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Os Leopardos de Giuseppe Tomasi di Lampedusa e Luchino Visconti PDF

103 Pages·2013·10.92 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM LETRAS Os Leopardos de Giuseppe Tomasi di Lampedusa e Luchino Visconti: uma análise do ponto de vista da tradução intersemiótica Guilherme Borba Gouy São Cristóvão, fevereiro de 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM LETRAS Os Leopardos de Giuseppe Tomasi di Lampedusa e Luchino Visconti: uma análise do ponto de vista da tradução intersemiótica Guilherme Borba Gouy Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras, da Universidade Federal de Sergipe - UFS, para fins de Exame de Defesa. Orientadora: Profa. Dra. Lílian Cristina Monteiro França São Cristóvão, fevereiro de 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM LETRAS Os Leopardos de Giuseppe Tomasi di Lampedusa e Luchino Visconti: uma análise do ponto de vista da tradução intersemiótica Guilherme Borba Gouy Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras, da Universidade Federal de Sergipe - UFS, para fins de Exame de Defesa. Orientadora: Profa. Dra. Lílian Cristina Monteiro França São Cristóvão, _____/_____/_____ Banca Examinadora _______________________________________________ Profa. Dra. Lílian Cristina Monteiro França (UFS) (orientadora) _______________________________________________ Prof. Dr. Antônio Ponciano Bezerra (UFS) _______________________________________________ Prof. Dr. Fernando Barroso (UFS) São Cristóvão, fevereiro de 2013 Ao meu pai, Ismael Victor Gouy (in memorian). Um cara que faz muita falta AGRADECIMENTOS À minha companheira de todas as horas e momentos, Fabiana Sant’Anna de Mendonça, pelo companheirismo, amizade, amor e paciência – sobre tudo no último ano dessa dissertação. Sou muito grato a você, neguinha! Te amo! À Professora Lilian Cristina Monteiro França, minha orientadora de mestrado e de incontáveis lições de vida. Desculpe pelos prazos que perdi, pelas noites de trabalho até tarde que proporcionei, pelos meus equívocos e pelas expectativas que frustrei. Obrigado por não ter desistido de mim durante tantos anos de convivência, inclusive nos momentos em que meu valor era infinitamente menor que um punhado de réis. Obrigado! À minha mãe, Zuleica Soares, pela paciência, sabedoria e pela persistência com que acredita na minha capacidade de ser uma pessoa melhor a cada dia. Leica, obrigado por tudo! Ah! Não me esqueci do “portuga”: Antônio. Cuide bem dela, viu?! Ao meu irmão Jean Fábio, esse irmão nascido na barriga de outra mãe, pela grande amizade, pela força, pelo companheirismo, pelo compartilhamento de suas experiências de vida. Desculpe pelos erros, excessos e palavras indevidas em vários momentos. Gosto de você demais, cara! Amizade é tudo! Aos meus irmãos, Bira, Beto, Ivan, Armandinho e Victor, por gostarem de minha à sua maneira e por entenderem o meu gostar atravessado. Aos primeiros, minhas sinceras desculpas pela ausência freqüente. Ao último, meu lamento por nos desentendermos tanto. A vida é muito curta para empregarmos tanta energia discutindo e nos desentendendo. “Tâmo junto, gordo!” Ao meu primo Alexandre Borba, pelo carinho, amor e pelas lições sobre como me tornar um sujeito-homem. A ele e aos seus cabelos brancos (Lorrany, Alexandra, Tayná e Neide – ou M.J)... meu muitíssimo obrigado. E a todos aqueles que passaram a fazer parte da minha família em Sergipe Del Rey: Adilma Menezes; Daniel Morais; Henrique, Luciana, Kauã e Clarinha (família Menezes Araújo); Jéssica Gonçalves; João, Jussara, Rafael, Israel, Davi e Isinha (família Poerschke); Felipe, Fabrício, Liquinho, Mariane, Mangangão, Sr. Fred. Dona Helena e Tia Leninha (família Nabuco Queiroz Sampaio); João Dantas; Sonia Aguiar; Adilma Menezes; Lucia Borba; Manoel Messias. Obrigado a todos vocês! Aprendendo a aprender! “Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira”. Fernando Pessoa RESUMO Caminhar entre os "Leopardos" foi (e continuará sendo) uma experiência fascinante, ainda mais se estes estão situados em meio ao Risorgimento italiano. O caminho tem início com o "Leopardo" de 1956, do escritor italiano Tomasi de Lampedusa e segue até o "Leopardo" de Luchino Visconti, de 1963. Literatura e cinema, embora linguagens distintas e autônomas, se aproximam, se afastam, se complementam e se misturam de formas diversas. O presente estudo tem por objetivo geral examinar o processo de adaptação da obra literária de Lampedusa para a obra cinematográfica de Visconti, sob a perspectiva de uma tradução intersemiótica. A parir da leitura de obras chave para a área, optou-se por centrar a discussão na obra de Julio Plaza (1987) e dos autores que mais o influenciaram: Roman Jakobson e Charles S. Peirce. O conceito de tradução intersemiótica foi apresentado por Roman Jakobson, que classificou os tipos de tradução em interlingual, intralingual e intersemiótica. A tradução intersemiótica concentra-se nos estudos acerca da tradução entre diferentes códigos. Para realizar a análise proposta adotou-se a seguinte metodologia: I - Constituição de um corpus - a partir de um referencial teórico pertinente tanto a área de teoria do texto, e consequentemente de análise do discurso, quanto de análise da imagem, em especial da gramática audiovisual do cinema, a partir de sua estruturação por Griffith (em “Intolerância”); cabe destacar que “quanto à natureza da linguagem, devemos dizer que a análise de discurso interessa-se por práticas discursivas de diferentes naturezas: imagem, som, letra, etc.” (ORLANDI, 2007:62); II - De-superficialização – ao delimitarmos um corpus, já fizemos uma primeira seleção a partir do texto bruto (no caso o romance e o filme); a segunda etapa deverá aprofundar a análise a fim de buscar os elementos fundamentais do discurso, deixando a superficialidade para buscar “o como se diz, o quem diz, em que circunstâncias” (ORLANDI, 2007, p. 65); III - Analise do modo de funcionamento do discurso - a partir do objeto discursivo construído nas etapas anteriores. A partir da constituição da de-superficianilização foram selecionadas as categorias de análise, a partir do levantamento vocabular da obra de Lampedusa, encontrando-se os elementos mais significativos para a composição de um cenário e de uma cenografia em que se desenrolava a narrativa, permitindo, então, a análise do processo de tradução intersemiótica para o cinema. Após selecionada a categoria "Cores" e selecionados os fotogramas para análise (obtidos a partir da decòupage do filme) procedeu-se uma análise dos aspectos icônicos, indiciais e simbólicos, a partir do referencial teórico de Peirce (1999). A dissertação está dividida em três capítulos: Capítulo 1 - O contexto histórico e sua influência no discurso de Lampedusa; Capítulo 2 - Gêneros do Discurso e Tradução Intersemiótica e Capítulo 3 - A tradução intersemiótica dos "Leopardos" de Lampedusa e Visconti. Finalmente, nas considerações finais, é apresentado um quadro analítico que permite identificar a adaptação realizada do tipo blueprint, ou seja, aquela em que a tradução é feita mantendo a máxima proximidade com o original, sem entretanto se resumir a ele. Palavras-Chave: Lampedusa; Visconti; Tradução Intersemiótica; Audiovisual; Gêneros do Discurso. RESUMEN Caminar entre los "Leopardos" fue (y sigue siendo) una experiencia fascinante, incluso si están situados en medio al Risorgimento italiano. El camino comienza con el "Leopardo" en 1956, del escritor italiano Tomasi de Lampedusa y sigue hasta el "Leopardo" de Luchino Visconti, en 1963. La literatura y el cine, aunque distintas lenguas y el enfoque autónomo, acercanse, aproximanse, complementanse y mezclanse de diferentes maneras. El presente estudio tiene por objeto analizar el proceso general de adaptación de la obra literaria de Lampedusa para una obra cinematográfica de Visconti, a través de una perspectiva de una traducción intersemiótica. Desde la lectura de obras clave para el área, se optó por centrar el debate en la obra de Julio Plaza (1987) y los autores que más influyeron en él: Roman Jakobson y Charles S. Peirce. El concepto de traducción intersemiótica fue presentado por Roman Jakobson, que clasifica los tipos de traducción interlingüística, intralingüística y intersemiótica. La traducción intersemiótica concentra sus estudios sobre la traducción entre diferentes códigos. Para llevar a cabo la propuesta de análisis se ha adaptado de la siguiente metodología: I - Construcción de un corpus – a partir de un referencial teórico apropriado tanto para el área del la teoría del texto, y por lo tanto el análisis del discurso, como el análisis de la imagen, especialmente la gramática visual del cine, desde su estructuración por Griffith (en "Intolerancia"), vale la pena señalar que "la naturaleza del lenguaje, se dice que el análisis del discurso está interesada en las prácticas discursivas de diferentes tipos: imagen, sonido, carta, etc "(Orlandi, 2007:62) II - De- superficialización – al delimitarnos un corpus, hemos hecho una primera selección del texto en bruto (en este caso, el romance y la película), el segundo paso consiste en analizar más a fondo para buscar los elementos básicos del discurso, dejando a la superficialidad para buscar "lo qué se dice, a quién se dice, en qué circunstancias" (Orlandi, 2007, p 65.); III - Analizar el modo de funcionamiento del discurso – a partir del objeto discursivo construido en los pasos anteriores. Desde el establecimiento de la de-superficianilización se seleccionaron las categorías de análisis, a partir del levantamiento vocabulario de la obra de Lampedusa, encontrándose los elementos más importantes para componer una escena y una escenografía que se desarrolló en la narrativa, que le permite, entonces, el análisis del proceso de traducción intersemiótica para el cine. Después de seleccionar la categoría "Colores" y seleccionar los fotogramas para el análisis (obtenidos a partir de la decoupage de la película) procedió a un análisis de los aspectos icónicos, indiciales y simbólicos, a partir del referencial teórico de Peirce (1999). La tesis se divide en tres capítulos: Capítulo 1 - El contexto histórico y su influencia en el discurso de Lampedusa, Capítulo 2 - Géneros del Discurso y Traducción intersemiótica y el Capítulo 3 - traducción intersemiótica de los "Leopardos" de Lampedusa y Visconti. Por último, en las observaciones finales, se presenta un marco analítico para identificar la adaptación realizada del tipo blue print, o sea, aquel en el que se realiza la traducción manteniendo la máxima proximidad a la original, pero sin detenerse a él. Palavras-Clave: Lampedusa; Visconti; Traducción Intersemiótica; Audiovisual; Gêneros del Discurso. SUMÁRIO Introdução........................................................................................................12 Capítulo 1 - O contexto histórico e sua influência no discurso de Lampedusa.......................................................................................................17 1.1 - Tomasi di Lampedusa.............................................................................17 1.2 - A Renascença..........................................................................................20 1.3 - A Arte Renascentista...............................................................................25 1.4 - Descrição do Romance "O Leopardo"..................................................29 1.5 - Luchino Visconti......................................................................................39 2. Capítulo 2 – Gêneros do Discurso, Analise do Discurso e Tradução Intersemiótica...................................................................................................44 2.1 - Gêneros do Discurso..............................................................................44 2.2 - Tradução Intersemiótica.........................................................................50 2.3.1 - Tradução Intersemiótica: do texto literário para o cinematográfico...............................................................................................61 3. Capítulo 3 – A Tradução Intersemiótica dos Leopardos de Lampedusa e Visconti.............................................................................................................71 3.1 Constituição do Corpus, De-Superficializaçâo e Análises do Modo de Funcionamento do Texto................................................................................72 3.2 Tradução Intersemiótica e o Potencial Audiovisual do Texto de Lampedusa ......................................................................................................81 3.2.1 A Cor .......................................................................................................82 3.2.1.1 O caráter icônico no uso das cores por Lampedusa e Visconti.....82 3.2.1.2 O caráter indicial no uso das cores por Lampedusa e Visconti.....85 3.2.1.3 O caráter simbólico no uso das cores por Lampedusa e Visconti.89 4. Considerações Finais..................................................................................94 5. Referências Bibliográficas..........................................................................97

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Lampedusa em seu romance e o filme de Visconti se relacionam através do emprego de uma análise intersemiótica; mais ainda, verificar, através da.
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