+ UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO, FILOSOFIA E HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS ROSILÉIA SANTANA DA SILVA ORISUN ATI AWỌN AYIE ATI AWỌN ARÁYÉ A COSMOGONIA IORUBÁ COMO UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA A EXPLICAÇÃO DA ORIGEM DO MUNDO E DA VIDA NO ENSINO DE HISTÓRIA DO 6º ANO. Kage-desing.com Salvador 2017 ROSILÉIA SANTANA DA SILVA ORISUN ATI AWỌN AYIE ATI AWỌN ARÁYÉ A COSMOGONIA IORUBÁ COMO UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA A EXPLICAÇÃO DA ORIGEM DO MUNDO E DA VIDA NO ENSINO DE HISTÓRIA DO 6º ANO. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial à obtenção do título de mestre em Ensino Filosofia e História das Ciências sob orientação do Prof.ª. Dra. Fernanda Rebelo-Pinto e coorientação do Prof. Dr. Luiz Márcio Santos Farias. Salvador 2017 ROSILÉIA SANTANA DA SILVA ORISUN ATI AWỌN AYIE ATI AWỌN ARÁYÉ A COSMOGONIA IORUBÁ COMO UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA A EXPLICAÇÃO DA ORIGEM DO MUNDO E DA VIDA NO ENSINO DE HISTÓRIA DO 6º ANO. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial à obtenção do título de mestre em Ensino Filosofia e História das Ciências. BANCA EXAMINADORA ORIENTADORA: ________________________________________ Prof.ª Dra. Fernanda Rebelo-Pinto Instituto de Humanidades, Arte e Ciências - UFBA COORIENTADOR: ________________________________________ Prof. Dr. Luiz Márcio Santos Farias Instituto de Humanidades, Arte e Ciências - UFBA MEMBRO INTERNO: ______________________________________ Prof. Dr. Juan Manuel Sánchez Arteaga Instituto de Humanidades, Arte e Ciências -UFBA MEMBRO EXTERNO: ______________________________________ Prof.ª Dra. Maria de Lourdes Moreira Siqueira Professor Titular da Universidade Federal da Bahia - UFBA MEMBRO EXTERNO: ______________________________________ Prof. Dr. Kabengele Munanga Professor Titular da Universidade de São Paulo - USP MEMBRO EXTERNO: ______________________________________ Prof. Dr. Silvio Cezar de Sousa Lima Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense MEMBRO EXTERNO: ______________________________________ Prof. Dr. Saddo Ag Almouloud Professor Titular da Pontifícia da Universidade Católica de São Paulo Modelo de ficha catalográfica fornecido pelo Sistema Universitário de Bibliotecas da UFBA para ser confeccionada pelo autor SILVA, Rosiléia Santana da ORISUN ATI AW?N AYIE ATI AW?N ARÁYÉ: A Cosmogonia Iorubá como uma Proposta Didática para a Explicação da Origem do Mundo e da Vida no Ensino de História do 6º Ano / Rosiléia Santana da SILVA. -- Salvador, 2017. 262 f. : il Orientadora: Fernanda REBELO-PINTO. Coorientadora: Luiz Márcio Santos FARIAS. Dissertação (Mestrado - Ensino, Filosofia e História das Ciências) -- Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós- Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências UFBA/UEFS, 2017. 1. Ensino de História. 2. Teoria do Antropológico do Didático. 3. Origem do Mundo e da Vida. 4. Cosmogonia Iorubá. 5. Descolonização Didática. I. REBELO-PINTO, Fernanda. II. FARIAS, Luiz Márcio Santos. III. Título. Aos Griots (avôs) e às Griotes (avós) do meu eledá, que habitam no Òrún e no Aiyè. Com seus elementos de LUZ, orientam-me na busca de respostas e acolhem-me em sabedoria, equilíbrio, resiliência, persistência e continuidades... Olò Òrún, Olò Aiyè, Modupé Senhor (a) do Céu, Senhor(a) da Terra, meus agradecimentos!. À minha família! AGRADECIMENTOS “A felicidade aparece para aqueles (as) que reconhecem a importância das pessoas que passam em sua vida.” Clarice Lispector Dos que caminhos que percorri, a Educação foi o caminho. Das ausências que senti, a Educação preencheu nos caminhos. Dos conflitos que travei, a Educação apartou no caminho. Dos sonhos que sonhei, a Educação lapidou meus caminhos. Das experiências, presenças e partilhas de amizades, a Educação me agracia nos caminhos. Parafraseio Vanda Machado (2013) quando afirma que “o caminho tanto pode se realizar na caminhada, como a caminhada pode se realizar através do caminho. O caminho é o caminho”. Assim sendo, na caminhada, ao ponto que crescemos e nos descobrimos capazes de mudar, transformar, (re)aprender, (re)ensinar, compartilhar, valorizar e respeitar os múltiplos saberes, percebemos que nunca estamos só nessa longa itinerância. Por isso, parto do princípio de que a GRATIDÃO é um elemento imprescindível à vida de um Ser. Meus sinceros agradecimentos, portanto, serão partilhados: Aos Deuses e às Deusas do Universo e da Vida, pelo amparo, cuidado e manutenção espiritual diariamente. À minha família: minha querida avó materna Martinha Lopes (In memorian): verdadeira Candace1; minha querida avó paterna Davina Passos (In memorian): senhora que me direcionou, indiretamente, ao exercício docente ao me fazer ensinar- lhe as primeiras letras para assinar seu documento de identidade: “Não assinarei com o dedão”; meu querido avô paterno-Pai-Herói Domingos da Silva (In memorian): Ser que me indicou as primeiras literaturas afro-brasileiras, aos nove anos de idade; e, meu querido avô materno Luiz Gonzaga (In memorian): um verdadeiro Besouro Mangagá. AGBA MIA DÚ PÈ O E KÙ LÀÌLÀÌ2. As minhas Mães: mainha Zilma Santana – Meu caurí, fonte de inspiração, sensibilidade e resiliência. É verdade... querer é poder! Obrigada por tudo, seu apoio 1Candaces, Kandake, ou rainhas‑mães reinantes. Esse título deriva da palavra meroita Ktkeou Kdkee significa rainha‑mãe. Ver: História geral da África, II: África antiga / editado por Gamal Mokhtar. – 2.ed. rev. – Brasília: UNESCO, 2010.p.304. 2 Tradução livre em iorubá: Minhas mais velhas, meus mais velhos, eternamente agradecida. é tudo!; tia-dinda Deralúcia da Silva, fidelidade, dignidade, gratidão e amor; tia Zélia Lopes, meu melhor riso, tempero de/para vida, amor. Elas prepararam os melhores caminhos para que meu percurso fosse menos árido, ensinaram-me e comprovaram que as pedras nos caminhos bifurcados eram e são os melhores elementos para atravessar as pontes à frente. Ao meu esposo, companheiro, parceiro Fábio Farias pelo eterno apoio moral e afetivo, aliviando todas angústias de mãos dadas, nas diversas etapas dessa pesquisa. Ao meu Pai Deraldo da Silva, por me ensinar que autoestima e preservação da identidade são elementos que não podem ser barganhados. Aos meus irmãos Pablo Santana, Matheus Santana, Marlon Passos; irmãs Kárdina Passos, Jasminy Passos e Pétala Passos, primos e primas, afilhados e afilhadas, família consanguínea que torcem por meu sucesso e, por isso, supriu todas as minhas constantes ausências. A Yiá Omí Nifà e o Raio de Luzes agradeço a inspiração, o refinamento da astúcia, coragem e resistência diuturnamente. Em especial, Senhor Akanní e Marivaldo Tanajura suas proteções foram imprescindíveis. A querida orientadora Prof.ª Dra. Fernanda Rebelo-Pinto, com quem aprendo muito. Agradeço o cuidado, a paciência, a calmaria, o profissionalismo e escuta constante na condução desse trabalho. Agradeço ainda mais por ser uma referência enquanto intelectual e feminista no mundo das ciências. Muito agradecida pela acolhida! Ao querido coorientador Prof. Dr. Luiz Márcio Farias, um verdadeiro lapidador, eterna gratidão. Sou grata pelo cuidado, disciplina, profissionalismo e ensinamentos incansáveis. Parte dessa realização não teria êxito sem as suas inquietações didáticas/didáticas inquietações. É admirável a sua sapiência em brunir pedras raras e opacas nas mais intensas resplandescências. A querida Prof.ª Dra. Virgínia Lúcia Farias (In memorian) por ser um ponto de Luz, um divisor de águas, no início do início desse trabalho. Gratidão eterna! Meus genuínos agradecimentos à Prof.ª Dra. Maria de Lourdes Siqueira e aos Prof. Dr. Juan Manuel Sánchez, Prof. Dr. Kabengele Munanga, Prof. Dr. Silvio Cezar Lima e Prof. Dr. Saddo Almouloud por aceitarem o convite para participar da banca examinadora e contribuir ricamente no aprimoramento deste trabalho. Aos professores e professoras do PPGEFHC pelas ilustres e valiosas contribuições no percurso da pesquisa e na minha formação acadêmica e profissional. Agradeço em especial ao professor André Mattedi, Indianara Silva, Charbel El- Hani, Jonei Cerqueira e querida Rosiléia Oliveira. À turma da Secretaria do PPGEFHC gratidão e, em especial, ao querido Marcos Paulo Silva. Amplio os agradecimentos aos colegas das turmas dos semestres 2015 e 2016, desses, em especial, Isabelle Priscila de Lima por compartilhar das turbulências enquanto representante estudantil do Programa. Sou grata também ao Carlos Ailton Silva, exímio historiador agradeço pelas intermináveis orientações acadêmicas. Ao grupo de pesquisa NIPEDCMT/IHAC, agradeço a participação colaboratividade e construção conjunta. Gratidão em especial ao querido Edmo Carvalho e à querida Eliane Santana pela paciência, atenção, esclarecimento e disposição de sempre. À querida Teresa Cristina Souto, linda Teka, por ser minha parceira, psicóloga e ombro nos meus momentos de profunda delicadeza, gratidão sempre! Ao querido Gerson Barbosa por ser parceiro, advogado e amigo-professor. Às colegas Rita Cinéia Meneses e Lúcia Lessa por termos construído um elo para além do acadêmico, intercambiamos saberes, conhecimentos, dúvidas e inseguranças a todo segundo com todo comprometimento possível. Obrigada, queridas! As sujeitas e sujeitos - na condição de professoras, estudantes, gestoras, funcionárias (os) – por aceitarem o convite, disponibilidade, colaboração e participação na elaboração e construção desse estudo. Às amigas Jucilene Cruz, Gilmara Santos, Sandra Lúcia Almeida e Marli Carlos: vocês me ensinaram tanto! A Faculdade de Educação da UFBA e o corpo discente de Pedagogia e História pela acolhida e ricas experiências e aprendizado nos momentos de trocas enquanto professora-substituta. Sou porque vocês fizeram-me ser! A Secretaria de Educação do Município de Cairu agradecimento constante pela compreensão e reconhecimento da importância de um (a) professor (a)- pesquisador (a). Gratidão dos (as) meus (inhas) queridos (as) estudantes, povo ribeirinha, quilombola... das suas terras férteis “plantei raiz e nasceu flor”, Nzambi ua Kuatesa, Nzara Ndembu3! 3 Palavras Bantu. Tradução livre: Agradeço ao Deus, glórias ao Tempo. Ao grande amigo, historiador, Prof. Me. Márcio Luís Paim, pelos incansáveis ensinamentos, esclarecimentos, direcionamento e conforto diante às invisibilidades epistemológicas afrocentrada. Meus respeitos às historiadoras Prof.ª Ma. Márcia Paim, Prof.ª Dra. Neivalda Oliveira e minha grande referência intelectual Prof.ª. Dra. Cecília Soares, fazem parte do meu início acadêmico para vida. Prof.ª Dra. Ana Célia da Silva, Prof.ª Dra. Annie Bessot, Prof.ª Dra. Catarina Lucas e Prof.ª Dra. Vera Mattos e Prof Dr. Gilson Bispos pelas valiosas dicas sobre meu trabalho. Ao Adinelson Farias e Iraildes Nascimento, raízes Ilè Asé Òpó Afonjá, por não medir esforços na busca da tradução em iorubá de “origem do mundo e da vida4”, a qual interpretamos como origem do universo e da vida. Muito grata eu sou! Assim como agradeço a minha irmã Paulinha Barboza pela contribuição na revisão do texto e à mãe Márcia Lacerda pelo cuidado e carinho em reservar livros importantes na minha trajetória investigativa. Sou imensamente agradecida à Associação Classista de Educação da Bahia (ACEB), na pessoa de Marinalva Nunes, pelo convite no processo de formação continuada de docentes e profissionais com enfoque no antirracismo nas escolas e fora delas. Sem jamais esquecer do pai-amigo Prof. Dr. Felipe Bonfim pelo apoio profissional e acadêmico, possibilitando o meu refinamento docente frente à turma de formação continuada na Uneb Campus XV sob à coordenação da querida e exímia Prof.ª Ma. Mille Caroline Fernandes. Agradeço pela confiança e contribuição no refinamento da investigação, sabendo que novas caminhadas, juntas, trilharemos logo mais. Agradeço ainda à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pelo auxílio financeiro para o desenvolvimento dessa pesquisa. Agradecer é necessário, pois quem tem legado não desvia o caminho!!! Sangò Mope o, Sangò Gbamiò, Modupé Baba mi Sangò! 4 Em iorubá: Orisun ati awọn ayie ati awọn aráyé. Muitos obstáculos podem ser postos à proposta de inclusão desses temas desconstrutores da discriminação, subordinação e exclusão do “outro”, mas quando a diferença for vista com todas as suas possibilidades de troca e enriquecimento da nossa identidade, o considerado “outro” verá a si próprio e, consequentemente, ao seu outro igual, como potencialmente capaz e então teremos condições de construir uma democracia social e uma verdadeira democracia racial. Ana Célia da Silva, 2011.
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