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Os olhos do Imperio: relatos de viagem e transculturação PDF

198 Pages·47.042 MB·Portuguese
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Mary Louise Pratt (5| 64, (A, e Í EDÚSC Os olhos do império EditoradaUniversidadedoSagradoCoração relatos de viagem e transculturaçao Coordenação Editorial Irmã Jacinta Turolo Garcia AssessoriaAdministrativa Irmã Teresa Ana Sofiatti Assessoria Comercial Irmã Aurea de Almeida Nascimento . miss o Tradução Coordenação da Coleção Ciências Sociais E Luiz Eugênio Véscio É Jézio Hernani Bonfim Gutierre Revisão técnica Maria Helena liachado Carlos Valero 91924 NC « JJ ! “ 1 U.F.M.G. - BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA OA 726807 NÃODANIFIQUE ESTAETIQUETA . - a EDUSC EditoradaUniversidadedoSagradoCoração P9160 Pratt, Mary Louise. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação / Mary Louise Pratt; tradução Jézio Hernani Bonfim Gutierre; revisão técnica Maria Helena Machado, Carlos Valero.— Bauru, SP: EDUSC, 1999. 394 p. ; 22 cm. — (Coleção Ciências Sociais) ISBN 85-86259-64-0 1. Imperialismo. I Título. II. Série. CDD 325.32 ISBN 0-415-06095-8 (original) Copyright1992, Routledge CopyrightO de tradução 1999 EDUSC Tradução realizadaapartirda 1ºedição(1992) Direitosexclusivosdepublicaçãoemlínguaportuguesa para oBrasiladquiridospela EDITORA DA UNIVERSIDADEDOSAGRADOCORAÇÃO Às minhas irmãs Sheila, Nora e Kathy RuaIrmãArminda, 10-50 CEP17044-160-Bauru -SP Fone(014)235-7111 -Fax 235-7219 Às minhastias-avós e-mail:eduscôusc.br Agnes, Mary, Lorna, Winifred, BIBLIQECA UNIVEBSITARIA EMary, Norma, Maude e Pearl TODOF 126807-06 sumário Ilustrações 11 Apresentação 15 Prefácio à edição brasileira 19 Prefácio 23 Capítulo 1. Introdução: crítica na zona de contato =x Parte 1. Ciência e sentimento, 1750-1800 41 Capítulo 2. Ciência, consciência planetária, interiores 71 Capítulo 3. Narrando a anticonquista 127 Capítulo 4, Anticonquista II: a mística da reciprocidade 155 Capítulo 5. Eros e abolição Parte 2. A Reinvenção da América, 1800-50 195 Capítulo 6. Alexander von Humboldt e a reinvenção da América 249 Capítulo 7. Reinventando a América II: a vanguarda capita- lista e as exploratricessociales Capítulo 8. Reinventando a América/Reinventando a Euro- pa: a automodelação crioula Apenas olhando você pode ver muito. Parte 3. Estilística imperial, 1860-1980 SA Capítulo 9. Do Vitória Nyanza ao Sheraton San Salvador logue Berra 379 Indice remissivo ilustrações 26 1. Desenho da criação bíblica, por Felipe Guaman Poma de Ayala 34 2 Representação auto-etnográfica da Nueva coronica y buengobierno de Guaman Poma de Ayala 36 3. Semeando, pelos artistas de Sarhua 48 4. A expedição de La Condamine fazendo mensurações (1751) 53.5. Fenômenos naturais das Américas (Ulloa eJuan, 1748) 60 6. O sistema lineano para a identificação das plantas por seus componentes sexuais (1736) Z0 Antropomorfia lineana (1760) 85 8. Frontispício da edição francesa de A Situação atualdo Cabo da Boa Esperança(1741), de Kolb 90 9. Costumes dos hotentotes (Kolb, 1741) 91 10. Povoamentos e cabanas dos hotentotes (Kolb, 1741) 104 1. Frontispício da edição inglesa de Viagem ao Cabo da Boa Esperança (1785), de Sparrman 134 12 - Frontispício da edição de 1860 de Travels in theInterior ofAfrica(Viagens no interiorda África), de Mungo Park 143 13 - Página-título da edição de 1860 de Travels in the InteriorofAfrica 166 14- Rebelde de Suriname (Stedman, 1796) 170 15 - Tropas européias (Stedman, 1796) 176 16 - “Joanna” (Stedman, 1796) 177 17. Suplício de escravos (Stedman, 1796) 210 18 - Humboldt e Bonpland no Orinoco 215 - Pontes naturais de Icononzo (Humboldt, 1814) apresentação 22ia - Perfil botânico do Monte Chimborazo, por Humboldt (1805) 223 - Esboço andino do Monte de Potosi (1588) 2a - Estátua de sacerdotisa azteca (Humboldt, 1814) 229 - Manuscrito azteca (Humboldt, 1814) A obra que Mary Louise Pratt nos apresenta, como 240 - Frontispício do AtlasdaAmérica, de Humboldt resultado de uma longa e profunda investigação, reveste-se 245 de grande importância para várias áreas do conhecimento, -« Arpillera, autor desconhecido, Peru, década de 1980 emespecial para a literatura, a história e a antropologia. Ao 251 - Dinastias inca e espanhola (Ulloa eJuan, 1748) eleger um gênero literário como objeto de análise -os relatos 263 - Tabela de categorias raciais (Stevenson, 1825) dos viajantes- e realizar uma crítica da ideologia relaciona- 266 da à produção, circulação e consumo dos mesmos, a Autora - Silletero andino. realiza uma abordagem renovada sobre o imperialismo, 273 - Vista de Valparaíso (Graham, 1824) tema que tem suscitado grande interesse em intelectuais, 283 políticos, bem como na sociedade em geral do mundo - Mulher-soldado no Brasil (Graham, 1824) inteiro, especialmente no Brasil. 290 - O sayay manto (Stevenson, 1825) Ao tentar mostrar que os olhos do império, ou seja, 302 o olhar do branco vindo dos países civilizados, estavam - Frontispício, de RepertorioAmericano (1826) representados no olhar dos viajantes que ajudaram a con- 306 - À sangria da seringueira, extraído de Travels in South struir uma nova consciência planetária ao desbravar o inte- America (1875), de Paul Marcoy rior da América e da África desde a metade do século XVII 314 34. Pirâmide de Cholula (Humboldt, 1814) e durante todo o século XIX, a obra incursiona no mundo do imaginário e das representações do real. Com estilo 342 35. Frontispício, de Narrativeofan Expedition to the agradável e com umtexto consubstanciado em farta docu- Zambesi(1865), de David Livingstone mentação, a Autora nos leva a perceber o imperialismo, 348 36. Quedas de Ripon, extraído deJournaloftheDiscovery antes considerado e analisado primordialmente na forma de oftheSourceoftheNile (1863), deJohn Speke um fenômeno político e/ou econômico, como produto e 352 como agente responsável pela construção de visões de 57. quando um pântano, extraído de Explorationsand i mundo, auto-imagens, estereótipos étnicos, sociais, geográ- Adveniures in EquatorialAfrica (1861), de Du Chaillu | 4) ficos entre outros, e que se legitima não apenas pela domi- 354 38. Gorila com arma (Du Chaillu, 1861) || a= naçã=o externa, viésíSevel atravéas de relaçõases econô»micé as e políticas, mas pela interferência direta nas mentes das pes- | soas com ele envolvidas. | Nos primeiros capítulos, assistimos à construção do novo sentido imperial que os relatos de viagem introduzi- | ram. Uma relação estabelecida com o naturalismo e com o apresentação apresentação romantismo serve para explicar como e o que o europeu e competência da teoria do discurso, a autora soube recor- viu e descreveu sobre a América e a África, quais os con- rer a outros espaços de investigação, cada qual supondo o ' Ceitos, preconceitos e noções que orientaram a observação, manejo de tradições e de instrumentos disciplinares dife- a informação e, por que não, a deformação presentes nos rentes. Sendo assim, ao realizar a crítica textual dos relatos mesmos. Justifica, também, porque o europeu, consideran- dos viajantes, ela preocupou-se, também, em identificar as do-se superior aos povos nativos e, inclusive, aos brancos condições de produção dos mesmos, o contexto hiisrtiósricoa=S/D destes continentes, teve necessidade de conhecer o outro e os contratos assumidos pelos autores, e a repercussão, uso de organizar um mundo tão diferente do seu, urbano e e apropriações que eles tiveram junto ao público leitor. Ao industrial. Perseguindo, ainda, o objetivo de realizar uma definir um objeto de estudo e ao buscar uma melhor com- crítica da ideologia subjacente aos relatos de viagem, a obra preensão do mesmo, fez-se necessário que amplíasse seu apresenta, como base de atuação deste novo imperialismo terreno de ação e integrasse técnicas, instrumentos e cate- que colonializa as mentes, a anticonquista, expressada na gorias de outras disciplinas, realizando, dessa forma, o hospitalidade existente entre colonos é viajantes, na esteti- encontro de disciplinas como a literatura, a história, a zação e na valorização da natureza, na narrativa produzida antropologia, a etnografia, a geografia, a sociologia entre pela observação e não pela História. outras. É através dodestaque às zonas de contato -termo que a autora diz gostar muito e que utiliza para falar das inte- | rações propiciadas pelos encontros entre os viajantes e os povos visitados- , que o conceito de transculturação é explorado e desenvolvido. Indo além da constatação de que Heloisa Reichel a literatura de viagens reinventou o imaginário popular inverno de 1999 europeu sobre os outros mundos, vários capítulos da obra destinam-se a demonstrar a dinâmica do processo de inte- ração social e ideológica que constitui o encontro de sociedades. Após mostrar os relatos de viagem como pro- duto de um contexto histórico, a autora destaca O papel que eles tiveram na identidade que o outro relatado passa a ter sobre si mesmo. Assim, por exemplo, merece destaque a relação estabelecida entre a reinvenção da América que as descrições de Humboldt propiciaram ao europeu e a for- mulação da auto-imagem que a intelectualidade crioula, como Andrés Bello, Estebán Echeverria e Domingo Faustino Sarmiento, passou a ter sobre si, influindo, dessa maneira, nos projetos de nação que eles elaboraram para a América. Por fim, a obra apresenta-se como um importante e bem sucedido exercício de interdisciplinaridade. Fundamentando-se primordialmente em seu campo de atuação privilegiado e utilizando-se com muita propriedade “|prefácio à edição brasileira 66 €; ostei da sua pele branca”, disse a jovem guer- rilheira colombiana, explicando (abril de 1999) por que havia fugido com um dos soldados presos que ela estava encarregada de vigiar. Sua traição tinha uma causa: ela não havia se juntado à luta por solidariedade, e sim porque aos dez anos havia sido vendida por sua mãe a um comandante guerrilheiro. “Nova Romeu e Julieta”, anunciou O jornal mexicano. Que estupidez! O verdadeiro modelo era patrimônio dos próprios mexicanos: a história de Ia Malinche. Emnossa época chamada de pós-colonial, na qual o imperialismo é visto como substituído pela globalização, a pele branca continua agradando, as filhas continuam sendo vendidas, e os mitos imperiais continuam gerando significa- dos, desejos e ações. Falta muito para que nos desco- lonizemos. Os olhos do império foi concebido dentro de um amplo desafio intelectual que se poderia chamar de desco- lonização do conhecimento, iniciado nos anos 60 pela desintegração da última onda de impérios coloniais europeus. Iniciado também por uma geração notável de intelectuais, formada por esses impérios mas resistindo a eles — Fanon, Camus, Cesaire, Achebe, CLR. James e muitos outros, inclusive Mahatma Ghandi que, perguntado sobre sua opinião sobre a civilização ocidental, respondeu: “Acho que seria uma boa idéia.” A descolonização do co- nhecimento inclui a tarefa de chegar a compreender os caminhos pelos quais o Ocidente (a) constrói seu conheci- mento do mundo, alinhado às suas ambições econômicas e políticas, e (b) subjuga e absorve os conhecimentos e as capacidades de produção de conhecimento de outros. Estes prefácioàediçãobrasileira prefácioàediçãobrasileira dois mecanismos eram centrais para produzir os temas do os outros “pós” (pós-nacional, pós-moderno, np imperialismo e do colonialismo, e sua desconstrução é fria, pós-Estado, pós-marxismo, pós-feminismo) pica o- essencial, se eles forem substituídos porformas de comuni- nial” autoriza um certo desengajamento numa parte de inte- cação transcultural que sejam eticamente justas e epistemo- lectuais metropolitanos e cosmopolitas, renovando sua O logicamente válidas. licença para funcionar inconsequentemente como E cen- (« A experiência nos ensinou que por si mesmas as tro que define o resto do mundo como periferia. : termo mudanças políticas não transformam a consciência humana, “globalização” é geralmente usado como significan o uma Os sistemas de significação e hierarquias de valor. Elas criam nova ordem mundial na qual as dinâmicas imperiais de cen- condições nas quais novas formas de subjetividade e tro/periferia deixaram de ser relevantes. l consciência poderão ser procuradas. As revoluções não re- Os olhos do império deveria ser lido como uma aa volucionam automaticamente a subjetividade (inclusive a tribuição à história de representações, especialienho = dos próprios revolucionários). A descolonização política representações européias do mundo não europeu, aa ite- não produz automaticamente o que Ngugi wa Thiong'o ratura de viagem. Favorecida pelas rupturas existentes em nomeia como “a descolonização da mente”. Longe disto. As análises de discurso e de estudo da ideologia, a história das mais antigas ex-colônias européias nas Américas lutam até representações emergiu nas últimas três dsmanas como e hoje com seus legados coloniais. Os Estados Unidos, um terreno fértil de pesquisa, ao lado da históriade idéias e de poder imperial, continuam infectados por uma imaginação necessidades. Nenhum processo de explicação poderia ser colonizada. Em várias disciplinas acadêmicas, o eurocentris- mais excitante (e desconcertante) do que nossa crescente mo ainda persiste como um reflexo intelectual tanto natural constatação de que a história é direcionada tanto pela quanto inconsciente, e a autoridade intelectual e recursos maneiracomo as pessoas imaginam que as coisas so, educacionais continuam sendo distribuídos porlinhas colo- quanto pela maneira como as coisas realmente podem ser. niais. Rupturas científicas em genética revivem hoje doutri- Assim, este é um livro sobre imaginação, anseio, ru nas raciais do século XIX, enquanto economias neoliberais beleza, desejo, coragem,arrogância, fuga, curiosidade,matl- reativama ficção do século XVIII do “mercado livre” como dade, medo, solidão, ambição, ódio, assombro, viotênci uminstrumento para a futura distribuição de riqueza e o fim vislumbre, ignorância, cobiça. É um livro sobre combates da da miséria das massas. mente, do coração, e da pena. Seu lançamento em por- A descolonização do conhecimento e da menteé uma tuguês, sob os notáveis auspícios da EDUSC (Editora da tarefa incrível na qual intelectuais e artistas devem per- Universidade do Sagrado Coração), é uma grande honra manecer como colaboradores vitais durante várias gerações. para mim. Possam seus leitores vislumbrar nele um reflexo Frente a este desafio, a pessoa é surpreendida pela facili- de seus corações e algo fiel a seus anseios. dade com que nosso mundo contemporâneo tem sido rotu- lado como “pós-colonial”. O termo é útil se se refere ao fato de que as manobras do colonialismo estão atualmente disponíveis para uma reflexão crítica em caminhos que não Guadalajara, México estavam até agora. Masele é utilizado para significar oopos- abrilde 1999 to: que as manobras do euroimperialismo foram deixadas para trás e que nemde longe são rele-vantes para produzir o mundo. (Que o digam os habitantes da Iugoslávia). Como 16 17 Es livro teve sua origem num curso sobre relatos de viagem e expansão européia que minha colega Rina Benmayor e eu ministramos conjuntamente na Universidade stanford nos anos 1978-81. Ela partiu para outras questões, e eu permaneci no tema. O trabalho neste projeto recebeu apoio de muitas fon- tes. O curso original beneficiou-se de uma bolsa do National Endowment for the Humanities curriculum development (Fundo Nacional para o desenvolvimento do currículo de Ciências Humanas), através do Programa de Relações Inter- nacionais na Universidade de Stanford. Umano de investiga- ção básica tornou-se possível por uma bolsa do NEH para pesquisa independente em 1982-3. A fase de redação, entre 1987-8, foi-me propiciada pela Fundação Pew, por uma bol- sa Guggenheim e pelo Centro de Humanidades de Stanford. Sou grata a todas estas fontes por seu apoio ao meu trabalho. Este é um livro marcado pelos realinhamentos globais e turbulências ideológicas que se iniciaram nos anos 80 e se estendematé hoje. Iniciou-se na angústia dos anos Reagan- Thatcher, quando a desmistificação do imperialismo parecia mais urgente e também mais impossível do que nunca. Foi interrompido pela eclosão das intensas lutas institucionais, ora em curso na maioria das universidades americanas, em torno dos currículos de graduação para as ciências humanas — lutas envolvendo justamente o legado do euroimperialis- mo, androcentrismo e supremacia branca na educação e na cultura oficial. A elaboração deste livro, portanto, foi acom- panhada por um contínuo confronto com as próprias ideo- logias cujos resultados são aqui estudados. Sua publicação coincide, quer se queira, quer não, com os quinhentosanos das descobertas de Colombo, momento, na Europa e nas AB prefácio prefácio tinha direito de esperar. Sii nto-me grata por ques ajaudas. Embora nada do que se segue tenha sido p i des anteriores de algumas = Sra reERnoCollageLiterature, 8, 1981; mftrmiieenoari,nrrra,itrttooeóirsuveigooa,rpteeoadudreamfeuisartneiouqrons,upoeomsciruopatasr.utornueIidmnlduetaazesçdleãeeoemctpcceuaooarqinmasusoeaaslfsãioiodserasmcprtaorrrnauostuvduomurlczauaatseadmcdsoo.ensatEtcrpuomaaan-rihhsmaieespcditioeóo--r- eapdNeriiMsinacnraaaoTu,oeasx7nt,p,odleOeCrsDrta1iíâs9Ltfni7.ifenc9eago;Brus,seeirn1WGs,kcrieeeãio1olt9sre(i,8gyHn7,ege;1tn9CCoIr8uanw2ylls;nitcfLruCooirUrrpuneintiitii(sviaoJecnarGasUsml,.eieHts1myP,.,C,ldRigofDcfuioenrddHtt]Caae,bSe:UFleiEiin Chicago U. P., 1986); e Literature andAnthropo ee a than Hall e Ackbar Abbas, eds., Hong Kong, Hong gU. seãuoroopécieanstrroelcarcíitiocnoaddaesstàePliovsrso.e territorial e global, as quais P., 1986). PcBScltlgdocgoeqMohironecnroomronuuonaugimlaaansesaiçamdapdcdnmssltãagareaeqdeltuarodqoaysnudounáaaeusmdotehítsriosd,e-Ereoarndieeedpssrs,siDSooieateetaGdPpeesselqarri(NoramaJpecnautomcsarséibeuouabneoaaoeconnsaorlpseenmtibd,ámnrcteaooqeorraasyannmmsraneuFpiçmamãdeãairtooaãlDebeoetopianaeoueonmaésesqntncspPqrtocnmodutiaeaptueaobovanhemaessees,rseattuvriss,aqmeieloctzaomuKLvtdimpeedpanMaiiaiaoedxreoodtzssutsttleisereádreaolaoihEatrvvtsve.vsJhglsaeeuro,edeiideeeitponndenmAmsuoertmameitatrrmgnde)neSdrdiauECaaérserhaalrubssnNmslaMociadmatcehouteudfqoolle,ucaiiafuhnewtmdsuCdçoctoateeçtMmueoarãas,oiaondoldasaraorsPhotnnmane,nnodpausCaneuoixdaraae,rutsdpseRolataasletaaHaledsdtdunsEeEdtansuoqn:geaodrersraelcufuansr,iatdpiiêSitêtiiCavailAOótnre6seosrhdblsodmsacsit0;ooíaecohn-éisdevuRmsfte,gdaermoiRaesoo-n,rdaeiiernrUssee7a;a,ticogdnaõuss0moadtval;tleimtsaoRuuPorsdsdmaliteacdLr-uiooeotrefoatneoocued.siansru----a-o.-e---- 20 sm

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