psicótico Carl Liebman e tantos outros? Acaso se sabe que o grande chefe de orquestra Bruno Walter fazia parte dos pacientes de Freud, assim como Adele Jeiteles, mãe de Arthur Koestler? E que Freud analisou igualmente as suas próprias filhas, Sophie e Anna? Nas páginas que se seguem, tentei reconstituir as histórias - nalguns casos, cômicas, geralmente trágicas, mas sempre impressionantes — desses pacientes, durante muito tempo anônimos e sem rosto. No total, trinta e um retratos em miniatura, forçosamente incompletos, esboçados a partir dos documentos hoje acessíveis e sem conjeturar revelações que trarão no futuro aqueles que, devido à censura exercida pelos Arquivos Freud, ainda permanecem inacessíveis aos investigadores. Exatamente trinta e um retratos: fixei apenas os pacientes de Freud sobre os quais temos desdej á bastantes informações para justificar uma notícia biográfica, por mais breve que seja. De momento, foram forçosamente excluídos aqueles de que não conhecemos grande coisa ou conhecemos apenas o nome ou 7 as iniciais. Esta recolha não pretende, pois, de modo nenhum, ser exaustiva, mas aspira apenas à representatividade. Por mais parcial que seja, esta amostra deveria, pelo menos, permitir que ola leitor(a) faça uma ideia da efetiva prática clínica de Freud, para além das fabulosas narrativas que ele próprio extraiu dela. Cingi-me aos pacientes de Freud, sem incluir todos aqueles, numerosos, que se deitaram no divã de Freudpara, acima de tudo, sef ormarem em psicanálise (como Anna Guggenbühl ou Clarence Oberndorf, por exem­ plo) ou por mera curiosidade intelectual (como Alix e James Strachey ou Arthur Tansley). Nesteflorilégio, apenas se encontrarão, portanto, pessoas que iam ver Freud por sintomas que queriam curar ou por dificuldades existenciais de que não conseguiam libertar-se. Foi por esse motivo que incluí Anna Freud e Horace Frink, conquanto seja nítido que, nesses casos, a análise era simultaneamente didática. Ambos requeriam, antes de mais, cuidados, e é na qualidade de terapia que deve ser avaliado o tratamento deles, assim como o dos outros pacientes citados. Enfim, abstive-me, na medida do possível, de ter em conta as interpre­ tações de Freud, que tornam tão fascinantes e interessantes os seus relatos de casos. Por comparação, as histórias que aqui vão ler são terra-a-terra, sem brilho. Nenhuma teoria nem comentários: ative-me à superfície dos factos, documentos e testemunhos disponíveis, sem especular sobre as motivações ou os inconscientes de uns e de outros. Quem procurar nestas histórias uma confirmação das histórias freudianas arrisca-se, por conseguinte, a ficar muito dececionado, pois não encontrará o seu Freud, mas, em contrapartida, um outro, o Freud dos pacientes e do respetivo meio social. Não é certo que seja possível reconciliar esses dois Freuds, nem essas duas maneiras de contar histórias. Peço, de antemão, desculpa aos leitores a quem esta abordagem possa desconcertar ou chocar. No final do livro, ola leitor(a) encontrará a indicação das fontes em que me baseei. Algumas são primárias, como dizem os historiadores; outras, secundárias. A este respeito, declaro a minha dívida para com aqueles que, desde há cerca de quarenta anos, revolucionaram a nossa compreensão da psicanálise, ao reconstituírem pacientemente o destino desses pacientes anônimos ou pseudônimos nos quais Freud dizia basear as suas teorias: OlaAndersson, Lavinia Edmunds, Henri F. Ellenberger, Ernst Falzeder, John Forrester, Stefan Goldmann, Albrecht Hirschmül­ ler, Han Israels, David J. Lynn, Patrick J. Mahony, Ulrike May, Karin Obholzer, Ines Rieder, Paul Roazen, Anthony Stadien, Peter J. Swales, Diana Voigt, Elizabeth Young-Bruehl. Servi-me, em larga medida, dos seus trabalhos, sem os quais este não teria muito simplesmente sido possível. Também quero agradecer a todos aqueles — por vezes, os mesmos — que me ajudaram durante a redação deste livrinho e, mais em geral, durante as minhas próprias pesquisas sobre os pacientes de Freud no decurso destes últimos quinze anos: Harold P. Blum, Riccardo Cepach, Frederick Crews, Kurt R. Eisslerf, Ernst Falzeder, John Forrester, Lucy Freemanf, Stefan Goldmann, Ann-Kathryn Graf, Colin Graf, Albrecht Hirschmüller, Han Israels, Patrick/. Mahony, Karin Obholzer, Josiane Praz, Paul Roazen f, Michael Scammell, Sonu Shamdasani, Richard Skues, Peter J, Swales, Mia Vieyra e Jerome C. Wakefield. Obviamente, assumo exclusivamente a responsabilidade das afirmações e dos erros contidos neste livro.

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