E E R F D A O L N W O D E E R F D OS ANNALEAS E A HISTORIOGROAFIA FRANCESA: Tradições críticas dL e Marc Bloch a Michel Foucault N W O D E E R F D A O L Editora da Universidade Estadual de Maringá N RWeitora: Profa M. Sc. Neusa Altoé Vice-Reitor: Prof. Dr. José de Jesus Previdelli O CONSELHO EDITORIAL D Presidente: Prof. Dr. Gilberto Cezar Pavanelli. Coordenador Editorial: Prof. Dr. Thomas Bonnici. Membros: Prof. Dr. Antonio Cláudio Furlan, Profa Dra Astrid Meira Martoni, Profa Dra Celene Tonella, Profa Dra Celina Midori Murasse, Prof. Dr. Celso Luiz Cardoso, Profa Dra Clarice Zamonaro Cortez, Prof. Prof. Dr. Gentil José Vidotti, Dr. José Adalberto Mourão Dantas, Profa Dra Lizete Shizue Bomura Maciel, Profa Dra Maria de Fátima P. da S. Machado, Prof. Dr. Osvaldo Ferraresi Filho, Prof. Dr. Renilson José Menegassi. Comissão de Revisão em Língua Portuguesa e Inglesa: Profa M. Sc. Eliana Alves Greco, Profa M. Sc. Jacqueline Ortelan Maia Botassini, Prof. Jorge Júnior do Prado, Prof. José Hiran Sallée, Prof. M. Sc. Manoel Messias Alves da Silva, Prof. Dr. Salvador Piton, Prof. Dr. Silvestre Rudolfo Böing. Diretoria Geral: Profa Dra Silvina Rosa. Secretária: Maria José de Melo Vandresen. CARLOS ANTONIO AGUIRRE ROJAS E E R F OS ANNALES E AD HISTORIOGRAFIAA FRANCESA: Tradições críticas de MOarc Bloch a Michel Foucault L N W O Tradução e Revisão Técnica D Jurandir Malerba Maringá 2000 FICHA TÉCNICA Divisão de Editoração Arte Final Capa . Marcos Kazuyoshi Sassaka . Marcos Kazuyoshi Sassaka . Marcos Cipriano da Silva . Jurandir Malerba . Juliano Rodrigues Lopes Diagramação Capa . Marcos Cipriano da Silva . Frontispício do n. 2 da revista E Annales(1930) sobre detalhe da “Carta- Tiragem portulano” de Diogo Homem (c. 1566) – . 500 exemplares E Universidade de Coimbra R Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) F Biblioteca Central – UEM, Maringá Aguirre Rojas, Carlos Antonio D A284A Os Annales e a historiografia francesa: tradições críticas de Marc Bloch a Michel Foucault / Carlos Antonio Aguirre Rojas ; Tradução e revisão técnica de Jurandir Malerba. –- Maringá : EduemA, 2000. 344p. O ISBN 85-85545-59-3 ISBN 968-6996-79-6 (edição original) L 1. Hitoriografia francesa – Annales. 2. Marxismo. 3. História – Século XX. 4. Teoria Nda história. I. Título. CDD 21. ed. 907.2 W 907.202 CIP-NBR 12899 O Título original mexicano Los Annales y la historiografía francesa: tradiciones críticas de Marc Bloch a Michel Foucault D Copyright 1996 para Carlos Antonio Aguirre Rojas Copyright 2000 para Jurandir Malerba Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo mecânico, eletrônico, reprográfico etc., sem a autorização, por escrito, do autor. Todos os direitos reservados desta edição 2000 para Eduem. Endereço para correspondência: Eduem - Editora da Universidade Estadual de Maringá Universidade Estadual de Maringá Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação/Divisão de Editoração Av. Colombo, 5790 - Campus Universitário - 87020-900 - Maringá-Paraná-Brasil Fone: (0XX44) 261-4527/261-4394 - Fax: (0XX44) 263-5116 Site: http://www.ppg.uem.br - E-mail: [email protected] SUMÁRIO E PRÓLOGO À EDIÇÃO BRASILEIRA .................................................... 1 E INTRODUÇÃO ................................................................................... R 9 I. DOS ANNALES, MARXISMO E OUTRAS HISTÓRIAS F Dos Annales, marxismo e outras histórias: uma perspectiva comparada sob o ponto de vista da longa duraçãoD ............................ 25 Dos Annales ‘revolucionários” aos Annales “marxistas”: algumas A considerações sobre a relação entre a corrente dos annales e o marxismo ............................................................................................... 51 O Fazer a história, saber a história: entre Marx e Braudel ...................... 79 L Convergências e divergências entre os Annales de 1929 a 1968 e o marxismo: ensaio Nde balanço global ................................................... 137 II. ABORWDAGENS E CONTRIBUIÇÕES DA CORRENTE ANNALISTA Os eixos principais do debate contemporâneo em torno da Ochamada “escola dos Annales” ............................................................. 181 Nas fontes teóricas da história quantitativa: o impacto da escola D dos Annales sobre a quantificação em história ................................. 199 Os Annales dentro do universo da crítica ............................................ 215 Os Annales na encruzilhada .................................................................. 261 Marc Bloch: in memoriam ..................................................................... 273 Fernand Braudel: perfil intelectual ...................................................... 287 Michel Foucault no espelho de Clio ...................................................... 303 BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 323 E E R F D A O L N W O D PRÓLOGO À EDIÇÃO BRASILEIRA E E Tem um sabor todo especial para mim poder entregaRr ao leitor brasileiro o conjunto de artigos que compõe a presente F compilação. E já que se trata de um público novo, bem conhecedor dos temas aqui abordados, vale a p ena explicar um pouco o caráter e a intenção geral Dque animam este empreendimento acadêmico. A Os ensaios que o leitor tem agora em mãos foram escritos entre 1985 e 1994, ou seja, aoO longo de uma década marcada não apenas por este acontecimento histórico fundamental que foi a L queda do muro de Berlim, com todas as suas enormes conseqüências, Nmas também de uma década de mudanças profundas no panorama dos estudos históricos em todo o mundo.W Por isso, e segundo o momento diverso de sua publicação – Oexpressa sempre no início de cada artigo – é que os distintos textos aqui reunidos vão modificando e matizando alguns dos D elementos que se referem à situação e ao contexto historiográfico imediatos, ao mesmo tempo em que procuram incorpora-se, progressivamente e conforme foram processados intelectualmente, às novas tendências e aos novos sintomas que aparecem dentro das distintas realidades que eles buscam abordar e explicar. Assim, por exemplo, não se fala do possível projeto de uns supostos “quartos Annales” nos artigos anteriores a 1989, enquanto que, ao contrário, naqueles imediatamente posteriores a essa data já nos aventuramos propor esse conceito de “quartos Annales”, que depois ganhou difusão e legitimidade Os Annales e a historiografia francesa dentro do debate historiográfico mundial e que a experiência dos anos 1989-1999 parece ter vindo a confirmar. Do mesmo modo, se os primeiros ensaios se concentram majoritariamente apenas na comparação entre as duas correntes fundamentais do século XX, que são Annales e marxismo, já nos seguintes se “abre” mais francamente a ótica de consideração, E para se situar a estas duas correntes e sua complexa relação dentro do horizonte mais global de toda a curva dos estudos E históricos ao longo do último século. R Tratando de acompanhar de maneira “viva” ao movimento de transformação da historiografia atual, e buscandoF captar o sentido profundo de suas mudanças de curso – com uma explícita vocação desta empresa como um exercício dDe história “imediata” -, estes ensaios querem ser também um termômetro da transformação da historiografia dos Aanos que abarcam o último lustro dos anos 80 e o primeiro dos anos 90 do século XX. Um O exercício que se alimentou dos debates que estes mesmos textos suscitaram e das polêmicas nas quais eles pretendiam intervir, L reagindo para matizar ou rechaçar certos argumentos, ao mesmo tempo em que inNcorporavam as novas descobertas e publicações. Por isso, não quisemos modificar aqui a forma original destes W textos.1 O que implicará para o leitor algumas poucas repetições de alguma idéia ou esquema de periodização, que embora se O reiterem no argumento principal, apontam sempre para objetivos discursivos distintos. D 1. De qualquer maneira, o leitor interessado em obter um ponto de vista mais atualizado sobre essas matérias pode remeter-se à leitura de nosso último livro: Carlos Antônio Aguirre Rojas. La escuela de los Annales. Ayer, hoy, mañana. Barcelona: Montesinos, 1999. Ali abordamos em um capítulo especial à história dos quartos Annales, desde 1989 até 1999. Igualmente se inclui todo um capítulo onde se aprofunda a questão da matriz do que chamamos os “annalistas – marxistas”. 2 Prólogo à edição brasileira Se, por um lado, o esquema de apreensão do que foram os Annales, e a relação diversa, cambiante e complexa que mantiveram com os sucessivos marxismos, se matiza no detalhe e se enriquece a partir do debate circundante, agregando alguns novos elementos em cada novo artigo, também é certo, por outro lado, que suas teses fundamentais principais permanecem. E O tema central que estes distintos textos abordam, o da relação dos vários Annales com os diferentes marxismos, foi E abordado aqui, desde o primeiro artigo redigido – o que se R refere à comparação dos aportes essenciais de Karl Marx e Fernand Braudel -, numa perspectiva geral e histórica, perspectiva F que não foi modificada em suas linhas essenciais por desenvolvimentos e aprofundamentos posteriore s. D É significativo que um tema tão crucial como o desta relação entre o marxismo e os Annales tenhAa sido tão pouco abordado antes. Daí que, em nossa opinião, esta seja talvez a maior O contribuição deste livro: a de pôr no centro do debate historiográfico o esclarecimento da tal relação, sem a qual L dificilmente seria possível chegar-se a uma compreensão adequada do que foi a históNria da historiografia no século XX. Uma relação completamente marginalizada, quando não W simplesmente ignorada, pela imensa maioria dos estudiosos dos Annales, que ao ser estudada com cuidado revela surpresas e O chaves de interpretação essenciais e imprescindíveis para se entender não apenas a evolução e o próprio destino destes D mesmos Annales, mas, para além disso, os itinerários de muitas historiografias nacionais. Entre elas, sem dúvida, a do Brasil, pois é certo que este debate da relação entre os Annales e o marxismo não é um simples debate histórico já superado, mas, ao contrário, um debate vivo e aberto, que se coloca no centro dos destinos atuais e futuros de todas as historiografias do mundo ibero-americano, incluindo-se desde a Espanha e Portugal até o Brasil e toda a América espanhola. Um debate que se tornou fundamental 3
Description: